quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Crônica do Dia - Por que eles bebem e dirigem ? - Jairo Bouer

A adoção de uma lei seca mais rigorosa no Estado de São Paulo não bastou. Os dados da Secretaria de Segurança Pública revelam uma redução de quase 20% de acidentes com mortes no trânsito nos primeiros meses de 2012 para 2013 no Estado depois da lei, mas, no mesmo período, dois acidentes impressionaram. Um deles amputou o braço de um jovem ciclista em plena Avenida Paulista, uma das principais artérias de São Paulo. O outro matou um garoto de 15 anos que andava de skate numa rua de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ambos foram vítimas de motoristas alcoolizados. O convívio dos motoristas com ciclistas, motoqueiros, skatistas e pedestres nas ruas, cada vez mais estranguladas pelo trânsito nas médias e grandes cidades do país, se tornou insano. Quando a bebida entra nessa relação tensa, os efeitos são ainda mais catastróficos.
Vária
s propostas têm sido discutidas no mundo para reduzir a violência no trânsito. Em muitos países, ela é a principal causa de mortes entre os jovens. Entre as medidas, aumentar a carga tributária (e, por tabela, o preço das bebidas), diminuir os pontos de venda de álcool à noite, regulamentar a publicidade, fiscalizar com mais rigor e impor penas mais duras. Tudo isso parece causar um impacto inicial nos números. O grande desafio é aprimorar os resultados e torná-los permanentes. 
Há questões estruturais importantes que devem, também, ser atacadas. Nas grandes cidades, transporte público de qualidade e barato, estendido madrugadas adentro, que garanta um meio tranquilo de o jovem chegar em casa, é um deles. Criar áreas seguras nas ruas (com ciclovias protegidas) também pode ser uma medida importante. Alguns países estudam a instalação de detectores de álcool (uma espécie de bafômetro pessoal) acoplados a caminhões, ônibus e até carros particulares. Para ligar o motor, o próprio carro exige um controle do consumo de bebida.
Além desses fatores, não se pode esquecer o comportamento. Mais que ensinar a guiar e a respeitar quem está nas ruas, a educação para o trânsito deveria passar pela percepção do risco envolvido no ato de guiar embriagado ou sob efeito de outras drogas. É aí que se esbarra numa das questões mais difíceis. Como sensibilizar o condutor do veículo, principalmente o jovem motorista, do risco que ele corre e, pior, que ele pode oferecer aos outros? Sem mexer nesse componente humano, de noção de responsabilidade e limite, será difícil solidificar as conquistas deste início de ano.

4 comentários:

  1. Com toda a certeza passa pela educação de princípios básicos de respeito á vida própria e a alheia. As pessoas hoje estão imediatistas em prazeres, mesmo que sso custe caro. Impressionante é não terem a noção de caro, seja em valor financeiro ou afetivo por objetos , por sentimentos ou pela vida.
    Marlene Morceli

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  2. Embriaguez no trânsito, algo que acontece constantemente em nosso país, uma coisa que pode levar a ruins e inesperadas consequências seja consigo ou com outras pessoas.
    Ninguém quer deixar de ir à uma festa, ou sair com os amigos para beber porque não terá como voltar a não ser de carro. Todos dispensam a possibilidade de voltar de ônibus ou ir andando, preferem ignorar que algo de trágico pode acontecer, assim acontecem esses tipos de acidentes.
    Por esse e alguns outros fatores a Lei Seca é algo fundamental, para conscientizar o povo e castigá-los caso estejam provocando tais coisas para não cometerem outra vez, até por que ao fazer isso, estaria colocando a vida de outras pessoas e até a própria em risco.

    Thales Borges - 802

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  3. Aqui em nosso país, quase ninguém respeita as leis, pois em nosso país não temos fiscalização quase, falam que não se pode fazer aquilo mas não deixam ninguém pra olhar se tem alguém fazendo ou não. Temos que aumentar o número de policiais, porém, policiais bem treinados, que não aceitem propina para deixar o cara prosseguir. Se não começarmos a apertar o cerco esses embriagados não vão parar de dirigir, e consequentemente acabarão matando cada vez mais gente do bem, que estava fazendo o que gosta ou simplesmente dando uma volta.
    Essas pessoas são um perigo ambulante, pois quando estão bêbadas não tem noção das coisas, de distância, velocidade, entre outros. Eu sei que nosso país tem a lei, mas infelizmente ela é falha, não funciona, muitas das vezes por falta de ética de profissionais incompetentes e ambiciosos.
    Primeiramente temos que aumentar nosso transporte público, treinar policiais competentes, e a educação deve prevalecer, pois quando se tem educação mais facilmente se distingue o certo do errado, e irá solucionar o problema de algum jeito, pegar um ônibus, um metro, um táxi, ou seja, não vai dirigir, mas infelizmente o povo brasileiro não está acostumando a seguir leis, sempre tem um "jeitinho" de escapar.
    Não podemos pensar que só porque fulano faz que nós podemos fazer, que só porque a lei não funciona que nós não vamos cumprí-la. Tenho pena das famílias que perdem seu entes queridos por simplesmente imbecis ao volante, inconscientes, que não pensam nas consequências que aquele simples ato de dirigir embriagado pode causar.
    Essas pessoas deveriam perder logo o carro como pena, para nunca mais dirigirem bêbados, tinham que ser presas por um bom tempo, para ficarem tristes e se arrependerem do que fizeram, acabar com a vida de alguém não é nosso direito.

    Victor Melo Ismério
    802

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  4. Já não acho certo tomar “cerveja” , mas acho pior ainda se embreagar todo e ainda dirigir , o certo é beber e usar um transporte em que o sujeito não dirija , mas no Brasil existem muitos casos da lei seca , quanto mais pessoas vão se embreagando e do mesmo jeito dirigirem , da mesma maneira , vai ocorrer mortes , por isso acho que deveria ter um limite quanto a “cerveja”, não desejo mal para ambos os lados.
    Luiza Abreu - 701

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