quinta-feira, 2 de abril de 2015

Te Contei, não ? - As mulheres de José de Alencar

O romancista e dramaturgo José de Alencar (1829-1877), que até hoje desfruta de boa popularidade, foi visto como imoral em sua época e em parte do século XX, irritando conservadores e moralistas pelas cenas, inclusive de erotismo, que produziu, especialmente em perfis de mulheres, como Lucíola, Diva e Senhora.


Logo em seu romance de estréia, Cinco Minutos (1856), e em A Viuvinha, de 1860, ele trata dos costumes urbanos e já esboça os traços femininos predominantes de sua obra com um propósito educativo. Para alguns críticos, esses livros possuem um lirismo suave. Mas para outros, como frei Pedro Sinzig (1876-1952), em seu “guia para as consciências”, Através dos romances (1915), manual de leitura de ficção, o primeiro é “bastante exaltado”, com “descrições de paixões um tanto vivas e voluptuosas”, e o segundo tem “algumas descrições muito ousadas”. Portanto, desaconselhava tais leituras.

Em Cinco minutos, Alencar oferece ao público leitor a história de Carlota, uma mulher misteriosa e singular. Incógnita, com o rosto escondido por um véu, seduziu num ônibus, à noite, um moço que não a conhecia, mantendo com ele um “contato voluptuoso”, com apertos e beijos, nas mãos e nos ombros. Fascinado com tais delícias sensuais, transgressoras das convenções sociais impostas à mulher, ele descobriu que a dama audaz tinha uma moléstia fatal, sem esperanças de salvação, o que a levava a agir de maneira desusada. Vencida a doença, tiveram uma vida conjugal feliz, incomum nos casamentos da época. 
Já em A Viuvinha, a personagem Carolina é a imagem de uma mulher romântica, virgem e inocente, que fora criada nos ideais católicos. Com a força do amor ela regenera Jorge, um homem que tinha os ideais corrompidos, e que, ao ser reabilitado, transformou-se em ideal masculino.

Como dramaturgo, Alencar viu-se envolvido, em 1858, num escândalo provocado por sua proposta de “reproduzir a sociedade” da época, com seus desvios morais, por meio do retrato realista de uma mulher prostituída. Em As Asas de um Anjo, Carolina, uma moça pobre, foge de casa seduzida pelo luxo, esboçando “a vida da Madalena moderna”, filha daquela sociedade. Considerada imoral, a peça foi motivo de excitação e retirada de cartaz pela polícia. O autor se defendeu na imprensa da “acusação injusta”, pois sua intenção era produzir obras que educassem a sociedade e fizessem uma senhora rir sem corar. Para Joaquim Nabuco (1849-1910), a personagem não conhecia “o sentimento de honra” e a peça era “uma nódoa” na literatura brasileira, cabendo ao domínio da polícia pelas “cenas de um sensualismo torpe”.

Em 1862, indignado com as censuras, Alencar reagiu a elas em Lucíola, onde prossegue sua reflexão sobre a prostituição abordando o problema da mulher como um objeto comprado no mercado do desejo. Nesse perfil da cortesã, insistiu na questão da regeneração e do arrependimento da mulher perdida, denunciando a corrupção dos costumes sociais. O livro oferece duas imagens femininas opostas presentes na mesma pessoa. Trata-se da personagem Maria da Glória, que com a desagregação da família tornou-se Lúcia, “o Lúcifer social”, uma cortesã elegante, amante e viciosa, mulher espetacular que mostra uma face do mercado do prazer, animando o mundo boêmio, como nos quadros vivos da cena de strip-tease. 

 Gradualmente ela nega sua condição de cortesã, assumindo uma identidade nova, com base em valores morais e princípios religiosos, mas não teve seu erro esquecido ou perdoado pela sociedade. Mesmo purificada, Lucíola morreu como punição e castigo para alcançar a elevação do espírito e a redenção. Para D. Pedro II, o livro era “licenciosamente realista”. O conselheiro Lafayette Pereira (1834-1917), jurista, jornalista e político, viu o caráter da heroína como um “monstro moral”. Sinzig vetou a obra, avaliada como inconveniente porque imoral, por descrever cenas lúbricas e brutais. Para José de Alencar, “esses perfis de mulher, como diz o termo, não são tipos; mas, ao contrário, exceções, ou idiossincrasias morais, que se tornam curiosas justamente pela originalidade e aberração do viver comum. É assim que se deve entender Lúcia, Emília e Aurélia”.

Em Diva (1864), Alencar nos relata a história de Emília, seu segundo grande perfil feminino, um misto de angélico e satânico, mas exageradamente pudica, com índole caprichosa e orgulho indomável. Ousada, altiva e inteligente, abre caminho para a constituição da imagem de uma mulher moderna. Mila transgredia muitas regras morais e valores da elite ao se afastar do comum e das convenções, vistas como tirânicas e corruptoras dos indivíduos.

Por ter sido muito severa no início da infância, sua criação lhe causou sérios problemas, fazendo dela uma menina fragilizada, que compartilhava o pensamento comum. No confronto com o mundo social, porém, Emília questiona e abandona as regras impostas pela opinião pública, rompendo as barreiras do ideal feminino da época e tornando-se mais livre, ativa e igual em relação ao homem, como em sua oposição ao casamento sem amor e ao amor como jogo, dado em função de interesses econômicos, políticos e sensuais.

Mila agia de modo incomum para uma moça educada, tornando-se incompreensível para seu pretendente: era “a virgem que o severo pudor velava”, mas tinha a intenção de casar-se com quem escolhesse por amor, valorizando a amizade e a confiança na relação, não aceitando a submissão só da mulher, como era usual na época, e discutia todas essas questões com o rapaz, resistindo às suas imposições. Livrando-se das convenções morais, marcava encontros incomuns, a sós com ele, em meio à natureza, como na Floresta da Tijuca e de noite, ao luar.

Insubmissa, Emília se tornou uma nova mulher, que resistia às ameaças de tomarem sua independência e dignidade. Ao render-se ao amor, transformou-se, prometendo moldar-se, findando a existência de “senhora”, mas conservando seu caráter distinto. No entanto, a incerteza do lugar aonde o casal chegaria fica evidente no final, que não os tornava “um” só, mas os colocava lado a lado. Ela exercia sobre o rapaz seu domínio e este, após concluir que não devia “amar essa mulher”, pois “seria uma infâmia”, confessou sua impotência: “eu ainda a amava!... [...] Ela é minha mulher”.

“Vênus moderna”, Mila era uma mulher misteriosa que precisava ser decifrada. Sua inteligência diabólica, suas atitudes e idéias criticavam a sociedade. Mesmo que, no instante final, estivesse disposta a deixar de lado a condição de “senhora”, tornando-se “escrava” ao virar esposa, sua imagem forte e seu “caráter original” já estavam difusos nas mentes dos leitores. Se Rousseau (1712-1778), com seu romance Júlia ou a Nova Heloísa, contribuiu para a construção da imagem da mulher moderna, Alencar, em diálogo com ele, também o fez. Para Nabuco, “essa virgem” era “uma cortesã”, “uma loureira”. Para Singiz, Emília “é uma rapariga bastante malcriada, cujas maneiras não devem ser imitadas”, tendo o livro “inconveniências que tornam a leitura, para jovens, ao menos perigosa”.

Em Senhora, de 1875, considerado seu principal romance urbano, o terceiro perfil de mulher traçado por José de Alencar revela o orgulho e a força moral da personagem Aurélia, que corrige Fernando, um homem corrompido pela sociedade elegante e fútil, e que sacrificava sua família em nome dos gozos mundanos. Um dia, ele se negara a casar-se com ela, pois era uma menina pobre que não dispunha de riquezas para levar consigo um dote de casamento, em bens ou dinheiro. Mas quando Aurélia enriqueceu após ter recebido uma herança, com capricho e orgulho, conhecendo o mercado matrimonial, por intermédio de outra pessoa ela propôs-lhe um casamento de conveniência, com dote vultoso. Ao aceitar o contrato, ele abriu espaço para humilhações e desprezo, até que resgatou a dignidade.

Mulher inteligente, num tempo em que a inteligência era vista como um atributo masculino, Aurélia tinha pensamento analítico e princípios religiosos, e desprezava a sociedade corrompida, que combatia em nome dos “sentimentos nobres”. Era ligada aos valores morais, mas abandonava algumas convenções, como o exigido “recato feminino”. Despojada, com um comportamento visto como um dos “efeitos da emancipação das mulheres”, uma “inversão” que os costumes vinham sofrendo, ela rompia com os modelos femininos tradicionais, lutando pela “desafronta de seu amor ludibriado”, puro e inocente, e indo contra o “homem que a traficava”, em vez de aceitá-lo, como as outras mulheres.

Tal ação regenerou Fernando, que se apegou às coisas simples, tornando-se trabalhador, disciplinado e esposo dedicado. A mudança de caráter inverteu seu comportamento como marido: “o homem de coração e de honra se formara aos toques da mão de Aurélia”.  Audaz, educadora, ela questionava a prática do dote de casamento que entrava em processo de desaparecimento, oferecendo às mulheres a possibilidade de serem amadas por si e sugerindo que os homens não tinham dignidade ao se venderem por dinheiro. Portanto, Sinzig, conservador, considerou o livro “extremamente exaltado”, com “amores de esposos separados”, que “não pode impressionar bem”, pois fascinava.

Havia imoralidade nesses perfis de mulheres? Para os conservadores, sim, pois transgrediam os costumes tidos como ideais e anunciavam novos tempos. Mas a eles, Alencar, progressista, respondia: “Deixe que raivem os moralistas”, talvez na esperança de que as exceções se tornassem comuns e normais.  

Valdeci Rezende Borges é professor de História da Universidade Federal de Goiás e autor da tese “Histórias românticas na corte imperial: o romance urbano de José de Alencar – Rio de Janeiro, 1840-1870” (PUC/SP, 2004).

Saiba Mais - Bibliografia:

DE MARCO, Valéria. O império da cortesã: Lucíola, um perfil de Alencar. São Paulo: Martins Fontes, 1986.

NETO, Lira. O inimigo do Rei: uma biografia de José de Alencar. São Paulo: Globo, 2006.

PINTO, Maria Cecília Queiroz de Moraes. Alencar e a França: perfis. São Paulo: Annablume, 1999.

PONTIERI, Regina Lúcia. A voragem do olhar. São Paulo: Perspectiva, 1988.

20 comentários:

  1. José de Alencar e suas "mulheres"
    Podemos dizer que Alencar foi um dos maiores autores da história do Brasil,tanto por causa da diversidade de suas obras quanto pelos assuntos mostrados nelas.Muitos assuntos polêmicos foram abordados em suas obras,como prostituição.
    Naquela época, os assuntos tratados nos livros de José de Alencar eram muito criticados pois ninguém tinha a audácia de escrever sobre certos assuntos. Críticos moralistas dizem que ele foi imoral por escrever cenas eróticas em suas obras onde se encontravam onde se focavam as personalidades femininas,como Lucíola,Diva e Senhora(Aurélia).Particularmente,admiro a coragem de Alencar por tratar desses assuntos com tanta naturalidade,mesmo estando em uma época em que tais coisas não eram naturais,mas sim anormais,e acho que os moralistas devem ficar de fora da jogada quando se trata de literatura,principalmente porque a literatura não precisa ser moral,em minha opinião,a literatura é livre para ser criada de acordo com o pensamento do artista.
    Enfim,as obras de José de Alencar foram e sempre serão uma polêmica,pois as histórias dentro delas e seu contexto históricos as tornam imortais na história do Brasil,e será imortal para a o povo brasileiro

    De:Guilherme Oliveira- 901

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  2. Deve se lembrar que os conservadores citados no texto são de outra época, aonde as ideias ainda eram muito primitivas, as mulheres teriam que ter dotes para se casar não poderiam nem mesmo dar rumo a própria vida, mas alem dos conservadores que discordavam existiam também as pessoas de mentes mais abertas, os mesmos aceitavam e concordavam as ideias colocadas nas obras de Alencar.
    Hoje em dia encontra se muito raramente as pessoas que acham os livros de José de Alencar um perigo a sociedade muito do contrario acham revolucionário um escritor daqueles tempos conseguir ter uma visão extremamente ampla do sexo feminino e ainda por cima divulgar isso a toda a sociedade, criticando e numa tentativa de reformular essas regras do povo mostrando o que isso acarreta.
    As personagens femininas de Alencar para min representaram nada menos o que as mulheres procuravam naquele tempo e hoje em dia também, mas essas personagens são mostradas e inseridas na sociedade de tal forma que faziam criticas não só as situações das personagens, mas em toda a sociedade, Alencar criticava vários costumes do povo brasileiro daquela época que lhe pareciam errados ou injustos.
    A forma de apresentar as personagens como Lucíola uma prostituta que consegue assumir uma digna posição diante a sociedade ou Aurélia que tem uma posição que pertencia aos homens, era uma mulher de caráter forte definido e inteligente que correu atrás de seu amor e através de uma compra conseguiu seu amor, ou seja a posição de pensar e tomar os rumos da vida do casal era do homem e como aurélia assume esse papel assusta os leitores conservadores.
    Em minha opinião esse escritor renovou a sociedade daqueles tempos pois como é possível mudar se ninguém toma uma ação para mostrar o erros a população que cometiam e cometem esses erros frequentemente, para min Alencar foi um grande "reparador" dos costumes brasileiros.
    Aluno: Wenderson F. R.
    Turma: 901

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  3. José de Alencar era e sempre será um escritor, com a sua própria ideia, sempre ultrapassando limites.
    Acredito que José queria mostrar em suas obras, que a mulher tem direito, não somente o homem. Muitas das personagens femininas de Alencar são de características fortes, e independentes, mesmo que elas forem criadas no meio do romantismo.
    Na época que estas obras foram lançadas, muitas pessoas ainda tinha o pensamento da imagem feminina, como uma pessoa frágil, obediente e pura, Jose de Alencar fez exatamente ao contrario, as mulheres eram fortes e independentes, Lucíola é uma prova disso.
    As pessoas hoje, já se acostumaram com histórias assim, principalmente porque acontece histórias assim quase todo dia, as pessoas de antigamente não pensavam assim, estas obras quando foram lançadas, foram altamente criticadas pela sociedade.
    Acredito que estas obras, fruto do romantismo, serviu para as mulheres daquela época se tornarem independentes e lutarem pelo seu direto na sociedade.
    Acho que José de Alencar, fez estes perfis de mulheres, para mostrar a sociedade que pode existir mulheres fortes, como Aurélia Camargo, Lucíola, Emília e muitas outras, Alencar mudou a história do país com essa personalidade, mudando boa parte da sociedade em seu modo de pensar.
    Giulia Mancini
    901

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  4. Os direitos adquiridos pelas mulheres não vieram de um dia para o outro, são fruto de uma longa e dura jornada. Foram necessários protestos, passeatas, mulheres corajosas e com voz para garantir o direito de trabalhar ao lado de homens e ganhar seu próprio dinheiro, além de diversos outros direitos conquistados.
    Em "Lucíola" por exemplo, temos uma mulher como protagonista, uma mulher que desempenha um papel na sociedade, porém um papel criticado por muitos, era cortesã, prostituta. Até hoje muitas pessoas não conseguiram entender o lado educativo dessas obras e compreender que fazer isso não e de vontade delas. Respeito não é algo que se deve selecionar a quem dar, tendo como base "status", dinheiro... é algo que todos merecem.
    Uma situação muito parecida também ocorreu com "Senhora", na qual uma mulher também protagoniza. Neste caso, a moça compra seu marido, imoralidade nítida ao ver de alguns.
    Esses livros foram muito importantes para delinear o realismo brasileiro. O conteúdo deles, muita vezes eróticos, eram malvistos por moralistas e muitas vezes por parte da sociedade, talvez pelo fato de se assustarem com a realidade que Alencar botava a mostra. Mas teve uma visão super inteligente a respeito de assuntos "absurdos", para aqueles tempos.
    Até os dias de hoje, mulheres estão por ai sofrendo, levando uma vida indesejada, por erros que no passado cometeram e no presente se arrependem. Prostitutas ainda existem, mas merecem respeito, pois não significa que ela escolheram viver assim. Mesmo após conseguirem sair desta situação, sabemos e não podemos negar, que o tal "mau status" ira persegui-las pelo resto de suas vidas. Portanto repito, "respeito não é algo que se deve selecionar a quem dar".

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  5. Sempre alvo de muitas críticas devido a sua força de vontade de mudar algo na sociedade José de Alencar até a morte foi visto como imoral. Mas será que ele realmente era isso? Para conseguirmos responder essa questão precisamos levar em conta a época no qual ele vivia, pois era essa que retratava em suas obras.
    Mulheres eram vistas como acessórios para homens, a que tivesse o maior dote, fosse a mais angelical, linda e principalmente submissa era considera a mulher ideal. Era exatamente assim que as jovens eram educadas, para serem esposas, e também era desse modo que os escritores criavam suas heroínas românticas. Pois, quem ficava horas lendo romances sonhando com o príncipe encantado? As mesmas meninas que eram “treinadas” para serem submissas, primeiro em relação a família depois ao marido. Então literatura era feita sob encomenda, sobre mocinhas ricas submissas seguindo os valores sociais, para mocinhas que deviam ser iguais àquelas heroínas românticas. Literatura era vista como um meio de alienação, do jeito que o que fosse escrita tinha que ser seguida. Quando José de Alencar aparece trazendo ideias diferentes e inovadores sobre como a literatura devia ser usada, começa as discussões.
    Alencar via a arte de produzir livros como uma espécie de dever de registrar a sociedade, no começo seguia a idealização romântica, porem quando começa a beber águas europeias com ideias realistas isso tudo muda. Começa a usar a literatura como uma espécie de arma para denunciar os defeitos da espécie humana, para que possamos concertá-los e sermos melhores ou ajudar a criar caráteres mais fortes. Tudo isso foi visto como errado aos moralistas, pois quem queria uma esposa que seguisse o ideal de Emília, de ser igual a ele? Ninguém!! Eles não queriam que as mulheres estivessem no mesmo nível que eles, delas trabalharem, ou ter uma força de vontade tão forte que poderia mudar a visão de mundo deles, bem parecido com Lúcia ou Aurélia. Então por isso chamavam as obras de imorais, e proibiam a leitura, pois sabiam do poder que a escrita possui, de abrir a mente e mudar o jeito de pensar da sociedade. Muito parecido com que ocorre atualmente, pais proíbem a leitura de algo, pois acham que seus filhos vão copiar o que está escrito ou que vão começar a adora o que estiver escrito, se for o caso de mitologia. Não possuem a mente aberta de vê que aquele livro pode ajudar o seu filho a ver os próprios erros e mudar para o melhor ou de olhar a sociedade com um novo olhar e não seguir a ideia da obra.
    Para conhecer qualquer narrativa é necessário ter mente aberta, e foi exatamente isso que os moralistas da época não conseguiram fazer quando leram os Perfis de Mulher de Alencar, que criticava os valores sociais da época e meio que já previa o futuro. Que através de muito esforço as mulheres conseguiriam ser vistas como iguais na sociedade, porém para que isso seja 100% (pois ainda não é, varias mulheres ainda sofrem preconceitos ou são vistas como inferiores) é necessário uma mudança urgente no jeito de pensar da sociedade, e como fazer isso? Que tal começar lendo as obras de José de Alencar. Ele deixa bem claro que ser humano é tudo igual, então todos merecem respeito.
    Katelyn Ashley - 901

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  6. José de Alencar não agradou muitos conservadores e moralistas por pensar diferente, fazer histórias nas quais as mulheres eram vistas de formas diferentes da época. Por mostrar como era a sociedade da época, mais a “elite”. Essas obras tentavam buscar os traços mais realistas da civilização, da “nobreza” daquele tempo, utilizavam-se traços verdadeiros que representavam alguns defeitos. Afinal a literatura é o espelho da sociedade, só que na maioria das vezes ninguém aceita se olhar no espelho.
    Escreveu várias obras importantes na qual a mulher é retratada de uma forma que o povo não aprovava. Fez uma peça que fora censurada por se tratar de uma prostituta. Não significa que estava rotulada de forma errado, enquanto na verdade mostrava como eram presentes na sociedade. Por isso Alencar escreve Lucíola, pois sua peça não fora posta em cartaz então não pode mostrar como eram destratadas e às vezes certas em causas. Lucíola é a história de uma moça que perde sua família e fica sem recursos para sobreviver tendo que fazer o necessário, e vemos como vários homens da elite tanto solteiros como casados procuram-na, e não se importavam com o que ela sentia ou pensava. Por conta da história ser de uma prostituta os críticos não gostaram, julgaram ser imoral, mas na verdade era o que acontecia, não exatamente como esta no livro.
    Quando chegou Senhora, ficaram mais abismados, porque Aurélia era uma mulher com personalidade e fazia o que pensava ser o certo, tanto que comprou seu marido e fez dele um homem trabalhador. Outra obra que retrata muito a sociedade da época, pois haviam muitos homens que ao invés de trabalhar buscavam por mulheres ricas com dotes altos, não ligavam se as amavam ou eram amados pensavam apenas no dinheiro, no lucro, que teriam se casando. Também não agradou os críticos por ser sobre um casamento diferente do idealizado no qual a mulher é que compra o homem, ele que é “vendido”. Fora uma história que era contra os costumes e ideais da época, mas o barbudo não se interessou pela opinião deles pois sabia que sua obra era exatamente o que buscava retratar.
    Há outra forte personalidade feminina que Alencar criou, a famosa Diva, Emília que era vista como mulher moderna, pois tecnicamente comandava a casa, o marido era senhôra dele, e ao mesmo tempo criticava a sociedade, o modo que era vista a mulher, submissa e o homem superior, porém Emília não era igual a estas não era submissa era uma pessoa de gênio forte e “independente”.
    O grande patriarca da literatura brasileira não se importou com todas as pessoas que julgavam mal suas obras, porque se sentia bem escrevendo, relatando os males da sociedade, suas personagens femininas são por isso fortes que representam o ideal de mulher moderna que não liga pra opinião dos outros, não concorda com os costumes da época e acima de tudo anseia por igualdade.
    Julia Tavares 901

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  7. É favorável recordar-se do conceito do romantismo que na literatura, por vezes contínuas se observa rodeado. Um movimento estético é retratado. Isto é, uma determinada tendência idealista de certo alguém que carece, sugere de sentido objetivo.
    As obras do Romantismo são energias positivas entrelaçadas, dito como um indivíduo porém amador. Há o foco de valorizar quaisquer tipo de criatividade e da imaginação popular. Afinal, criatividade é algo pra se venerar. Uma benção bem compreendida, digo eu.
    José de Alencar é um dos maiores representantes do romantismo situado no Brasil. No que se diz respeito às obras mais escandalosas, digo isto devido ter sido tão polêmico em certos momentos quando estas escritas vieram a se revelar, a tornar-se publicamente acessível.
    Prosseguindo, ''Lucíola''. Esta obra possui uma crítica da sociedade. Em síntese, além de ser uma crítica demonstrada através do relato do narrador, está extremamente presente de maneira indireta através das atitudes e valores aperfeiçoados ou simplesmente visíveis pelos personagens Lucíola apresenta uma transgressão à visão romântica da mulher amada . Isto é, Lúcia não é submissa. Todavia ao término da obra, acaba sendo perceptível certas atitudes caracterizadas típicas da visão romântica. Ao morrer, é baseada a ideia de que não há salvação para uma mulher cortesã, a não ser essa passagem de mundo, no caso, a morte.
    Ao longo de todos os comentários abordados de maneira ruim, quero dizer, interpretado a partir de uma inadequada, maldosa percecpção, Alencar se mostrou indiferente diante dos mesmos. Ele foi realmente um exemplo, há momentos que não se deve levar em conta pensamentos negativos em torno de algo que o indivíduo que relata, pratica, tem a ciência de que é o certo. Tudo é questão de comodismo ou quase tudo.


    Bruna Leite Felix, 901.

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  8. Como sabemos, José de Alencar, o Patriarca da Literatura brasileira, escreveu textos, peças e livros extremamente polêmicos para o período em questão. Levantou enormes discussões na sociedade da época em relação ao papel da mulher, com trechos de obras possuindo cenas ardentes e imorais, de modo a chocar seus leitores, pois ficavam estupefatos, sendo atacado então por críticos e moralistas.
    Suas histórias foram e continuarão sendo atuais, pois abordam temas intrigantes. Levantou assuntos proibidos: “amores de esposos separados”, questionou a prática de dotes no casamento, o casamento por amor, a prostituição, entre outros. Teve sua peça retirada de cartaz, pela polícia, pois foi censurada por desvios morais. Também criticado pela Igreja, como por exemplo, no comentário feito pelo frei Pedro Sinzig (1876-1952), que disse: “descrições de paixões um tanto vivas e voluptuosas”.
    Bastante inovador e progressista, estava além de seu tempo, costumava dizer: “Deixe que raivem os moralistas”, na esperança que os temas por ele abordados se tornassem comuns.
    Em minha opinião, Alencar foi criticado injustamente, pois não era compreendido por ser diferente dos outros homens que imaginavam as mulheres como “escravas” que deveriam sempre estar à disposição, na maioria das vezes, submissas.
    Ingrid Maia Nanjara -901

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  9. José Martiniano de Alencar, ou melhor, José de Alencar, autor famoso, romancista, crítico, dramaturgo e principalmente patriarca da literatura brasileira.
    José de Alencar era romancista, mas não escrevia aqueles românica água com açúcar, produzia romances que lhe conduz a ''bebê-los''. Alencar era muito atualizado para sua época, escrevia sobre os assuntos da atualidade, como por exemplo, a integração da mulher na sociedade, tanto nos trabalhos ,quanto em uma pessoa de um todo. Podemos ver esses exemplos em suas obras, Diva, Lucíola e Senhora. Todas histórias chocantes e emocionantes para época.
    ''Lucíola'' narra a história de uma prostituta que se apaixona, apesar dos conflitos consegui enfrentá-los e deixar o amor falar mais alto, porém no final morre, pois necessitava pagar por seus pecados! Esse foi uma dos escândalos, pense, uma prostituta considerada uma mulher que não é de Deus que se apaixona.
    Aurélia uma mulher sem dotes, velha para se casar, é largada por seu amor por esses motivos. Logo em seguida depois de várias reviravoltas, fica rica, mais fácil, ficou lotada de dotes. Tendo como iniciativa logo comprar seu amor, depois de comprá-lo o refaz, transformando em uma outra pessoa, em uma pessoa melhor. Isso foi um dos outros escândalos na época ,imagina ,uma mulher que já podia se considerar encalhada comprar seu futuro noivo.
    Emília uma adolescente retraída do mundo, frágil que está doente e necessitava de cuidados, porém não deixava o médico toca-la, dificultando seu cura, depois de um tempo o glorioso médico ,apesar das negações de Emília, cura a menina. Depois de algumas reviravoltas apaixona por ela, porém achava que não havia retorno esse amor, levando-o desespero! Apesar, que no final Emília acaba recaindo, confessando tudo o amor que sentia por ele também. Emília ficou conhecida como ''a diva dos salões'', dai o título.
    Com tudo isso podemos ver que o Alencar havia uma visão mais detalhada, aprofundada sobre o assunto. Ele tentava dar um impulso à sociedade, porém ela se retraia.
    Aluna:Bruna de Oliveira
    Turma:901

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  10. Conhecidamente, na época, por ser um autor imoral, José de Alencar, de uma forma brilhante, fazia romances envolvendo mulheres com autoridade e grande imoralidade, apresentados nas obras de Senhora, Diva e Lucíola.
    Conhecido também pelos seus romances urbanos, podemos concluir que esses romances podem ser até históricos devido ao figurino e ao estilo das pessoas do século XX. Estudiosos e críticos o avaliam desta mesma forma, até porque já estudaram toda a sua vida e já concluíram que suas histórias eram bem ousadas para a época.
    Vemos também que José de Alencar traça perfis diferentes das mulheres, como em Cinco Minutos, em que a mulher seduz um homem em um ônibus, coisa que era e continua sendo bem bizarra. Em Viuvinha, faz uma coisa completamente diferente, em vez de ser "tarada", é virgem, católica e toda romântica, perfil de "certinha".
    Estes romances causaram muita polêmica na época pelos conteúdos eróticos e, talvez, desnessessários em um romance. Causou ainda mais polêmica ao revelar que suas obras eram espelhadas na sociedade .
    Achei interessante a forma em que o autor desta postagem expressa Mila, personagem de Diva, como "Vênus Moderna". Uma comparação da deusa Vênus, da mitologia Grega, com a personagem. Mila, por sua vez, era bela e com uma personalidade superior a das outras, expressa também no título do livro "Diva", vindo da divindade.
    Outra coisa que devemos aproveitar de Alencar é sua genealidade e sua segurança em postar suas narrativas, sem nenhum medo do que as pessoas poderiam criticar .
    Gustavo Lengruber,901

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  11. Me pergunto qual seria o problema dos livros de José de Alencar nesse estilo mais erótico, afinal ninguém lá era santo, mas logo me vem a resposta, e não é nada mais nada menos que preconceito. Antes as ‘’cortesãs de luxo’’ eram tão mal faladas, vistas com olhares estranhos e maldosos, claro que não estou defendendo uma pessoa usar seu corpo de tal forma, mas cada um se responsabiliza pelo que faz e o preconceito que as pessoas têm por prostitutas, gays, lésbicas, entre outros, é tão errado, é tão feio julgar uma pessoa assim, dessa forma. Queria muito saber como a sociedade de antigamente viveria na nossa, porque em época de 50 tons de cinza, livros como Lucíola são para botar criança pra dormir, um livro como esse, que gerou várias vendas, e tornou-se filme, seria visto como antigamente?
    Todos esses contos eróticos os incomodavam muito, porque acredito que naquela época isso seria errado, eles agiam como santos, como se não tivessem feito nada do que o livro falava. Muitos homens não gostavam que escrevessem livros falando sobre como eles eram ‘’cornos’’ (o que serve para as mulheres também), eles não queriam enxergar a própria forma como a sociedade agia através dos livros, então construíam esse preconceito. Sei que é errado julgá-los dessa forma, até porque falando como um todo era uma sociedade muito santa realmente, mostrar pouca parte das pernas já era um ato de sedução, diferente de hoje, onde mulheres usam shorts e vestidos curtos.
    Em Senhora, é muito visível o fato de como o amor não era recíproco, Aurélia comprava Fernando para casar-se com ela, mesmo depois de ele ter a rejeitado pelo fato dela não ter dotes suficientes para suportá-lo. As mulheres já estavam começando a ser tratada como objeto, o que é hoje, é tão comum de se ver, mas nunca de se suportar, mulher é uma pessoa, e tem que ser respeitada, amada e valorizada como tal, do que seriam os homens sem elas? Mas são elas próprias que fazem esse caminho, se prostituindo, usando sua imagem para conseguir dinheiro, somos o que criamos.
    Rebeca Mendes- 901.

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  12. José de Alencar retratava o papel da mulher de maneira contrária aos costumes morais da época, consequentemente sendo visto como um escritor imoral. Alencar apresentava perfis de mulheres fortes, que não ficavam presas aos padrões sociais, mesmo transgredindo, conseguiam alcançar seus objetivos, como nos exemplos das mulheres dos seus livros Cinco Minutos, A Viuvinha, Lucíola, Diva e Senhora.
    José de Alencar, apreciava escrever sobre perfis desafiadores de sua época, perfis os quais ninguém nunca os via como heroínas da sociedade. Essas protagonistas de suas obras, mesmo não sendo vistas como exemplos para a sociedade, no final de suas narrativas elas sempre conseguiam o que elas batalhavam para conseguir.
    Todas essas história ditas no texto acima, tem essas mulheres de personalidades fortes, que batalham contra tudo para alcançar o que querem e serem felizes no final, mesmo sofrendo muito durante a sua vida, as personagens são batalhadoras e vão contra as normas sociais da época para terem o que elas acreditam que querem.
    Portanto, retratando os papéis das mulheres contrários aos que a sociedade visava na época ele tinha muitas criticas, porem não deixava de escrever sobre isso, pois acreditava que toda personalidade que podia existir na sociedade brasileira podia ser heroína

    Letícia Salvini 901.

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  13. Todos nós sabemos que naquela época as pessoas enxergavam a mulher como um ser frágil, delicada e que deve ser "submissa" ao homem, e José, quis colocar em seus livros exatamente o contrário disso, ele colocou as mulheres, como seres fortes que que não obedeciam as "regras" da sociedade. As pessoas criticavam bastante as obras de José de Alencar, principalmente por abordarem as vezes assuntos que não eram muito comuns na época que ele vivia, como prostituição. Sendo assim considerado por todos um escritor imoral.
    Quase nenhum escritor tinha, digamos assim "coragem" para escrever sobre alguns assuntos, ao contrário de José.
    Hoje em dia, as pessoas não acham um absurdo ele ter escrito sobre esses assuntos, muito pelo contrário, elas acham impressionante a ideia de que um escritor daquele tempo consiga ser tão atual.
    Mariana Vita~802

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  14. Diferente de muitos escritores da época, José de Alencar não tinha medo de fazer críticas ou expor sua opinião. Ele passava essa 'opinião própria' através de suas obras.
    As que incluíam mulheres, que eram as protagonistas como Lucíola, Senhora e Diva, apresentavam uma crítica que ele fazia à sociedade na época, e a como a sociedade via as mulheres.
    No caso de Lucíola que era cortesã por exemplo, viam com um certo preconceito, achavam feio uma mulher 'se vender' daquela maneira, mas era preciso saber sua história antes de criticá-la, coisa que ninguém se importava em saber. José de Alencar criticava isso e muitas outras coisas associadas as mulheres da época, como também o casamento feito apenas por causa do interesse da família pelas riquezas que a mulher ou o homem possuíam e o 'poder' da mulher sobre o homem.
    A sociedade na verdade, não queria ver a realidade disso tudo. Agiam como 'inocentes', por isso ao conhecerem essas obras, o tal autor foi muito criticado, não só pela sociedade, mas também pelo governo da época.
    Mariana Beatriz 802

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  15. Pelo que tenho visto, a idealização da mulher é uma característica de José de Alencar. Na maioria, senão todos os romances urbanos dele, encontramos isso. Tanto como Lucíola, Senhora, Diva ou outra história, podemos ver esses detalhes. De um certo ponto de vista, interpreto que José não gostava de demonstrar a mulher como elas eram, pois acreditava que elas tinham o potencial de ser melhores, mais forte e independentes. Acredito nisso porque José sempre pensou de uma maneira diferente, pensava em coisas que pessoas ''normais'' não pensavam.
    José de Alencar raciocinava de uma maneira que não saberemos ao certo como, mas sabemos que tudo que fazia, era para de algum modo, nos ''evoluir''.
    Luisa Heinle Kühner 802

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  16. Pelo que tenho visto, a idealização da mulher é uma característica de José de Alencar. Na maioria, senão todos os romances urbanos dele, encontramos isso. Tanto como Lucíola, Senhora, Diva ou outra história, podemos ver esses detalhes. De um certo ponto de vista, interpreto que José não gostava de demonstrar a mulher como elas eram, pois acreditava que elas tinham o potencial de ser melhores, mais forte e independentes. Acredito nisso porque José sempre pensou de uma maneira diferente, pensava em coisas que pessoas ''normais'' não pensavam.
    José de Alencar raciocinava de uma maneira que não saberemos ao certo como, mas sabemos que tudo que fazia, era para de algum modo, nos ''evoluir''.

    Luisa Heinle Kühner 802

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  17. José de Alencar soube escrever livros como poucos, mas gerou mais polemica que os outros grandes escritores. Além de ser inimigo declarado do rei, ganhando o apelido de '' inimigo do rei", ele também escrevia livros que falavam com um tom erótico sobre a mulher e sobre a realidade do mundo, a realidade vivida no Rio De Janeiro naquela época.
    Ele falava sobre o lixo da sociedade, as prostitutas, que todos conheciam, que todos sabiam que eram usadas pelos homens da corte, mas que ninguém queria admitir, igual ao casamento por dote, a esperteza da mulher ser superior a do homem e etc, tanto que Dom Pedro II chega a falar que as obras são reais demais.
    Mas hoje em dia essa história de Lucíola ainda é mal vista, mas o livro 50 Tons de Cinza, que chegou a virar filme, não recebeu essa censura, e foi divulgado para o resto do mundo. As vezes, é só porque o protagonista de um é rico e galante, e no outro é uma prostituta.
    Artur lopes 801

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  18. Podemos perceber que na maioria das mulheres que Jose de Alencar escreveu, a maioria delas era cortesã ou algo do tipo, e ele diz que assim ele queria mostrar a realidade de algumas mulheres na época, e outro aspecto delas e que todas são bem fortes e decididas, mas a que mais se destaca nesse critério e Emília, que dizem ser a mulher moderna. Na época em que esses romances foram lançados, a mulher ainda era vista como um objeto na sociedade, e o homem ate hoje e visto como predominante, e felizmente isso já esta mudando e as mulheres já estão conseguindo seu lugar na sociedade, mas o que mais me entristece e que tantas mulheres lutaram para serem livres e vistas como pessoas, e hoje em dia que estamos quase conseguindo isso outras mulheres vem e destroem toda essa imagem que tanto elas tentaram conquistar. Algumas mulheres que Jose de Alencar escreveu estão direcionadas a passar uma mensagem ao povo, como por exemplo em senhora, que foi enganada e quer se vingar, então depois que enriquece ela se casa com o homem que a rejeitou e então casa com ele que ele vira um homem humilde que depois a conquista de novo, um romance que foi escrito para meninas que sonham com finais felizes descobrirem que elas não terão o seu do lado do seu amor por conta de casamentos arranjados em troca de dinheiro e não por amor, o que na época foi um tapa na cara da sociedade. José de Alencar um escritor, com a sua própria ideia, sempre ultrapassando limites. Alencar queria em suas obras, mostrar que a mulher tem direitos. Na época que estas obras foram lançadas, muitas pessoas pensavam na mulher, como uma pessoa fraca, obediente e pura, Alencar quis mostrar que elas também eram capazes de tudo, e que elas não iriam mais aguentar de cabeça baixa o que a sociedade achava delas e que iriam lutar para conseguir o que queriam se foçe preciso
    Anna Carolina M. 802

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  19. Esse escritor teve que passar por várias dificuldades, algumas delas tinham relação com seus romances urbanos. Para algumas pessoas, eram boas histórias, eram obras suaves, mas para outros críticos era um absurdo imoral.
    José de Alencar teve vários sucessos em seus temas, mas nesse houve muita polêmica e escândalo. Logo cem sua primeira obra Cinco Minutos, de 1856, e em Viuvinha, outro de seus romances, as opiniões do público não foram agradáveis. Ele tinha como objetivo educar as pessoas, mostrando os seus erros, mas elas viram essas histórias como coisas absurdas, coisas imorais, exaltadas e muito ousadas.
    Em Cinco Minutos vemos uma personagem sedutora e misteriosa. Na época em que foi escrito, a sociedade não aceitou esse romance. Mas ao olharmos mais atentamente, vemos uma pessoa sem esperança, suas atitudes chocaram, mas acabou por encontrar um homem que a compreendeu e a acolheu, e viveu feliz com ela. Na Viuvinha temos a mulher inocente, a virgem católica, que com o amor, regenera Jorge, um homem corrompido.
    Em várias de suas obras, José de Alencar foi agredido verbalmente com inúmeras críticas, ele as rebateu com o romance Lucíola, que mostra a prostituição da mulher como objeto. Já no romance Diva, ele mostra a mistura de satânico e angelical, de uma mulher que não teve muitas condições de vida, e acabou seguindo maus caminhos para se tornar a mulher moderna.
    Ou seja, Alencar mostra como a mulher era tratada e vista na sociedade em seus romances, e mesmo fazendo o certo, a sociedade não aceitava essas histórias, mas como ele disse : “Deixe que raivem os moralistas”, que em minha visão, é um “que se dane a sociedade com seu falso moralismo” hoje em dia.

    Davi Amaral Pereira
    802

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  20. Quando se trata de mulheres, Alencar entra com todo o "poder", pois ao longo de sua carreira como escritor, fez personagens mulheres de todos os tipos. Mas como era romancista, fez as mulheres de um jeito especial, de um jeito idealizado.
    Alencar fez mulheres indígenas, urbanas e mulheres do sertão. Todas elas com um ar idealizado, onde quando ele as escreveu, sempre que elas estavam como heroína, estavam totalmente perfeitas, e quando estavam como vilãs, não estavam perfeitas, estavam com todos os seus defeitos a mostra.
    Um exemplo clássico do que eu estou falando é a bruxa da Branca de Neve. Ela no início da história é tão bonita que disputa a beleza com a Branca de Neve, porém, quando ela vai tentar matar a Branca de Neve, ela se transforma m uma velha feia cheia de rugas. Você leitor deve estar se perguntando, mas por que q alguém vai comparar a história da Branca de Neve com José de Alencar que não tem nada a ver?
    Você só pensa que não tem nada a ver, mas tem tudo a ver. A bruxa da Branca de Neve é um exemplo de como as mulheres dos personagens das obras de José de Alencar são. São perfeitas enquanto fazem as coisas certas, porém horrorosas enquanto fazem a maldade. Realmente José de Alencar não escreveu a história da Branca de Neve, mas escreveu histórias com o mesmo sentido por trás da mesma. Com mulheres que mudavam a partir da visão do autor.
    As mulheres de José de Alencar, normalmente totalmente perfeitas e idealizadas são um dos maiores centros de atenções feitos em suas obras. Um exemplo básico ( agora escrito por José de Alencar ) é Iracema, que logo no título se fala que era a "virgem dos lábios de mel", onde podemos tentar pensar em como uma pessoa pode ter os lábios de mel? Mas então, entra o conceito da idealização e da perfeição. É assim que Alencar escrevia suas mulheres.

    Anna Carolina Maia - 801

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