sábado, 4 de outubro de 2014

Personalidades - Alex Ferrer



Dei muito trabalho para minha família na escola desde cedo. Não parava quieto, conversava muito e ia mal em todas as matérias. Quando os professores chamavam minha atenção, meus colegas explicavam que isso ocorria porque eu era criado por macacos. Todos riam. Nos anos 1980, comparar negros a animais era comum. Um dia, brincava na rua de casa, e uma das vizinhas me contou que minhas irmãs valiam 400 réis cada uma. Nunca tinha me ocorrido que as pessoas podiam ter valor em dinheiro. Nem sabia o que eram réis. Será que era muito? Depois dos risos das meninas, a explicação: era o valor que pagavam por negras na novela A escrava Isaura, reprisada na TV. Fiquei espantado. Pode nem ter sido a coisa mais maldosa que ouvi em minha vida, mas foi a que mais me marcou. Talvez porque, naquela época, ainda fosse muito desarmado. Tinha 8 anos de idade.


Há muito tempo percebo os preconceitos, mesmo os mais velados. Desenvolvi essa sensibilidade depois de um treino intensivo. Minha história e o que sou atraem uma variedade enorme de preconceitos. Minha família é negra e sempre foi muito pobre. Sou adotado. E sou gay. Acho graça quando ouço que o Brasil é um país mestiço e, por isso, sem preconceitos. Não guardo rancor, mas simplesmente sei que não é assim.
Meu pai era branco. Minha mãe era negra. Minhas quatro irmãs são mulatas, e meu único irmão também. Na infância, eu tinha cabelo claro e era muito branco. Hoje, tenho cabelos castanhos. Fui adotado ainda no hospital em que nasci, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. Fui abandonado lá por minha mãe biológica. Meus pais adotivos, José Joaquim de Souza e Adalgiza Ferreira, eram vizinhos da enfermeira que cuidou de mim. Não queriam aceitar um menino branco. Quando me viram, mudaram de ideia. Não passei por orfanato. Eles simplesmente foram me buscar. Seis dias depois, me registraram como filho. 

Os vários tipos de preconceito surgiam misturados no dia a dia. Era comum acharem que minha mãe era minha babá. Minha mãe chegou a ouvir que ela escolhera um branquinho porque não gostava da própria raça. Não tinha consciência disso, mas, quando era pequeno, me sentia inadequado, como se tivesse feito algo errado. Na escola, logo descobri que tinha outro defeito: era adotado. Hoje soa estranho. Na escola, até professores faziam comentários de mau gosto por eu ser adotado.

Entendi que era gay quando criança. Passei a pedir a Deus que me transformasse em heterossexual. Prometi que iria à igreja todos os finais de semana se me tornasse “normal”. Quando virei adolescente, o preconceito contra minha sexualidade aumentou. Naquela época, ser gay em Taguatinga era o mesmo que ter uma praga contagiosa. Vizinhos procuraram meus irmãos para me denunciar, como se isso fosse um crime. Meus pais já tinham morrido nessa época. Decidi me abrir. Fiquei surpreso com a compreensão de todos. Fui acolhido e senti, pela primeira vez, paz por ser quem eu era.

Meus irmãos e eu sempre batalhamos muito. Comecei a trabalhar muito cedo. Antes dos 15 anos, vendia os produtos de catálogo da marca Tupperwear, tosava cachorros e distribuía panfletos. Sermos esforçados e responsáveis não impedia que fôssemos maltratados por sermos pobres.

O amor e a união entre meus irmãos  e mim foram importantes para que todos conseguíssemos tocar a vida e para nos tornarmos pessoas produtivas e saudáveis. Nossa união chegava a causar inveja na vizinhança. A segurança que essa relação me deu foi fundamental para que eu assumisse quem era em todos os aspectos. Adotei a estratégia de nunca esconder minha realidade. Também jamais tive vergonha em pedir e aceitar ajuda. Quando era adolescente, acompanhei uma amiga a uma sessão de terapia. Contei minha história, e uma psicóloga se ofereceu para me atender de graça.  Aos 17 anos, fui com outra amiga, que fora eleita Miss Taguatinga, a uma entrevista num jornal de bairro. Fiquei conversando com o diretor do jornal sobre as celebridades da cidade. Ele me convidou a ter uma coluna social sobre os eventos locais.

Por causa dessa coluna, fui entrevistado na televisão por Amaury Jr. Ele me chamou de “mais novo colunista social do Brasil”. Tinha 17 anos. Alguns anos depois, fui ao programa do Jô Soares. Ele me apresentou como o colunista dos emergentes. Estudei até o 2o ano da faculdade de jornalismo. Larguei para morar na Espanha. Quando voltei ao Brasil, em 2005, fui para Santa Catarina apresentar um programa de coluna social de uma produtora local, transmitido pela TV Record. Depois fui para a Suíça. Hoje sou dono de uma agência de assessoria de imprensa e relações públicas em Balneário Camboriú. Organizo eventos, estratégias de marketing e dou assessoria para personalidades e empresas. Tenho minha casa e um padrão de vida confortável. Viajo muito, compro o que quero. Meus irmãos estão muito bem. Minhas quatro irmãs são funcionárias públicas em Brasília. Uma delas tem um cargo alto no governo. Meu irmão é policial, como meu pai foi.

Todos aprendemos a conviver com a diferença de raças. O que nunca mudou foi a discriminação por causa da classe social. De todos os tipos de preconceitos que vivenciei, nenhum foi mais forte e perene que o preconceito contra a pobreza. É algo que está em nossa cultura. Mesmo quem é pobre tem preconceito com quem é ainda mais pobre. Quem tem a casa mais feia da rua e as roupas mais pobres é maltratado. Até entre os ricos, o tratamento muda de acordo com as posses. A cultura no Brasil é simples: quem tem mais merece mais respeito.
Sofrer preconceito é uma prova de fogo para a autoestima de qualquer um. O preconceito contra gays mudou muito nas últimas décadas. Hoje, ser homossexual é até encarado como uma espécie de status positivo. O preconceito contra os negros melhorou, mas não acabou. Existe em todo o mundo, é latente. Em alguns Estados do sul do Brasil, é ainda mais evidente. É uma discriminação que se aprende em família, que passa de geração para geração. Quem não é negro acha um absurdo que eu diga isso. Mas é verdade. As pessoas veem como as avós tratam a empregada e reproduzem. Deveria haver uma disciplina, desde o ensino fundamental, dedicada a acabar com o preconceito nas escolas. Talvez ajudasse a reduzir o problema.
Uma das muitas consequências ruins do preconceito é que ele é contagioso, contamina até mesmo as vítimas. Ao ser olhado como inferior, você começa a se convencer de que é inferior, mesmo que racionalmente lute contra isso. Percebo que muitos negros avançam na vida menos do que poderiam para se proteger, para evitar sofrer ainda mais preconceito. É um movimento do tipo “vou me colocar em meu lugar”.

Recentemente, decidi adotar uma criança. Quero retribuir o acolhimento que recebi da minha família. Ainda não iniciei o processo nem discuti com meu namorado que papel ele quer ter nessa escolha. Deixarei idade, sexo e etnia em aberto no formulário. Sei que sofrerei novo preconceito: ser um homem gay criando uma criança. Não tenho medo nem vergonha. Ensinarei meu filho ou minha filha a não ter também.


>> Quer saber mais sobre a história de Alex Ferrer? Converse com ele em nossa página no Facebook na quinta-feira, às 16 horas. Faremos um bate-papo (#FacetoFace) com Ferrer.

25 comentários:

  1. Esse texto nos faz refletir um pouco sobre o que vem acontecendo no Brasil, se você for por exemplo em uma praça e perguntar as pessoas se elas se acham racista a maioria vai falar que não, então assim complica a ajudar a pessoas que não assume que tem um problema, ou na verdade a pessoa não percebe que tem isso.
    Na verdade todos temos varios tipos de preconceito, como por exemplo a questão da cor e a questão do sexo, se a pessoa é negra as pessoas olham para ela com um olhar diferente, se a pessoa é atraída pelo mesmo sexo elas procuram manter distancia, além de termos pessoas homofóbicas.
    A grande parte da população Brasileira não gosta de disser que tem uma parte da sua cultura Africana por que não tem nada parecido a população da africa e ainda que não gostam de nada que venha da Africa, só que toma café todo dia.
    O texto retrata sobre a vida do Alex Ferrer que sofreu bullying na faculdade por que era atraído por outro sexo, hoje em dia isso ocorre muito, as pessoas tentam parar de ser o que na verdade são e tentam fazer o que a sociedade quer, só para serem aceitas por ela e são poucos que tem a coragem de não seguir esses padrões da sociedade.
    Acho que se as pessoas pararem de criticar os outros e deixar eles seguirem sua vida em frente não teria tantos casos como esse.
    Nathan Tavares
    702

    ResponderExcluir
  2. Simplesmente entre todos os tipos de preconceito, nunca pensei que na vida de alguém e que na sociedade o preconceito de ser pobre seria um dos mais marcantes, ás vezes porque estamos acostumados demais a falar sobre o racismo e a homofobia,que acabamos esquecendo que o pobre também é vítima de preconceito. Na história de Alex Ferrer você vê um exemplo de alguém que sofreu e vivenciou quase todos os tipos de preconceitos, mas continuou bem e começou a se aceitar.
    Eu não sei se a vida dele foi uma demonstração de superação ou de sobrevivência, pois vamos combinar que não é nada facil ser adotado,ser gay,ser pobre e ter sua familia quase toda formada por negros, sem preconceito nenhum por minha parte, mas é muito dificiil, você não estaria somente suportando o preconceito por você, você ainda teria que ver sua família sofrendo o mesmo preconceito que o seu,ou até mesmo pior, imagine se alguem chamasse seus pais de macacos, achasse que sua mãe é uma empregada e que sua família é um bando de animais que conforme os humanos, são todos irracionais. A pior parte de todas foi que ele desde pequeno achou que seria errado ser gay pois sabia que as pessoas não o aceitariam por isso, como você se sentiria se desde pequeno alguem literalmente falasse para você que ser como você é é errado, principalmente quando esse "ser como você é" é diferente dos padrões aceitos da sociedade onde vive, imagine ser uma criança ou um adolescente que em vez de brincar com os amigos fique em casa pensando as consequências de ser daquele modo e de como pode mudar para ser aceito para aqueles que tanto quer o amor. Algumas pessoas como ele conseguem se aceitar
    É ridiculo saber que alguém que já tem pouco humilha alguém que tem menos que ele só para se sentr superior, será que nunca vai entrar na cabeça deles que grande parte dessas pessoas que eles estão humilhando estão realmente se esforçando para melhorar, tentando ter mais dinheiro para sustentar a familia ou em certos casos para sustentar a todos mas menos a eles.
    Na minha opnião se ele não tivesse aprendido a lidar com si mesmo ele nunca teria sido o grande homem que foi e nunca poderia mostrar para os outros que você tem que ser si próprio sem mudar para satisfazer os outros e sem ter medo de ser criticado, e que se for, não ligue, pois muitas vezes são dessas coisas que tiramos forças para enfrentar desafios ainda maiores.
    Eduarda Raposo-701

    ResponderExcluir
  3. A sociedade ja foi muito mais preconceituosa e intolerante sobre certos assuntos, o homossexualismo ja foi por exemplo uma razao viavel para deserdar um filho.A ciencia ja comprovou que e uma questao de genetica mas sobre a questao da cor, cada um tem certa quantidade de melanina pele e quanto mais houver mais escura sera a pessoa, sera que uma simples substancia faz com que o ser mude completamente? Sera que simplesmente o fato de que a pessoa e mais escura faz com que ela mereca ser tratada de outra maneira? Negra, branca ou amarela todos sao iguais e da mesma especie, somos todo humanos. No Brasil ocorreu uma mistura extrema de nacionalidades, logo, se um brasileiro critica alguem por algum aspecto cultural ou regional (que por tabela implicam outros fatores como a cor da pele) ele fala tambem de si mesmo, pois aquilo que ele esta a criticar provavelmente corre em suas veias. Nao existe um brasileiro ''puro''.
    O Alex Ferrer e um exemplo de pessoa pois batalhou com todas as suas forcas por seus direitos e contra a discriminacao, obvio que ele sofre, sofreu e sofrera por diversos fatores mas o pior ja passou pois ele viveu em periodo em que o preconceito era mais forte e presente.Ainda existe e e improvavel que em algum momento deixe de existir mas atualmente tudo isso e mais ''aceitavel'' perante a sociedade.A historia de Alex Ferrer me lebrou muito Machado de Assis pois os dois nascerem e cresceram de uma maneira ''ruim'' e representavam tudo que havia de ''errado'' para a sociedade.Machado poderia ter se tornado um marginal qualquer mas decidiu estudar e se tornou o maior contista brasileiro, ele era negro e tinha parentesco com escravos alforriados.Alex e homossexual e foi adotado por negros mas ele tambem nao quis se tornar um ''pivete'', decidiu trabalhar e se sustentar. Se todos seguissem este tipo de caminho nao existiria preconceito.

    -Enrico Meirelles

    ATIVO

    ResponderExcluir
  4. Há um tempo atrás, a minha amiga disse para minha família que queria cursar Medicina. Era mentira, ela falou só por brincadeira, mas com o tom sério. Todo mundo achou engraçado. Difícil demais, ela não passaria no vestibular.
    Depois relatei para eles o meu desejo de fazer Direito. Aplausos e incentivos para mim. Minha querida, você vai conseguir!
    Eu e minha amiga temos cores diferentes.
    Esta é só uma das experiências que eu já presenciei ao lado dela. Sei claramente que a sociedade me colocou num plano onde conseguiria atingir meus objetivos e ela não.
    Amigas desde sempre, demorei a entender que ela era tratada diferente de mim por ter um nível de melanina maior que o meu.
    Alex Ferrer, branco e gay, adotado por uma família negra, sofre preconceito por ser quem ele é.
    No texto, Alex afirma que nos anos de 1980, “comparar negros e animais era comum”, então quer dizer que houve uma melhora no que desrespeita ao racismo?
    Só gostaria de saber se o filho da minha amiga terá o mesmo tratamento do meu filho. Diferente de nós duas.

    ResponderExcluir
  5. Acho que o que mais se destaca na vida de Alex Ferrer foi toda a coragem que teve para lutar contra o preconceito, a discriminação e o bullying que sabia que ia sofrer só por ser pobre, gay, adotado e decendente de negros.
    Todos esses acontecimentos não só influenciariam na sua alto-estima como também no seu trabalho, no seu salário, na sua educação e na sua saúde.
    É imprecionante como o preconceito parece ser uma "reação natural". Recentemente a consulesa francesa Alexandra Loras, que é negra (a mãe é francesa e o pai nasceu em Gambia) concedeu uma entrevista onde se diz vítima de preconceito no Brasil. Perguntam até se ela é a babá do próprio filho, somente após dizer quem ela é, a tratam de"'querida". Na entrevista ela disse 'é um pouco ofensivo ver como as pessoas se comportam depois de saber meu nível de poder'. É o que está na revista Marie Claire do mês de outubro de 2014.

    Davi Vieira 702


    ResponderExcluir
  6. A reportagem de Alex Ferrer nos faz refletir sobre o preconceito sofrido por ele por ter sido criado por uma família negra e pobre. Ele nos relata acontecimentos que não estão tão distantes. Se olharmos com atenção perceberemos situações de preconceitos veladas ou não acontecendo a todo momento. E são passados através de piadas de mal gosto, canções infantis, brincadeiras. Muitas pessoas não admitem a sua cor ou sexo por conta da ignorância, preconceito e até mesmo a exclusão, pois a sociedade escolhe como as pessoas devem ser e como agir, e isso está errado. Alex Ferrer nos diz que o racismo é contagioso, pois nós passamos por casos desses no dia a dia e não percebemos que estamos pegando esse tipo de “doença”, assim vamos transmitindo esses valores a quem nos rodeia e as novas gerações. Relata-nos, ainda, que o pior dos preconceitos é o contra a pobreza, pois está enraizado em nossa cultura. Mesmo quem é pobre tem preconceito com quem é ainda mais pobre. A sociedade exclui tudo aquilo que é “diferente”. Se for pobre é pior. Quem tem mais dinheiro merece mais respeito, mesmo que tenha feito escolhas diferentes, que tenha uma etnia diferente.

    Maria Gabriela-701

    ResponderExcluir
  7. A história de Alex Ferrer, nos mostra que apesar de ter uma vida nada fácil, sendo abandonado por seus pais biológicos ainda bebê, ter sido adotado por uma família negra e pobre e se descobrir homossexual ainda na infância, venceu todas as barreiras do preconceito e hoje é dono de uma agencia de assessoria de imprensa e ralações públicas e vive uma vida confortável.
    Infelizmente essa realidade não acontece para muitos negros e homossexuais que ainda sofrem preconceitos em nossa sociedade. Sociedade esta muitas vezes hipócrita, que não diz ter preconceito mas trata com inferioridade, negros, pobres e homossexuais.
    O que precisa mesmo é haver maior amor no coração para que tratemos nossos irmãos, sejam eles de raça, religião ou opção sexual diferente, com respeito e dignidade. Meu desejo é que todo ser humano tenha uma vida com oportunidades igualitárias e livre do preconceito, que é como uma praga que contamina toda sociedade.
    Amanda de Oliveira Almeida - 802, Ativo.

    ResponderExcluir
  8. Nessa vida há muito preconceito, há muito racismo e descriminação e isso é pouco para o que muitos fazem.
    Tratar como se fossem objetos, animais, não humanos. Isso é o que eu chamo de pessoas não humanas, porque o homem deveria tratar todo mundo igual, claro, uns com mais carinho mas de um jeito que não os afetasse.
    Cada um tem a vida própria, se é pobre ou rico, se é inteligente ou não, se é negro ou branco, se é gay ou não, isso não faz diferença porque cultura, classe social não se liga a personalidade.
    Com essa postagem, pude ver que o Brasil era um país racista e preconceituoso, mas ainda há tempo de mudar e podemos começar como o Alex Ferrer, ele é gay e quer criar uma família diferente, sem preconceito.
    Se todos fizessem isso a vida, o Brasil seria melhor.
    O fato dele ser gay ou não, ou branco ou negro, ou rico u pobre não muda e não deveria mudar nada, não faz diferença.

    Olivia Macedo- 702

    ResponderExcluir
  9. Essa história nos mostra o preconceito em 1980 a diante, porém isso ocorre atualmente em vários casos do nosso dia a dia. O preconceito que Alex Ferrer sofreu muitos sofrem, mas como ele, poucos seguem em frente para conquistar o que quer. Ele foi um grande batalhador nesses momentos, mas muitos hoje não tem essa coragem que ele teve de seguir em frente, será medo da sociedade julgar? Provavelmente sim.
    No Brasil temos muitos casos de homossexualidade, principalmente nas grandes metrópoles, alguns escondem sua realidade, outros não, porém não são ''bem aceitos na sociedade''.
    Alex conta sobre os preconceitos que sofreu na adolescência, diversas pessoas sofrem com isso também. A sociedade não aceita esse tipo de gente por quê? Talvez seja para ela não ser julgada? com medo de não ser aceita? Sim. Mas será que um dia isso mudará? Não sabemos.
    A maioria das pessoas hoje dizem que aceitam as outras, mesmo com suas diferenças, mas isso obviamente não é verdade, as que não são assim se dizem inocentes, com medo do pensamento das outras pessoas.
    No mundo de hoje infelizmente, o ser humano julga de todo o jeito, só para não ser julgado.

    Lorenzo Vieira-701

    ResponderExcluir
  10. O preconceito, pelo menos aqui no Brasil, está presente em todos os dias, quando eu vou na rua, por exemplo, sempre vejo pessoas se esquivando de negros, gays e pessoas mal vestidas. Esse preconceito está no dia a dia. O Alex Ferrer é um dos muitos que sofrem preconceito, pois vários casos ocorrem na surdina.
    A vida de alguém que sofre preconceito não fica nada fácil, toda hora as pessoas estão a jogando para baixo, inferiorizando-as, isso não deve acontecer. Não se deve comparar negros, pobres e gays a outras coisas, simples, eles são seres humanos, da raça humana, e não devem de forma alguma serem inferiorizados pela sua opção sexual, pela sua cor de pele, ou até por quanto dinheiro você tem, isso é ridículo.
    Infelizmente, somos poucas pessoas para vencer o racismo, a população tem que ser conscientizada que ser preconceituoso é coisa de gente ignorante, gente burra. não sabem que só existe uma raça, e que cada um tem sua vida, temos que deixar cada um viver da maneira que quer.

    Victor Melo Ismério- 702

    ResponderExcluir
  11. Nesse documentário o Alex Ferrer nos mostrou vários tipos de preconceito. Infelizmente essa é a realidade não só do Brasil mas como de todo o mundo. E é preconceito pela pele, é preconceito pela escolha sexual, pela vida financeira, deficiência física, entre outros.
    Devemos amar uns aos outros e parar para pensar quem as pessoas verdadeiramente são, e não discriminá-las pelo que elas parecem ser. O preconceito é uma doença que, como o Alex falou, é passada de geração em geração e assim, vai contaminando todo mundo.
    Não se deixe levar por essa sociedade cruel que seleciona quem ela tratará com respeito e quem ela tratará com desprezo.
    Se coloque no lugar de uma vítima de preconceito...E aí? Deve ser horrível não acha?
    Quer mudar o mundo? Então comece por você! Se o que é ruim pega, quem sabe o que é bom também!

    Stella Strecht Santos- 701

    ResponderExcluir
  12. Não admito esse valor humano em relação ao dinheiro, é como se nós fossemos objetos em um leilão de quem dá mais. Imagino a tristeza daqueles antigamente que ficavam acorrentados, enfileirados, nus a espera que alguém o comprasse para se safar da morte e do sofrimento que viviam, sem nenhum carinho para receber. Para os senhores brancos eles eram somente brinquedos que obedeciam as ordens e podiam fazer qualquer coisa que quisessem.
    Em minha opinião o valor está no caráter, na gentileza, na alma e no coração, na bondade e na humildade e o nosso pagamento é retribuindo o nosso amor pelo outro, respeitando e fazendo dele o nosso amigo, sem preconceito e sem racimo, aceitando como ele realmente é, com o seu jeito moleque ou certinho, quietinho ou bagunceiro.... Ninguém é igual a ninguém e nem as opiniões são as mesmas, o valor é o amor que não me impossibilita de ter amizades.
    Laura Lyssa Carvalho de Sousa-701

    ResponderExcluir
  13. As pessoas deviam se importar com as condições financeiras das outras ? Ou com sua família? Só se você for adotado,homossexual ou pobre.
    O preconceito é algo muito ruim porque não é você que escolhe sua cor. Não é você que escolhe suas condições de vida. Por que o negro não ia para a escola ? O negro de acordo com os brancos ,tinha o cérebro pequeno ou seja , era burro. Então por que ir na escola ?
    O negro geralmente não ganha mais que o branco porque não teve o mesmo ensino que ele.O negro não tem a mesma casa que o branco por causa de suas condições de vida ,que geralmente são piores que a dos brancos.
    O homossexual é discriminado . Porque as pessoas se importam tanto com as escolhas dos outros?Afinal a vida nem são deles.Devemos tratar eles do mesmo jeito que tratamos os outros .
    Ser adotado é difícil .Falo por experiência própria .Naquela época ,se você fosse adotado seria rejeitado ,ainda mais quando se era adotado por negros .
    Atualmente nós crianças temos certeza de que o negro não é burro ou idiota e com essa certeza nós podemos mudar o pensamento do futuro ,fazendo com que nosso passado não volte a nos castigar .

    Maria Antônia Rodrigues-702

    ResponderExcluir
  14. Alex Ferrer foi um grande homem , mesmo sendo pobre , sofrer o que sofreu , conseguiu ser dono de uma grande agência . A história dele é uma grande demonstração de superação .
    Hoje em dia infelizmente todo dia temos casos de preconceito racial , com o sexo , por usar roupas baratas etc. Eu acho isso terrivelmente esdrúxulo! Cada um devia viver sua vida. Não deviam se importar só porque o outro é gay, ou porque as roupas que ele usa são baratas, ou porque ele é negro. Quando pessoas vêem outras pessoas pobres , gays ou negras , elas não tem o mínimo de educação, simplesmente olham esse , do pé a cabeça !
    Fico feliz e orgulhoso por Alex Ferrer, espero que quando aconteçam casos de preconceito pessoas sejam punidas , e com rigor . Acho que talvez só assim acabaria o preconceito.

    Miguel Leite Piersanti - 701

    ResponderExcluir
  15. Agora entra o que eu sempre falo: não precisamos aceitar, mas sim respeitar! E respeito é uma coisa que falta na nossa sociedade. Se uma pessoa, como o Ferrer, decide ser gay e criar uma família debaixo desse princípio, não sou eu que vou impedi-lo. Sei o que quero pra minha vida, então a escolha dele não afetará a minha. Por isso, por que eu iria julga-lo? Só porque a escolha dele é diferente da minha?! Eu amo a todos. Claro que tenho mais afinidade com alguns, mas, na religião (outra grande influência pro preconceito começar) que eu acredito, é ensinado que devemos amar/respeitar a TODOS! Queria que todos pensassem como eu: "respeitar sem precisar aceitar"..."respeitar sem precisar aceitar"... Mas infelizmente isso não acontece AINDA; por que "AINDA"? Porque acredito que nós podemos virar esse quadro. Podemos, mesmo com pouquíssima gente que não é preconceituosa, mudar essa idéia que os preconceituosos têm de julgar uma pessoa diferente deles... Muita gente acha que é impossível que isso aconteça, mas, pense numa árvore grande: de onde ela veio? De uma pequena semente! Então devemos começar no pouco, porque dessa forma o muito surgirá! Eu acredito! 
    Jade Tavares- 701

    ResponderExcluir
  16. Esse texto nos faz refletir muito sobre como o Brasil é preconceituoso e racista, não só com os negros, mas também com os mais pobres ou ate com homossexuais, o que eu acho ridículo, pois cara, quem somos nós ou quem é você pra julgar a escolha sexual de alguém? Se a pessoa tem uma escolha, e se sente bem com ela, não devemos julgar. Não importa se ela é gay, lésbica, negra, branca, asiática, judia, pobre, rica...etc não devemos ser preconceituosos e/ou racistas. Cada um tem sua vida, e temos que deixa-los viver do jeito que eles quiserem.
    Mariana Vita - 702

    ResponderExcluir
  17. O texto me passou uma mensagem positiva. Apesar de mostrar tanto sofrimento ao enfrentar muitos preconceitos, Alex Ferrer tornou-se um homem vitorioso, estudou e trabalhou muito e hoje possui um padrão de vida elevado, muito diferente da infância de dificuldades.
    Ele falou de uma coisa importante: o grande preconceito contra os pobres. Acabamos assistindo a cenas em que um carro ou uma casa fazem as pessoas tratarem o dono melhor, dando valor ao TER não ao que SER. Alex manteve os seus valores que recebeu da família e a união com seus irmãos, tudo isso o ajudou a enfrentar os desafios da vida.
    Muitas vezes a pobreza está dentro de pessoas com posses mas extremamente pobres de caráter e visão de mundo.

    Julia Pereira Vicente-702

    ResponderExcluir
  18. O texto nos faz refletir sobre como é devastador o preconceito.
    Alex Ferrer, vivenciou muitos preconceitos, primeiro por ser adotado, sendo ele branco sua mãe adotiva negra, imagino como ele devia ficar magoado quando as pessoas perguntavam se sua mãe seria sua babá. Outro fator, por ser pobre, incrível como na maioria das vezes em nossa sociedade, valemos por aquilo que temos e por fim ainda se descobrir gay na adolescência, trouxe para ele conflitos pessoais que o fizeram sofrer e ainda ter que ver o preconceito de seus vizinhos e pessoas em geral, não deve ter sido nada fácil mesmo.
    Que bom que ele conseguiu ser forte e ser um vencedor mesmo com tantas dificuldades. Que sirva de exemplo para outros que enfrentam preconceitos como ele.
    Precisamos valorizar o ser humano independente de sua raça, classe social ou por sua opção sexual.


    Lucca de Oliveira Almeida - 702

    ResponderExcluir
  19. Este artigo traz à nós sobre como uma vida cheia de preconceito e dificuldades pode se tornar uma história de superação.
    A discriminação no Brasil é muito grande assim como o preconceito. Alex Ferrer foi adotado, viveu em uma família negra e pobre e é homossexual.Diante de todo o preconceito, ele negou isso e segui em frente e venceu na vida.
    Muitas pessoas que sofrem o preconceito deviam seguir esse exemplo.Ser negro, gay, pobre não deve ser motivo para não vencer na vida e lutar. Aceitar quem você é e o que os outros são pode ajudar a diminuir o preconceito e o aumento do respeito pelo próximo seja ele quem for.
    Assim podemos sonhar com o Brasil sem preconceito.

    ResponderExcluir
  20. Essa postagem realmente chamou muito a minha atenção, pois fala com mais detalhes como é a situação e sentimento de uma pessoa que sofre de racismo e preconceito, Alex convive com esse tipo de situação desde de pequeno e isso fez com que ele tenha uma noção de como é o mundo, pois além de sua escolha sexual, ele também foi criado por pais negros.
    Isto fez com que Alex chegasse ao momento de se questionar, se quer ser o modelo que a sociedade aprova ou se quer ser quem ele realmente é, pois não só nos tempos de hoje, nós vivemos nesse conflito de não poder ser quem realmente somos é por isso que muitos de nós sofrem por discriminação, mas são pessoas como Alex fazem a diferença e me dão esperança, que essa triste realidade pode ser mudada.
    Maria Fernanda Honório de Oliveira-702

    ResponderExcluir
  21. Os preconceitos contra as religiões, classes sociais, cor da pele, homossexualidade e muitos outros são a maior prova de primitivismo e ignorância humana, que está por toda a parte contaminando a sociedade um por um.
    Alex Ferrer sofreu por três motivos na mesma época em sua vida e a sua força deveria inspirar a todos porque teve vários motivos para simplesmente desistir, sentar e acreditar no que diziam. Ao invés disso ele está preparado para adotar uma criança e ensiná-la o jeito certo de pensar.
    Sua vida deve ter sido muito difícil e se não lutasse pelo o que queria, nada do que conseguiu estaria hoje em suas mãos.
    Sua história mostra que a quantidade de melanina que temos em nossa pele não muda nossa inteligência ou caráter... Que todos os negros e/ou descendentes de africanos têm o potencial de um branco e/ou descendente de europeu.
    Ele poderia ser pobre e ter preconceito com pessoas mais pobres, ou concordar com o absurdo do adjetivo " macaco " para pessoas de cor escura, simplesmente por viver rodeado por seres que pensavam desse modo,mas deu a volta por cima e conseguiu um emprego, uma vida. Passou pela parte mais difícil que foi decidir no que acreditar e em tirar suas próprias conclusões entre o certo e o errado.
    Foi uma pessoa corajosa, sempre lutando por seus direitos porque infelizmente, enfrentar preconceitos é o preço que se paga por ser diferente.
    Devemos se avaliados por nossa personalidade, não pela cor da pele ou quanto dinheiro temos no bolso... Teremos que lutar juntos para conquistar esse tipo de pensamento e o primeiro passo é sempre se policiar.

    Giulia,701
    ATIVO

    ResponderExcluir
  22. Os preconceitos contra as religiões, classes sociais, cor da pele, homossexualidade e muitos outros são a maior prova de primitivismo e ignorância humana, que está por toda a parte contaminando a sociedade um por um.
    Alex Ferrer sofreu por três motivos na mesma época em sua vida e a sua força deveria inspirar a todos porque teve vários motivos para simplesmente desistir, sentar e acreditar no que diziam. Ao invés disso ele está preparado para adotar uma criança e ensiná-la o jeito certo de pensar.
    Sua vida deve ter sido muito difícil e se não lutasse pelo o que queria, nada do que conseguiu estaria hoje em suas mãos.
    Sua história mostra que a quantidade de melanina que temos em nossa pele não muda nossa inteligência ou caráter... Que todos os negros e/ou descendentes de africanos têm o potencial de um branco e/ou descendente de europeu.
    Ele poderia ser pobre e ter preconceito com pessoas mais pobres, ou concordar com o absurdo do adjetivo " macaco " para pessoas de cor escura, simplesmente por viver rodeado por seres que pensavam desse modo,mas deu a volta por cima e conseguiu um emprego, uma vida. Passou pela parte mais difícil que foi decidir no que acreditar e em tirar suas próprias conclusões entre o certo e o errado.
    Foi uma pessoa corajosa, sempre lutando por seus direitos porque infelizmente, enfrentar preconceitos é o preço que se paga por ser diferente.
    Devemos se avaliados por nossa personalidade, não pela cor da pele ou quanto dinheiro temos no bolso... Teremos que lutar juntos para conquistar esse tipo de pensamento e o primeiro passo é sempre se policiar.

    Giulia,701
    ATIVO

    ResponderExcluir
  23. "Quem é pobre maltrata quem é mais pobre" É um ditado de sabedoria. Não sei se é verdade, pois nunca morei na pobreza, mas acho que entendo o que ele está tentando dizer : Muita gente é preconceituosa com os outros só pra esconder o fato de que ela é pobre também. Não pode-se apontar dedos à ninguém, pois acho que muita gente iria jogar outra pessoa no fogo para não se queimar.
    Ele diz no texto que o preconceito mais forte foi o da pobreza. Pode ter sido pra ele, mas para muitas pessoas, a cor da pele é o que arranca a vida deles e corta ela em pedacinhos. Se a cor dele fosse escura, ele não iria falar que a pobreza foi a mais problemática.
    Este texto fala a verdade, se você queira ou não, então não deixe que o preconceito domine-os! Na minha sala, não acho ninguém preconceituoso, também na escola não acho que ninguém é. Pelo ou menos tem fé nesta geração.

    Mariana Garcia
    701

    ResponderExcluir
  24. sinceramente pensei em uma palavra, que nem sei se existe para os acontecimentos relatados acima , ridiculice parece errado mas é assim que me sinto quanto a isso; pensamentos errados , palavras erradas, e julgamentos errados ,na verdade julgar já é errado! Quem nunca ouviu da mãe ´´ não julgue para não ser julgado``.

    Na minha opinião, julgar ,discriminar cometer atitudes que não são do agrado de todos é errado, se não quiser ter esse pensamento ou se tiver sem problema, na verdade tem, mas , se é assim guarde a sua opinião pra você! Como diz o ditado ´´em boca fechada não entra mosca ``.
    Na verdade quando aquela vizinha fez o comentário para ele , que suas irmãs valiam 400 réis, pois era o preço de uma escrava , baseado na novela que ela tinha visto, demonstrou também seu preconceito incubado...
    Isso também só mostra que hoje em dia não tem nada que preste na televisão , que ela só ensina a matar , a roubar , a ser infiel ao cônjuge a ser racista e preconceituoso e vai subindo o número de porcarias passadas na televisão e que ficam em nossas cabeças e só nos fazem regredir ao invés de progredir dai um bordão que tem se tornado popular ´´O povo não é bobo fora rede globo ``
    Hoje quem vê muita tv não tem opinião própria, tem opinião incutida pela televisão... gente cadê a leitura, onde estão os cidadãos que pensam por si próprios, que tem princípios, que não vendem seu voto?! Onde estão os homens e mulheres de valores?!Que desconhecem o que é preconceito, que sabem avaliar o caráter e não a pele?!
    Vitória Leite
    702


    Victoria Rangel
    702

    ResponderExcluir