O KIT ANTI-HOMOFOBIA DEVE SER ADOTADO NAS ESCOLAS?
O Ministério da Educação (MEC) preparou cartilhas e vídeos para distribuir em escolas públicas e diminuir o preconceito contra homossexuais. O Kit foi suspenso pelo governo, que considerou o conteúdo inadequado para o ensino médio. O material será refeito, mas há pressão contra a divulgação. Será que o kit sai do armário do MEC?
SIM
O veto da presidente não significa um ponto final na distribuição de um kit anti-homofobia. O MEC deve refazer o material para distribuí-lo ainda no segundo semestre. A partir de agora, todo tipo de comunicação do governo que se refira a costumes passará por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de ser publicado.
Escolas de países como os EUA já utilizam material didático sobre sexualidade como forma de combate à homofobia e ao bullying. No Brasil, uma pesquisa recente da USP concluiu que 87% da comunidade escolar tem preconceito contra homossexuais, o que revela a necessidade urgente de ações que promovam a aceitação da diversidade.
O kit é importante na inclusão e no rendimento escolar de estudantes que têm preferências sexuais diferentes da maioria. Uma pesquisa das ONGs Reprolatina e Pathfinder em 11 capitais brasileiras identificou quadros de tristeza, depressão, baixo aproveitamento escolar, evasão e suicídio entre alunos gays do 6º ao 9º ano, vítimas de preconceito.
A escola é um ambiente em que o convívio sem preconceitos deve ser priorizado. Eu apoio a distribuição de planfletos para informar e conscientizar as pessoas sobre homossexualidade e varidade de opções sexuais. É importante expor o assunto aos jovens na adolescência por ser uma fase de grandes questionamentos.
NÃO
O conteúdo do Kit não é adequado para combater a homofobia. Em 26 de maio, Dilma Rousseff vetou o material do MEC, alegando que o kit faz propaganda de opções sexuais e não ensina a lidar com o preconceito. A presidente também disse que o governo é contra a homofia, mas não deve interferir na vida privada das pessoas.
Três vídeos do kit - Encontrando Bianca, sobre transexualidade, Torpedo, centrado na homossexualidade feminina, e Probabilidade, a respeito da bissexualidade - vazaram na internet, causando comoção e colocando em xeque o profissionalismo do MEC. Foi a deixa para que vídeos "piratas" com conteúdo mais explícito, fossem postados na rede como se fizessem parte do kit.
O próprio MEC já admitiu que nem todas as escolas concordam com a abordagem do kit ou têm interesse em usá-lo para discutir a diversidade sexual. Assim, mesmo com a distribuição, há o risco de o material não ser utilizado. Vários professores alegam que a forma de apresentar o tema não combateria o bullying nem a homofobia.
A ideia é que haja tratamento igual entre héteros e homossexuais. Se não há kits para aceitação de deficientes, jovem grávidas etc. , por que com os gays seria diferente? Conversas sobre preconceito e orientação sexual devem ser estimuladas nas escolas, mas não por imposição do governo, o que pode gerar mais discriminação.
Revista MUNDO ESTRANHO - Julho 2011
Em minha opinião o kit anti-homofobia deveria SIM ser incluso nas escolas, pois o futuro depende de nós crianças e adolescentes de hoje em dia e os futuros adultos de amanhã, sem não pensarmos em como vai ser o que vai acontecer o que vamos nos tornar e como tudo isso vai acabar. Mas se continuarmos assim com preconceitos no final o mundo ai estar dividido em dois grupos os preconceituosos e os não preconceituosos. Não vejo razões desse kit não poder ir para as escolas, pois ele iria ajudar as pessoas a pensarem diferente, pois se forem educados só pelos pais vão virar copias exatas deles e muitos ainda tem preconceitos temos que deixar que eles decidirem o que querem pensar, o que acham certo ou errado, pois se isso não acontecer no futuro teremos um monte de adultos preconceituosos e que não aceitam a escolha de vida dos outros e se não aceitam ou não gostam o pais deveriam pelos menos ensiná-los a respeitar e não os deixar sair o por ai batendo em pessoas que não tem a mesma escolha sexual que eles. Jovens assim não vão ter um bom futuro porque e se um dia tiverem que conviver com um homossexual se tiver preconceitos não irão suportar não conseguiram desempenhar sua função, o mundo tem que começar a aceitar essa idéia estamos em tempo de mudança estamos avançando na sociedade e não podemos continuar com preconceitos ou iremos ‘empacar’ em um estagio da evolução não queremos parar enquanto o resto do mundo continua, queremos adultos que dêem um futuro melhor para o país, porque não começar essa revolução pela escola, onde temos que aprender para ter um futuro melhor.
ResponderExcluirKits anti-homofóbicos?
ResponderExcluirO ministério da Educação (MEC) preparou um material para ser distribuído em as escolas públicas e diminuir o preconceito contra os homossexuais. Diante a possibilidade da lei sair muitos opositores se levantaram, homofobia? Darei a minha opinião a respeito desse assunto tão polemico, postado no blog LiterAtivo "Kit Anti-Homofobia deve ser adotado nas escolas?" . Ao ler a parte a favor do artigo um trecho me deixou inicialmente surpreso, esse dizia que uma pesquisa foi feita concluindo que mais de 87% da comunidade escolar tem preconceito contra homossexuais. Isso definitivamente mostra que existe homofobia no Brasil, porém essa pesquisa não deveria ter sido feita no geral? A "comunidade escolar" citada no trecho, tem muitas crianças pequenas que nem sabem direito o que é homofobia, ao meu ver isso meio que invalida a pesquisa, ao atingir a maturidade muitos desses entrevistados vão entender o que é isso e provavelmente não vão manter a mesma opinião.
Logo apos li um trecho que foi muito convincente ainda na parte a favor da lei, essa dizia que é essencial uma aceitação dos alucos com preferências sexuais diferentes da maioria do 6º ao 9º ano, porque isso os prejudica o aprendizado leva à depressão e até ao suicídio em alguns casos. Isso é verdade prejudica, faz com que vivam uma vida marginalizada em geral e não é o ideal pra ninguém. Incontestável esse trecho, eu só queria saber se a pesquisa na "comunidade escolar" também foi entre 6º e 9º ano. Já o lado contra a lei da educação anti-homofóbica tem um argumento muito forte, e este que me convenceu:"A ideia é que haja tratamento igual entre héteros e homossexuais. Se não há kits para aceitação de deficientes, jovem grávidas etc. , por que com os gays seria diferente? Conversas sobre preconceito e orientação sexual devem ser estimuladas nas escolas, mas não por imposição do governo, o que pode gerar mais discriminação." Realmente as discussões em sala de aula devem ser feitas mas não por imposição do governo. Muitas minorias conseguiram sua aceitação no Brasil sem esses kits e porque com os homossexuais deve ser diferente?
João Pedro Tudesco - 901 / 2011