A desinformação não pode ser uma arma contra as cotas. Apesar da facilidade com que se pode verificar a realidade sobre uma política que já é aplicada no Brasil há mais de dez anos, os críticos voltam a lançar sobre as cotas os mesmos surrados argumentos em contrário, como o risco do rebaixamento intelectual do ambiente universitário e um suposto atentado ao mérito.
Estas teses já foram desmentidas ao longo da última década. A Uerj e a UnB, universidades que adotaram as cotas de forma pioneira na virada do milênio, hoje já possuem números e acúmulo suficiente para demonstrar que os alunos admitidos na graduação pelo sistema de cotas têm conseguido superar as barreiras impostas por uma educação fundamental de baixa qualidade. Pois, principalmente, pelo fato de serem na maioria dos casos os primeiros de suas famílias ou mesmo de suas comunidades a conseguir vaga na universidade pública, os cotistas entram nos cursos com a autoestima elevada e forte senso de responsabilidade, assim agarram a oportunidade com vontade e determinação.
Frequentemente, os alunos cotistas alcançam coeficientes de rendimento tão bons ou melhores que os registrados pelos demais, além de menores taxas de evasão. Quando a universidade oferece os meios adequados para sua permanência e sucesso, como aulas de reforço e bolsas, os resultados são ainda melhores. Não bastasse isso, devemos ainda considerar que a convivência entre pessoas de diferentes classes sociais e histórias de vida diferenciadas só tem a contribuir para o enriquecimento cultural e intelectual do ambiente acadêmico.
Quanto ao mérito, cabe dizer que ninguém vai receber a vaga por telegrama. Para ser aprovado, é preciso fazer as provas como todos os outros candidatos e se classificar com as melhores notas dentre os que se candidataram como cotistas.
Estas teses já foram desmentidas ao longo da última década. A Uerj e a UnB, universidades que adotaram as cotas de forma pioneira na virada do milênio, hoje já possuem números e acúmulo suficiente para demonstrar que os alunos admitidos na graduação pelo sistema de cotas têm conseguido superar as barreiras impostas por uma educação fundamental de baixa qualidade. Pois, principalmente, pelo fato de serem na maioria dos casos os primeiros de suas famílias ou mesmo de suas comunidades a conseguir vaga na universidade pública, os cotistas entram nos cursos com a autoestima elevada e forte senso de responsabilidade, assim agarram a oportunidade com vontade e determinação.
Frequentemente, os alunos cotistas alcançam coeficientes de rendimento tão bons ou melhores que os registrados pelos demais, além de menores taxas de evasão. Quando a universidade oferece os meios adequados para sua permanência e sucesso, como aulas de reforço e bolsas, os resultados são ainda melhores. Não bastasse isso, devemos ainda considerar que a convivência entre pessoas de diferentes classes sociais e histórias de vida diferenciadas só tem a contribuir para o enriquecimento cultural e intelectual do ambiente acadêmico.
Quanto ao mérito, cabe dizer que ninguém vai receber a vaga por telegrama. Para ser aprovado, é preciso fazer as provas como todos os outros candidatos e se classificar com as melhores notas dentre os que se candidataram como cotistas.
Edson Santos é deputado federal e ex-ministro da Igualdade Racial
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