Chica da Silva
(Fonte Wikipédia,Texto elaborado pelo Matheus Taranto / Turma 801 / 2013)
Nascida em 1732,Francisca da Silva de Oliveira, ou só Chica da Silva, filha do português Antônio Caetano de Sá e da escrava Maria da Costa por um relacionamento extraconjugal, registrada (talvez não nascida) em Arraial Milho Verde. Foi escrava do sargento-mor Manoel Pires Sardinha , proprietário de lavras no Arraial do Tijuco. Então teve pelo menos um filho, Simão Pires Sardinha, em 1751, que teve como padrinho de batismo o então Capitão dos Dragões do Distrito Diamantino, em homenagem ao qual recebeu o nome.
Seu pai, Manuel Pires Sardinha não tinha declarado sua paternidade, porém nomeou-o como um de seus herdeiros.
Chica da Silva logo depois foi vendida ou dada como escrava ao Padre Rolim, que foi, posteriormente, condenado à prisão pela importante participação que teve na Inconfidência Mineira. Também viveu com sua filha Quitéria Rita, que teve com João Fernandes.
Esse seu marido, acabou se tornando explorador de diamantes herdado pelo pai, assim se tornando rico, porém teve 13 filhos para sustentar de outros casamentos.
João Fernandes e Chica da Silva habitaram um edifício que hoje é a praça Lobo de Mesquita, no número 266 em Diamantina. Separaram-se em 1770, quando João Fernandes de Oliveira necessitou retornar a Portugal para receber os bens deixados em testamento pelo pai. Então levou consigo os seus quatro filhos homens. Em Portugal, os filhos homens de Chica da Silva receberam educação superior, ocuparam postos importantes na administração do Reino e até receberam títulos de nobreza. Chica da Silva ficou no Arraial do Tijuco com as filhas e a posse das propriedades deixadas por João Fernandes, o que lhe garantiu uma vida confortável. Suas filhas receberam a melhor educação que se dava às moças da aristocracia local naquela época, sendo enviadas para o Recolhimento de Macaúbas, em Santa Luzia (Minas Gerais), onde aprenderam a fazer tricô, foram letradas, receberam instrução musical.
Chica da Silva pertencia às Irmandades de São Francisco e do Carmo, que eram exclusivas de brancos, mas também às irmandades das Mercês (composta por mulatos) e do Rosário (reservada aos negros).
Portanto, Chica da Silva tinha dinheiro para realizar doações a quatro irmandades diferentes, era aceita como parte da elite local composta quase que exclusivamente por brancos, mas também mantinha laços sociais com mulatos e negros por meio de suas irmandades. Apesar disto, como era costume da época, logo que foi alforriada passou a ser dona de vários escravos que cuidavam das atividades domésticas de sua casa. Ou seja, ela conseguiu sair de sua classe social baixa e ir para outro patamar da sociedade, e não só mais uma negra, pois ela era rica como todas as outras brancas, a ponto de ter outros escravos.
Morreu em 1798, sepultada na igreja de São Francisco de Assis, que pertencia a uma de suas irmandades.
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