Antievasão
Pedirei
Suplicarei
Chorarei
Não vou pra Pasárgada
Atirar-me- ei ao chão
E prenderei nas mãos convulsas
Ervas e pedras de sangue
Não vou pra Pasárgada
Gritarei
Berrarei
Matarei
Não vou pra Pasárgada
Ovídio Martins
Cabo Verde
Impressionante o jeito com o qual Ovídio Martins faz a intertextualidade com o poema “ Vou-Me Embora para Pasárgada” ,de Manuel Bandeira. Nesse poema além de tudo, percebemos a influência da literatura brasileira na África. É totalmente inexplicável e incrível como o autor entre tantos jeitos de se expressar a favor da liberdade de seu país escolhe logo o caminho da literatura. A maioria de seus poemas, na minha opinião, eram todos envolvidos com as atividades de independência de seu povo, e desse modo virou um grande ativista.
ResponderExcluirEm todos os versos ele suplica que não irá desistir da luta e que vai levar seu povo a vitória, ele fala que vai apoiar e lutar a favor de seus ideais e dos ideais do seu povo e principalmente mostra a força e o sofrimento de alguém que quer liberdade e que não vai para Pasárgada, pois prefere continuar em sua terra natal tentando ser livre, do que encontrar e fazer um mundo perfeito e imaginário.
Assim, finca a ideia de esperança e que não vale você imaginar um mundo perfeito se o real estiver longe disso, ele pensa em ajudar a todos que estão sendo prejudicadas pela ação de anti-liberdade.
Eduarda Raposo-701