Manuel Bandeira
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manuel Bandeira teve tuberculose desde jovem, com
isso, passou a vida pensando que poderia morrer em breve. Sendo assim, seus
poemas, davam sempre idéias de melancolia e a sensação de sempre estar à espera
do pior.
Alguns de seus poemas tinham características do Modernismo: liberdade no uso das palavras, ironia, crítica. Mostravam também
lembranças da infância, coisas que ele gostaria de fazer, a solidão, a paixão
pela vida, entre outros. Mas muitas vezes mesmo nos mostrando a realidade, seus
poemas também poderiam nos mostrar ilusões, coisas improváveis.
Com seus problemas de saúde, Manuel ficou
impossibilitado de fazer várias coisas, podendo então transmitir seus desejos e
sentimentos no papel. Ele lutou bastante na vida, naquela época a tuberculose
era uma doença para a qual não existia cura.
Ao longo de sua vida escreveu várias coisas, publicou livros e crônicas
em jornais.
Quando escreveu “O Último Poema”, poderia estar
mostrando como gostaria que este fosse. “Que fosse terno dizendo as coisas mais
simples e menos intencionais” – escreveu. Talvez os versos que
escreveria, seria a forma de como ele gostaria de ser lembrado.
Julia / Turma 801 / 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário