quinta-feira, 5 de junho de 2014

Analisando Manuel Bandeira - O último poema


Manuel Bandeira



Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.





Manuel Bandeira teve tuberculose desde jovem, com isso, passou a vida pensando que poderia morrer em breve. Sendo assim, seus poemas, davam sempre idéias de melancolia e a sensação de sempre estar à espera do pior.

Alguns de seus poemas tinham características do Modernismo: liberdade no uso das palavras, ironia, crítica. Mostravam também lembranças da infância, coisas que ele gostaria de fazer, a solidão, a paixão pela vida, entre outros. Mas muitas vezes mesmo nos mostrando a realidade, seus poemas também poderiam nos mostrar ilusões, coisas improváveis.

Com seus problemas de saúde, Manuel ficou impossibilitado de fazer várias coisas, podendo então transmitir seus desejos e sentimentos no papel. Ele lutou bastante na vida, naquela época a tuberculose era uma doença para a qual não existia cura.  Ao longo de sua vida escreveu várias coisas, publicou livros e crônicas em jornais.

Quando escreveu “O Último Poema”, poderia estar mostrando como gostaria que este fosse. “Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais” – escreveu.  Talvez os versos que escreveria, seria a forma de como ele gostaria de ser lembrado.

Julia / Turma 801 / 2014 

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