José de Alencar se envolveu em diversas polêmicas literárias e políticas: entre 1850 e 1870, as três décadas de sua atividade intelectual, seu nome esteve confrontado com grandes vultos contemporâneos: Gonçalves de Magalhães, D. Pedro II, Franklin Távora, Joaquim Nabuco e outros. As contendas incidiam nas questões mais urgentes da época: a Abolição, a identidade nacional, a representação literária do índio e dos tipos regionais, a constituição da língua brasileira, etc. Na maioria dos casos, Alencar pouco traiu suas convicções: foi quase sempre conservador e romântico.
Para deflagrar o debate, um gênero a que o escritor assiduamente recorreu foi a carta aberta, que, sem a pesada retórica dos tratados e artigos, tinha na linguagem distensa um atrativo para convencer os leitores a entrar na arena. Embora publicadas em jornal, as missivas preservavam uma atmosfera íntima, simulando diálogo particular entre o escritor e o destinatário. Com isso, a persuasão fazia-se muito mais pela sedução gradual do leitor do que pelo arrebanhamento agressivo, típico de outro gênero muito comum no século 19, o libelo. Em geral, as correspondências eram subscritas por pseudônimos, o que, em certa medida, apimentava os embates, pois a estratégia como que permitia ao mascarado agir mais livremente, despojado de sua persona oficial. Já que o nome falso costumava reaproveitar algum outro da tradição ocidental (Erasmo, Cincinato, Temprônio), a intertextualidade adiantava ao público alguns posicionamentos do missivista.
O primeiro pseudônimo famoso de Alencar foi Ig, utilizado em 1856 para encetar críticas ao livro A confederação dos tamoios, de Gonçalves de Magalhães, publicado no mesmo ano. O cearense iniciante protegeu sua identidade num nome enigmático, para assim enfrentar o poeta querido do Imperador. Não por acaso, D. Pedro, também travestido, saiu em resposta ao desaforado Ig, que condenava em Gonçalves a incompatibilidade da linguagem épica — áspera e lusitana — com a pureza e a bravura selvagem do índio, então considerado cerne de nossa incipiente nacionalidade, e a ausência de cor local no livro. Aqui, temos um Alencar jovem, fervoroso, animado com a manutenção do debate, a tal ponto que, no ano seguinte, ele publicou O guarani, romance de grande sucesso em que demonstrava como efetivar aquilo que ele defendera ardentemente.
Tendo publicado outros títulos importantes — As minas de prata (1862-6), Lucíola (1862), Diva (1864) e Iracema (1865) — e crescentemente consagrado, o missivista Alencar do final da década de 60 é bem distinto de Ig, a começar pelo novo pseudônimo, Erasmo, e pelos destinatários das correspondências, o Imperador, o visconde de Itaboraí, o marquês de Olinda, enfim, o alto escalão do Império. De argumentação sólida, as Cartas de Erasmo reclamam atitude enérgica de D. Pedro para tirar o Brasil da crise política, econômica e social, agravada pela guerra do Paraguai (1865).
Em 1870, José de Alencar, quarentão, passou a assinar alguns livros com o pseudônimo Sênio, sugerindo o decréscimo do fervor juvenil. O autor julgava-se um “anacronismo literário”. Nesse período, o entusiasmo do polemista esmorece em favor do romancista, que confabula quase uma dezena de livros, da mais variada fatura, numa média superior à de um livro por ano. Surgem romances regionalistas (O gaúcho, Til, O sertanejo), históricos (Alfarrábios, A guerra dos mascates), indianistas (Ubirajara) e urbanos (A pata da gazela, Sonhos d’ouro, Senhora). É nessa década ambígua, com Alencar em produção intensa e em crescente recolhimento, que aparecem as Cartas a Cincinato no periódico Questões do Dia, entre 14 de setembro de 1871 e 22 de fevereiro de 1872. Desta vez, no entanto, o cearense é destinatário das missivas escritas por Franklin Távora.
Contra Alencar
Em que consistem tais correspondências? Na conversa de Semprônio com o amigo Cincinato. O assunto? Sênio, “inimigo” comum de ambos. Como se sabe, em 1870, Alencar foi preterido do Senado, o que, aliado à sua oposição à Lei do Ventre Livre, alimentou dissensão entre o romancista e o imperador D. Pedro II. Em 1871, o escritor português José Feliciano de Castilho, radicado no Rio de Janeiro e amigo do monarca, fundou o jornal Questões do Dia, onde criticou os posicionamentos de José de Alencar. Subscrevendo-se Lúcio Quinto Cincinato, Feliciano transferiu para si a abnegação e a coragem com que normalmente se caracterizam o ditador romano. No mesmo ano e no mesmo jornal, Franklin Távora, igualmente aureolado por codinome clássico, Semprônio, publica algumas cartas a Cincinato, engrossando coro contra Alencar. Desse modo, Franklin dirige-se a um José, lusitano, para falar de/com outro cearense.
A indisposição de Semprônio para com Sênio tem motivações ideológicas e literárias, conforme veremos adiante. Entretanto, a rixa entre Franklin e Alencar teria surgido do silêncio deste em relação ao romance Os índios do Jaguaribe, que Távora remetera à apreciação do conterrâneo. O ano de 1871 favoreceu à expurgação do ressentimento de Távora: no ano anterior, Alencar sofrera restrições no Senado, lançara O gaúcho, reeditara Iracema e recebera críticas de Feliciano. Com o nome em alta na cena literária, todo comentário sobre o escritor ganharia visibilidade. Para o bem e para o mal. O oportunismo de Franklin fica patente no fato de Semprônio restringir-se justamente aos dois romances alencarianos então em voga.
Avaliando taxativamente a obra de Alencar, as Cartas a Cincinato costumam ser lembradas como indício da agonia romântica e da ascensão realista-naturalista. Com efeito, há diversas marcas dessa transição estética (também observada por Machado de Assis na poesia da “nova geração” da década de 1870), sobretudo na censura à imaginação desenfreada de Sênio. Por outro lado, não se pode esquecer que, sob a condenação ao romantismo, está a indignação contra o patriarca da escola, por quem Távora certamente nutria admiração e respeito, pois, caso contrário, não se importaria com a indiferença de Alencar. Misto de admiração e de vingança, a reação antirromântica é também um acerto de contas, que se esforça por rechaçar tudo aquilo que se associe ao oponente. Entretanto, tal empenho não impede que apareçam aqui e ali afinidades entre Semprônio e Sênio.
Em última análise, Franklin critica o exagero imaginativo de Alencar, que, deturpando a realidade empírica, cria inverossimilhanças. A missão de copiar (Távora fala em daguerreotipar) fielmente a realidade exigiria do escritor a observação atenta do mundo, devendo a criação literária realizar-se praticamente in loco: “Por que não foi ao Rio Grande do Sul, antes de haver escrito o Gaúcho?”. Sem dúvida, os posicionamentos favoráveis à arte mimética acusam inclinação aos preceitos naturalistas de Zola, mas, ao contrário do romancista francês, Semprônio não prescinde da beleza: se o autor de Germinal preferia ambientes lúgubres, onde pudesse fotografar as patologias sociais, Franklin afirma que “o artista não tem o direito de perder de vista o belo ou o ideal, posto que combinando-o sempre com a natureza”. Portanto, a fatia tavoriana é muito mais seleta do que a zolista, embora ambos sejam obsessivas por objetividade. O belo artístico não exclui, no caso de Semprônio, o concurso da imaginação, que assume papel adornativo, não devendo ultrapassar ou deformar o que foi apreendido pela observação: “A natureza oferece cada dia um encanto novo, que a imaginação sadia recolhe para dar-lhe mil feições graciosas, ainda não conhecidas. O fluido propriamente original e imaginoso é apenas aplicado a dar o tom, o equilíbrio, o reflexo estético às criações reais”. Desse modo, a obra de arte deveria ser verossímil, mas não necessariamente verdadeira: “Em uma palavra prefiro o romance verossímil, possível, quero ‘o homem junto das coisas’, definição da arte por Bacon”.
Livro de gabinete
Tal preocupação leva Távora a destronar O gaúcho da categoria de romance histórico, já que, ao contrário de Cooper, por exemplo, Alencar não teria consultado fontes historiográficas, tampouco estudado a história do Rio Grande do Sul, produzindo um livro de gabinete. Como se vê, o romance histórico pressuporia obediência aos fatos, cabendo ao artista selecionar aqueles que lhe permitissem obter melhor efeito estético, sem que as escolhas deformassem o passado. A ênfase do processo criativo recai, portanto, na matéria da obra, e não no criador, o que obviamente não significa a exclusão deste. Por isso, Franklin Távora altera o conceito de gênio: enquanto no romantismo o termo aludia à inspiração privilegiada do artista (Castro Alves dizia “Eu sinto em mim o borbulhar do gênio”), nas Cartas, ele nasce da observação da natureza, portanto de uma instância externa ao criador: “Logo, a natureza em primeiro lugar, e depois, complexa e completa observação — eis os dois elementos, as duas possantes asas do gênio”. Essa desauratização visa também a combater o “fetichismo literário”, que supervaloriza alguns autores em detrimento de muitos outros. Na condenação do gênio goteja o amargor do iniciante mal aquinhoado, que, por exemplo, censura a atuação polígrafa de Alencar: “Os graves encargos de conselheiro de Estado, de político, de advogado, de parlamentar, de oposicionista, e de muitas coisas mais, não permitem aos talentos literários produzir senão abortos, se querem dar crianças em menos de nove meses”.
A valorização do romance histórico denuncia o apego de Franklin Távora à tradição romântica, também interessada em rastrear origens históricas e/ou lendárias dos diferentes povos e nações. Tal hipótese confirma-se na carta VIII da primeira série: “Parecendo-me, porém, que o romance tem influência civilizadora; que moraliza, educa, forma o sentimento pelas lições e pelas advertências; que até certo ponto acompanha o teatro em suas vistas de conquista do ideal social — prefiro o romance íntimo, histórico, de costumes, e até o realista, ainda que este me não pareça característico dos tempos que correm”. A mesma função reparadora é atribuída à crítica: “A crítica, que se preza de justa e independente, é inquestionável agente do progresso; põe diques (deixem lá falar) aos extravasamentos das imaginações suberabundantes, alimenta e aguça os estímulos produtivos, apura o licor das boas fontes sem estancá-las”.
Imbuído dessa causa, Távora condena a “neologismomania” alencariana, alegando que a criação abusiva de palavras novas, além de desnecessária, comprometeria a pureza lexical do idioma. É a esse ponto, dentre outros, que Sênio responde em Bênção paterna, antológico prefácio a Sonhos d’ouro (1872), recorrendo ironicamente ao argumento de autoridade:
Estando provado pelas mais sábias e profundas investigações começadas por Jacob Grimm, e ultimamente desenvolvidas por Max Müller, a respeito da apofonia, que a transformação mecânica das línguas se opera pela modificação dos órgãos da fala, pergunto eu, e não se riam, que é mui séria a questão:
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pêra, o damasco e a nêspera?
Se as Cartas a Cincinato pecam por cobrar de Sênio aquilo que ele não prometera (rigor na observação, principalmente), por outro, são meritórias em delatar exageros do nosso romantismo brasileiro (conferir trecho transcrito nesta página). Por isso, é muito louvável a iniciativa da Editora Unicamp em repor em circulação a obra, rompendo os 140 anos que nos separavam da única e rara edição de 1871. Assim como as Cartas sertanejas de Júlio Ribeiro, as de Cincinato inspiram o marasmo contemporâneo ao debate literário, de que Alencar ainda daria mostras de vigor em 1875, dois anos antes de sua morte, nas páginas de O Globo, quando polemizou com Joaquim Nabuco sobre as incoerências que o pernambucano detectara em sua obra.
GILBERTO ARAÚJO
É crítico literário. Vive no Rio de Janeiro (RJ).
José de Alencar tem sua própria opinião, mesmo estando certo ou errado ele demostra claramente isso, mesmo que seja por traz de um pseudônimo.
ResponderExcluirAcho que hoje, mostrar sua opinião não é algo estranho, é algo até normal, podendo ser aceitado pela sociedade ou não, vivemos numa sociedade muito liberal.
Na época em que José de Alencar viveu, com certeza tinha polemicas literárias, existia brilhantes autores que mudaram o brasil. A abolição foi bastante questionado na época, até hoje se fala sobre a mesma, a representação do índio, e principalmente a identidade nacional, o famoso nacionalismo, fazendo muitos autores retratar o Brasil como um paraíso de se viver, mesmo que para muitos não é.
Alencar, sempre quis mostrar sua opinião, mostrar aos outros que poderia ser melhor, como a crítica que ele fez ao Gonçalves de Magalhães, e após isso publicou o guarani, que defendia sua crítica ao livro de Gonçalves.
Ele já teve vários pseudônimos, para publicar livros e escrever críticas.
A sua personalidade é bastante “romântica”, sempre criticando as coisas do seu jeito.
A personalidade de Jose de Alencar é bastante crítica, tanto em suas cartas e em seus livros, mostrando sempre a vida real em seus argumentos. Tem várias obras que chocaram a sociedade, por sua capacidade de ser bastante direto em suas histórias.
Giulia Mancini, 901
Alencar deve seus confrontos pessoais com outras pessoas como qualquer outro ser humano, pois é impossível agradar a todos, cada pessoa de sua maneira de pensar ou de ser. Os motivos dessas discussões pode ser dar por demasiados pontos por vingança as criticas de Alencar, pelo simples fato da diferença de pensamento se diferenciar do nosso patriarca, por orgulho, competição no mercado de trabalho ou qualquer outra motivação acho totalmente normal se obter inimigos ao longo da vida e Alencar ao longo da sua deve a sua coleção de rivais.
ResponderExcluirA unica coisa que em minha opinião foi uma ação errada foi que no texto fala que o próprio Jose de Alencar e seus oponentes desfrutavam do uso de apelidos para se esconder e ficar jogando críticas uns aos outros, para min se uma pessoa tem uma opinião e quer divulgá-la deve deixar evidente quem a escreveu, pois se foi por propiá vontade fazê la não se deve ficar escondido atrás de apelidos para julgar os outros, se a pessoa tem peito o suficiente para fazer a crítica deve ter o peito o suficiente para assumi-la.
Percebi também que Alencar era muitas vezes mal interpretado, por sua maneira de escrever, seus livros causavam muita polêmica devido as histórias revolucionarias como em Lucíola onde uma prostituta é a heroína, ou em Senhora onde Aurélia compra seu amor essas histórias eram malvistas pela sociedade da época, mas Alencar queria demonstrar muito mais que apenas uma historia ele julgava a sociedade indiretamente dessa forma.
Enfim não acho que Alencar estava errado ao julgar o trabalho dos outros(nem seus oponentes ao retrucar a crítica de Alencar), pois isso era parte de sua profissão, mas devia assumir suas críticas assim como seus oponentes também deveriam admitir suas escrituras, pois eles conseguiam saber por meio de dados escritos no texto quem o compôs mas mesmo assim se defendiam covardemente.
Aluno: Wenderson F. R.
Turma: 901
José de Alencar era como todo critico e romancista muito polêmico. Houveram alguns desentendimentos, no qual estava presente e suposições, por exemplo de que era um escravocrata abolicionista. Alencar não aprovava o modo no qual seria feito a abolição, dizia que não melhoraria, o futuro dos escravos iria continuar ruim, por não fazer do modo certo, não iriam conseguir trabalho e seriam destratados.
ResponderExcluirHouve um desentendimento profissional entre o escritor, dom Pedro e Gonçalves de Magalhães, pois não havia concordância de ideias, o que é normal nesse ramo de escritores, em qualquer ramo, porque nem sempre vamos achar opiniões iguais as nossas, não concordavam na representação do índio, cada um achava que tinha que ser representado de formas diferentes. E dom Pedro II era amigo de Gonçalves, não aceitou o Ig (pseudônimo de Alencar) criticar a obra do companheiro. Nesse desentendimento com o imperador acabou ficando com desvantagens no seu ramo político, pois tentou ser senador e não conseguiu devido a alegações de dom Pedro que era muito jovem. Que levou Alencar há ver como era o governo de verdade e critica-lo através de suas obras, criticar a crise econômica por conta da guerra do Paraguai.
Como muitos de seus livros criticavam de maneira escondida e às vezes até explicita, a sociedade, outros escritores começaram a não gostar e julgar. Além disso criou outro tipo de obra romântica, e escrevia todos os gêneros românticos. Muitos críticos e escritores começaram a julgar todas as suas obras e ficou indiferente a isso, pois era normal.
José de Alencar independente das suas polêmicas foi um excelente escritor, pode-se dizer até que foi um gênio, e também um critico e isso o levou a ter desavenças. Mas quem não tem? Até mesmo nós temos, porque um importante critico e escritor não teria.
Julia Tavares 901
Pelo que eu pude ler Jose de Alencar desde foi um grande debatedor escrevendo em jornais suas opiniões políticas e literárias teve confrontos com gente muito importante como o Imperador Dom Pedro II,Joaquim Nabuco,Franklin Távora entre outros.
ResponderExcluirJose de Alencar usava a carta aberta que era diferente de artigos de jornais ou libelos que eram mais agressivos na sua linguagem pra tentar convencer as pessoas.Na carta a linguagem usada era mais próxima do leitor em modo de convencimento era mais fácil.
Nesse tipo de texto Jose de Alencar usou vários pseudônimos como Ig,Erasmo e Senio cada um desses pseudônimos era usado para defender opiniões literárias ou políticas.
Hoje em dia já não vemos tantas polemicas literárias acontecendo nos jornais também porque os jornais quase não falam mais de literatura e sim de mercado literário.
Muitos poucos escritores hoje em dia são vistos criando polemicas interessantes políticas ou literárias como na época de Alencar.
Alencar também criticava bastante a autoridade do imperador,a interferência de Portugal na cultura brasileira achava que a nossa literatura tinha que ter por local isso é tinha que descrever nossa natureza,nossos modos de falar,defendendo até o povo que chupa caju e manga não pode se comunicar igual ao que come figo e pêra.
Michel-901
É perceptível que nosso patriarca da literatura não era só um grande escritor, mas também um crítico árduo. Ele dizia tudo o que pensava, criticava a sociedade estupida que sempre foi e arrumava intrigas com vário políticos e figuras conhecidas, mas foram principalmente políticos. Mas há um fato contraditório: José de Alencar criticava os ideais conservadores sendo que ela era um clássico conservador. Acho que não podiamos desejar um patriarca da nossa literatura mais completo.
ResponderExcluirAlencar já nasceu com uma descendência conservadora, já que ele era de uma família com ótimas condições financeiras e seu pai era pastor, resumindo, sua família não poderia ser mais conservadora. Mas não é muito raro vermos bons escritores sendo muito críticos com aquilo que está nitidamente errado e sem sentido. Por exemplo, a pouco tempo morreu o ícone da literatura uruguaia, ele criticava muito o imperialismo dos Estados Desunidos da America(USA) e o modo de como eles queriam controlar a América do Sul, financiando e apoiando ditaduras, mas hoje eles estão querendo derrubar o governo de cada país importante da América do sul (sim, é por isso que a Globo tem apoiado tanto o PSDB).
Alencar criou inimizades com pessoas como Joaquim Nabuco por cousa de sua posição escrovocrata, criou inimizade com Dom Pedro ll por causa das suas críticas contra o governo, com Gonçalves de Magalhães por causa de suas árduas críticas sobre seu épico poema. Diferente da grande maioria das figuras públicas ( pelo menos de hoje em dia), Alencar não quardava as suas opiniões para si, ele realmente criticava com suavidade e crueldade ao mesmo. Algo que somente um grande dominador da escrita consiguiria fazer.
Tudo isso mostrar o quanto o nosso patriarca da literatura é um gênio completamente crítico.
Aluno: Bruno de Lorenzo
901
Atualmente, a liberdade de expressão e de opinião é muito comum na sociedade brasileira,não havendo tantos riscos ao se expressar em público,mas quando se trata da época do Brasil imperial,é totalmente o contrário do que é hoje.Antigamente a opinião era restrita para as pessoas,principalmente aquelas que se opunha ao governo e ao imperador brasileiro,Dom Pedro II.Mas houve um corajoso homem que mudou essa história,uma pessoa que se envolveu com tantas discussões com o rei que foi apelidado de "Inimigo do rei",ele mesmo,José de Alencar.
ResponderExcluirSua coragem e sua ousadia faziam com que ele fosse contra o governo e a maneira que o Brasil estava andando,pois como era,além de escritor,político,pode ver de perto a podridão que existia dentro da corte e dentro do governo de Dom Pedro II.Usava pseudônimos para disfarçar sua identidade e assim mostrava para os brasileiros a causa do descontentamento do povo.O mais interessante é que essas disputas não iam através de um debate público,vinham através de criticas,tanto de Alencar quanto de Dom Pedro II,em jornais,nas obras de Alencar e de outros autores como foi o caso que envolveu Gonçalves Dias,um grande amigo do imperador.Sem que percebesse,Alencar publicava em suas obras brincadeiras com o imperador,criticando a forma dele governar,algumas de suas características pessoais e muitas outras coisas sobre o rei.
Por isso,podemos dizer que Alencar foi um exemplo de liberdade de expressão e opinião,mesmo em uma época em que isso era quase restrito completamente da sociedade e ao invés disso,a sociedade teria que ser maltratada e não dizer nada em sua defesa,mas o autor teve ousadia e coragem para mudar esse sistema e mostrar que o povo ainda tem voz e que ele não iria ficar calado enquanto os brasileiros sofriam.
Aluno: Guilherme Oliveira de Lima
Além de ser um admirável dramaturgo e Romancista, José de Alencar era um ótimo crítico. Era corajoso em expressar sua opinião e criticar o que achasse que fosse preciso, e isso incomodava e chamava a atenção do governo, e principalmente do Imperador Dom Pedro Segundo, o qual ele era 'inimigo'. Julgava o Imperador e a sociedade sem medo.
ResponderExcluirAcho que essa tal coragem que ele possuía, que moveu seu trabalho e fez ele chegar aonde chegou. Ele teve seus conflitos, pois não era fácil e ainda não é, alguém expressar sua opinião e agradar a todos, ele fez o que muitos não fizeram e eu diria que meio que mostrou essa tal liberdade de expressão para o povo brasileiro.
Mariana Beatriz 802
José de Alencar exerceu diversos cargos, foi um homem muito culto e polêmico. Era bem relacionado, recebeu muitas críticas devido a algumas posturas da época mais também envolveu-se em muitas polêmicas onde criticava outros escritores e D. Pedro II . Ele não traia suas convicções mantendo-se sempre conservador e romântico.
ResponderExcluirQuando queria iniciar um rebate José recorria a Carta aberta, pois eram publicadas em jornal e com linguagem mais simples que chegavam rapidamente ao leitor.
Os escritores dessas cartas usaram pseudônimos, essa atitude estimulava a imaginação dos leitores.
O primeiro pseudônimo de Alencar foi Ig, usado para fazer críticas ao livro Confederação de Tamoios, de Gonçalves de Magalhães.
Além das cartas feitas a favor da escravidão com seus pseudônimos, José sempre procurava criticar a burguesia, e não ligava para o que pensavam. Ele criticava através de suas histórias em forma de folhetim, como “A Viuvinha”, “O Guarani” e entre outros, que foram com o tempo se transformando em livro.
Depois ele usou o pseudônimo de “Erasmo” para reclamar das atitudes de D.Pedro com relação a crise que o país enfrentara.
Já mais velho usou o pseudônimo de “Sênio”, nesse período ele escrevia mais romances que cartas.
Franklin Távora com o codinome de “Semprônio” também fez críticas duras a Alencar. Sua motivação era ideológica e literária. Como José estava em evidência nesse período toda a crítica que recebeu ganhou espaço na mídia.
Alguns autores da época criticavam Alencar por despeito e também criticavam a imaginação desenfreada do Romantismo, pois queriam ir contra tudo que se associasse a ele.
Maria Gabriela Naves-801
Alencar nunca deixa de dar sua opinião nas obras, seu único problema e que ele não aceitava a critica dos outros, mas não deixava de fazer as melhores obras. O seu talento e a sua personalidade são mostrados sob um ponto de vista pouco conhecido: José de Alencar enquanto jurista, advogado, político e legislador. Sua personalidade e bastante critica, e suas obras por muitas vezes foram de deixar a sociedade da época com o cabelo em pé. O que me chamou muita atenção foram os apelidos que eles usavam para fazer as criticas, e eu achei um jeito bem criativo mas ainda prefiro quando eles assinam com seu verdadeiro nome. O desentendimento com o imperador o deixou com desvantagens na politica. A família de Alencar era bem conservativa e ele também então as vezes era muito duro com suas criticas. Mas não é raro vermos escritores daquela época ficando incomodados por conta de coisas que eram erradas. Alencar enfatizou, em sua formação escolar, a importância dada à leitura, com a correção e nobreza. Ainda menino, lia para os cegos e era chamado de “ ledor dos serões da família ”, teve oportunidade de contacto com um repertório de romances nada abundante, cujos esquemas iam ficavam gravados em sua memoria. Discordou da crítica literária que considerava à influência de Cooper o paisagismo de O Guarani, e ele rebateu dizendo que talvez havia coincidência mas nunca imitação. Alencar foi um dos que lutaram pela liberdade de expressão e opinião, sem se importar com o que diriam e a época que estava, e se ele ficasse quieto apenas teria feito como quase todas as outras pessoas que se conformavam com aquilo, a sociedade teria de permanecer calada e as pessoas ainda seriam fechadas se isso nunca tivesse mudado, e foi mais ou menos o que aconteceu durante a ditadura, e podemos ver que Alencar realmente não era de ficar quieto, pois ate com o rei já havia discutido, e como o resto de sua família ele era bem corajoso.
ResponderExcluirAnna Carolina M 802
José de Alencar famoso romancista e dramaturgo morreu com fama de polemista. Ele viveu em uma época em que os leitores acompanhavam com interesses os debates nos jornais, nos mais variados assuntos da vida política e cultural.
ResponderExcluirAlencar estava sempre pronto para um debate, a uma crítica na imprensa ou no Parlamento, onde defendia suas ideias e atacava a corrupção geral e a incapacidade de reação do povo.
Chamava seus artigos de as "cartas de Erasmo" e eram dirigidas ao imperador, no início como conselheiro e depois com acusações mais diretas responsabilizando-o pelas mazelas do país. Ele condenava a ambição dos parlamentares, a omissão de D.Pedro diante dos vícios políticos e corrupção.
Apesar de ser questionador não pregava revolução, a sua intensão era orientar, educar o povo para que pudesse intervir para mudar aquele quadro,sem esquecer o que os antigos haviam deixado de bom para o país.
Sua militância era em defesa da ordem e as "cartas" lhe renderam destaque e muitas críticas.Às vezes ele debatia com os próprios colegas de partido pois achava que eles tinham ideias liberais demais.
Tinha vocação para política mas a considerava uma obrigação imposta pela família desde cedo.Como Alencar se decepcionou com a política,voltou-se para analisar e criticar a sociedade em seus artigos, romances, peças teatrais e nos textos sobre a teoria política
Maria Gabriela Naves-801
Christian Almeida Miranda
ResponderExcluir801 Ativo
José de Alencar como muitas pessoas atualmente não mudava de opinião estando ela certa ou errasa, por isso antigamente como as regras eram menos liberais ele era bastante criticado pela sociedade por exatamente ter o pensamento diferente das pessoas daquela época, por isso as pessoas falava que ele estava errado, mais ele sabia que estava certo por isso não mudava de opiniao, pois ele acreditava que a mulher podia ser mais que um simples objeto usável para os homens e que os escravos negros e índios poderiam ter os mesmos direitos que as outras pessoas e que eles podiam trabalhar como as outras pessoas isso o tornava uma pessoa criticada, por não concordar e aceitar as coisas daquela epoca.