A literatura de cordel tem origem na Idade Média, mas muitas inovações brasileiras ajudaram a dar cara própria a esse patrimônio único
Érica Georgino
De tanto ouvir Roberto Carlos mandar tudo para o inferno, nos versos da
canção que dominava as rádios no fim dos anos 1960, o poeta Enéias Tavares dos
Santos decidiu que o "rei" havia feito por merecer uma resposta - e do tinhoso
em pessoa. Escreveu então o folheto de cordel Carta de Satanás a Roberto Carlos,
em que o diabo se dirigia queixoso ao cantor, diretamente da "corte das trevas".
(Um trecho da peça é reproduzido no caixão abaixo.)
Ao reunir realidade e ficção, sátira e bom humor, a conversa franca entre Satanás e seu "grande amigo Roberto" tornou-se um dos maiores sucessos da literatura popular em versos brasileira. Rendeu incontáveis reimpressões e inspirou dezenas de folhetos de outros cordelistas, como Resposta de Roberto Carlos a Satanás, de Manuel dAlmeida Filho, e A Mulher que Rasgou o Travesseiro e Mordeu o Marido Sonhando com Roberto Carlos, de Apolônio Alves dos Santos.
Além da sorte, Enéias Tavares usou a seu favor a astúcia dos grandes cordelistas: conjugou a crendice popular (centrada na figura do diabo) à modernidade do novo ídolo, que estampava capas de revistas e alavancava audiência na televisão ao embalo do iê-iê-iê. O autor soube interpretar um momento de sua época, na mesma toada em que há mais de um século a literatura de cordel retoma tradições e constrói, em forma de poesia, crônicas da sociedade e da política brasileiras.
Poesia no barbante
Normalmente impresso em livretos de oito, 16 ou 32 páginas, com dimensões que não costumam ultrapassar as da palma da mão, o cordel pode ser encontrado sobretudo no Nordeste, em feiras de grandes capitais (como a de São Cristóvão, no Rio de Janeiro) e em lojas especializadas em produtos nordestinos.
Diferentemente de outras formas de literatura, o cordel é derivado da tradição oral. Isto é, surge da fala comum das pessoas, e também das histórias como contadas por elas, e não como fixadas no papel. "Onde quer que existam populações que não sabem ler nem escrever, existirá poesia oral, conto oral, narrativa oral, porque as pessoas não acham que o analfabetismo pode impedi-las de praticar a poesia e a narrativa. A literatura nasceu oral e foi assim durante milênios. Quando a Ilíada e a Odisseia foram transpostas pela primeira vez para o papel, já tinham séculos de idade", afirma o escritor Braulio Tavares.
A origem dos cordéis são as cantigas dos trovadores medievais, que comentavam as notícias da época usando versos, que eles próprios cantavam, frequentemente de forma cômica. "Por volta do século 16, ela era praticada na península Ibérica por meio dos trovadores, que recitavam louvações e galanteios para agradar aos poderosos", diz Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Com o tempo, tais artistas começaram a registrar suas falas em folhas soltas, conhecidas em Portugal como "volantes", e prendê-las em torno do corpo em barbantes para que as recitassem e, ao mesmo tempo, garantissem as mãos livres para os movimentos.
O verbete "cordel" apareceu apenas em 1881, registrado no dicionário português Caldas Aulete. Era sinônimo de publicação de baixo valor e prestígio, como as que na época eram vendidas penduradas em cordões na porta das livrarias - esses "varais" de literatura logo caíram em desuso, mas o nome prevaleceu. A tradição chegou ao Nordeste do Brasil com os colonizadores portugueses e, ao longo dos séculos, adquiriu características próprias. A forma definitiva, com os livretos, têm pouco mais de 100 anos. Tudo graças a algumas prensas velhas de jornal.
Improviso feliz
As honras de "pai" da literatura de cordel brasileira cabem ao paraibano Leandro Gomes de Barros, que começou a imprimir livretos e alcançou o mérito, digno de poucos poetas, populares ou não, de sustentar a família apenas com os dividendos das centenas de títulos lançados.
Na virada do século 20, as redações de jornal e as casas tipográficas eram modernizadas: trocavam a composição manual, em que cada palavra era montada na página, letra por letra, por máquinas de linotipo, que aceleravam a impressão ao usar linhas completas de uma só vez.
Assim, o maquinário obsoleto foi descartado por valores ínfimos, para a alegria dos entusiastas do cordel. "Isso fez com que os versos dos poetas populares nordestinos, que até então eram copiados a mão e passados adiante, pudessem ser transformados em produto industrial e comercial, mesmo que em escala modesta", escreve Braulio Tavares em Contando Histórias em Versos - Poesia e Romanceiro Popular no Brasil. Um dos primeiros cordeis de sucesso foi A Guerra de Canudos, em que o conflito de 1896 e 1897, opondo Antônio Conselheiro ao Exército brasileiro, foi retratado em versos por João Melquíades Ferreira da Silva, que fora soldado naquelas batalhas e se tornaria um grande nome da primeira geração de cordelistas brasileiros.
A partir da atuação de Leandro Gomes de Barros, surgiram poetas-editores que escreviam e imprimiam seus próprios folhetos, quando não adquiriam também os direitos sobre as obras de terceiros. Um dos principais empresários do setor foi João Martins de Ataíde, que em 1921 obteve licença para republicar as histórias de Barros, inicialmente apresentando-se nos livretos como editor e, num segundo momento, como o próprio autor.
Conforme o cordel se popularizou, as evoluções gráficas vieram pelas mãos dos artistas das gerações seguintes: as capas com textos meramente decorativos aos poucos foram substituídas por imagens de cartão-postal e de estrelas de Hollywood, mais atrativas.
Até que, nos anos 1950, o folheto alcançasse a sua cara definitiva nos desenhos "rústicos" da xilogravura.
Versão extraoficial
No último século, o teor da literatura de cordel jamais parou de se desenvolver. Os versos não abandonaram o tom matuto, o diálogo do sertanejo com suas crenças, suas percepções e seus dilemas cotidianos, embora ao longo das décadas a realidade do povo nordestino mudasse e muitos autores e leitores partissem, em ondas migratórias, para o centro-sul do país. "O cordel se revelou uma fonte de história não oficial do século 20, narrada pelos poetas do Nordeste", diz Mark J. Curran, professor da Universidade do Estado do Arizona e autor de livros como Retrato do Brasil em Cordel.
Segundo o pesquisador americano, os folhetos cumpriram o papel de jornal e novela do povo sertanejo, exerceram a função de ao mesmo tempo informar e entreter, em muitos momentos integrando à vida nacional populações que ainda não haviam sido atendidas pelos serviços tradicionais de comunicação. E é por isso que os mais diferentes episódios e personagens foram transportados para a crônica cordeliana, dos desastres naturais aos embates ideológicos, de figuras como Getúlio Vargas, Lampião e Padre Cícero a Roberto Carlos.
Atualmente, pesquisadores concordam que o gênero se fortalece pelas facilidades de impressão e distribuição dos exemplares, somadas ao poder de divulgação da internet.
E isso sem falar no prestígio que escritores como Jorge Amado, João Guimarães Rosa e Ariano Suassuna conferiram (e ainda conferem) à tradição, por terem emprestado da literatura de cordel inspiração para seus universos criativos.
So sertão a Sorbonne
Gênero virou tema da academia
Entre as principais características da literatura de cordel brasileira estão a imensa variedade de temas abordados e a produção intensa - Joseph Maria Luyten, holandês radicado no Brasil, foi um dos poucos pesquisadores que se arriscaram a fazer uma estimativa. Durante sua trajetória acadêmica, calculou que os cordelistas nacionais teriam publicado entre 30 e 40 mil livretos e chegou a falar em 100 mil títulos. O volume de folhetos foi suficiente para que, nos anos 1970, o brasilianista Raymond Cantel considerasse nosso cordel "o mais importante, no sentido quantitativo, entre as literaturas populares do mundo". Autoridade internacional no tema, Cantel aterrissou no país nos anos 1950 para pesquisas de campo, tornou-se um dedicado colecionador das histórias e introduziu seu estudo na Universidade de Sorbonne, em Paris.
Ao reunir realidade e ficção, sátira e bom humor, a conversa franca entre Satanás e seu "grande amigo Roberto" tornou-se um dos maiores sucessos da literatura popular em versos brasileira. Rendeu incontáveis reimpressões e inspirou dezenas de folhetos de outros cordelistas, como Resposta de Roberto Carlos a Satanás, de Manuel dAlmeida Filho, e A Mulher que Rasgou o Travesseiro e Mordeu o Marido Sonhando com Roberto Carlos, de Apolônio Alves dos Santos.
Além da sorte, Enéias Tavares usou a seu favor a astúcia dos grandes cordelistas: conjugou a crendice popular (centrada na figura do diabo) à modernidade do novo ídolo, que estampava capas de revistas e alavancava audiência na televisão ao embalo do iê-iê-iê. O autor soube interpretar um momento de sua época, na mesma toada em que há mais de um século a literatura de cordel retoma tradições e constrói, em forma de poesia, crônicas da sociedade e da política brasileiras.
Poesia no barbante
Normalmente impresso em livretos de oito, 16 ou 32 páginas, com dimensões que não costumam ultrapassar as da palma da mão, o cordel pode ser encontrado sobretudo no Nordeste, em feiras de grandes capitais (como a de São Cristóvão, no Rio de Janeiro) e em lojas especializadas em produtos nordestinos.
Diferentemente de outras formas de literatura, o cordel é derivado da tradição oral. Isto é, surge da fala comum das pessoas, e também das histórias como contadas por elas, e não como fixadas no papel. "Onde quer que existam populações que não sabem ler nem escrever, existirá poesia oral, conto oral, narrativa oral, porque as pessoas não acham que o analfabetismo pode impedi-las de praticar a poesia e a narrativa. A literatura nasceu oral e foi assim durante milênios. Quando a Ilíada e a Odisseia foram transpostas pela primeira vez para o papel, já tinham séculos de idade", afirma o escritor Braulio Tavares.
A origem dos cordéis são as cantigas dos trovadores medievais, que comentavam as notícias da época usando versos, que eles próprios cantavam, frequentemente de forma cômica. "Por volta do século 16, ela era praticada na península Ibérica por meio dos trovadores, que recitavam louvações e galanteios para agradar aos poderosos", diz Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Com o tempo, tais artistas começaram a registrar suas falas em folhas soltas, conhecidas em Portugal como "volantes", e prendê-las em torno do corpo em barbantes para que as recitassem e, ao mesmo tempo, garantissem as mãos livres para os movimentos.
O verbete "cordel" apareceu apenas em 1881, registrado no dicionário português Caldas Aulete. Era sinônimo de publicação de baixo valor e prestígio, como as que na época eram vendidas penduradas em cordões na porta das livrarias - esses "varais" de literatura logo caíram em desuso, mas o nome prevaleceu. A tradição chegou ao Nordeste do Brasil com os colonizadores portugueses e, ao longo dos séculos, adquiriu características próprias. A forma definitiva, com os livretos, têm pouco mais de 100 anos. Tudo graças a algumas prensas velhas de jornal.
Improviso feliz
As honras de "pai" da literatura de cordel brasileira cabem ao paraibano Leandro Gomes de Barros, que começou a imprimir livretos e alcançou o mérito, digno de poucos poetas, populares ou não, de sustentar a família apenas com os dividendos das centenas de títulos lançados.
Na virada do século 20, as redações de jornal e as casas tipográficas eram modernizadas: trocavam a composição manual, em que cada palavra era montada na página, letra por letra, por máquinas de linotipo, que aceleravam a impressão ao usar linhas completas de uma só vez.
Assim, o maquinário obsoleto foi descartado por valores ínfimos, para a alegria dos entusiastas do cordel. "Isso fez com que os versos dos poetas populares nordestinos, que até então eram copiados a mão e passados adiante, pudessem ser transformados em produto industrial e comercial, mesmo que em escala modesta", escreve Braulio Tavares em Contando Histórias em Versos - Poesia e Romanceiro Popular no Brasil. Um dos primeiros cordeis de sucesso foi A Guerra de Canudos, em que o conflito de 1896 e 1897, opondo Antônio Conselheiro ao Exército brasileiro, foi retratado em versos por João Melquíades Ferreira da Silva, que fora soldado naquelas batalhas e se tornaria um grande nome da primeira geração de cordelistas brasileiros.
A partir da atuação de Leandro Gomes de Barros, surgiram poetas-editores que escreviam e imprimiam seus próprios folhetos, quando não adquiriam também os direitos sobre as obras de terceiros. Um dos principais empresários do setor foi João Martins de Ataíde, que em 1921 obteve licença para republicar as histórias de Barros, inicialmente apresentando-se nos livretos como editor e, num segundo momento, como o próprio autor.
Conforme o cordel se popularizou, as evoluções gráficas vieram pelas mãos dos artistas das gerações seguintes: as capas com textos meramente decorativos aos poucos foram substituídas por imagens de cartão-postal e de estrelas de Hollywood, mais atrativas.
Até que, nos anos 1950, o folheto alcançasse a sua cara definitiva nos desenhos "rústicos" da xilogravura.
Versão extraoficial
No último século, o teor da literatura de cordel jamais parou de se desenvolver. Os versos não abandonaram o tom matuto, o diálogo do sertanejo com suas crenças, suas percepções e seus dilemas cotidianos, embora ao longo das décadas a realidade do povo nordestino mudasse e muitos autores e leitores partissem, em ondas migratórias, para o centro-sul do país. "O cordel se revelou uma fonte de história não oficial do século 20, narrada pelos poetas do Nordeste", diz Mark J. Curran, professor da Universidade do Estado do Arizona e autor de livros como Retrato do Brasil em Cordel.
Segundo o pesquisador americano, os folhetos cumpriram o papel de jornal e novela do povo sertanejo, exerceram a função de ao mesmo tempo informar e entreter, em muitos momentos integrando à vida nacional populações que ainda não haviam sido atendidas pelos serviços tradicionais de comunicação. E é por isso que os mais diferentes episódios e personagens foram transportados para a crônica cordeliana, dos desastres naturais aos embates ideológicos, de figuras como Getúlio Vargas, Lampião e Padre Cícero a Roberto Carlos.
Atualmente, pesquisadores concordam que o gênero se fortalece pelas facilidades de impressão e distribuição dos exemplares, somadas ao poder de divulgação da internet.
E isso sem falar no prestígio que escritores como Jorge Amado, João Guimarães Rosa e Ariano Suassuna conferiram (e ainda conferem) à tradição, por terem emprestado da literatura de cordel inspiração para seus universos criativos.
So sertão a Sorbonne
Gênero virou tema da academia
Entre as principais características da literatura de cordel brasileira estão a imensa variedade de temas abordados e a produção intensa - Joseph Maria Luyten, holandês radicado no Brasil, foi um dos poucos pesquisadores que se arriscaram a fazer uma estimativa. Durante sua trajetória acadêmica, calculou que os cordelistas nacionais teriam publicado entre 30 e 40 mil livretos e chegou a falar em 100 mil títulos. O volume de folhetos foi suficiente para que, nos anos 1970, o brasilianista Raymond Cantel considerasse nosso cordel "o mais importante, no sentido quantitativo, entre as literaturas populares do mundo". Autoridade internacional no tema, Cantel aterrissou no país nos anos 1950 para pesquisas de campo, tornou-se um dedicado colecionador das histórias e introduziu seu estudo na Universidade de Sorbonne, em Paris.
Clique na imagem para ler os quadros (Ilustração: Rogério
Fernandes)
Glossário
Com pílulas sobre conteúdo e forma da literatura de cordel
Acontecido: folhetos de não-ficção em que o cordelista reporta eventos reais - fatos de âmbito local, nacional ou internacional.
Folheteiro: intérprete, sujeito que canta os cordéis nas feiras e praças com o intuito de atrair público e estimular a venda.
Peleja: também conhecida por desafio, é o duelo poético oral entre cordelistas, eventualmente reproduzido em folhetos.
Romance: cordel tradicional que narra disputas entre o bem e o mal em anedotas, contos de fadas, causos de amor e aventura.
Sextilha: consagrada entre os poetas nacionais, é a estrofe de seis versos com sete sílabas (o segundo, o quarto e o sexto versos rimam entre si).
Xilogravura: imagem que ilustra a capa dos livretos brasileiros, obtida do relevo da madeira talhada.
Saiba mais
Sites
www.ablc.com.br
Página da Academia Brasileira de Literatura de Cordel reúne curiosidades e notícias sobre o gênero. O site ainda ensina as métricas para escrever um cordel.
www.casaruibarbosa.gov.br/cordel
Biografias de autores consagrados e biblioteca virtual, com mais de 2,3 mil folhetos digitalizados.
www.cibertecadecordel.com.br
Traz o catálogo do Acervo Maria Alice Amorim, mantido pela pesquisadora com apoio de várias entidades. A consulta às obras digitalizadas na íntegra pode ser feita na Fundação Joaquim Nabuco, no Recife.
Livro
Retrato do Brasil em Cordel, Mark Curran, Ateliê Editorial, 2011.
Glossário
Com pílulas sobre conteúdo e forma da literatura de cordel
Acontecido: folhetos de não-ficção em que o cordelista reporta eventos reais - fatos de âmbito local, nacional ou internacional.
Folheteiro: intérprete, sujeito que canta os cordéis nas feiras e praças com o intuito de atrair público e estimular a venda.
Peleja: também conhecida por desafio, é o duelo poético oral entre cordelistas, eventualmente reproduzido em folhetos.
Romance: cordel tradicional que narra disputas entre o bem e o mal em anedotas, contos de fadas, causos de amor e aventura.
Sextilha: consagrada entre os poetas nacionais, é a estrofe de seis versos com sete sílabas (o segundo, o quarto e o sexto versos rimam entre si).
Xilogravura: imagem que ilustra a capa dos livretos brasileiros, obtida do relevo da madeira talhada.
Saiba mais
Sites
www.ablc.com.br
Página da Academia Brasileira de Literatura de Cordel reúne curiosidades e notícias sobre o gênero. O site ainda ensina as métricas para escrever um cordel.
www.casaruibarbosa.gov.br/cordel
Biografias de autores consagrados e biblioteca virtual, com mais de 2,3 mil folhetos digitalizados.
www.cibertecadecordel.com.br
Traz o catálogo do Acervo Maria Alice Amorim, mantido pela pesquisadora com apoio de várias entidades. A consulta às obras digitalizadas na íntegra pode ser feita na Fundação Joaquim Nabuco, no Recife.
Livro
Retrato do Brasil em Cordel, Mark Curran, Ateliê Editorial, 2011.
Panorama preciso da história do cordel brasileiro, mesmo escrito por um
estrangeiro. O estudo mostra como traços da nossa cultura e política são
narrados pelos folhetos.
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