Denominar José de Alencar como um escravocrata, quando ele era apenas um estudioso e crítico das instituições instauradas pela humanidade, sem antes pesquisar a fundo a sua obra, é uma atitude simplista e equivocada.
Essa imagem que se criou em torno de Alencar só traz consequências amargas, principalmente, para sua obra; porém foi ele um dos principais políticos a lutar contra a instituição escravocrata. Poucos sabem que no Brasil existiu o Vale do Valongo e que, de acordo com Joaquim Nabuco – um dos maiores abolicionistas brasileiros – em seu livro O abolicionismo, era o que de pior existia quanto ao tráfico negreiro no país: “Antes de 1840, o estado do País é fielmente representado pela pintura do mercado de escravos no Valongo.”.
E o responsável pelo término do tráfico no Valongo foi José de Alencar, enquanto Ministro da Justiça. Parece-me difícil conceber que tal ato passe despercebido aos que o tem como escravagista. A abolição, como se percebe, era defendida pelo escritor e político cearense. Porém, todo o problema em torno de sua figura se dá porque fez afirmativas que iam, de acordo com alguns críticos, contra os ideais abolicionistas. Mas muitos esquecem em que contexto essas afirmações foram proferidas.
Tacham Alencar de escravagista porque acreditava que a escravidão se autodestruiria, que a escravatura não poderia se elidir da forma que gostariam os abolicionistas: instantaneamente. Ele não era contra a abolição, mas sim contra a maneira como se daria o processo para se conseguir a abolição. Tentava ampliar a sua visão sobre todo o processo para que políticos e sociedade percebessem que a abolição era muito mais complexa do que apenas libertar os cativos. Entendia que envolvia aspectos, além de econômicos, sociais. Em seus discursos, proferiu: “Nem nos meus discursos e escritos aplaudi a escravidão; manifestei-me sempre de sua extinção espontânea e natural, que devia resultar da revolução de costumes”.
Pensamento utópico
Possuía, portanto, um pensamento utópico, pois acreditava que, antes de libertar os escravos, a sociedade deveria repensar os seus conceitos e careceria entender que o negro era um homem como qualquer outro.
Acreditava, ainda, que os abolicionistas não pensavam no que poderia acontecer aos escravos com a emancipação. Temia que ocorresse com os negros daqui o mesmo que ocorrera com os negros das colônias francesas, por não terem existido ações públicas que não deixassem os negros se firmarem na sociedade: “a emancipação, além da desordem econômica, acarretou a desgraça e ruína da população negra.” (Cartas de Erasmo, 1867).
Este é um ponto fundamental para podermos entender melhor e começar a refletir sobre o pensamento de Alencar frente à abolição e nos perguntarmos se o autor de Mãe (1860) seria realmente um escravagista como muitos o tacham. Os problemas que ele temia não vieram a acontecer? Vários foram os problemas sociais que ocorreram devido à má realização da abolição no Brasil e que perduram até hoje.
O que desejo é que o leitor comece a se questionar sobre essa aura de escravagista que foi posta sobre Alencar. E que possa se debruçar um pouco mais sobre a obra literária do autor cearense e, principalmente, sobre suas cartas políticas. Deve começar a se questionar por qual motivo boa parte da crítica literária tem no fundador do romance nacional um escravagista, enquanto outros escritores, que pensavam em comunhão com o autor cearense, como Joaquim Manuel de Macedo, eram tidos como abolicionistas.
O que deve ser feito é esclarecer e aprofundar um posicionamento ético construído ao longo da produção de José de Alencar, de forma a compreendê-lo mais detidamente a partir do problema que foi a escravidão em nosso país, e assim contribuir para que os próximos leitores possam entender melhor o autor que tentou mostrar à sociedade brasileira que se deveria mudar o pensamento social sobre os homens para que pudéssemos viver todos em pé de igualdade.
Nathan Matos é mestrando em literatura brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC)
http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2013/09/14/noticiasjornalvidaearte,3128799/jose-de-alencar-um-escravocrata-abolicionista.shtml
Muitas fontes de conhecimento pensam que o Romancista José de Alencar é um escravocrata, pois elas se baseiam em cartas escritas por ele onde não aprova a abolição.
ResponderExcluirPorém não percebem que o autor, não aprova do jeito que seria feita. Notava que se fosse feita instantaneamente, sem antes pensarem no que viria após a libertação, poderia haver problemas como os negros não serem contratados para trabalharem em outras áreas com salário razoável, serem vítimas de preconceito, abandonados a própria sorte, não receberem uma posição dentro da sociedade, etc.
E foi exatamente o que previu, os negros não conseguiram bons empregos com bom salário, como viviam nas fazendas durante a escravidão, quando fora abolida não tinham casa; não podiam voltar para seu país; não possuíam dinheiro; alguns por não conseguir emprego trabalhavam com seus antigos senhores em troca de lugar para morar; outros moravam nas ruas, e além disso sofriam racismo. Algumas coisas continuam até hoje.
José de Alencar nunca fora a favor da escravidão ou contra a abolição.
Como mostra o texto até conseguira acabar com um ponto de tráfico de escravos.
Muitos críticos não percebem o que ele queria transmitir para os abolicionistas, que a sociedade da época precisaria mudar o modo com que pensava, o negro como um objeto de trabalho, pois visto assim seria tratado assim até o pensamento mudar, o que até hoje não mudou muito pois muitos negros ainda são destratados. Se ainda é assim hoje antigamente era pior.
Se as pessoas que dizem que ele é um escravocrata refletissem um pouco mais, pesquisassem mais afundo, saberiam o porque de algumas cartas políticas “defendendo” a escravidão e indo “contra” a libertação, na verdade esse grande Romancista ia contra a espontaneidade da coisa.
Julia Tavares 901
De acordo com o texto acima, as ideias mais ampliadas de Alencar trouxe a ele uma visão mais distorcida do seu tipo de pessoa e de seu modo de pensar, pois ele queria passar ao povo brasileiro a ideia inteira da abolição porque seu fim não iria trazer apenas benefícios mas também traria malefícios que a população negra sofre até hoje.
ResponderExcluirMuitos sites que pesquisei até hoje sobre o José de Alencar vinha trazendo essa informação que ele era sim um escravagista, isso mostra que até hoje as pessoas pensam nesse abolicionista de visão ampla como um escritor a favor da escravidão.
Já tendo as informações desse texto em mente, minha opinião era que ele lutava sim ao lado dos abolicionistas mas devido a sua forma de pensar foi mal julgado e teve sua imagem desdobrada até hoje mas para isso acontecer eu não acredito que foi apenas um mal intendido a mídia da época que propagou essa falsa identidade do cearense agiu por má fé ou não levou sua pesquisa a fundo o bastante para fazer esse afirmação sobre sua personalidade.
José de Alencar como dramaturgo romancista e critico tinha pelo olhar de seus seguidores uma homem culto de mente avantajada, formado na faculdade de direito e ótimo escritor com obras de ótima repercussão como O Guarani e Iracema mas com essa pancada acredito que tanto na vida profissional quanto na vida pessoal ele sofreu prejuízos.
Acho que seria uma demonstração de respeito pela cultura do povo brasileiro e com o próprio José de Alencar se a prefeitura os museus ou se até mesmo os cidadãos promovessem algum tipo de esclarecimento com uma campanha ou algo do tipo para acabar com os boatos do escritor brasileiro.
Aluno: Wenderson
Turma: 901
Quando a escravidão chegou ao fim, o ex-escravo se tornou igual somente perante a lei, pois a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado não se preocupou em oferecer condições para que pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado.
ResponderExcluirCom isso os negros que não moravam na rua, passaram a viver em cortiços, com situação precária. Muitas ex-escravas eram tratadas como prostitutas, o número de ambulantes, domésticas e outros trabalhos em que o salário era absurdamente baixo ou nada, aumentou expressivamente.
Tendo como base essas informações, percebemos que o que José de Alencar temia realmente aconteceu. Ele tentou impedir, tentou ampliar a visão de muitos, tentou mostrar que a forma drástica que tudo iria acontecer encaminharia os ex-escravos a uma situação indesejada.
Até hoje várias fonte definem o autor como escravocrata, dizendo que ele era contra a abolição, mas na verdade o que ele queria era um melhor planejamento e que os políticos percebessem que se tratava de algo mais amplo do que somente soltar os negros. Envolvia outros aspectos e perspectivas econômicas e sociais.
Apesar de tudo isso, Alencar não foi ouvido e tudo o que ele previa acabou acontecendo tanto do ponto de vista econômico como social . A intenção dele sempre foi que todos os homens pudessem viver em uma situação de igualdade e com direito uma vida digna na sociedade.
O ideal de Alencar era que o processo de liberdade dos negros acontecesse de forma mais planejada ,onde de fato eles pudessem viver em uma sociedade mais justa e onde as oportunidades que lhe seriam oferecidas contribuíssem para uma melhoria de condição de vida.
José de Alencar, Machado de Assis e Castro Alves. Três autores distintos que causam grande impacto na nossa literatura, principalmente quando tem haver com o assunto mais polêmico de sua época: Abolição da escravatura, quem era contra não podia ser humano, já quem era contra era santo que devia ser protegido, tudo isso causa muito alvoroço e especialmente como três figuras o retratam causa mais ainda.
ResponderExcluirDe acordo com historiadores temos abolicionistas e escravocratas, e é necessário classificar idealistas em tal divisão. Do lado abolicionista teríamos Castro Alves, que demonstrou em seus poemas a dor que o negro sofria e que imediatamente todos deviam ser tratados iguais, só que não sei se era falta de experiência de vida ou viver de ideias abolicionistas, que faz com que Castro Alves nunca registre o que seria feito com a sociedade após a abolição, ou o que ocorreria com os ex-escravos. Já dois gênios literários foram mais afundo e mostraram para nós que antes de acontecer qualquer liberdade, é preciso mudar o jeito que o ser humano vê esse ex-escravo. Pronto! Foi o que precisou para que Machado e Alencar serem considerados escravocratas. O que faz termos essa ideia é pura ignorância, pois não pesquisamos para ter certeza o que ocorria naquela época e como eles pensavam.
O que José de Alencar criticava em seus discursos era a forma no qual iria ocorrer essa abolição, ela era instantânea, sem pensar nas consequências, que favoreceria mais a elite burguesa, do que os próprios negros, qual é a novidade? Isso ocorre até hoje. Por trazer a visão mais ampliada do que iria acontecer é muito criticado ate hoje, porém ele fez o certo. Os escravos agora livres teriam trabalhos com salários? Tinham casas? Seriam vistos como gente e não objeto? NÃO! Vários ficaram na rua, fugiram para os morros, continuaram a trabalhar para seus antigos senhores em troca de casa e alimento, foram marginalizados por tamanho preconceito que não lhes permitiram crescer como ser humano. E continua assim? Sim, pois o passado provoca o presente, mesmo com melhorias o negro ainda é em grande parte visto como inferior e sofre grande preconceito.
Uma coisa que aprendi em literatura e historia é que não podemos ser ignorantes, sair acreditando em tudo, e sim pesquisar mais, refletir, para criarmos nossa própria opinião e tentarmos chegar o mais próximo possível da verdade. Se todos fossem assim, veríamos como um dos grandes romanistas na verdade não era escravocrata, mais “via o futuro”.
Katelyn Ashley – 901
Mais uma vez uma boa personalidade da nossa história é difamada com falsos boatos espalhados por pessoas desenformadas. Não é a primeira vez que alguém da uma opinião e as pessoas interpretam errado ou fazem questão de interpretar errado apenas para fazer boatos.
ResponderExcluirJosé de Alencar tinha um ponto de vista onde a escravidão acabaria por ela mesma, com uma evolução da sociedade, e não de um jeito forçado como acabou sendo feito. Houveram várias consequências por causa desse abolicionismo forçado: a baixa qualidade de vida da maioria das pessoas negras, o racismo. Basicamente, "a escravidão não acabou, só mudou o chicote" como dizem algumas pessoas. Se a escravidão tivesse acabado por uma evolução da sociedade (que nunca aconteceu), provavelmente a escravidão teria realmente acabado.
José de Alencar foi o único dos abolicionistas que pensou nas consequências de uma abolição forçada e, realmente, ele estava certo. É um absurdo completo dizer que um escritor, patriarca da literatura brasileira, que escreveu livros como O Guarani, Iracema, é escravocrata.
Ele foi um dos únicos escritores que se importaram em produzir uma identidade nacional. Pois, quando o Brasil se tornou independente de Portugal as pessoas ficaram se perguntando o que elas seriam agora: portugueses? Brasileiros (funcionários da empresa Brasil, que tiram pal-Brasil)? Ou brasilianos ( pessoas que nasceram no Brasil). Para entender a diferença entre brasileiros e brasilianos você deve reparar que palavras com o sufixo "eiro" significa por exemplo: ferreiro(quem trabalha com ferro), padeiro (quem trabalha com pão), petroleiro ( petróleo) e etc, quer dizer que palavras com sufixo "eiro" significa profissão. Palavras com sufixo "ano, ino, eno, etc." significam nacionalidade: argentino, chileno, uruquiano e etc. Isso significa que nós nos caracterizamos como empregados da empresa Brasil mas não cidadãos do país brasi. Nosso patriarca foi um dos únicos que defendia "brasilianos", o que seria o mais certo.
Concluindo, José de Alencar defendia o término da escravidão por um avanço da sociedade que nunca aconteceu, e , lamentavelmente e muito provavelmente, nunca acontecerá.
Aluno: Bruno de Lorenzo
901
Mesmo com a abolição da escravidão, o negro hoje em dia ainda é discriminado pela sua cor, por acharem que ele ainda é inferior, que é sujo, que é bandido e que sempre vai morar na favela. Isso tem que mudar, até porque o que citei acima são coisas que acontecem desde a época da escravidão até os dias de hoje.
ResponderExcluirVemos que José de Alencar foi um grande escravocrata e que lutou pelos direitos e a liberdade dos negros, que eram escravos. Porém, a vida nem sempre é um mar de rosas, e com isso, após eles terem sido libertados muitos deles estavam pensando que iriam ser aceitos e respeitados. Mas, como José previu, isso não aconteceu ficando muitos deles sem oportunidades de emprego e vários sem moradia e, claro, que a escravidão dos negros continuou e continua até hoje, de uma forma indireta.
Alencar acreditava que antes da abolição, tinha que ter todo o apoio pisicológico de toda população e estado para conseguirem de uma forma ou de outra incluí-los na sociedade daquela época. E isso pode ser aplicado até os dias de hoje com suas obras, porém o preconceito das pessoas é tão grande que faz dessa utilização e aplicação quase impossível.
Precisamos rever nossos conceitos de certo e errado e começarmos a aceitar o negro em nossa sociedade, como José fez, e não desistir mesmo sendo uma das coisas provavelmente difíceis hoje e começar do zero pois é isso que faz a diferença.
Gustavo Lengruber,901
José de Alencar- Um escravocrata abolicionista
ResponderExcluirMuitos historiadores e autores ficam dizendo que o grande escritor José de Alencar era um escravocrata por causa de algumas cartas que ele escreveu não apoiando a abolição da escravatura na época do império, mas eles deixaram de lado um detalhe importante que pode mudar o ponto de vista de várias pessoas que são ingênuas em acreditar em tal afirmação sem ao menos pesquisar sobre o assunto.
José de Alencar tem a fama de escravocrata,mas ele não criticava a abolição em si,mas sim a maneira que a abolição estava acontecendo. Ele dizia que a escravidão ia se autodestruir com o tempo pois ele achava que se fosse repentinamente ,poderia causar problemas para os negros na sociedade da época, pois se fosse repentino as pessoas poderiam não se acostumar com tanta rapidez.
Podemos ver que essa escravatura ainda existe no Brasil,não somente com os negros mas com todas as classes menos favorecidas da sociedade brasileira,pois existe algum preconceito ainda da época do império, tendo como base a cor da pele e a condição financeira do individuo envolvido, e assim fazendo uma avaliação somente nesse aspectos, e não se importando com o caráter ou com a eficiência que a pessoa pode ter na impressa. Mas esse preconceito tem sido notado desde essa época.
Esse grande autor tem sofrido esse preconceito até hoje,pois alguns historiadores tem dito que ele apoiava a escravidão mas não existem provas que possam dizer isso,pois a história depende do ponto de vista da pessoa,ou seja, pode haver opiniões controversas dependendo do historiador e do seu ponto de vista.
Enfim, a grande história do patriarca da nossa literatura tem seus mistérios e seus segredos a serem descobertos,pois os fatos históricos são controversos e dependendo de quem está falando pode ter um sentido totalmente diferente,mas temos que ter a consciência que se formos dizer algo sobre alguém, temos que conhecer o individuo para não haver confusão e acabar confundindo as coisas.
Aluno: Guilherme Oliveira 901
O texto de Nathan Matos, mestrando em literatura brasileira pela UFC, aborda a polêmica em torno da figura de José de Alencar enquanto escravocrata ou abolicionista. Alguns críticos da sua obra defendem que ele era escravocrata devido às cartas políticas que escreveu, outros, argumentam que Alencar era abolicionista, pois o mesmo defendia a liberdade dos escravos.
ResponderExcluirDe acordo com o texto de Nathan, José de Alencar afirma, em alguns textos, ideias contra os ideais abolicionistas, fazendo com que acreditassem que era escravocrata. Porém, diante de sua posição social e política, será mesmo que ele realmente gostaria que acabassem com a escravidão para a sociedade rica, uma vez que ser abolicionista é ser revolucionário e pretender uma mudança radical? Muitos críticos, segundo Nathan, defendem essa posição escravocrata de Alencar por ele ter escrito alguns textos contra os ideais absolutistas.
Todavia, segundo alguns críticos, Alencar poderia ser tachado como abolicionista, pois ele defendia a abolição, mas não em uma forma radical, por temer que os escravos fiquem sem moradia, sem emprego, podendo ocasionar conflitos sociais. Além disso, Alencar foi responsável pelo término do tráfico no Valongo, mais uma evidência de que era a favor da liberdade.
Portanto, segundo o texto de Nathan Matos, alguns críticos defendem que José de Alencar era escravocrata e outros defendiam que era abolicionista. Diante das informações, percebe-se que o escritor tem a ideia da liberdade humana, por outro lado, diante de sua posição social e do contexto da época não poderia ser abolicionista tanto por temer conflitos quanto por perder os benefícios do trabalho escravo.
Leticia Salvini 901
Não podemos falar com certeza se José de Alencar era escravocrata ou abolicionista, não temos comprovações para afirmar tal fato. Para entender um pouco melhor precisamos enxergar o contexto da época, vivia num lugar onde as pessoas eram extremamente contra os negros, contra a abolição e devemos pensar que uma pessoa inserida em uma sociedade tem poucas chances de sair diferente daquele modelo.
ResponderExcluirJosé acabou com o Vale do Valongo, porém acreditava que simplesmente soltar os negros não seria a solução para o fim do regime escravocrata, ele não queria que ocorresse de uma hora para a outra, para que não existissem os problemas que temos até hoje. Ele não queria libera-los porque dizia que eles não iriam arrumar algum emprego, alguma moradia, que fossem desfavorecidos em relação aos brancos, então dizia que tudo tinha que ser feito com muita calma para que esses problemas não viessem a acontecer.
Eu entendo que naquela época era difícil alguém importante se expor por uma causa que muitos não queriam, que poderia trazer malefícios para ele, ou para outra pessoa que fosse a favor da abolição, eu acho que a melhor opção seria esperar um pouco, que fossem acostumando o negro naquela sociedade, acostumando as pessoas com trabalho assalariado, que fossem acostumando aos poucos, para que não ocorresse nenhum conflito, para que ninguém ficasse prejudicado, o que acabou acontecendo. As decisões que fizeram e que tiveram que fazer podem ter prejudicado muitas pessoas e continuar prejudicando até hoje muitas pessoas.
Victor Melo Ismério