domingo, 7 de agosto de 2011

Nos Tempos da Literatura ............................




O economista inglês John Maynard Keynes, uma das mentes mais brilhantes do século XX, escreveu, com alguma ironia, que muitas pessoas práticas, que se julgam isentas de qualquer tipo de influência intelectual, são, frequentemente, escravas das ideias de algum economista morto há muito tempo. Transplantado para outro contexto, o comentário de Keynes se aplica perfeitamente à cantora Amy Winehouse, que morreu no sábado dia 23 de julho, depois de um longo, penoso e terrivelmente público processo de autodestruição por substâncias tóxicas. Ela tinha 27 anos. Seu corpo foi encontrado na cama por um segurança de sua casa, no bairro londrino de Camden Town.
A primeira autópsia, realizada no dia seguinte à tragédia, foi inconclusiva, mas a causa da morte de Amy, como Keynes poderia dizer, é conhecida. Ela foi vítima de uma ideia – uma ideia criada há mais de 200 anos, no alvorecer da Revolução Industrial, sobre como deveriam ser e como deveriam viver os artistas. Para os poetas românticos do século XIX, que ainda hoje influenciam nossa visão de mundo, o artista deveria, necessariamente, ser um rebelde e marginal, guiado apenas por suas emoções, insubmisso às regras sociais que regem a vida dos mortais comuns. As marcas distintivas de seu gênio seriam o isolamento, a incompreensão, a melancolia e o desespero. Nada mais heroico, para eles, do que confrontar a morte e a degeneração física. Nada mais bonito do que morrer jovem. Como Amy.
"Era como se Amy estivesse empurrando a si mesma para o despenhadeiro, para finalmente encontrar a bênção da extinção da consciência”, disse a ÉPOCA Camille Paglia, uma das mais influentes críticas culturais americanas. A escritora afirma que Amy pertence a uma tradição de “grandes, mas autodestrutivas” cantoras modernas, que buscavam inspiração em sua dor e seu caos internos, como Billie Holiday, Judy Garland e Janis Joplin. “Elas tinham uma comunicação enlevada com o público, a quem abriram o coração”, diz a autora de Personas sexuais, um estudo monumental sobre arte, comportamento e sexualidade. “Mas elas também tinham medo do público e, ainda mais, da banalidade da vida diária. As drogas e o álcool entorpeciam a sensibilidade excessiva e mantinham a realidade afastada.”

Incluir Amy entre as “cantoras autodestrutivas” não representa um julgamento moral. É parte necessária do processo, agora inevitável, de entendê-la, assim como a época em que ela viveu e a longa tradição cultural (e comportamental) em que se inseriu. A garota judia do norte de Londres não foi apenas uma vítima passiva dos traficantes. Tampouco estava previamente condenada pela sensibilidade de seu cérebro à serotonina, liberada pelo consumo de heroína, crack e, ao final, segundo seus parentes e amigos, apenas quantidades predatórias de álcool e tabaco.
Amy escolheu por livre-arbítrio integrar-se a uma linhagem que teve início com Lorde Byron (1788-1824), o poeta que escandalizou a Inglaterra com seu comportamento libertino e morreu exilado, na Grécia, aos 36 anos. A esse mesmo exército de almas exaltadas e vulneráveis pertenceram, em épocas diferentes, o escritor Scott Fitzgerald, o ator James Dean e o brasileiro Cazuza (leia o quadro abaixo). Todos eles foram grandes artistas que, na gíria americana, acenderam as duas pontas da vela ao mesmo tempo e, consequentemente, morreram antes da metade da vida, deixando atrás de si uma lenda e legiões de admiradores.
Não existe uma explicação definitiva sobre as razões que levam pessoas talentosas a agir dessa forma. Seria o meio artístico capaz de induzir o comportamento excessivo ou – do contrário – ele atrairia um número desproporcional de pessoas emocionalmente inclinadas a adotar hábitos destrutivos? Ninguém tem essa resposta, mas o pesquisador britânico Mark Bellis, diretor do Centro de Saúde Pública da Universidade John Moores, em Liverpool, constatou que a vida breve e intensa de astros da música como Amy Winehouse não é apenas mito. Eles, de fato, morrem mais cedo do que o resto das pessoas.
Bellis e sua equipe analisaram a vida de 1.064 artistas presentes na lista dos 1.000 melhores álbuns da história, elaborada no ano 2000. Ao comparar a idade em que morreram alguns dos artistas integrantes da lista com a expectativa de vida dos habitantes do Reino Unido e dos Estados Unidos, de onde vinha a maior parte dos músicos, ficou claro que a vida de rock star era mais perigosa. Eles corriam risco 1,7 vez maior do que os cidadãos comuns de morrer prematuramente. Viver da música antes dos anos 1980 também parecia ser mais perigoso. A pesquisa mostrou que, entre os artistas que ficaram famosos antes da década de 1980, 3,6% morriam, talvez vítimas da experimentação cultural (e química) das décadas de 1960 e 1970. Entre os anos 1980 e 1990, dominados pela geração saúde, a porcentagem caiu para 1,6%. Por trás das mortes havia, em quase 30% dos casos, drogas ilegais e álcool. “Fatores como estresse, perda de popularidade e a exposição a ambientes onde o álcool e as drogas estão à disposição podem contribuir para o uso abusivo de substâncias e outros comportamentos autodestrutivos”, escreveram os autores do artigo, publicado em 2007.
O estudo de Bellis quantificou o problema, mas não conseguiu avançar em suas causas. Outros, entretanto, continuam especulando. O psicólogo britânico Tomas Chamorro-Premuzic, que analisa a personalidade de participantes de reality shows, diz que Amy, assim como outros ídolos que morreram jovens, lutava contra a angústia de se tornar apenas mais um. Conforme envelhecemos, diz ele, nos tornamos emocionalmente estáveis, mais condescendentes e menos abertos a novas experiências. “Por isso, parece que envelhecer é uma grande ameaça à aventura criativa, especialmente se você for um astro do rock”, escreveu Chamorro-Premuzic. “A batalha que os Hendrixs, Winehouses ou Morrisons deste mundo têm lutado é contra sua própria transformação.”
O psiquiatra americano Richard Berlin aborda o assunto de outra perspectiva: a futilidade artística do processo autodestrutivo. “Para a maior parte dos artistas, trabalho duro, disciplina, foco e motivação são essenciais para o trabalho, e essas qualidades não são potencializadas pelo uso de drogas”, diz ele. Berlin, ele próprio poeta, organizou em 2008 o livro Poets on Prozac (Poetas que tomam Prozac) , em que artistas contavam as dificuldades que encontravam para criar por causa de doenças mentais e da dependência química. O glamour que costuma cercar esses personagens, diz ele, camufla a realidade terrível do convívio diário com as drogas e suas consequências. Ajuda também a obscurecer um fato óbvio: a dependência química e a morte prematura impedem o amadurecimento de talentos e obras que se anunciavam incrivelmente promissores: “Quando esses artistas se tornam mitos, há aspectos deixados do lado de fora da história: quanto eles sofreram na verdade e como a morte prematura colocou fim às grandes obras que eles ainda poderiam produzir”.
Com Amy foi assim.
Em dezembro de 2007, quando ela estava publicamente no auge, há relatos de que vivia intimamente apavorada com a perda dos dentes, que se soltavam como pregos frouxos por causa do uso excessivo de drogas. Há fotos dela nessa época vagando de madrugada, descalça, pelas ruas de Londres, completamente desorientada, vestindo apenas sutiã e calças jeans. Amy tinha 24 anos e passara, pouco antes, por duas internações para tentar livrar-se das drogas. Seu marido, Blake Fielder-Civil, um ano mais velho, estava na prisão por agressão e suborno numa briga de bar. Em agosto do mesmo ano, os dois foram fotografados sujos de sangue e desgrenhados, depois de uma briga doméstica que terminou na rua. A palavra decadência é insuficiente para descrever o estado e o comportamento do casal.
Há também a questão da obra interrompida. Na semana passada, a gravadora Universal anunciou que Amy deixou pronto um álbum, que deverá ser lançado até o fim do ano. Esse disco tem reggaes e baladas (antes rejeitados pela gravadora) que ela compôs entre janeiro e fevereiro de 2009 no Caribe, onde se escondeu por algum tempo das drogas e de seus problemas com o marido. Será seu terceiro álbum – depois de Frank, de 2003, e do espetacular Back to black, de 2006 – e nunca mais haverá outro. “Em circunstâncias melhores, seu segundo disco teria sido a fundação para um longo e maduro catálogo de obras”, escreveu John Pareles, principal crítico de música do New York Times. “Agora, ele permanece como um alerta de que a senhorita Winehouse foi incapaz de se cuidar.”
Amy começou a ser cantora em 2003, aos 18 anos, cultuada por um público restrito. Ela conquistou imediatamente os mais exigentes – os próprios músicos, que se renderam ao timbre rouco em registro de contralto, características que lembravam as grandes cantoras negras do século XX. O número de fãs foi crescendo aos poucos, à medida que suas interpretações se impregnavam na memória popular. No final, sua voz e interpretação comoveram tanto os jovens como os mais velhos. Não chegou a ser uma grande estrela pop da dimensão de Madonna ou Beyoncé, mas influenciou a música de seu tempo de forma definitiva. Ela impressionava pela presença. Havia uma contradição sedutora entre a imagem da menina branca e frágil e sua força vocal – dissonância acentuada pelo atrito entre música retrô e letras brutalmente contemporâneas.
Se suas melodias se plasmam diretamente nas canções dos anos 1960, as letras de suas canções mostram uma sinceridade avassaladora. Amy soube expor seu corpo e sua alma por meio de suas composições – e isso fez dela a cantora mais influente da década de 2000. Laura Barton, crítica do The Guardian, de Londres, lembrou que as músicas de Amy estavam repletas de “conversas de garotas, xingamentos, bebidas, drogas e p...”. “Ela cantou abertamente o desejo feminino”, escreveu. “Não a sexualidade gritada de Sex and the city, mas algo mais verdadeiro, mais físico, mais sério.”
Amy se transfigurava ao fechar os olhos para cantar. Nos vídeos que gravou em seus dias de ápice, por volta de 2007, dramatiza as melodias, carrega-as de ornamentos do gospel e transforma as letras em sussurros de intenso desamparo. Em muitos momentos, cantava como se sonhasse. Atingiu, precocemente, uma intensidade que muitos dizem que somente a americana Billie Holiday conseguiu realizar. Amy viveu pouco, mas chegou às profundezas do sentimento amoroso. Seu legado é mais consistente que a reles imagem do ídolo transgressor. Ela se revelou fundamental na reabilitação da arte vocal na música pop e no revival do gênero soul. Sua voz marcou a primeira década do século XXI. Na contracorrente das estrelas pop como Beyoncé e Lady Gaga, ela se mostrou retrô, vintage, tanto no comportamento autodestrutivo como na música. No início do novo milênio, Amy preferiu cantar e viver para o passado – virando, pelo avesso, uma genuína inovação.
Nos últimos anos, seu talento foi minado e encoberto por seu comportamento. Back to black vendeu 10 milhões de cópias, mas a audiência global para os desastres pessoais da cantora era muito maior. Seu declínio, entremeado por vexames públicos e tentativas frustradas de recuperação, era acompanhado passo a passo pela mídia, sempre com enorme interesse do público. Amy tornou-se um personagem. Quando ela morreu, as pessoas deixaram garrafas de vodca e cigarros em frente a sua casa, como se esses sintomas de sua doença pudessem, numa simplificação aterradora, representá-la. Não houve realmente choque com sua morte. Ela pareceu somente a conclusão lógica de uma parábola moral que vinha se desenrolando desde 2007.
O psiquiatra Richard Berlin compara esse espetáculo macabro a um ritual de imolação. “Tenho certeza de que todos nós obtemos prazer ao saber dos excessos de drogas, sexo e rock-and-roll”, diz ele. “Esse é um aspecto do nosso interesse por celebridades. Nós nos identificamos com elas, podemos experimentar prazer por meio delas e, ao mesmo tempo, manter nossa segurança.” Mas há outro lado nessa história, como lembra Camille Paglia. A queda do herói romântico, o final melancólico do transgressor que nos representa também fazem parte do espetáculo.“Emoções primitivas podem emergir do público conforme a estrela começa a cair”, diz ela. “A estrela ferida (ou autoferida) se torna vítima em um ritual, massacrada e feita em pedaços pelo voyeurismo do público.” Em entrevista ao The Guardian, um dos amigos de Amy contou a experiência assustadora de acompanhá-la a um local público. “Havia gente oferecendo bebidas, dizendo que a amava. Outras atiravam coisas e diziam besteiras que nem quero repetir. E o tempo todo havia o assédio horrível dos paparazzi. Eu fiquei bestificado”, disse ele.

Keith Richards, guitarrista da banda britânica Rolling Stones, talvez o mais famoso e longevo sobrevivente dos excessos da droga, conta no livro Vida, publicado no ano passado pela Editora Globo, como é a experiência de amor e ódio do público. Por causa de seus abusos, Richards chegou em 1973 à lista dos dez astros do rock-and-roll que estavam mais perto da morte, elaborada por uma revista britânica. Ocupou o topo do ranking por dez anos. “Nesse período eu sentia muitas vezes que havia gente desejando minha morte, mesmo alguns bem-intencionados”, ele escreveu. “No começo, eu era uma novidade. Então passaram a querer que eu me ferrasse. Depois, como eu não me ferrei, passaram a querer me ver morto.” Há uma quantidade imponderável de paranoia induzida por drogas nesse raciocínio, mas a ambiguidade do público é real.
Richards, hoje com 68 anos, diz estar livre da heroína desde 1978 e da cocaína desde 2006. Mas ainda se diverte com a imagem de rebelde que as pessoas construíram dele – e se recusam a apagar, mesmo que ele esteja “comportado” há décadas. “As pessoas adoram essa imagem”, afirma. “Elas querem que eu faça coisas que não conseguem fazer. Têm de fazer seu trabalho, são vendedores de seguros. Mas, ao mesmo tempo, dentro delas há um Keith Richards vagando.” Ele conta que decidiu acabar com sua dependência de heroína quando percebeu que não era mais dono da própria vida. “Não importa sob que ângulo você encare a coisa, os junkies vivem esperando pelo cara (o traficante) . Seu mundo se reduz à droga”, escreve. “Eu havia me apegado tanto ao veneno que estava ficando impossível me mover pelo mundo e trabalhar.”
Amy ignorou também esse limite. Em junho, depois de um breve período em uma clínica de recuperação, iniciou uma turnê europeia por Belgrado, capital da Sérvia, mas não passou da primeira apresentação. Aparentando estar bêbada, não conseguia acompanhar a banda ou lembrar as letras de suas próprias canções. Teve de sair do palco sob uma enxurrada de vaias. Foi sua última aparição profissional.
A ciência ainda não consegue explicar por que algumas pessoas resistem melhor que as outras ao ataque destrutivo das drogas. O americano Iggy Pop, um musculoso e hiperativo senhor de 64 anos, é outro exemplo de assombrosa durabilidade. Nos anos 1970, sob o efeito de coquetéis alucinógenos, ele protagonizava espetáculos de autodestruição ao vivo, como vocalista dos Stooges. Iggy se cortava com vidro quebrado e pingava vela derretida sobre o torso nu. No palco. O jornalista britânico Nick Kent conta que, em 1974, Iggy foi espancado, chicoteado e esfaqueado durante um show em Los Angeles. Depois foi largado inconsciente e sangrando na rua, dentro de um saco. O que acha disso tudo, hoje em dia, o saudável autor de “Candy”? “Toda essa porcaria autodestrutiva que eu supostamente fiz”, diz ele. “Eu só fiz porque acreditei que estava cantando a música que as pessoas verdadeiras queriam ouvir.” Ao contrário de Richards, que se gaba de ter administrado suas doses de heroína com parcimônia e rigor de farmacêutico, Iggy parece não ter aprendido nada. E nada tem a ensinar. Teve sorte, apenas.
“Algumas pessoas simplesmente são mais resistentes aos efeitos das substâncias químicas. Há um componente genético”, diz o psiquiatra Pablo Roig, diretor da Greenwood, clínica para dependentes químicos que recebeu o comentarista esportivo Walter Casagrande em 2007 e o ator Fábio Assunção no fim de 2008. O tipo de droga e a interação entre elas também parecem ter diferentes níveis de impacto sobre o organismo. “Algumas pessoas exageram mais nas combinações e nas doses porque têm uma tendência autodestrutiva maior”, diz Roig. Amy parece ter estado entre essas. E teve azar. Não atingiu a idade em que a maturidade poderia empurrá-la, naturalmente, a um grau maior de moderação. Morreu jovem, deixando desamparada uma multidão de fãs, como o estudante Alexandre Ferreira, de 24 anos, presidente do fã-clube de Amy no Brasil.
No dia em que ela morreu, Ferreira diz ter vomitado e ficado com febre. Ele, que trabalha como garçom em um restaurante de Natal, não conseguiu ir no sábado. Os chefes entenderam. Sobre as drogas, acredita que o vício dela era uma doença. Ele diz que não imita e não julga. Pelo contrário, defende. “Sempre esperei que ela se curasse. Como fã, não queria que acontecesse o pior”, diz. Tanto melhor que tenha ficado para os fãs apenas o melhor de Amy.

JOVENS DESTRUTIVOS E GENIAIS

Desde o final do século XVIII, a vida de excessos de grandes artistas se mistura às grandes obras que eles produziram

Lorde Byron - 1788 - 1824


O poeta romântico foi um transgressor, acusado de praticar sodomia e incesto. Em 1824, decidiu lutar na Guerra da Independência Grega, sem ter experiência militar. Fragilizado, teve uma infecção e morreu.

Artur Rimbaud - 1854 - 1891


Produziu suas obras na adolescência e parou de escrever aos 21 anos. Tomava absinto e fumava haxixe. Entre 1871 e 1875, teve um caso com o poeta Paul Verlaine. Mudou-se a Abissinia, onde traficou armas.

Scott Fitzerald - 1896 - 1940


Símbolo da era do jazz e da "geração perdida", o escritor americano publicou romances e volumes de contos celebrados antes de se tornar alcoólatra e tuberculoso. Morreu de infarto, deixando sua obra incompleta.

Billy Holiday - 1915 - 1959


Começou a carreira em big bands. Chegou à fama com sua canção "Strange fruit". Desenvolveu o vicio em heroína, com o qual gastava muito, e se envolveu em relacionamentos turbulentos. Morreu de cirrose hepática.

James Dean - 1931 - 1955


Estrelou apenas três filmes em sua curta carreira no cinema. Vidas amargas, Juventude transviada e Assim caminha a humanidade. Morreu em um acidente de carro, ao bater de frente a 100km/h.

Marilyn Monroe - 1926 - 1962


Modelo e atriz, ela ficou famosa com filmes como Os homens preferem as loiras (1953). Casou-se e divorciou-se três vezes. Morreu de overdose de tranquilizantes, em circunstâncias misteriosas.

Janis Joplin - 1943 - 1970


Uma das maiores cantoras dos anos 1960, a texana Janis abusava das drogas e bebia no palco. Morreu de overdose de heroína em um hotel em Los Angeles, depois de gravar a canção "Mercedes Benz".

Jimi Hendrix - 1942 - 1970


foi um inovador da guitarra. Usava drogas psicodélicas, como o LSD, e foi encontrado morto em seu apartamento sufocado pelo próprio vômito, depois de misturar vinho e comprimidos para dormir.

Jim Morrison - 1943 - 1971 


A frente do The Doors, fazia performances intensas e chegou a desmaiar no palco. Foi encontrado morto na banheira de um hotel em Paris. A causa da morte foi overdose de heroína.

Elis Regina - 1945 - 1982 


Considerada uma das maiores cantoras brasileira, venceu o Festival da Canção de 1965 com sua interpretação de "Arrastão". Costumava misturar drogas e bebidas. Morreu de overdose de cocaína.

Basquiat - 1960 - 1988


Foi um inovador na arte do grafite. Depois da morte de seu protetor, Andy Warhol, em 1987, ficou deprimido e se isolou. Foi encontrado morto em seu ateliê por causa de uma overdose de heroína.

Cazuza - 1958 - 1990


Foi vocalista da banda de rock Barão Vermelho e lançou discos em carreira solo. Usava drogas e escrevia músicas sobre o vício e a vida boêmia desregrada. Morreu por um choque séptico causado pela aids.

Kurt Cobain - 1967 - 1994


A frente da banda Nirvana, inaugurou o grunge, o último grande movimento do rock. Depressivo, ele se matou com um tiro de espingarda na cabeça. Na autópsia, encontraram em seu corpo Valium e heroína.

Revista Época - 1º de agosto de 2011

Um comentário:

  1. A vida real nos prega peças, nos faz pessoas diferentes com apenas medo, nos escondendo de tudo e de todos e nos destruindo aos poucos.
    O vício da vida é se esconder e tentar "aparecer" aqueles que são incompreendidos tentam no seu talento virar um estilo, às vezes tomam
    atitudes radicais e até banais, ser artista não quer dizer viver sem regras e ter só prazer.O amor próprio é necessário e às vezes menos
    abordado, estragar sua vida com drogas, bebidas só muda o tempo de que ela será vivida, será que elas têm um porque para fazer isso, será que
    tem tantos problemas para acabar consigo e ficar aos poucos sem amigos, a vida é tão curta e aqueles que têm talento tem menos tempo. Será que é tão difícil se expressar? Se amar?
    Aquelas pessoas não são diferentes, tudo passa a dor um dia acaba todos os criticam sem ter menos os conhecidos mudam as nossas vidas com apenas
    palavras lindas, seus sentimentos tornam-se ritmo e ajudam todos os que apreciam, pena saber que aos poucos estamos a perdê-los nossos ídolos, nossos
    exemplos, nossas inspirações.Estudar é tentar saber o porquê, é impossível pois só eles saberiam dizer, daria tudo para pergunta o porque. Tudo que é tão
    admirável e tão destrutível, será que se” auto-matar” vai melhorar, perder tudo aquilo que conquistou por um minuto sem aquela tal dor, todos já te amaram,
    e te odiaram podemos chamá-los de "otários",a arte expressada em palavras deslizava e os acompanhava transformavam mundos e corações como ninguém,
    tocavam aqueles que diziam, não acreditar e às vezes os faziam chorar, atravessaram barreiras para construir uma carreira, ajudam crianças a seguir seus
    sonhos, relembram tempos dos adultos idealizam, como seriam os seus mundos todos em suas épocas, mas com a semelhança de mudar e mostrar aquilo que o
    mundo precisava. Partiram cedo por exageros, mas continuam vivos nos coração de cada um de seus amigos eles não morrem, apenas vivem em outro lugar,
    peço a todos nunca parem de amá-los.
    Esses jovens ditos destrutivos e geniais temos Lorde Byron com sua poesia romântica e a Amy Winehouse com suas canções lindas em diferentes tempos e todos vitimas de si mesmos, não conseguiram controlar o inevitável ou até o menos provável. Eu procuro entender, mas não consigo, eles tinham tudo mais não tinham nada, se acabaram e ficaram a beira do nada, essas tendências se repetem o que muda é quem as pratica, tentando pensar que nossos ídolos não irão ,mas a vida não é assim alguns conseguem superar os problemas outros preferem se acabar espero que um dia todos tenham consciência , que suas vidas são mais importantes e parem com seus vícios destrutivos.
    Eu não os via como “drogados” e sim como as pessoas que me expiraram.

    Juliana Almeida de Queiroz
    Turma:801

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