Por Nara Rúbia Ribeiro
Eduardo, não sei se lhe disseram isso. Mas viver é algo muito perigoso. Quando menos se espera, a morte nos toma de assalto, enquanto a gente caminha satisfeito porque a professora de Geografia não notou a tarefa mal feita e sorri pensando na comida da mãe ou na pelada a jogar no campinho de terra logo mais com os amigos.
Sabe, Eduardo. A vida realmente não é como o desenho animado, onde o Pica-pau leva tiro e não morre nunca. E, não sei se deu tempo de perceber, mas nem sempre o mocinho vence, no final da história. Aqui é uma terra meio confusa, sabe… Não raro alguém com farda de soldado tem sangue de bandido e, quando se depara com um pobre menino a subir o morro, a sede de sangue muitas vezes fala mais forte.
E pode ser até diferente. Pode ser o tal polícia de tanto colocar o peito na mira de tiro, já nem sanidade tenha e sequer enxergar consiga, tamanho o escuro em seu coração. Um poeta alemão disse, há muito, que “do rio que a tudo arrasta se diz que é violento/mas ninguém diz o quanto são violentas/as margens que o reprimem”. Talvez quem atirou (ainda não sabemos a circunstância) seja tão vítima quanto você.
O que acontece, Eduardo, é que a sociedade quer combater o fogo com fogo, e a fogueira só aumenta. O homem decidiu desumanizar o homem: bandido é bandido e tem que morrer (nem é gente), e tem que sofrer males físicos, e tem que ser submetido a trabalhos forçados e tem que receber o troco com a mesma moeda.
E a sociedade não percebe que quando desumaniza um humano ela agiganta o mostro latente na alma desse ser já infeliz. E que a cada dia o mal toma contornos mais fortes e mais invencíveis.
Por isso, Eduardo, vá passear lá em cima e volta! Talvez daqui a um tempo o brasileiro perceba que miséria só se desfaz com a generosidade. Veja que aqueles de tendência infeliz são os que mais necessitam, junto à reprimenda legal, de amparo, de orientação, mais necessitam de serem tratados como humanos e recebam do Estado brasileiro o tratamento digno, a oportunidade de ressocialização, a benesse de uma nova chance de vida.
E, quem sabe, primando o Brasil pela dignidade de todo e qualquer brasileiro, as nossas crianças se vejam blindadas de proteção e carinho. E possam, assim, caminhar sem o medo de que uma bala lhes colha toda a vida que ainda estão por viver.
Nara Rúbia Ribeiro: colunista CONTI outra
Escritora, advogada e professora universitária.
Administradora da página oficial do escritor moçambicano Mia Couto.
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Mia Couto oficial
Racismo que leva a vida
ResponderExcluirMorar numa favela não é fácil, devido aos tiroteios e balas perdidas, ser negro não é fácil,o racismo está presente na vida, ser criança também não é muito fácil, imagina se você for negro, criança e morar numa favela, será menos fácil ainda, ainda mais com policiais "sedentos de sangue" atirando na primeira coisa que veem pela frente.A vida de Eduardo não devia estar sendo muito fácil, mas agora a vida dele acabou.
Como muitas crianças mortas injustamente Eduardo era um menino pobre , e com pais de baixa renda, mas era APENAS uma criança.Uma vez estava vendo uma reportagem com crianças que moram em favelas sobre a visão que eles tem dos policias, a maioria dizia que tinha medo, as pessoas que mais deviam nos passar segurança agora passam uma impressão de medo constante.
Eduardo com certeza não merecia isso, ele era só um menino voltando da escola, como muitas crianças fazem, poderia ter sido qualquer um,poderia ter sido algo acidental como farias vezes acontece, mas infelizmente não foi.Isso aconteceu com um menino negro, pobre e que morava numa favela, e não foi acidental, o tiro era para acerta-lo.
Uma das coisas mais revoltantes desse acontecimento é que os policiais normalmente saem impunes, ou cumprem uma pequena pena e depois saem, de consciência limpa.Claro que não existem somente policiais assim, também existem aqueles que exercem a profissão de maneira correta, esses sim passam uma imagem de confiança e proteção, mas infelizmente hoje esses parecem ser a minoria.
Por trás desse acontecimento podemos ver uma coisa facilmente, o racismo nesse tipo de ação.Com relação a isso não tem jeito, é preciso mudar, pois penso que mesmo que não percebamos o racismo ainda existe, e é preciso começar a mudar isso dentro de cada um de nos, para que possamos passar isso aos nossos filhos, assim de pouco em pouco conseguimos mudar a mentalidade de uma grande quantidade de pessoas.O racismo é um injustiça é preciso evita-lo ao máximo, para que casos como esse não voltem a se repetir.
Sofia Guedes e Silva
Turma:701
Eduardo vivia uma vida como todas as outras no subúrbio, morava em uma casa de baixa renda e freqüentava a escola pública como muitos outros. Só, que um acontecimento muito trágico aconteceu com o pobre Eduardo, infelizmente quando ele fazia seu trajeto diário de volta a sua casa para o almoço. Ele foi atingido por uma suposta “bala perdida” de algum dos policiais que estavam realizando a ocupação da favela no momento.
ResponderExcluirA vida de Eduardo não era muito fácil, pois todos os dias fazia um trajeto longo, de sua casa até a escola. Ele era um garoto com muitos amigos e adorava jogar bola no campinho da comunidade, mas infelizmente um dia a felicidade dele e de todos que viviam ao seu redor diminuiu.
Os policiais que deveriam ser preparados para o uso da arma, não são mais! Vi uma reportagem no programa Fantástico da Rede Globo de televisões, que demonstrava que a situação dos ‘PMS’ é tão precária quanto à dos moradores desse local!
Então, em minha opinião, o governo deve sim investir no monitoramento dessas favelas, mas primeiro deve investir na preparação de quem vai realizar isso.
ISADORA MOTA CORTAT REGIANINI
7° _ 701
ResponderExcluirConflito nas comunidades
Por mais que seja uma comunidade pacificada, o morro do alemão é cenário de intensos conflitos entre bandidos e polícia. que quase sempre terminam prejudicando os moradores. Falar em balas perdidas é uma ironia, elas são achadas, pois sempre acabam atingindo alguém.
Uma das vítimas dessas balas foi Eduardo um menino de 10 anos que foi morto por um tiro ao subir o morro do alemão na semana santa. A sua trágica morte foi em consequência de uma bala perdida. De onde venho o tiro? é o que todos perguntam.
A polícia vai ao combate, dos marginais entretanto as suas vítimas muitas vezes são os moradores e não os bandidos como deveria ser. Não que a polícia tenha que matar as pessoas, sejam culpados ou inocentes. Na verdade a polícia que deveria proteger a população acabam sendo mais violentos que os marginais.
Os riscos que os moradores correm são grandes, pois a qualquer momento você pode ser acertado por um tiro.
Essa não foi o primeira morte registrada, e por isso algumas medidas devem ser tomadas. Como por exemplo: que os polícias sejam treinados de uma forma melhor. Não podemos deixar que mais mortes causadas por esse motivo aconteçam. Senão as crianças, adultos, jovens todos irão ser prejudicados.
Aluna: Júlia Campos
Turma:702