sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Artigo de Opinião - Pesada herança do racismo nos EUA

Tem sido longo e doloroso o caminho para conter o racismo nos EUA e se construir uma sociedade não segregacionista. Apesar dos muitos avanços, a morte do jovem negro, desarmado, Michael Brown, de 18 anos, que levou seis tiros de um policial branco em Ferguson, Missouri, no último dia 9, trouxe mais uma vez o passado à tona e mostrou que ainda há muito a fazer neste campo. As tensões raciais continuam latentes.

Desta vez foi no Missouri, estado conservador do Centro-Oeste americano, cujo governador é democrata, mas onde os eleitores preferiram adversários republicanos de Barack Obama nas duas últimas eleições presidenciais. O resultado da morte do jovem, em circunstâncias ainda nebulosas, teve efeito parecido com o de outros incidentes envolvendo negros e policiais: já foram nove dias de confrontos entre manifestantes enfurecidos com a ação do policial e a militarizada força local, que tenta conter os distúrbios. Ontem, o governador Jay Nixon convocou a Guarda Nacional para tentar controlar a situação.


Em fevereiro de 2012, a violência eclodiu na Flórida, e em seguida em outras cidades americanas, após a morte de Trayvon Martin, negro, de 17 anos, alvejado por um segurança num condomínio em Sanford. O segurança acabou absolvido. Os dois casos relembram os violentos e destrutivos distúrbios que sacudiram Los Angeles em 1992, após o espancamento e morte do motorista negro Rodney King por um grupo de policiais, cenas gravadas por câmeras.

O racismo vindo da era da escravidão persistiu mesmo após a abolição, porque, entre outros motivos, passaram a vigorar leis que criaram o conceito de “raças separadas, mas iguais”, uma contradição que só serviu para aprofundar a segregação.

Só em 1954 a Suprema Corte americana revogou esse princípio. Mas coube a pioneiros da luta pelos direitos civis, como Rosa Parks e Martin Luther King, entre outros, a tarefa de começar a demolir, na prática, os muros construídos entre brancos e negros. Em 1955, Rosa rejeitou a ordem de um motorista de ônibus para que cedesse a um branco seu lugar na área para negros, já que a área para brancos estava lotada.

Sua coragem abriu caminho a questionamentos de regras rígidas de segregação racial em locais públicos e derrubou barreiras. Luther King tornou-se um dos mais importantes líderes da luta pelos direitos dos negros nos EUA e no mundo, com uma campanha de não violência e amor ao próximo. Foi assassinado em 1968.

A eleição de Obama, o primeiro presidente negro dos EUA, mostrou o quanto o país avançou desse embate racial. Mas a morte de Brown demonstra que a tensão está sempre ali, prestes a explodir. O uso desmedido da força por parte da polícia funcionou como faísca, numa repetição de outros casos. A sucessão deles indica que cauterizar este passado teria de ser missão prioritária para a sociedade americana.



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7 comentários:

  1. O EUA é um país extremamente racista devido à sua cultura mega conservadora e patriota,tanto que à muito tempo atrás havia a Doutrina Monroe,que não permitia ninguém que não seja americano entrar no país ou conviver em sociedade,e foi se criado o racismo e até o preconceito com todas as minorias.
    Se você ver até mesmo um programa de comédia americano você pode perceber que eles aceitam muito o humor negro,insultando tudo e todos,não só negros,como judeus,mulheres,muçulmanos e por aí vai... Mas ás vezes essas minorias até entendem que essas piadas são só para um fim de entretenimento, mesmo assim não se pode negar que a normalidade dessas piadas se deve à grande quantidade de esteriótipos que ficaram tão presentes que "acostumou" o povo e os atingidos por essas piadas.
    E outra coisa muito séria lá é o bullying,que grande parte se deve ao preconceito,caçoando,zoando ou até mesmo batendo em negros e outras minorias,pois pra eles tudo que é diferente,é errado. Lá isso é levado ao extremo,chegando até à deprimir algumas pessoas e chegaram ao suicídio,como muitos casos que vemos por aí na televisão,muito diferente do Brasil,aonde mesmo as crianças se zoando,elas não têm a intenção de deprimir alguém ,pois todos aprendemos a ser mais unidos devido à nossa cultura.
    E por fim,mesmo com o primeiro presidente negro,acho que o EUA está ainda muito longe de ser um país tolerante,anti-preconceituoso e anti-racista,devido à sua cultura de muito tempo atrás,como quando dizimaram os índios para a expansão ao oeste,etc...

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  2. Nos estados unidos o racismo chega ao extremo contra os negros, índios, asiáticos ou qualquer cor que for mais escura. Dessa forma são muito evidentes as relações entre a cor da pele com a situação econômica do negro, as pessoas agem como se fosse certo só porque a pessoa é negra ela tem que ser pobre, morar em favelas ou coisas do tipo, não pensa que se ele tivesse oportunidades de, por exemplo: estudar em uma escola particular, estudar outras línguas, fazer cursos, em geral, ter uma educação, como o branco tem, ele com certeza não iria precisar roubar se criminalizar pra sobreviver, ele teria uma posição social bem diferente. Mais a realidade infelizmente não é essa o negro não tem valor, e é assim pelo simples fato de ser negro, e não é nem porque fez alguma coisa, que é o que vem mostrando na reportagem.
    o presidente dos estados unidos é negro .ele é a principal pessoa do pais que luta pela igualdade racial entre as pessoas nos Estados Unidos, houve grandes melhoras nos últimos anos, mais mesmo assim ainda é muito declarado preconceito racial. Pois não adianta ter um presidente negro que luta pela igualdade das pessoas negras que assistem no pais se ele não pode mandar em todas as mentes que abitam o pais e fazer com que todos as pessoas pensem iguais. Mais pode fazer com que esses atos racistas sejam punidos corretamente.
    Uma coisa que esta bem clara nessa reportagem é que os acontecimentos mostrados são todos cometidos por quem deveria passar a segurança, por uma pessoa que não será punida como deveria. Porque se esse ato de matar uma pessoa negra que nem ao menos fez nada, e mesmo se tivesse feito não seria dessa forma iria puni-la, com certeza não iria mata-la.
    Construir uma sociedade segregacionista é uma coisa difícil em meio ao passado dos negros, como eram tratados, como foram mostrados ao mundo, como um simples objeto barato. Mais o que as pessoas não intendem é quem isso é passado, e que eles são pessoas exatamente iguais em tudo porque quando um branco bate em um negro eles sangram igual, quando um branco da um tiro em um negro como é o caso da reportagem ele não morre igual?
    Então não tem um porquê de ter preconceito contra negro, é só uma questão de melanina, umas pessoas produzem mais e outros menos, não existe nenhum motivo válido para o preconceito. Ninguém nasce odiando a outra pessoa pela cor da pele, para odiar, a pessoa precisam aprender e se podem aprender, também podem aprender a gostar e tratar com igualdade.

    - Suzana Barbosa

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  3. O preconceito no EUA
    E perceptível que não ocorre somente no Brasil os atos racistas, como diz a notícia, um jovem negro foi morto à tiros por um policial branco, o que é inadmissível, a escravidão e o racismo já eram para terem sido descartados, mas os negros ainda são escravizados.
    O passado global é repleto de ideias com relação ao racismo, com o tempo elas foram se esvaindo, e a barreira entre brancos e negros foi sendo derrubada, principalmente com a eleição do Obama nos EUA que gerou vários debates sobre a intensidade do negro na nossa sociedade, mas a barreira ainda continua de pé.
    O EUA é marcado pelas suas imposições preconceituosas, onde somente dava prioridade e poder aos americanos, além disso, existe o bullying, que como o racismo, é muito presente por lá.
    A partir dessas informações é tirada a conclusão que o EUA é um país que ainda contém o é preconceito, e que essas ações preconceituosas estão espalhadas por todo o mundo, até hoje.

    Rafael Negreiros 901

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  4. Quem pensaria que em um lugar como nos Estados Unidos, que aos olhos da mídia é o melhor lugar para se morar e com a melhor condição de vida, poderia ser tão preconceituoso e racista ao ponto de um policial, alguém que deveria nos proteger, matar um homem negro, sem contar que essa não é a primeira vez que acontece.
    Ao longo da história dos Estados Unidos mesmo depois da abolição da escravidão, você sempre irá perceber uma grande desvantagem para as pessoas de pele escura, as mesmas antigamente nesse país não podiam nem sentar ou frequentar um lugar pertencente à brancos, já que naquela época os lugares eram divididos em brancos para um lado e pretos para outro, desse modo cada um deles tinham diferentes direitos, no qual o branco é sempre o favorecido e o negro sempre o desfavorecido. Ao longo do tempo isso foi melhorando, já que as pessoas resolverem ser diferentes e lutar para ter seus direitos iguais aos brancos, muitos nomes se destacaram nessas jornadas se tornando uma expiração para muitos,por exemplo, por conta deles muitos negros ocupam cargos importantes no governo.
    Mesmo com o trabalho que vem ocorrendo para pararem de olhar o negro como indiferente, nós sabemos que o racismo nunca vai acabar, já que é muito difícil tirar da cabeça algo que a sociedade nos ensina desde pequenos, desse modo, dá para ver nitidamente no artigo que muitas pessoas se prejudicam, nesse caso, os mesmos morrem por sua cor ou se machucam seriamente.
    Infelizmente isso vem chegando até nós rapidamente.

    Eduarda Raposo-701

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  5. Os Estados Unidos é um país muito racista, principalmente com negros, o que é inaceitável, porém, felizmente nesses últimos anos o racismo vem diminuindo consideravelmente , mas ainda faltam muitas pessoas para se conscientizar.
    Esta herança de racismo vem principalmente da época da escravidão, que lá foi muito acentuada. E as pessoas não deve ficar quietas quando veem um episodio como o do policial que matou o jovem negro Michael Brown, devem sim fazer protestos e acabar de vez com essa "praga" que que passa de pessoa para pessoa de uma forma que ninguém percebe, mas passa.
    Além dos EUA, existem muitos e muitos países pelo mundo que não gostam do negro, e são preconceituosos. O problema é que lá eles eram realmente assumidos e eu imagino que os negros sofriam bem mais que aqui, porque não deve ser legal ter um ônibus pra negros e outro pra brancos, eles eram inferiorizados de verdade.

    Victor Melo Ismério
    702

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  6. Quem pensaria que em um lugar como nos Estados Unidos, que aos olhos da mídia é o melhor lugar para se morar e com a melhor condição de vida, poderia ser tão preconceituoso e racista ao ponto de um policial, alguém que deveria nos proteger, matar um homem negro, sem contar que essa não é a primeira vez que acontece.
    Ao longo da história dos Estados Unidos mesmo depois da abolição da escravidão, você sempre irá perceber uma grande desvantagem para as pessoas de pele escura, as mesmas antigamente nesse país não podiam nem sentar ou frequentar um lugar pertencente à brancos, já que naquela época os lugares eram divididos em brancos para um lado e pretos para outro, desse modo cada um deles tinham diferentes direitos, no qual o branco é sempre o favorecido e o negro sempre o desfavorecido. Ao longo do tempo isso foi melhorando, já que as pessoas resolverem ser diferentes e lutar para ter seus direitos iguais aos brancos, muitos nomes se destacaram nessas jornadas se tornando uma expiração para muitos,por exemplo, por conta deles muitos negros ocupam cargos importantes no governo.
    Mesmo com o trabalho que vem ocorrendo para pararem de olhar o negro como indiferente, nós sabemos que o racismo nunca vai acabar, já que é muito difícil tirar da cabeça algo que a sociedade nos ensina desde pequenos, desse modo, dá para ver nitidamente no artigo que muitas pessoas se prejudicam, nesse caso, os mesmos morrem por sua cor ou se machucam seriamente.
    Infelizmente isso vem chegando até nós rapidamente.
    Eduarda Raposo-701

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  7. O Brasil não é o único onde exite o racismo, os Estados Unidos também.
    Para a maioria, o EUA parece o país perfeito, sem racismo, discriminação e sem preconceito. Mas não é assim. Desde os tempos da abolição da escravatura nesse país, o racismo não desapareceu, muito pelo contrário, e se tornaram um país, como o próprio texto diz, uma sociedade segregacionista.
    A maioria dos policias americanos se tiverem alguma chance de matar um negro, não pensam duas vezes. Os assassinatos vem se tornando recente e em grande quantidade.
    As práticas racistas acontecem cedo , nas escolas, ruas e até em casa, incentivando aos filhos que os negros são ruins ou medíocres. Isso acontece em cidades pacatas, estados decentes e em famílias certas.
    O EUA não é o país perfeito, humilham, separam, desprezam os negros que fazem parte da sua sociedade e que formaram a sua história, assim como nós.O racismo faz parte de todos os países, e assim, todos devem aceitar as diferenças.

    alessandra, 701

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