quinta-feira, 2 de abril de 2015

Te Contei, não ? - Conhecendo um pouco mais do Barbudo !!!

A prosa de ficção surgiu no Brasil por meio de um gênero literário, o romance, e nosso primeiro romancista foi o fluminense Joaquim Manuel de Macedo, com o best-seller (1865)" e "Ubirajara", de Alencar (1874);




Romances Urbanos: "Cinco Minutos" (1860), "Lucíola" (1862), "A Pata da Gazela" (1870), "Sonhos d'Ouro" (1872) e "Senhora" (1875);
Romances regionalistas: "O Gaúcho" (1870), "O Tronco do Ipê", "Til" e "O Sertanejo";

Romances históricos: "As Minas de Prata" (1862) e "A Guerra dos Mascates" (1873).

Cabe agora fazer uma breve apreciação de cada uma dessas categorias, seguindo a ordem acima exposta.

Romances indianistas Afirmar a identidade brasileira, significava em primeiro lugar valorizar nossos traços autóctones, isto é, aqueles que aqui já existiam antes da chegada dos colonizadores. O índio é quem irá representar esse papel, de vez que ele é o homem da terra brasileira em estado puro. Assim, o índio assumirá o papel de herói de símbolo da raça, papel que nos dias de hoje têm sido assumido principalmente por jogadores de futebol e atletas de um modo geral.

Nesse sentido, destaca-se Peri, o personagem principal de "O Guarani", romance em que Alencar, de modo épico, faz uma alegoria das origens do Brasil. Peri tem todas as características heroicas que você possa imaginar: ele surge no romance caçando, "no braço", uma onça. Logo mais, ele descobre as maquinações que o vilão, Loredano, trama contra seu senhor, dom Antonio de Mariz, e trata de frustrar seus planos. Além disso, nutre pela filha de dom Antônio, a jovem Ceci, o mais puro e dedicado dos amores. Esse par amoroso Peri-Ceci tem características de um simbolismo evidente: da união do índio com o branco é que se origina o "mestiço" brasileiro.

"O Guarani" é "a epopeia da formação da nacionalidade". Esse caráter nacionalista e grandioso levou-o a ser adaptado para o canto lírico, dando origem à ópera de mesmo nome, composta por seu contemporâneo Carlos Gomes, bem como a algumas adaptações cinematográficas, das quais a mais recente data de 1988, dirigida pela atriz e diretora Norma Bengell e não faz jus à obra de Alencar. No entanto, vale destacar também "Iracema" que também apresenta uma alegoria do surgimento do homem brasileiro, a partir da união da índia Iracema e do colonizador Martim, porém de modo lírico e poético.

Romances urbanos Nessas obras, Alencar se dedica a traçar um painel da vida na Corte, ou seja, a cidade do Rio de Janeiro, sede da monarquia brasileira. Os enredos basicamente tratam de aventuras amorosas e procuram traçar os perfis das mulheres que os protagonizam. Nesse sentido, Alencar avança numa característica que se tornará importante ao gênero romance: a observação psicológica das personagens. Ao mesmo tempo, faz crítica de costumes sociais de sua época.

Esse é particularmente o caso de "Senhora", em que o autor faz uma crítica ao casamento por interesse e ao arrivismo social, narrando a história de Fernando Seixas que é "comprado" para ser marido de Aurélia Camargo. Aurélia havia herdado uma providencial fortuna com a qual se vinga de Fernando, que a desprezou quando ela era pobre. Como se vê, contudo, trata-se de questões superficiais. Alencar não consegue perceber nem tematizar as grandes mazelas da sociedade brasileira de seu tempo. Por outro lado, sua literatura urbana abriu caminho para o surgimento de uma obra genial como a de Machado de Assis.

Romances regionalistas O maior mérito de Alencar, aqui, é o de ter inaugurado um caminho que se revelaria muito proveitoso para a literatura brasileira. Ao colocar o foco sobre as realidades regionais do Brasil - no Rio Grande do Sul, em "O Gaúcho"; no interior de São Paulo, em "O Tronco de Ipê", no Nordeste em "O Sertanejo" -, Alencar logo conquista seguidores, que também fariam literatura regionalista, como o Visconde de Taunay e Bernardo Guimarães, ainda no século 19.

Contudo, é no século 20 que o regionalismo vai se manifestar com grande vigor na literatura brasileira, gerando grandes autores a partir da década de 30. São muitos os autores regionalistas que podemos destacar e que produziram obras-primas para a literatura brasileira de um modo geral. Entre eles, é impossível deixar de citar José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Érico Veríssimo e João Guimarães Rosa.

Romances históricos O romance histórico é um subgênero do romance que não deu muito certo no Brasil, mas não se pode acusar Alencar por isso. Em seus romances dessa categoria, ele procurou mostrar que o Brasil independente tinha raízes na Colônia. De resto, convém lembrar que se debruçar sobre o passado "brasileiro" propriamente dito seria se debruçar sobre o Brasil pré-cabralino e aí entramos na seara do romance indianista. O romance histórico faz mais sentido na Europa onde as tradições medievais de cada nação forneciam matéria narrativa e efetivamente refletiam as origens de cada país.

Uma breve avaliação O projeto alencariano de retratar a realidade brasileira pelo romance talvez peque pelo fato de os modelos do autor serem europeus e por ele se ater demais aos seus modelos. Mas o que se pode esperar de um autor brasileiro daquela época? Os romancistas europeus do século 19 contavam com uma tradição narrativa que datava no mínimo do século 14, para não falarmos da literatura greco-romana. A literatura brasileira não contava com nada disso e nenhum homem pode criar qualquer coisa a partir do nada.

Isso atenua Alencar da acusação de simplesmente transpor os padrões europeus para nossa realidade. Além disso, o mérito de Alencar é o do pioneiro, o daquele que procura e desbrava caminhos. Finalmente, o crítico Roberto Schwartz aponta um mérito a mais na obra de Alencar que não deve ser desprezado: ao transpor os modelos europeus para a realidade brasileira tão distante da realidade europeia, a obra de Alencar tem involuntariamente um quê de paródia, que prenuncia a maneira satírica com que os modernistas e os tropicalistas vão olhar para os valores estrangeiros e tentar criar valores genuinamente nacionais.

Por Antonio Carlos Olivieri, Da Página 3 Pedagogia & Comunicação é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação.

14 comentários:

  1. José Martiniano de Alencar, foi um dos principais romancistas da literatura brasileira. Escreveu romances indianistas, urbanos, regionais, históricos... E são nesses romances que esta postagem se foca, nos permitindo ter um mais aprofundado conhecimento, tanto do que abrange cada um desses subtemas, como também do modo que Alencar escrevia, sua forma de ver as coisas e criticar a sociedade brasileira de seu tempo.
    Me fez ver melhor o jeito que o autor abordava em seus romances, a origem do "mestiço" brasileiro e como criticava a bruta forma que os colonizadores arrancaram do nós nossas riquezas. Como na obra "Iracema", na qual a pura índia se apaixona por Martin, um europeu, que após engravidar Iracema a abandona, deixando-a sem forças, triste e sozinha. Logo após ter seu filho ela morre e Martin fica com ele. Assim como o europeu tirou a maior riqueza de Iracema , os colonizadores tiraram as riquezas brasileiras.
    Em romances urbanos, Alencar também trabalhou maravilhosamente, criticando muitos costumes sociais da corte (Rio de Janeiro) daqueles tempos. Além disso, abordava neles temas muitas vezes vistos como imorais para a época, como a prostituição, que sofriam com a opinião de moralistas, talvez por terem medo da realidade.
    Portanto, concluí que em tudo que escrevia, o hoje tido como patrono da literatura brasileira, empregava de maneira sábia o conteúdo, retratando a realidade brasileira pelos romances, com seu rico vocabulário e bagagem cultural, que hoje inspiram pessoas e as ajudam entender muito do que acontece com outros olhares.

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  2. José de Alencar, nosso patriarca da literatura brasileira, escreveu vários romances durante sua carreira de escritor. Podemos dividir suas obras em quatro grupos. Indianistas, onde ele afirma a identidade brasileira falando sobre o verdadeiro povo que vivia em nossas terras muito antes de os europeus as colonizarem : Os índios. Estes vão assumir o papel de heróis dentro da história, o que hoje em dia são os "jogadores de futebol". Alencar procura proporcionar várias características nesse tema heróico ao protagonista da obra O Guarani, tornando - o forte, corajoso e bonito, e também, fazendo - o surgir na história matando uma onça com os próprios braços.
    O amor sincero de Peri com Ceci representa a união do índio com o branco, que é de onde se origina o "mestiço" brasileiro. Isso é claro, narrando o acontecimento de uma forma romântica, e não dizendo como os colonizadores foram ter filhos com as índias...
    Nos romances urbanos, José de Alencar procura retratar a corte do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que critica costumes da sociedade, como o casamento por interesse ou o arrivismo social. Esse é o caso de Senhora, onde Fernando Seixas é "comprado" para ser marido de Aurélia Camargo. Aurélia havia herdado uma providencial fortuna com a qual se vinga de Fernando, que a desprezou quando ela era pobre. Alencar é bem superficial nessa obra, mas seu romance urbano abriu caminho para o surgimento de uma obra genial como a de Machado de Assis.
    Nos romances regionalistas, o escritor procura nada mais que focar sobre as realidades regionais do Brasil - no Rio Grande do Sul, em "O Gaúcho", no interior de São Paulo, em "O Tronco de Ipê" e no Nordeste em "O Sertanejo"
    Os romances históricos, por fim, não deram muito certo em nosso país. Não por culpa de Alencar, mas pelo fato de que mesmo demonstrando que o Brasil possuía raízes na colônia, falar do passado do Brasil propriamente dito, é falar sobre o povo que viveu antes dos europeus chegarem aqui, e isso é característica da obra indianista.


    Aluno : Nickolas Brandão

    Turma : 901

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  3. Ser gênio não é algo que possa ser desenvolvido ao longo da vida, é simplesmente parte do corpo, vem lá escrito no DNA: cabelo preto, olhos castanhos, baixo, gênio. Porém como tudo na nossa vida é necessário de algo para despertar essa geniedade, e é exatamente isso que ocorreu com José de Alencar.
    Desde cedo habituava o mundo literário, que acorda o fator gênio, e essa convivência fez com que se apaixona e crie uma dominância naquele requisito. Ele sabia todas as formas europeias de escrita, e aos poucos foi adaptando o modelo europeu a sociedade brasileira. Percebemos isso nos seus romances indianistas e regionalistas, que voltam ao passado para narrar o nascimento do mestiço brasileiro, mais principalmente para entender sua missão de registrar sua nação, pois é aqui que começa, com heróis idealizados fortes e damas em apuros.
    Sempre atento ao mundo europeu, quando começa a sair às primeiras obras transitórias entre o Romantismo e o Realismo, encontra inspiração em A Dama das Camélias, e “adapta” a corte. Nesse caso temos os famosos Perfis de Mulheres que causaram muito escândalo para a elite carioca, pois registra com muita classe alguns podres e pecados da sociedade, além de criticar vários valores.
    Viveu por poucos anos, só 48 anos, mas deixou uma marca imperdível para nosso país. Por dominar tão bem os romances, pois produziu todos os estilos, despertou e influenciou novos talentos, como Bernardo Guimarães, Escrava Isaura, e até mesmo Machado de Assis, que até escolhe Alencar para ser patrono de sua cadeira na ABL. Basicamente “funda” nossa literatura, pois é ele que da a base para que futuros escritores possam escrever o que quiserem, mas manter um toque brasileiro, além disso, suas próprias obras marcaram e continuam a marcar a sociedade, aos poucos mudando o que é possível. Ler uma obra alencariana é tão prestigioso de ler um machadiano ou uma obra britânica, pois todos sobreviveram o tempo e continuam afetar vidas ao seu redor, mesmo anos depois da criação e da morte do autor, pois são todos clássicos. Agora só um gênio mesmo para fazer tudo isso e não ser esquecido.
    Katelyn Nelson - 901

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  4. O romancista José Martiniano de Alencar (1829-1877) teve seus romances classificados em quatro grupos:
    Romances Indianistas: por valorizar a cultura brasileira antes dos colonizadores do índio como herói, onde matava até onças com seus próprios braços, personificado pelo índio Peri, no livro: O Guarani. Na literatura atual, esse ídolo foi substituído por atletas e / ou jogadores de futebol.
    Romances Urbanos: traçou um painel da vida na corte, localizada no Rio de Janeiro, que era sede da monarquia brasileira. Podemos citar as obras: Lucíola e Senhora, o tema abordado em uma delas o casamento por interesse. Posteriormente, vai se tornar uma característica do autor, a observação psicológica das mulheres, criticava também os costumes sociais da época.
    Romances Regionalistas: Tinha como foco, as realidades regionais do Brasil. No Rio Grande do Sul publicou a obra: O Gaúcho em São Paulo, O Tronco do Ipê, no Nordeste O Sertanejo, dentre outras. Teve sua maior repercussão no século XX, na década de 30, com os autores José Lins do Rego, Graciliano Ramos e Jorge Amado.
    Romances Históricos: Não deu muito certo no Brasil, porém, José de Alencar não foi o culpado por isso, tentou mostrar o passado de nosso país na colônia, mas se interligava com um romance indianista. Podemos ainda destacar obras como: As minas de Prata e Guerra dos Mascates.
    Através dessas obras, podemos entender o que se passou nesse período, retratado muito bem pelo autor, servindo como inspiração para outros escritores que também alcançaram o sucesso.
    Ingrid Maia Nanjara - 901

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  5. Uma coisa que valorizo em José de Alencar é o fato de ele escrever diferentes tipos de livros, e não ser apenas sucesso por um só livro, e sim por vários, o cara é realmente incrível. O indianismo presente em várias obras dele é muito apreciável, porque mostram nossas origens, nossas raízes, a raiz do nosso Brasil, de muito da nossa cultura. O efeito do índio como herói, dá uma super valorização a ele, tornando-o realmente um herói para muitos. O Guarani, por exemplo, é uma ótima confirmação disso, como dita no texto, Peri como um ‘’mega’’ herói, tendo todos os traços indianistas, sendo feroz, bonito, corajoso, etc. Seus romances urbanistas também muito presente em suas obras, e como não falar disso sem exaltar suas personagens femininas, fortes, bonitas, e na maioria muito julgada pela sociedade. Os romances, as aventuras amorosas, tudo transmitido em historias, que se baseiam e fazem ironicamente uma critica da sociedade real.Perceptível é como Alencar fazia um paralelo das obras com a vida real, tudo era julgado, criticado e claro, ironicamente. Esses tipos de textos são excepcionais, daí já pode se perceber o porquê de ser o patriarca da literatura brasileira, um grande escritor desse, diferente não poderia ser. É admirável suas obras, não é idolatração, é um admiro, de tanta inteligência e dom de escrever, e escrever bem.
    Rebeca Mendes- 901

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  6. Em sua vida, José de Alencar escrevu diversos estilos de romances. Entre eles romances urbanos, regionalista e históricos. Alencar escrevia romances pois foi o estilo que mais gostou e teve mais habilidade de contar desde muito novo. Em todos os seus estilos de romances, ele sempre retratava a sociedade brasileira de diversas maneiras.
    Seus três estilos de romances são sempre bem elaborados, mesmos sendo diferentes, eles tinham os mesmos estilos de personagem principal sendo sempre o mocinho, o heroi, ou, em outros casos, heroínas.
    Em todos os seus romances, como era nacionalista, ele sempre abordava o maximo que conseguia sobre a cultura brasileira, na época da colonização, na época onde ele estava, mostrando a sociedade brasileira, também escrevia romances que se passavam em vario territórios brasileiros, alguns que na época não era nem muito mensionados. Em todas as suas obras que, como ja dito, apresentavam a cultura brasileira, apresentavam de maneiras diferentes, mostrando que no brasil temos diversas culturas diferentes, diversos lugares, várias histórias e personalidades marcantes de cada um dos brasileiros.
    Portanto,José de Alencar, era desse jeito, muito nacionalista em tudo o que fazia, que era escrever, então, em todas as suas obras nós podemos observar muito do Brasil dentro de seus romances.

    Letícia Salvini 901

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  7. Todo gênio tem suas grandes frases, sendo filosóficas, ou tiradas de uma de suas obras. Alencar não é diferente, consegue inspirar as pessoas por sua paixão por leitura.
    Escreveu vários gêneros de romances, os urbanos, indianistas, regionalistas e históricos. Criara até uma dessas tendências.
    O indianismo foi é muito importante pois, retrata a identidade brasileira da época, a valorização dos traços anteriores ao colonialismo, povo que habitava essas terras antes da invasão portuguesa. Nessas obras podemos perceber que procurava ressaltar o índio como personagem principal, idealizado, o herói, um homem de estado puro. O Peri, de “O Guarani”, destaca-se mais as suas características heroicas e protetoras, que geraram a miscigenação do povo, na verdade essa obra se destaca muito também, por conta da “formatação” perfeita, o antagonista que é apenas mal (característica do Romantismo), o herói que é puro e bom e a mocinha que é doce e ingênua, ale do amor dos dois que é puro.
    O romance urbanista, buscava retratar como era a “elite”, a corte, seus ideais e preconceitos, as desigualdades sociais que estavam presente, o que pode nos mostrar como era dividida a população naquela época. Procurava expressar o estado psicológico dos personagens, e seus conflitos interiores, a maioria das obras dessa tendência tinha como centro as mulheres, em “Lucíola”, “Diva” e “senhora”, a maioria delas tinha personalidade forte e eram inteligentes, a maior parte desses criticavam o casamento, que era voltado para o lado do dinheiro/dote e não do amor.
    Alencar deu início a tendência dos romances regionalistas, que não foi a frente. Não fez tanto “sucesso”.
    Queria retratar nos históricos, o Brasil que conquistara a independência e raízes que surgiram na época que eram colônias.
    Nos seus romances em geral, tinha a intenção de demonstrar a realidade da sociedade.
    Dizem que se inspirava em obras europeias. Mas no que mais iria se inspirar? Ainda não existia grandes nomes de escritores brasileiros, e a Europa já estava bastante desenvolvida nesse e em outros aspectos. A maioria dos grandes nomes surgiram depois, inspirados por tendências europeias e tendências alencarianas.
    Julia Tavares 901

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  8. Como diz Alencar, “a palavra é simples e delicada flor do sentimento, nota palpitante do coração, ela pode elevar-se até o fastígio das grandezas humanas, e impor leis ao mundo do alto desse trono”, as palavras são aquelas que você fala ou escreve, as vezes desenha ou grafita-as, ou se apresentam pelo papel e caneta ou tatuada em seu corpo. Palavras expressam, como a nota palpitante do coração, expressam o sentimento, o desejo ou a crença. Palavras formam a identidade de uma nação, de um animal, objeto ou você. São as palavras que dão ordens, que te fazem levantar e exigir uma explicação, um ato de democracia e liberdade, ou até mesmo de um ensinamento. São essas, aquelas palavras, que fazem você se arriscar ao amor, a dor do coração, a revolução ou ao seu achismo...
    José de Alencar usou as palavras muitos bem em suas obras, tanto em romances urbanos, históricos, indianistas ou regionalistas, sempre se opôs ao que pensava, e fazendo isso muito bem, que foi por trás de histórias românticas ou até mesmo em peças teatrais. Fico imaginando como é ser aquele homem, sempre tive a vontade de entrar nas mentes das pessoas e olhar o mundo como elas vêem, e com toda a certeza tenho vontade de entrar em sua cabeça, estar naquela sociedade em que virou história em suas obras.
    Eu o imagino sentado em sua escrivaninha, com uma pose delicada de poeta, segurando um pena belíssima, com 25cm de comprimento, tendo a pontinha preta molhada de tinta, se preparando para riscar o papel rústico sobre a mesa que, a sua direita, se encontra uma mão grossa, muito flexível pronta para escrever as palavras comparadas a de um médico, ilegível por fora, mas legível por dentro, fixando seu olhar atentamente para o que escreve, tentando organizar sua mente, com fatos que há cinco horas antes se indagou-se, “simples e delicada flor”, que expressam muitas coisas que se encontram naquela simples e delicada folha de papel.
    Laura Lyssa Carvalho de Sousa-801

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  9. José de Alencar é um dos maiores romancistas brasileiros, ele escrevia com a forma da maioria dos tipos de romances possíveis. Sendo eles indianistas, urbanos, regionalistas, ou históricos. Independente do tipo de romance que ele escrevia, ele era o melhor.
    Sabemos também que Alencar criticava sempre alguma coisa através de suas obras, nos romances indianistas ele criticava sempre sobre a história do Brasil quando ele se tornou colônia. Sempre falando do que se resultaria, que era as pessoas mestiças de índios com portugueses.
    Nos romances urbanos ele sempre criticava os tipos de amor que se tinhas nas cidades, ou seja, na corte do Brasil. Ele sempre criticava os interesses tanto das mulheres como dos homens pelo dinheiro de cada um, pelo interesse de cada um. Criticava sempre o tipo de busca de cada um pelo que realmente queria.
    Já nos romances regionalistas ele falava mais do certão brasileiro, na sua região, na região em que ele nasceu.
    Nos romances históricos ele falava da história do Brasil, o que acabou não dando certo, pois uma vez que a história do brasil era indígena, acabava se tornando um romance indianista. Mas mesmo assim não impediu de o Alencar escrevesse alguns romances históricos.
    Podemos ver que Alencar sempre procurou algum jeito de criticar tudo aquilo que ele entendia, e esse meio de criticar acabou sendo feito através dos romances em que ele mesmo escrevia. Não importa o tipo de romance, ele sempre dava o seu próprio jeito de criticar, fazendo com que todos os seus romances funcionem bem, e criticassem o que ele queria criticar as vezes de uma maneira tão fina, que as pessoas nem acreditavam que aquilo seria uma crítica negativa sobre um assunto.

    Anna Carolina Maia - 801

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  10. José Martiniano de Alencar escreveu várias obras e por isso é considerado o patrono da literatura brasileira e um dos escritores mais importantes para nós. No livro "O Garani", romance indianista, conta basicamente a história de Peri, um índio, e Cecília, uma portuguesa, que se encontram e se apaixonam, até que ocorre um ataque à família de Cecília e ela e seu amado fogem para a selva a mandato de seu pai, para salvar a filha amada, quando chegam na selva, Peri manda Cecília ir para a cidade na casa de sua Tia porque ele vai ficar na mata, seu lugar de origem, porém ela se recusa a o deixar e fica com ele na selva, onde acontece um dilúvio e os dois ficam ali, inseguros, até a água abaixar. Quando nos contam essa história, parece que é de criança, porém, o que está por trás dela? Não é somente um índio e uma portuguesa, é a junção de duas naçõe, a junção de Portugal e Brasil, é o início da miscigenação do nosso país, que resultou nos tantos tipos diferentes de pele, cabelo, traços do rosto e várias outras coisas que marcam a mistura dos opostos.
    Com tudo isso, podemos perceber que José de Alencar nunca faz suas obras a toa, nunca faz uma simples história, sempre crítica ou explica algo através de seus livros, pode ser, muitas vezes, difícil reconhecer o que está se passando por trás ou o que está sendo criticado, mas nunca é só uma história como outra qualquer.

    Lara Gomes - 801

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  11. O que fez José de Alencar ser lembrado até hoje, e ter aquele impacto na história brasileira não foi porque escreveu finais felizes, que todo mundo gosta de ouvir. O que fez José de Alencar memorável foi que criticou as coisas que chamamos de normal. Criticou o seu povo e as pessoas com quem convive. Isso deve ter precisado de bastante coragem, porque pessoas não vão gostar de você se tiver falando mal sobre eles. José de Alencar pode não ter sido tão famoso como outros romancistas, pode não ser tão conhecido quanto Machado de Assis, mas foi quem começou tudo. Todos eles, talvez nem iriam ser mencionados se não fosse pela ousadia de Alencar.
    Discordo que 'copiou' dos europeus. Entre os livros deles que li (Lucíola, o Guarani, Iracema) não percebi ele copiando dos europeus, nem de fato os mencionando. Em "Lucíola", a protagonista, Lúcia, leu "A Dama Das Camélias", mas de um ponto de vista diferente, Alencar está reconhecendo a crítica e o preconceito da obra de Alexandre Dumas, se inspirando a fazer uma versão para o Brasil, falando para o povo que não são só os franceses, mas a gente também, não 'copiando'. Também não está fazendo uma paródia, pois o livro foi bem sério, mas poderia ter feito uma em outras de suas obras.
    Não estava querendo replicar nada, só queria falar sobre a cruel realidade do mundo. Seu objetivo era que as pessoas, se não quisessem mudar, pelo ou menos perceberem que são mesmo assim preconceituosos. Não imitou ninguém, se inspirou. Se tivesse imitado, não iria colocar o livro que está copiando dentro do livro que está escrevendo.
    Mariana Garcia
    801

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  12. José de Alencar, um dos maiores escritores da nação brasileira que ainda faz sucesso com suas obras literárias . Ele se destaca por causa de seus inúmeros romances, uma vez que sua época era o romantismo sendo eles regionalistas, urbanos, indianistas, regionais ,etc que transmitem as tentativas de reconhecimento brasileiro.
    Alencar queria transmitir e valorizar a personalidade brasileira em suas obras. Um exemplo são seus romances indianistas, nos quais o índio é o Brasil e se junta com a cultura europeia, representada como uma mulher ou homem, no caso O Guarani onde Peri se junta a Ceci, estes representando as duas culturas e também Iracema e Martim representando o outro tipo de encontro das culturas. Dessas junções , Alencar demonstra a miscigenação, o mestiço que é o resultados desses encontros e também quando as riquezas brasileiras foram tiradas de sua terra por causa do europeu.
    Nos romances urbanos existem os famosos perfis das mulheres de Alencar , os costumes sociais da época, e o autor então fazia duras críticas as eles, pois existiam escândalos que a sociedade se recusava a aceitar e Alencar ao trazê-los a tona foi chamando imoral, entre outros. Os romances históricos tiveram pouco sucesso, pois não havia muita história antes daquele período atual, na qual ela seria dos índios e assim um romance indianista. E por fim os romances regionais, que foram poucos mas reconhecidos uma vez que mostraram a realidade brasileira e foram o pontapé inicial para novas formas de literatura.
    José de Alencar então faz jus a seu nome de “pai da literatura” pois juntou o que o país continha de bom e mal, de novo e antigo e que transformou os modelos europeus em modelos próprios para nação ser reconhecida e como consequência abriu novas portas para a literatura nacional.

    Alessandra G. 801

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  13. José de Alencar, não foi somente um romancista, mas também um grande crítico. Em romances indianistas, regionalistas, urbanos e históricos, conseguia de alguma maneira fazer alguma crítica aquela sociedade, falar do modo em que faziam as coisas certas e erradas. Conseguia, em palavras, descrever a vida do povo, o que faziam de errado naquele lugar, naquela época.
    Era um homem muito inteligente, que conseguia, em algumas obras, esconder a crítica que ali fazia. Em romances indianistas mostrava a forma em que os europeus chegaram na América, destruindo, tirando as maiores riquezas, com isso fazia críticas aquela sociedade, mostrando que era suja, era feia. Já nos romances urbanos mostravam como era a vida na grande capital do império, o que acontecia de bom e de ruim, proporcionando a todos um conhecimento maior daquela época no Rio de Janeiro. Já no romance histórico, que não era muito apropriado no império, pois não se tinha tanto conhecimento sobre o Brasil Pré-Cabralino, então o romance histórico dele era mais para falar como era o Brasil colônia. Tinha muita criatividade e inteligência, nenhuma outra pessoa poderia ter esse grande e bonito papel de pai da literatura brasileira.

    Victor Melo Ismério

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  14. José de Alencar foi grande romancista. Não só com um tema, mas com quase todos que escrevia, como indianismo, urbano, regionalista e histórico, este último normalmente era difícil de ser escrito em nosso país.
    Com relação aos temas indianistas e históricos, havia certa dificuldade. Pois os indianistas tendem a superiorizar o índio, colocá-lo como principal, como o herói, e também valorizar a cultura. Já os históricos falam sobre as origens do país, e é difícil falar sobre isso sem comentar sobre os indígenas.
    Mas Alencar, uma pessoa bem culta conseguiu criar obras dos dois temas que deram certo, como “O Guarani” e “Iracema”, dois indianistas que foram populares, e “A Guerra dos Mascates” e “Minas de Prata” nos históricos.
    Já os textos urbanos, vejo certa atração, e rejeição sobre eles. Pois os urbanos falavam sobre a Corte, que era o estado do Rio de Janeiro, onde praticamente as mulheres protagonizavam. Isso trouxe críticas, pois alguns deles eram sobre a vida das prostitutas, com “Lucíola”, que na época era um escândalo, e outras histórias criticavam o Rei.
    Com os regionalistas, o “barbudo” queria mostrar as realidades regionais. Com esses textos ele acabou atraindo muitos escritores, que acabaram seguindo ele em termos de leitura, ou seja, se apegaram a sua obra.
    Ou seja, esse grande escritor pode até ter usado modelos europeus, mas conseguiu retratar bem o Brasil.

    Davi Amaral Pereira
    802

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