Cristovam Buarque
Recente estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e nossos jornais no dia a dia mostram o Brasil como o país com maior violência na escola. O futuro de um país tem a cara de sua escola no presente. Por isso, é urgente entender as causas da violência e como corrigi-las.
A primeira causa é a pouca valorização do professor. Em uma sociedade movida pelo consumismo e renda, ao perceberem que os professores têm baixos salários, os alunos valorizam mais outras profissões, não espelham seus futuros nos professores em frente. Todas as categorias profissionais são mais reconhecidas do que o magistério. Os professores, ao não serem reconhecidos, justificadamente, diminuem a dedicação, criando um circulo vicioso de desrespeito mútuo, mesmo implícito, quando não explicitado.
Este sentimento se agrava, quando os alunos sentem as semanas ou os meses sem aulas por causa das greves para as quais os professores são jogados em busca de aumentos mínimos nos seus salários. Se as escolas podem ficar meses sem aulas, é porque não são vistas com importância pela sociedade, o que leva alunos a também não darem importância a elas. Nem sentem amor por uma instituição na qual percebem que estão por poucos anos, antes de abandoná-la sem concluir os estudos, como fizeram seus pais e irmãos mais velhos.
Acostumados a ver o conforto nos demais prédios da sociedade, os alunos sentem a degradação que vai dos banheiros às salas de aulas e adquirem o indecente direito de depredar o que a sociedade não valoriza. Acostumados aos modernos equipamentos de tecnologia da informação, sentem-se torturados pelas aulas em arcaicos quadros-negros.
Soma-se a isto a realidade social, na qual a violência obscena ficou banal, com a mídia passando violência, inclusive em programas infantis e de adolescentes.
Sentindo-se violentados pela escola degradada, alunos ficam violentos, pois vítimas de violência reagem com violência. A escola brasileira é tão violenta com os alunos que não há razão para surpreender-se com a violência dos alunos contra ela, mas há para assustar-se com as consequências trágicas da violência na depredação do futuro.
É difícil resolver a causa externa da violência escolar, que vem da sociedade violenta, mas não seria difícil quebrar as causas internas com um programa pelo qual nossos professores sejam valorizados e, em consequência, dedicados, competentes e admirados pelos alunos; em prédios bonitos, confortáveis, equipados ao gosto dos jovens; e com as instalações necessárias para escola em tempo integral, longe das tentações e ameaças da violência das ruas.
É suicídio esperar o fim da violência urbana para só então termos escolas pacíficas, mas a valorização da escola vai colaborar para pacificar a sociedade. O Brasil dispõe dos recursos para mudar esta maldita realidade da violência nas escolas e, com uma escola pacificada, construirmos a paz na sociedade ao redor. Mas ainda não temos a mentalidade social e política necessária. Ainda preferimos as UPPs aos Cieps, e tentamos corrigir a violência de fora, deixando-a dentro das escolas.
Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-D
Como sabemos, o texto retrata a realidade que estamos vivendo. A desvalorização do professor é um problema antigo, que piora a cada ano que passa, a violência também. Com a força de vontade do governo e da sociedade, nós podemos mudar isso. Poderia haver o aumento do salário do professor, pois isso impediria que ele procurar outros empregos, porque percebe que está sendo mais valorizado. Uma parte dos impostos que as pessoas pagam, poderia ser destinada exclusivamente à educação, melhorando as condições de trabalho do professor e também das escolas. A educação e o icentivo precisar começar em casa, com a ajuda dos pais e da família, isso com certeza influencia nas escolhas feitas na escola. Se não tentarmos mudar isso agora, o que será das nossas futuras gerações? Mariana Beatriz 702
ResponderExcluirConcordo com a postagem "Paz nas escolas", pois é inadmissível a violência que hoje se apresenta em um ambiente que é projetado para se conviver de forma pacífica. A desvalorização de um professor é algo muito sério, pois assim se perde o respeito por um profissional no qual deveríamos nos espelhar. Acredito que a sociedade deveria "acordar" o quanto antes para essa realidade, exigindo dos governantes políticas voltadas para a valorização do professor e das outras pessoas também. Acho que se deveria começar por combater a violência urbana com políticas sociais, que valorizem o ser humano e gerem oportunidades para que todos tenham dignidade, possam ter acesso ao trabalho, à moradia, à saúde, à alimentação, ao lazer e à segurança. Ao se garantir as necessidades básicas às pessoas, a violência perde espaço e o respeito a si mesmo irá refletir no convívio com o próximo e o professor terá sua merecida valorização. Olivia Macedo. Ativo, turma 702
ResponderExcluirConcordo com a postagem 'Paz nas escolas',e o assunto da desvalorização do professor é o mais presente nas escolas de Macaé,e do Brasil,pois sem os professores não teríamos os médicos,engenheiros,biólogos,de hoje.Anda tendo nãos ó casos de violência (Agressão) mas também verbal,racismo,preconceito,e se ninguém tomar providencias,o Brasil nunca vai mudar e sempre vai ficar 'teclando na mesma tecla'. Obrigado,Marco Antonio. 701
ResponderExcluirIsso e um ato que acontece em todas as escolas do brasil e ate de outros países,esse comportamento que hoje em dia acontece nas escolas que e um ambiente de estudo não deve ser aturado, desvalorizando os professores pois são eles que nos ensinam a ser o que somos agora,os atos como violência e racismo estão entrando nas escolas e é isso que agente não pode deixar acontecer. Hugo 702
ResponderExcluirViolência Jamais
ResponderExcluirConcordo plenamente com esta postagem, a profissão dos professores é constantemente desvalorizada, a cada ano que passa, os alunos costumam diminuir a escolha para a profissão de professores, as vezes é por motivo de salários, a mídia pode induzir as pessoas, fazendo-as entender que não se é feliz com salário pequeno. Outras pode ser por motivo de terem sido violentados nas escolas.
Algumas escolas são habilitadas com psicólogas especializadas para tratar pessoas violentadas fisicamente ou mentalmente. espero que algum dia essas violências parem, e que um dia, as pessoas percebam que ser professor é ser mestre, é ensinar aos outros, é ser O INICIO.
Matheus Rangel / Turma 901
Professor José Henrique
Colégio Ativo
Os jovens estão perdendo cada dia mais seu espaço na sociedade, não sabem aproveitar as oportunidades são oferecidas a eles. São agressivos, ansiosos, e com baixa autoestima, sem sonhos e planos, com medo de correr risco, de fazer escolhas, não sabem o valor da amizade, se tornaram dependentes da tecnologia.
ResponderExcluirA família, além da tecnologia, também é um grande culpado dessa história. Pais não sabendo educar seus filhos, vivendo ocupados, preocupados com seus compromissos, se esquecem que tem em casa, um ser com caráter em formação. Sem o estimulo dos pais, o filho se torna, muito das vezes, violento.
O poder do diálogo pode mudar o mundo; estimula talentos, aprende a ser mais flexível e educa.
Com algumas atitudes simples e mudanças de postura de pais, e até professores, podem ajudar os jovens a desenvolverem uma atitude positiva diante da vida.
A violência no mundo esta cada vez maior nas ruas, nas casas, e principalmente nas escolas, nas escolas ocorre bastante bullying, o que fazem ocorre mais violências nas escolas. Muitas pessoas vêem lutando para que isso acabe, mais esta bem difícil.
ResponderExcluirAs crianças têm que “acorda para a vida”, os seus pais tem que educá-los para que eles não pratiquem mais o bullying, para que sejam pessoas melhores, para que haja paz nas escolas
A violência no Brasil não é novidade. Especialmente nas escolas, onde não deveriam existir a violência, mais sim a paz.
ResponderExcluirAs escolas onde ocorrem surtos violentos são na maioria públicas. E esses surtos acontecem como consequência de vários fatores. Os professores não recebem um salário que é o suficiente para eles, e então perdem a vontade de ensinar, também por não receberem o devido reconhecimento, pois são a base de todas as profissões. Assim, eles realizam greves, e recebem uma quantia mínima de aumento, fazendo com que os alunos percam o interesse nas escolas, e cheguem a abandoná-las.
Os que ficam não gostam da realidade de suas escolas, que são sujas ( na maioria, não todas), sem cuidados, sem equipamentos. Esses jovens têm que sentir que estão em um lugar que vai ajudá-los a ver seu futuro a sua forma e que ganhem conhecimento, mas eles não conseguem ver desse jeito, porque não mostraram essa forma de estudar. Então o meio que lhes resta é a violência , pois estão revoltados por não conseguirem se encaixar como deveriam, se sentem rejeitados pelas escolas.
Do que adianta “ melhorar” a violência nas ruas mas não melhorar dentro da escola. São esses os lugares mais importantes da sociedade, pois para quem não sabe, o futuro é feito nas escolas. São os jovens. E estes agora usam agressões, a violência contra problemas que podem ser resolvidos com atenção. A imagem que o Brasil apresenta sobre ser sem violência não passa de uma mentira, e o que comprova isso está no lugar onde nunca deveria estar, na escola.
Alessandra, 801