domingo, 17 de julho de 2011

VOCÊ DECIDE !!!!

MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER DEVEM SER PROBIDIOS ?

A obesidade já atinge 20% dos adolescentes brasileiros. Após pesquisas recentes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa) anunciou a inteção de proibir remédios para perder peso que agem no sistema nervoso central. A classe médica alega que alguns pacientes não emagrecem com eles. E agora?

SIM


Uma avaliação da Câmara Técnica de Medicamentos ( Cateme ) indica que esses medicamentos apresentam riscos que superam seus benefícios. A sibutramina, por exemplo, pode afetar o coração. A anfepramona, os pulmões e o sistema carviovascular. E o mazindol pode causar depressão. Tais substâncias já foram proibidas nos EUA e na Europa.
Os chamados anorexígenos têm eficácia discutível. A sibutramina provoca a redução de apenas 3% do peso. A anfepramona só produz resultados de curto prazo e pode causar dependência. O mazindol teria seus efetios reduzidos após poucas semanas de tratamento. E outra substância, o femproporex, ainda não passou por estudos clínicos definitivos.
O Xenical, à base do princípio ativo orlistate, continuará a ser vendido. Ele é capaz de inibir a absorção de gordura em até 30%, o que leva à redução de peso e à melhora de outros parâmetros metabólicos. Estudos clínicos comprovam a eficácia para tratamento da obesidade e de suas doenças associadas, como diabetes do tipo 2, hipertensão e colesterol elevado.
Para muitos pacientes, a estética acaba pesando mais do que a saúde. Antes de apelar a remédios, é preciso adotar uma dieta equilibrada e exercícios físicos. Vale lembrar que o sedentarismo é o quarto fator de risco que mais mata no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).


NÃO

A classe médica alega que os riscos da obesidade são bem maiores que os do uso adequado dos remédios. Em 2010, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) elaborou diretrizes para o tratamento farmacológico do sobrepeso com dados que atestam sua eficácia. Os perigos levantados pela Anvisa seriam destinados só a grupos de riscos.
Sugerir substituir os remédios por mudanças no estilo de vida deixa implícita a ideia de que "só é gordo quem quer". Para o presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Rosana Radominski, mudanças de hábito nem sempre bastam, em especial em casos de pessoas com desequilíbrios cerebrais que aumentam o apetite.
A Abeso e a Sbem questionam o fato de a Anvisa não informar o período em que sua pesquisa foi realizada. Ela só estaria nos parâmetros de segurança se a estatística abranger cinco décadas de uso no Brasil. E mais: a proibição dos remédios pode estimular o comércio ilgegal e o consumo sem acompanhamento médico. Algo similar já vem acontecendo com os antibióticos.
Cabe às autoridades controlar melhor a venda desses remédios, mas nao proibir: muita gente não consegue emagrecer sem eles. E, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos adultos brasileiros já está acima do peso. A obesidade pode virar uma epidemia.



Heloisa Noronha / MUNDO ESTRANHO / junho 2011

Um comentário:

  1. Apesar de emagrecer ser um desafio para quem já é obeso, na minha opinião o uso de medicamentos para este fim não é apropriado, pois o que importa na verdade é a saúde e isso é uma das coisas que esses medicamentos não oferecem.
    Concordo com o uso destes medicamentos com prescrição médica, e mesmo assim sendo feito com acompanhamentos rigorosos; esses medicamentos como qualquer outro em exagero não fazem bem, mas estes não são necessários, pois na maioria das vezes uma pessoa obesa querendo emagrecer pode conseguir isto com mudança de hábitos, a menos que esta tenha problemas com isso.
    Finalizando eu concordo com a proibição desses medicamentos, mas se for para eles depois de serem proibidos, forem vendidos ilegalmente é melhor reforçar o controle nessas vendas e somente ser vendido com autorização médica, pois estes medicamentos podem fazer muito mal a saúde, e quem quer e necessita emagrecer tem que mudar de hábito, se alimentando de maneira saudável e fazendo exercícios regularmente.

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