Nunca perco a oportunidade para lembrar de heróis e heroínas de nosso povo, como a baiana Maria Felipa de Oliveira, que liderou um grupo de 40 mulheres na luta pela Independência da Bahia, no século 19
Conta-se que se tratava de uma mulher nascida na Ilha de Itaparica que, além de atraente e de elegante porte físico, tinha habilidades de capoeirista e uma coragem invejável. Descendente de africanos sudaneses, vivia da comercialização de mariscos e deve figurar entre os heróis da luta pela liberdade em nosso país, segundo vários intelectuais e os integrantes da Casa Maria Felipa, que a consideram a “matriarca da Independência de Itaparica”. Há um ótimo livro sobre ela, escrito pela educadora Eny Kleyde Vasconcelos Farias. Maria Felipa é mencionada em livros de Xavier Marques, de Jurandir Pires Ferreira e de João Ubaldo.
O primeiro a estudar essa personagem foi o historiador Ubaldo Osório Pimentel. Foi ele que apurou, através de documentos públicos, que, em 1823, as mulheres lideradas por Maria Felipa avistaram a esquadra de 42 embarcações portuguesas, ancoradas nas imediações da ilha, aguardando a ordem para invadir Salvador e reprimir as ações pela independência baiana.
Elas se aproximaram desses navios e os incendiaram, causando baixas significativas no exército português. Os dois vigias da esquadra, Araújo Mendes e Guimarães das Uvas, seduzidos pelo encanto das guerreiras, as acompanharam a um local distante, na esperança de se deleitarem sexualmente. Mas, quando tiraram as roupas, foram surrados com espinhosos galhos de cansanção.
Revista Raça Brasil
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