sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Te Contei, não ? - Como e por que sou romancista - José de Alencar

COMO E POR QUE SOU ROMANCISTA

Não havendo visitas de cerimônias, sentava - se minha boa mãe e sua irmã Dona Florinda com os amigos que apareciam, ao redor de uma mesa redonda de jacarandá, no centro da qual havia um candeeiro. 
Minha mãe e minha tia se ocupavam com trabalhos de costuras, e as amigas para não ficaram ociosas as ajudavam. Dados os primeiros momentos à conversação, passava - se à leitura e era eu chamado ao lugar de honra. 
Muitas vezes, confesso, essa honra me arrancava bem a contragosto de um sono começado ou de um folguedo querido; já naquela idade a reputação é um fardo e bem pesado. 
Lia -se até a hora do chá, e tópicos havia tão interessantes que eu era obrigado à repetição. Compensavam esse excesso as pausas para dar lugar às expansões do auditório, o qual desfazia - se em recriminações contra algum mau personagem ou acompanhava de seus votos e simpatias o herói perseguido.
Uma noite, daquelas em que eu estava mais possuído do livro, lia com expressão uma das páginas mais comoventes da nossa biblioteca. As senhoras, de cabeça baixa, levavam o lenço ao rosto, e poucos momentos depois não puderam conter os soluços que rompiam - lhes o seio.
Com a voz afogada pela comoção e a vista empanada pelas lágrimas, eu também, cerrando ao peito o livro aberto, disparei em pranto, e respondia com palavras de consolo às lamentações de minha mãe e suas amigas. 
Nessa instante assomava à porta um parente nosso, o Reverendo P. Carlos Peixoto de Alencar, já assustado com o choro que ouvira ao entrar. Vendo - nos a todos naquele estado de aflição, ainda mais perturbou - se:
- Que aconteceu? Alguma desgraça? - perguntou arrebatadamente.
As senhoras, escondendo o rosto no lenço para ocultar do P. Carlos o pranto, e evitar os seus remoques, não proferiram palavra. Tomei eu a mim responder:
- Foi o pai de Amanda que morreu! - disse, mostrando - lhe o livro aberto.
Compreendeu o P. Carlos e soltou uma gargalhada, como ele as sabia dar, verdadeira gargalhada homérica, que mais parecia uma salva de sinos a repicarem do que riso humano. [...]

Alencar, José de. Como e por que sou romancista. Ficção completa e outros escritos. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. v.1, p. 106-107. ( Fragmento ) 

16 comentários:

  1. As Pessoas se reunião Para a leitura e havia interação elas trocavam comentários ,e muitas vezes se emocionavam com a leitura

    Lucas Nunes 901

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  2. Logo no começo do fragmento de sua autobiografia, percebemos um jovem menino apaixonado pelo mundo literário. Quem diria que essa paixão fosse vir à tona e torná-lo “o patriarca da literatura brasileira”?
    José de Alencar narra de forma bem simples uma tarde qualquer em sua casa, ou em qualquer outro lar, quando todos da família reuniam-se para ouvir o leitor, cargo de grande honra. Percebe-se que essa honra nem sempre era prazerosa, pois como qualquer outra criança as vezes ele simplesmente queria dormir ou brincar, porem nem sempre era possível, mostrando talvez um amadurecimento precoce? Também é mencionado uma biblioteca, coisa rara para famílias da época algo que só a classe alta poderia ter, demonstrando como a literatura da época era produzida sob encomenda, era feita pela burguesia para a burguesia.
    Porém apesar de tudo o que chama minha atenção é a relação entre o leitor e a obra, todos entram em prantos ou comemoram quando o malvado é castigado ou o herói salva a mocinha ou quando algo ruim acontece com o personagem principal. Esse mesmo tipo de envolvimento emocional ainda existe atualmente, não importa o século ou a idade. Quantas vezes eu mesma já me vi com raiva de personagens fictícios ou querendo mata-los por ter feito algo que não via certo? Torcendo pelo vilão, porque já estava enjoada do mocinho? Chorar, igual Alencar e sua família, por alguém que eu adorava ter falecido (exemplo perfeito Augustos Waters, em A Culpa é das Estrelas, por John Green). A grande diferença do século XIX para hoje é o fato de que o número de leitores diminuiu muito, a leitura tradicional foi evoluiu. Primeiro veio a época do rádio, agora a televisão e internet, ainda há os momentos de família (em alguns lares) onde todos se juntam para assistirem a novela, filme ou serie favorita. Só temos que tomar cuidado para não tornarmos dependentes, precisamos dos momentos detox da tecnologia, seja uma conversa ou o simples prazer de pegar um livro e aventurar-se nele.
    Quando pegamos obras do Alencar e do Machado de Assis percebemos como elas são clássicas, pois podemos aplica-los na nossa atualidade. Mesmo sendo uma autobiografia, posso interpretar o texto como uma critica para nossa sociedade, pois estamos cada vez mais dependendo dos eletrônicos, antigamente o que era feito por prazer, a leitura, hoje é vista como dever, como cansativo. Porque ler o livro se depois sai o filme? Quem vê só o filme perde a melhor parte da experiência, a da imaginação (exercer o cérebro) de poder depois comparar obra e livro e ter uma opinião (desenvolvimento do senso crítico), mais a parte mais importante que os não leitores perdem a inspiração que a obra trás. Para Alencar foi tanta que o transformou em escritor, pois como é dito: “Ninguém se forma um bom escritor, sem ter sido um bom leitor”, frase de Fábio Sombra.
    Katelyn Ashley 901

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  3. Esse pedaço da biografia do Jose de Alencar fala de uma cena em sua infância cujo qual ficou marcada em sua cabeça, em meu palpite é uma cena bem interessante em relação aos dias de hoje, pois seria uma coisa bem rara várias pessoas se reunindo em uma casa para ler um livro com tamanha profundidade.
    Em minha cabeça o autor deve ter feito uma análise ao todo, mas não somente uma análise de sua paixão ou de sua maneira de pensar e escrever mas como todos pensavam, como a sociedade pensava, então ao ter o resultado dessa pesquisa ele decidiu seguir o caminho do romancismo, mas fatos como esse em seu cotidiano ao longo de toda a sua vida influenciou em sua decisão final.
    Pronto para abraçar o mundo romancista nosso grande artista homenageia sua nação com várias das maiores artes românticas de todos os tempos onde ele revela ao povo seu talento para o tipo de escritura. Seus melhores romances foram Lucíola onde conta uma história de amor de uma prostituta que é a heroína do livro, Iracema onde conta a triste vida de uma índia chamada Iracema e não podemos esquecer do senhora onde uma mulher sem poder financeiro algum se torna rica e corre atrás de seu amor novamente para transforma-lo e aos pés de Seixas pede que aceite seu amor, todos essas obras apresentando mulheres de caráter definido e forte e com papeis na sociedade considerados inadequados para época.
    Não importando a razão dele ter se tornado um escritor de romances ele fez a escolha certa enquanto ao seu estilo deixando conosco a marca de sua maneira de escrever que influenciou a cultura brasileira e vários outros escritores brasileiros.

    Aluno: Wenderson F. R.
    Turma: 901

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  4. Nesse trecho da Biografia de José de Alencar, relata quando ele era pequeno, nos momentos coditianos, em reuniões familiares diárias, onde ele lia histórias e romances para toda família.
    O interessante é que naquela época, notamos que o prazer das pessoas, no caso pessoas com poder aquisitivo mais elevado, era ler em família a volta de uma mesa, um prazer divino que mistura realidade e ficção. Onde, de uma forma prazerosa e rotineira compartilhavam emoções juntos, podiam rir e até mesmo chorar, se preucupando e se envolvendo com a trama desenvolvida pelos personagens do romance.
    Atualmente, as novelas, a internet, os filmes se destacam e ocupam maior parte do lazer das pessoas. A leitura está, cada vez mais, sendo deixada de lado, e isso não é muito legal. A leitura não é desenvolvida no cotidiano familiar, fato que acontecia na família de Alencar. Fica a pergunta: como se forma um futuro melhor com crianças sem hábito de leitura?
    Em meu caso, tive o privilégio de uma alfabetização de boa qualidade, meus pais e meus avós, sempre leram livros para mim quando menor. Este fato me ajudou muito para que atualmente a leitura ficasse mais fácil, interessante e prazerosa.
    Percebo que o nessesário a fazer, é influenciar as crianças na leitura. Mas, como vão ser influenciadas se boa parte das escolas, hoje em dia, não dão essa oportunidade aos pequenos? Outro motivo, são os pais que sempre tem algo a fazer, seja no trabalho ou nas atividades de casa, e nunca estimulam suas crianças a lerem, não pegam livros para lerem em conjunto e não desenvolvem essa emoção. E como se não bastasse, permitem que passem o dia todo em videogames ou assintindo tv.
    Gustavo Lengruber,901

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  5. Não entendo exatamente o motivo, mas confesso que amei esta postagem, talvez pelo fato de que nela, uma coisa tão simples ,como uma tarde qualquer em sua moradia, possa justificar algo grandioso, como porque José de Alencar se tornou um romancista, algo que a princípio em nossas mentes necessitava de longas explicações e motivos.
    Nela Alencar narra uma tarde típica de qualquer família da burguesia daquele tempo, na qual todos se reúnem para fazer a leitura e apreciar uma obra. José era o leitor, o que para uma criança pode parecer algo cansativo e entediante, sentia isso as vezes mas sua paixão pela leitura sempre esteve ali presente.
    O que mais me impressionou foi a intensa relação sentimental entre os leitores e a história lida ou ouvida, que este fragmento representou. Vemos toda a família, inclusive José de Alencar, em prantos pela morte de um personagem, coisa que naquele tempo era algo comum.
    Atualmente esta intensa relação não é encontrada tão frequentemente como naquela época, pouquíssimas famílias tentam perpetuar esse costume saudável. Nos dias de hoje os clássicos da literatura foram substituídos por revistas de moda, redes sociais, jogos eletrônicos, etc. Fazendo com que o ato de ler pareça ser algo exaustivo ou fatigante.
    Usar as tecnologias moderadamente não é o problema, mas devemos ficar atentos e começar a nos policiar assim que sintomas de vício começarem a aparecer. Porque ao invés de se fixar a coisas fúteis, não mergulhar na história de um bom livro, ampliar seu conhecimento e cultura, praticando assim um ato saudável para a sua vida? Pois é, essa pergunta deveria estar sendo refletida por muitos atualmente, colocando-a em prática.

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  6. Antigamente era comum que houvesse uma pessoa que leria um romance para outras,família e amigos, por conta do sentimento que tinham quando faziam isso, todos reunidos os parentes e as pessoas próximas, torcendo pelo mocinho e querendo que o antagonista se de mau, uns gostando uns personagens, outros gostando de outros, cada um defendendo uma causa diferente ou todos defendendo a mesma causa. Quando acontece algo engraçado e todos riam, ou algo triste e todos (ou quase) sofriam e choravam.
    Hoje em dia esse clima, as coisas que aconteciam quando liam, acontece muito com as telenovelas, algumas famílias se reúnem para ver, ficam nervosos por conta de situações no qual o vilão sempre se da bem e somente no final vai preso ou morre, ou quando o “herói” não percebe algo que é obvio. A emoção é a mesma ou quase igual entre os leitores de antigamente e as telenovelas.
    Há também os leitores de hoje em dia, as pessoas que gostam de ler, mas sozinhas, é a emoção, os sentimentos são os mesmos só que individuais. Quando alguém lê um livro normalmente entra nesse mundo, imagina as características dos personagens e os locais que eles vivem, sentem quando alguém morre mesmo que não seja o preferido, por exemplo, o amigo do preferido ou um coadjuvante, arisco até dizer que há atualmente o vilão, está mais famoso que o herói e as vezes torcemos mais por ele, e no fim acaba sempre se dando mal.
    Alencar gostou tanto dessa emoção que há quando lemos, que decidiu virar alguém que provoca isso, não apenas sente, é evidente que naquela época era diferente da atualidade e quase ninguém gostava do vilão, mais ainda sim sofriam, assim como ele sofreu. Essa sensação reconfortante que temos ao ler um livro, ao entrar em um mundo diferente e conhecer novas “pessoas” inspirou José de Alencar a ser escritor e inclusive fez com que fosse o patriarca da literatura brasileira.
    Julia Tavares 901

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  7. Nesse pequeno texto já é perceptível como José de Alencar tinha uma conexão com esse mundo literário, o leitor era ele e suas emoções eram fortes. Uma coisa única que só os livros, as novelas, os filmes, entre outros, podem fazer é deixar toda a emoção a flor da pele, é tão magnífico o fato de você fazer uma ponte entre o livro e a vida real e colocar a emoção no meio, no texto vemos que eles choram, se revoltam, e questionam certas ações, o melhor é que isso ainda existe, quantas vezes isso já não aconteceu com nós mesmos? Se deparar chorando em frente ao livro, brigando com a televisão, se sentindo irritados com os escritores, tendo esse momento de fraqueza por conta de um livro, um mero livro, o que ele é capaz de fazer... Mudar completamente sua vida, te tornar outra pessoa, te deixar mais forte, te fazer chorar, e muitas outras coisas.
    O triste é que hoje tudo mudou, ao invés de devorarem os livros, devoram os celulares, computadores, e mil outras tecnologias. O mundo mudou tanto, antes o que era prazeroso está se tornando obrigação para muitos, as pessoas não vêem o quão importante um livro é, pra conhecimento, pra saúde, pra vida.
    Podemos ver como que esses atos de emoções eram vistos como bobeira para certas pessoas, quando o seu pai chega e se depara com elas chorando, as mesmas que tentam esconder suas lagrimas para tentar evitar a zombaria. Hoje a reação deve ser a mesma, uma pessoa que não tenha essa cultura de ler um livro e se emocionar ver uma chorando por conta dele, é zombaria na certa! O mundo deveria perceber como estamos ficando horríveis, sem dar valor ao sentimento, dar valor a vida, aos livros, a historias de verdade, ao invés disso eles dão valor aos celulares, ao facebook, ao twitter, etc.

    Rebeca Mendes- 901.

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  8. Nasce aí o patriarca da literatura brasileira, que desde a infância já lhe despertava um grande interesse pela literatura. Aparece aí uma situação cômica onde um reverendo, provavelmente parente de Alencar, no final do texto aparece menosprezando a situação emocionante do livro, mas José de Alencar da uma importância muito grande ao livro e se emociona junto à sua mãe e sua tia.
    Antigamente (percebe-se pelo texto) as pessoas tinham o costume de se reunir com sua família para ler um livro e elas até se emocionavam, como nos filmes e telenovelas de hoje em dia. Mas isso revela um fato sobre a sociedade da atualidade: nós não evoluimos nada. Na verdade nós pioramos, pois os avanços tecnológicos estão fazendo nós ficarmos mais burros já que eles fazem com que a gente não precise pensar muito. Eu sou completamente a favor dos avanços tecnológicos na ciência, medicina e nos próprios produtos tecnológicos, mas tudo isso só vale a pena se nós continuarmos estudando, lendo e, principalmente, pensando.
    Mas isso tem haver também com o papel dos pais em nossas vidas, como a sociedade não se importa mais com leitura, logo os pais também não vão tentar estimular os filhos a lerem e estudarem, já que o "sistema" não é feito de estudo. Isso vem de outro fato triste: a nossa elite, as pessoas muito ricas, nunca tiveram que estudar para terem o dinheiro que tem. Aí você vê jogadores de futebol GANHANDO milhões por mês enquanto médicos e advogados não RECEBEM nem perto disso.( repare que eu usei as palavras "ganhando" e "recebem" de propósito). Mas a mídia também fica valorizando o futebol ao extremo e nas escolas, alunos fazem uma "revolução", protestos e tudo mais só por não poderem usar a quadra da escola para jogar futebol.
    Acontece que você somente será alguém importante na vida se estudar e parar de ter senso comum e começar a ter senso crítico.
    Aluno:Bruno de Lorenzo
    901

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  9. Com o texto acima, pode-se observar que desde a infância, quando era jovem, José de Alencar já tinha seu destino traçado na literatura, o de escritor, é impressionante o destino da vida de Alencar ,pois quando era jovens, lia só para família e amigos em casa, agora se tornou o maior escritor do Brasil, junto ao seu amigo Machado de Assis.
    Deve-se observar que José de Alencar sempre foi um homem que sabia transmitir a emoção por meio das palavras, isso ocorre, nos seus romances atuais(urbanos, indianistas, históricos e regionais),quanto aos livros que o mesmo lia na época.
    Alencar enquanto lia a obra, fez uma pausa para uma conversação entre ele, os amigos e a família, e argumentaram e criticaram. A palavra criticar é um sinônimo de José de Alencar, pois criticou livros, pessoas, e até mesmo em suas obras criticava, um exemplo pode ser a burguesia do Rio de Janeiro, no passado, que só estava interessada em dinheiro, o lucro obtido a partir do mesmo, capitalismo, ou seja, não se importavam com um sentimento verdadeiro.
    Atualmente não existe mais o momento da literatura ,ou seja, um momento em que o grupo de pessoas se reuniam, para ler histórias e argumentar sobre as mesmas ,nos dias atuais existe o momento esporte, o momento eletrônico, ou seja, a valorização dos livros nos dias de hoje não existe mais, pois as pessoas desvalorizam a disciplina e só assistem jogos de futebol que em minha concepção são fúteis não ajudam em nada, só fazem o nosso país que já está na beira do fracasso, despencar ainda mais, ou seja, fazer a situação se agravar.
    Usar eletrônicos, assistir jogos de futebol ou de outros esportes não é o problema, mas o vício é, e prejudica, pois precisamos da educação, pois sem ela não somos ninguém, pois não arranjaremos trabalho nenhum, ou seja, ficaremos desempregados. Ir a escola é fundamental, pois não vamos a escola só para aprender matéria, e ganhar pontos, vamos a escola para adquirir conhecimento para podermos usar ao longo da vida, e a escola, nos prepara para vida, para os desafios que iremos enfrentar, e algumas dificuldades. Os livros são essenciais para esse quesito, principalmente os de José de Alencar.
    Gustavo Salvini-901

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  10. Nesta parte de autobiografia de José de Alencar,podemos ver que o interesse pela leitura já era muito presente em sua infância,e já dá para notar uma pequena semente de inspiração na vida desse pequeno garoto que futuramente ia se tornar um dos maiores autores da história do Brasil e um dos ícones da literatura brasileira atual.
    Antigamente,famílias se reuniam algum dia na semana para ler um livro e as vezes se emocionavam com as histórias contadas,igualmente com as telenovelas de hoje em dia que muitas pessoas veem com seus filhos ou com seu(sua) marido(esposa).Mas agora a realidade é outra.Com o desenvolvimento da tecnologia,a emoção de ler um livro em família é muito rara,pois os aparelhos eletrônicos substituíram a convivência juntos,então ficam cada um dos integrantes da família em seus quartos nas redes sociais ao invés de ter um bom momento juntos conversando sobre o dia de cada um.A sociedade se tornou ainda mais individualista com o surgimentos das tecnologias.E ainda por cima tem outra coisa,o Brasil tem valorizado mais as pessoas que não precisam do que as pessoas que se esforçaram para estar no lugar que estão,exemplo um médico,ele ganha pouco dinheiro,mesmo estudando 11 anos da vida aproximadamente para cuidar das pessoas para elas não morrerem enquanto um jogador de futebol ganha milhões de reais para correr atrás de uma bola.
    Então, temos que valorizar a oportunidade que temos de ter a capacidade de ler livros e enriquecer nossa cultura,pois muitas pessoas não valorizam e acabam não se dando bem na vida,mas por outro lado,quem lê e entende o que lê,obtém um enriquecimento de saberes e ainda por cima terá uma bagagem cultural muito maior do que de uma pessoa que acha que livros são perda de tempo ou que são ultrapassados.
    Aluno: Guilherme Oliveira 901

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  11. José de Alencar, no texto “Como e por que sou romancista”, confessa o seu real motivo pelo desejo de se tornar romancista. No texto, ele mostra o quanto era bom fazer com que as pessoas entrassem na história e fizessem dela parte da realidade. Além disso, ele se via com habilidades de criar histórias e convencer as pessoas ao seu redor, trazendo-lhes emoções.
    Com esse seu dom, seu jeito, Alencar, desde de pequeno, como mostra no texto, conseguia ler histórias com uma certa emoção e talento a qual todos que estão ouvindo entrem na historia, conseguia fazer com que as pessoas não só escutassem, mas que também fizessem parte, como se aquilo fosse real.
    Alencar, também quando estava crescendo, se viu também com habilidades de não só contar esse gênero da literatura, mas também escrever. Conseguiu fazer com a escrita dos seus livros o mesmo que fazia com a leitura para a mãe e as amigas, fazer com que os leitores tenham, de fato, emoções reais, como se aquela história realmente estivesse acontecendo.
    Portanto, desde pequeno, José de Alencar se via com esse dom na literatura e também com uma paixão tão forte quanto pela a mesma. Foi crescendo e se encontrando cada vez mais no que realmente queria fazer de sua vida. O seu real motivo para ser romancista foi praticamente a sua vida, esses seus atos ditos no texto, assim como esse seu habito por leitura e por estar rodeado por ela sempre, que fez com que se apaixonasse por isso, e virou um grande escritor, principalmente de romances.

    Leticia Salvini 901

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  12. A paixão é um sentimento confuso, em que trás uma forte emoção quando é retratada em alguma música, texto, poema, prosa ou até mesmo em gestos, onde tudo é lindo e esbelto, grandioso e maravilhoso, como se a paixão fosse o seu brinquedinho de criança, que você não consegue ficar nenhum dia sem dormir com ele, pois tem um significado pra sua vida, provavelmente ele esteve nos momentos mais marcantes.
    A família Alencar, me pareceu, que tinha uma paixão escondida por ler, saber, aprender e questionar, pois, por exemplo, Bárbara de Alencar que incentivava seus filhos à educação, pois acreditavam que só assim poderiam mudar sua nação, como também, há essa paixão em José de Alencar , de ler, onde as palavras fazem soar a nota escondida do coração e assim trazendo as emoções, como o choro, a gargalhada, a ansiedade ou a aflição, que como diz o ditado “os olhos são a porta da alma”, fazendo o abrir e ver sua vida de modo diferente, e fazendo-o escolher como paixão o romance.
    Em minha opinião, os Alencar foram um exemplo magnífico de que a leitura move montanhas, pois todos esses marcos históricos, como as obras feitas, as questões colocadas, a prisão de alguns membros da família, a ser “nomeado” inimigo do rei, não foram questionadas, que de repente eles abriram os olhos e viram diferente, não, mas ao contrário, para tudo isso acontecer foi preciso uma formação e influência literária. Foi por tudo e mais um pouco disso que eu me apaixonei, pode ter sido de Alencar, mas tenho paixão, pelas palavras que dizem...
    Laura Lyssa Carvalho de Sousa-801

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  13. Nessa narrativa, José de Alencar recorda um costume de sua infância que é a leitura coletiva de histórias.

    Ele descreve a cena na qual familiares e amigos, principalmente as mulheres apreciam a leitura de algum romance e ele era a pessoa encarregada de ler.
    As emoções afloravam em algumas passagens da leitura, hora tristeza pela morte de algum personagem, hora alegria e “vivas” motivados por feitos heróicos. Talvez essas reuniões e esses deveres passados por sua mãe tenham despertado a vocação do escritor.
    Esses costumes antigos de leitura em grupo de amigos e principalmente em família, como também, ter refeições, realizar atividades, passear e outros, aumentavam a união entre as pessoas, mas isso foi sumindo com o passar dos anos. Hoje em dia o ritmo é muito diferente: as oportunidades de se juntar com a família são poucas pelos pais estarem trabalhando, o uso excessivo da internet, filhos com excesso de atividades escolares e muitas outras coisas que atrapalham o convívio familiar.


    Thales Borges - 802

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  14. Da pra se notar que desde o começo, José de Alencar teve interesse em livros. Esse interesse pode ter se formado por diversas razões.
    Claro, tinha que ter a influência familiar. Como menciona no texto, a família dele tinha uma biblioteca, que não era tão comum na época de ter em casa. A mãe dele tinha regularmente a companhia de suas amigas, e ela e suas amigas gostavam bastante de livros. Tanto que tinham, podemos dizer, um clube literário entre elas, que pequeno Alencar participava de. Então naturalmente, tornará-se interessado em leitura, especificamente romances, que era o que a mãe dele e suas amigas liam.
    No trecho da autobiografia, também menciona que ele poderia estar dormindo, ou brincando, mas está lá, lendo com um grupo de mulheres. Isso mostra, que além da influência que a família dele colocou sobre ele, também tinha um interesse próprio, senão não iria estar lá. Gostara de livros desde pequeno, e iria gostar mesmo se sua família não era tão ligada a livros.
    Não sei se hoje em dia José de Alencar iria ter o mesmo interesse. Com todos os eletrônicos e os vídeo-games, não sei se iria ter a mesma influência, mas mesmo com estes obstáculos, acho que a carreira dele ainda ia ser a mesma.
    Mariana Garcia
    801

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  15. A origem dos belíssimos textos de José de Alencar pode se explicar pelo fato de que em sua infância, sua família influenciou demais a leitura e com isso, ele pegou o gosto das obras e se interessou. Romances tão lindos e ousados, baseados naqueles que ele havia lido quando pequeno. Me questiono de várias coisas sem respostas exatas. Será que a mãe de Alencar já tinha "planejado" o futuro do filho e por isso o incentivava tanto a ler? Ou será que ela adotou essa medida por que ela tinha uma certa paixão por leitura? São perguntas sem respostas, talvez, isso seja um questionário sem fim onde só há uma resposta dita com certeza e com razão. José de Alencar foi um dos mais importantes escritores da época e era considerado o patrono da literatura brasileira, ele era o "pai" de toda a sociedade que mais tarde se formaria e se tornaria escritor igual a ele mesmo.

    Lara Gomes - 801

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  16. A partir dessa postagem, podemos perceber a tamanha influência que o ambiente vivido e crescido por uma pessoa interfere em seus atos e decisões.
    Essa paixão que Alencar tinha por Literatura, foi incentivada lá atrás, naquela humilde casinha onde, rodeado de senhoras, o ingênuo menino lia as mais variadas histórias. Muito além de apenas ler, ele acompanhava as obras (isso envolve emocionar-se de todas as maneiras possíveis), com as mulheres.
    Com certeza a escolha de Alencar foi resultado das ordens de sua mãe. Talvez, se ao invés de ler, ele brincasse, teria sido apenas mais um José.
    Hoje em dia, essa motivação quase não existe mais. As crianças mexem em seus celulares e ipads durante o dia inteiro (nenhum problema em possuir aparelhos tecnológicos, o problema é quando eles prejudicam a leitura).
    Ler um livro não é apenas passar o olho em um texto. Ao contrário do que muita gente pensa, um livro pode dar extraordinários ensinamentos de vida!
    E aí? Vai ficar parado? Corre na estante e comece a ler um livro. Pode ser o tempo mais proveitoso do seu dia!

    Stella Strecht Santos- 801

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