sábado, 7 de janeiro de 2012

A Hora do Poeta - Até logo, companheiro - Sierguei Iessienin



Até logo, até logo, companheiro
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro.

Adeus amigo, sem mãos nem palavras
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo!

~Sierguéi Iessiênin~ (Tradução de Augusto de Campos)


O poeta russo Sierguéi Iessiênin se matou, em 1925. Cortou os pulsos e escreveu com o sangue o poema "Até logo, companheiro" na parede de um quarto de hotel em São Petersburgo. Após isso, Iessiênin enforcou-se com as forças que ainda lhe restavam.

Um comentário:

  1. Boas Novas
    Cazuza
    Poetas e loucos aos poucos
    Cantores do porvir
    E mágicos das frases
    Endiabradas sem mel
    Trago boas novas
    Bobagens num papel
    Balões incendiados
    Coisas que caem do céu
    Sem mais nem porquê

    Queria um dia no mundo
    Poder te mostrar o meu
    Talento pra loucura
    Procurar longe do peito
    Eu sempre fui perfeito
    Pra fazer discursos longos
    Fazer discursos longos
    Sobre o que não fazer
    Que é que eu vou fazer?

    Senhoras e senhores
    Trago boas novas
    Eu vi a cara da morte
    E ela estava viva
    Eu vi a cara da morte
    E ela estava viva - viva!

    Direi milhares de metáforas rimadas
    E farei
    Das tripas coração
    Do medo, minha oração
    Pra não sei que Deus "H"
    Da hora da partida
    Na hora da partida
    A tiros de vamos pra vida
    Então, vamos pra vida

    Senhoras e senhores
    Trago boas novas
    Eu vi a cara da morte
    E ela estava viva
    Eu vi a cara da morte
    E ela estava viva - viva!

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