sábado, 21 de fevereiro de 2015

Artigo de Opinião - O perigo de os rios voadores secarem - Jornal O Globo

Não é por falta de aviso. O alerta de que o desmatamento da Amazônia tem impacto na chuva que cai, a três mil quilômetros, no Sudeste, é repetido há tempos em todas as instâncias em que se discutem temas correlatos. Ambientalistas e pesquisadores batem nessa tecla em congressos, conferências e encontros científicos. Políticos — ainda que por apelo eleitoral — fazem do assunto bandeira de campanha. E a imprensa lhes dá voz para que toda a sociedade se conscientize.




Conforme O GLOBO mostrou segunda-feira, chuvas e trovoadas deram um mais que bem-vindo alívio na dramática seca deste verão no Rio por causa dos chamados rios voadores — formados na Amazônia a partir da umidade que a floresta "puxa” do Oceano Atlântico. A umidade cai como chuva sobre a mata e, com a “transpiração” das árvores, grande quantidade de vapor de água é jogada na atmosfera. São 20 bilhões de litros por dia. Toda essa água desce rumo ao Sul, margeando a Cordilheira dos Andes, e se dirige ao Sudeste, onde a necessidade dela é urgente. É na região que se concentram a atividade econômica, especialmente a indústria, para a qual a água é insumo fundamental; e milhões de consumidores doméstico, assustados com a perspectiva de torneiras secas sob sol forte.

A formação dos rios voadores, no entanto, encontra obstáculos. Quarenta e sete por cento (quase a metade) da Amazônia brasileira foram desmatados ou sofreram degradação. A ação de motosserras e as queimadas têm sido deletérias, e a recuperação é um processo longo. Segundo o pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Inpe Antônio Donato Nobre, há risco de a mata virar savana.

Dados divulgados semana passada indicam que o pesquisador não exagera. Entre 2000 e 2010, a Floresta Amazônica, incluindo oito países além do Brasil, perdeu 240 mil quilômetros quadrados devido ao desmatamento. Isso corresponde ao território da Grã-Bretanha, segundo a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciadas, da qual fazem parte 11 organizações não governamentais.

A relação entre meio ambiente e fenômenos climáticos é inegável, e é preciso agir rapidamente. Até porque tivemos exemplos de que é possível obter resultados. No caso da emissão de gases estufa no Brasil, houve redução desde 2004, motivada sobretudo pela queda no desmatamento da Amazônia, que, no entanto, voltou a subir de 2012 a 2014.

E o ano que começou com seca e temporais esporádicos tem agenda cheia nesse sentido. A luta contra o desmatamento em florestas tropicais e a transferência de tecnologia para combate às mudanças climáticas em países em desenvolvimento foram acordadas por 196 países na Conferência do Clima, realizada em dezembro. Que não se fique só no discurso.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/o-perigo-de-os-rios-voadores-secarem-15270535#ixzz3SNyrQZgf

3 comentários:

  1. Eu achei muito interessante, pois mostra que mesmo a maior floresta do mundo pode ser destruída. Algumas pessoas podem achar que não muda nada queimar um campo ou cortar algumas árvores, mas ao queimar a pessoa esta emitindo co2,uma substancia tóxica que polui o ar e o céu e destrói a camada de ozônio que nos protege. Ao derrubar algumas árvores, você diminui a transpiração que, evaporada, vai para o céu e desequilibra a quantidade de chuva que vai para a floresta e para a cidade próxima. As nuvens sofrem muitas modificações que podem ser fatais para os rios causando uma seca. Além disso, o processo de reposição de arvores e águas é longo e demorado. Sem falar nos animais que morrem com as queimadas e o desmatamento. O artigo em analise mostra que precisamos cuidar da floresta, pois se não cuidarmos ela será destruída por completa. Sem as florestas não teremos tantas variedades de frutas. O número de animais terrestres irá cair e muitos entrarão em extinção. Sem os rios da Amazônia, a maior parte da água do Brasil irá acabar. Mas se todos cuidarmos das florestas, dos rios, e evitarmos a poluição, tudo ficará bem e o ciclo da água poderá ser cumprido sem interrupções.

    Theofilo Roberto B. Nascimento - 701

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  2. As informações descritas, confirmam o quanto este assunto está relacionado a crise hídrica de nosso país. Os reservatórios de água estão secando e chegando ao chamado volume morto. Em São Paulo um dos estados mais atingidos, seu maior reservatório o Cantareira chegou a ficar com menos de 2% de sua capacidade. A Amazônia é uma das maiores florestas do mundo e seu desmatamento, sua degradação interfere diretamente neste processo. Ainda segundo este artigo, um pesquisador do Inpe, relata que há o risco da mata virar uma savana, e ele não está exagerando infelizmente já que a formação dos rios voadores encontra obstáculos em função disto e a recuperação é um processo longo. Na minha opinião a boa notícia deste artigo é a informação de que 196 países fizeram um acordo na Conferência do Clima com o objetivo de usarem novas tecnologias e lutarem contra tudo isto. Espero que coloquem em prática.

    Aluna: Rafaela M. G. Braz
    Turma 702

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  3. O texto mostra que a maior floresta do mundo pode acabar e é a Amazônia. A metade dela já foi desmatada.
    Se isso continuar acontecendo, terá mais chance de aumentar o gás carbônico e nós não poderemos respirar. Seria uma coisa muito ruim, pois o carbônico nos deixa tonto e com dor na cabeca, mas por enquanto isso não está acontecendo.
    A floresta tem muita chance de virar deserto ou podemos fazer alguma coisa para isso não acontecer.
    Destruindo a floresta, também irá acabar com os animais, as plantas e outras coisas.
    Se continuarmos assim, a vida de muitas pessoas só vai piorar e a floresta pode deixar de existir, até em nossos pensamentos.
    Por Jean Paul C Pierre - 701

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