Um país como o nosso — com legítimas esperanças de crescimento, mas conhecidos e lamentáveis obstáculos à aceleração do esforço para atingir a meta — tem, obviamente, de ficar de olhos pregados nos dados e estatísticas que registram nossos progressos. E também, com igual empenho, na anotação das dificuldades para atingi-los.
É obviamente importante, portanto, registrar e procurar entender números que nos dizem a quantas andamos numa areal de vital importância: a formação de profissionais no chamado nível superior. Esta semana, na terça-feira, o Ministério da Educação divulgou os resultados de uma pesquisa obviamente indispensável: o Censo da Educação Superior, relativo ao ano passado.
Se fosse um jogo de futebol, poderíamos dizer que ele teria acabado num empate. O gol a nosso favor seria um aumento no número de estudantes matriculados em universidades. Mas o gol contra tem peso forte: está diminuindo o time daqueles que jogam até o fim da peleja (para usar uma expressão que nossos locutores adoram usar).
O fenômeno é recente: nos dez anos anteriores, o número dos jovens que se formaram nas faculdades do país cresceu sem parar. Este ano, o censo deu o alarme: no ano passado, 991.010 alunos levaram até o fim seus estudos superiores — o que significa uma queda de quase seis por cento em relação ao ano anterior. Como são ignoradas as razões disso, há motivo para preocupação. O Ministério da Educação agiu corretamente, ao não trancar os números na gaveta.
E o titular da pasta, Henrique Paim, foi sincero: “Não temos resposta.” É um bom começo para chegar à resposta.
Luiz Garcia é jornalista
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/bom-comeco-13908735#ixzz3DC7fEROG
A educação, e seu processo de ´´evolução``
ResponderExcluirRealmente é intrigante como estes números apareceram, pois o número de jovens cresceu e a disputa por vagas também, então o que aconteceu? Será o desestímulo entre jovens para completar o nível superior, ou será que eles apenas desistiram para irem trabalhar logo?
O nível superior é muito importante, mas será que isso é realmente debatido nas salas de aula?
Os ´´números`` eram para crescer, mas diminuiu em 6% o que é preocupante, mas como sempre neste país, tudo que nos ameaça acaba não chegando a todos e a notícia é abafada, fazendo a deixa para que ninguém faça nada, novamente. Prefiro não comentar...
Tomara que este resultado também tenha uma margem de erro né? O brasil, cada vez investindo menos em escolas, Dilma, um país pobre é um país sem educação! Não com pobreza.
André Cadinelli Ramos - 901