sábado, 2 de agosto de 2014

Te Contei, não ? - O tablet substituirá a escrita cursiva ?



por Hamilton Werneck




Não se trata de novidade de início de ano. Ao final de 2012 já era possível ler alguns artigos acerca do possível fim da escrita cursiva. O Estado de Indiana, nos Estados Unidos, dá ao professor alfabetizador a liberdade de escolher entre usar a escrita cursiva ou o tablet . A Alemanha embarca no mesmo modelo.

Se analisarmos nossa vida, constatamos que digitamos muito mais do que escrevemos e a geração que ingressa nas escolas para se alfabetizar, oriunda de creches e pré-escolas, já chega com uma mentalidade eletrônica, familiarizada com iphones e tablets.

Em uma conferência que assisti ano passado [2013], foi-nos contado que a mais recente experiência com tablets havia sido realizada no Quênia, em uma região de aldeias onde todos eram analfabetos. A empresa interessada nos resultados preparara um tablet que deveria ter a bateria carregada por meio de energia solar, um adulto da região foi ensinado a realizar tal procedimento e as crianças receberam tablets que podiam ser monitorados via satélite.



SAIBA +
HOMINÍDEO
Diz-se do animal que pertence à espécie dos Hominídeos, que é uma família de animais primatas que compreende o homem e seus ancestrais. NEURÔNIO - Célula do sistema nervoso responsável pela condução do impulso nervoso.

NEURÔNIOS PRÉ-FRONTAIS
Neurônios que ficam na região do cérebro chamada córtex pré-frontal, dividida em lobo pré-frontal direito e lobo pré-frontal esquerdo, como indicado na imagem abaixo.



MOTRICIDADE FINA OU GRAFOMOTRICIDADE
Motricidade fina ou grafomotricidade é a capacidade para executar movimentos delicados com os dedos, com controle e destreza (por exemplo, usar uma tesoura ou um lápis), a qual levou os humanos à escrita.

PRAXIA
Praxia, ou planejamento motor, é um movimento intencional, organizado, que tem em vista a obtenção de um fim ou de um resultado determinado, como o realizado em um jogo de boliche, que exige do praticante coordenação óculo-manual, praxia fina, coordenação, atenção e cumprimento de regras.



O que se sucedeu foi espantoso. Poucos minutos depois de estarem de posse dos aparelhos, quatro crianças já estavam com os computadores ligados. Elas demonstravam tal interesse em comunicar o que descobriam que sempre que uma conseguia uma proeza, muitos tablets se juntavam e não tardava para que todas realizassem a mesma tarefa. Ao término do primeiro mês da experiência, uma delas escreveu lion [leão, em inglês].

A questão é analisar se, diante dessas constatações e de um sistema inalâmbrico de comunicação, o qual dispensa os controles com fio, devemos aderir à alfabetização por meio dos tablets.

Se me perguntam, respondo sem titubear que em breve estaremos todos, sim, aderindo à alfabetização por meio de tablets. Contudo, algumas reflexões precisam ser feitas, porque a escrita corresponde a um dos estágios mais sofisticados de evolução deste hominídeo, bípede, mamífero, vertebrado que chamamos de homem.

Com o desenvolvimento dos neurônios pré-frontais, as conexões com a ponta dos dedos aumentaram, permitindo movimentos e proezas próprias dos humanos, envolvendo a motricidade fina, ou grafomotricidade. Descobriu-se ainda que esses movimentos eram de mão dupla: os impulsos que partiam dos neurônios pré-frontais chegavam à ponta dos dedos e as várias praxias da ponta dos dedos retornavam com informações para esses mesmos neurônios.

Portanto, estaria na hora de abandonarmos um processo que nos últimos seis mil anos impulsionou consideravelmente a evolução da nossa espécie?

Minha resposta é afirmativa, com ressalvas. É muito importante que os professores e alunos entendam que os computadores e os tablets são máquinas que emitem luz, enquanto o papel reflete luz. Portanto, ao lermos textos nos tablets ou computadores, ao escrevermos neles, teremos uma visão mais cansada, o que pode nos levar a perder detalhes da leitura. Para tanto, aconselha-se aos escritores que, mesmo usando os computadores, façam a última correção lendo em papel, pois tal prática torna a revisão mais segura

Não é hora de nos preocuparmos com os argumentos clássicos de que os tablets poderão vir a faltar um dia. Seria o mesmo que guardar uma charrete e um cavalo para o dia em que talvez não mais tenhamos combustível para mover veículos automotores.

A questão é mais abrangente. Deve um professor usar o tablet? Não tenho dúvidas disso, inclusive no período de alfabetização. Mas em hipótese alguma ele deve deixar de lado a prática grafomotora, pois essa corresponde ao movimento mais sofisticado atingido pelos humanos.

Além disso, diante do inevitável e crescente uso de ferramentas tecnológicas, atividades como a pintura, a escultura, o desenho e o manejo de instrumentos de corda e teclado devem ser estimulados.

Não podemos abandonar práticas que envolveram todo o nosso processo civilizatório e que culminaram na escrita.

A partir desses pressupostos, considero que a escola deva dar atenção especial à educação artística, disciplina muitas vezes relegada a segundo plano. Vale lembrar que as artes, além de terem sido e continuarem a ser um dos grandes pilares do desenvolvimento humano, sempre contribuíram para a comunicação do homem com seu meio e disseminação cultural. Não podemos nos esquecer de que todo produto traz em si a marca da cultura que o gerou

ORIGEM
TABLET
QUEM INVENTOU O PRIMEIRO TABLET? 
De acordo com o portal de notícias e informações sobre tecnologia Web Pro News (www.webpronews.com), a empresa Pencept é creditada como a criadora do primeiro tablet - conhecido à época como penpad ou "computador de caneta" -, quando, em 1985, em parceria com a CIC, criou uma linha de computadores que usavam uma tecnologia de reconhecimento de escrita manual. No entanto, foi apenas a partir do início do século XXI que a tecnologia se desenvolveu, ganhou mundo e o termo tablet passou a designar os computadores em formato de "tabuinha" (um dos significados do termo tablet em inglês), como o da imagem abaixo.

SAIBA MAIS EM: www.ehow. com.br/inventou-primeirotablet- fatos_58514/>.
PARA UM RESUMO DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO TABLET ACESSE: <www.pt.wikipedia. org/wiki/Tablet>.

Se métodos novos forem criados, ótimo, vamos comemorar. No entanto, não podemos nos esquecer de que nós, humanos, não podemos perder domínio sobre nosso corpo, pois este representa a culminância da evolução de uma espécie - a qual, a que tudo indica, não é propriamente originária de símios, mas de um ramo paralelo e bem específico, cujo elo ainda se encontra perdido.

"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças."
Charles Darwin

Sabemos que as crianças que não constroem seus brinquedos e, por conseguinte, na realidade, não brincam, têm dificuldades em interagir com o meio. Esse viés da educação infantil deve ser bem estudado para que não haja uma desconstrução da infância, ou seja, uma espécie de imagem corporal sem corpo.

Os tablets levam as pessoas em direção a uma realidade virtual produzida pela evolução tecnológica que acaba não necessitando do exterior para criar imagens, sons, cores, formas ou volumes. A humanidade está diante de uma novidade. Pela primeira vez na história, podemos dispensar os objetos representados, contanto que tenhamos o código eletrônico dos mesmos.

A atenção não mais está fixada nos objetos reais, cujos nomes são escritos no papel, e sim na nova realidade computadorizada e digitalizada.

QUESTIONAMENTO SOBRE OS CINCO SENTIDOS


Há, portanto, que se considerar como o universo infantil conviverá com essas situações virtuais e como será o desenvolvimento das imagens e do pensamento das crianças.

Devemos pensar ainda nas consequências, sobretudo na primeira infância, da excessiva convivência com a virtualidade e com a ausência do corpo. A criança brincava com objetos, fabricados ou não, muitas vezes encontrados no meio em que viviam. Atualmente, graças à tecnologia, ela fica na dependência dos pixels que, por sua vez, dependem do mundo digital. Ela manipula uma imagem, muda-a de lugar, faz cortes, o que é muito diferente da realidade corporal de um objeto, que pode ser uma caixa ou uma lata. Por sua vez, essas imagens, sobretudo em jogos, passam com tal rapidez diante das crianças que não há tempo para um ato contemplador. Essa realidade digital pode ser comparada à leitura dinâmica, rápida, proposta por Evelyn Wood, que se contrapõe à leitura contemplativa de uma poesia, na qual se saboreia cada palavra, cada rima, cada metáfora.

Valeria perguntar ao leitor dinâmico se houve algum sabor naquela poesia de Drummond ou Ferreira Goulart, caso a leitura fosse rápida, muito mais preocupada com o "engolir" do que com o "saborear".


O mesmo ocorre com o mundo virtual. Vemos, mas não tocamos com nossos dedos. Trata-se de um mundo intangível que, se demasiado, sobretudo para crianças, pode se tornar enfadonho e deixar de lado o que é memorável.

A escrita cursiva permite essa constante manipulação dos objetos, leva as crianças a conviverem enquanto escrevem cada letra, cada palavra, enquanto traduzem, em palavras e depois com a leitura, em sons, cada coisa que é manipulada.

Se a convivência com a virtualidade impedir que a dominante fásica da infância se realize e se instale na criança, poderíamos também antecipar outra pergunta: como será um adulto que não teve a oportunidade de viver a infância?

CONCEITO
KONRAD LORENTZ
APRENDENDO QUEM É SUA MÃE

O comportamento animal se desenvolve como resultado da interação de influências genéticas e ambientais.
Alguns comportamentos têm determinantes mais genéticos (inatos) do que comportamentais; em outros, o oposto é verdadeiro. Inato é uma palavra em latim que significa "nascer com". Por um lado, existem os chamados comportamentos instintivos, os quais são geneticamente programados e geralmente são muito pouco influenciados pela experiência ou aprendizagem. Por outro lado, há comportamentos que são quase inteiramente dependentes da aprendizagem.
Existe, entretanto, toda uma gama de diferentes misturas de comportamentos. A estes se dá o nome de estampagem ou imprinting. São mecanismos inatos, como o do canto de alguns pássaros estudados por Lorentz, que precisam de aprendizagem para serem reconhecidos por membros da mesma espécie, caso contrário se tornarão adulterados e irreconhecíveis.
Saiba mais em: <www. cerebromente.org.br/n14/ experimento/lorenz/indexlorenz_ p.html>.

Há um pensamento de Friedrich Nietzsche que sempre me chamou a atenção: "A seriedade do homem é ter reencontrado a seriedade com que brincava quando criança". Ora, se não houve esse ato de brincar, pois ele foi prejudicado pelo excesso de virtualidade, como o adulto reencontrará a seriedade que deixou de ser aprendida na infância?

Revisitando Konrad Lorentz , encontramos as ideias de "estampagem" que são estabelecidas na infância. Esse "imprinting" terá influência em toda a vida dos humanos, portanto não se trata apenas de usar ou não um tablet, há muito mais que se considerar além de simplesmente aprender a escrever e as relações entre a escrita e as ferramentas facilitadoras.

Há muito que se pensar quanto a essa questão, sobretudo se nos reportarmos ao pensamento reflexivo, considerando a evolução humana. Vitor da Fonseca, citando Sokolov e Anokhine, afirma: "O nascimento do pensamento reflexivo traduz a relação entre a mão (aspecto motor) e o cérebro (aspecto psíquico) por meio da exploração e observação visual". O mesmo autor, baseando-se em Piveteau, afirma que "a reflexão é a consciência da ação retardada, daí que seja possível ao homem, em termos complexos, a antecipação da ação, que exige uma imagem, que sustenta em nível do cérebro o projeto da ação que se prolongará por meio da mão".

Eis a razão da afirmação anterior sobre a introdução de outras práticas escolares, todas ligadas à arte, em caso de diminuição das ações grafo- motoras - no mundo virtual, o projeto da ação não se prolongará por meio da mão porque o escriba não escreve, somente digita -, e é dessa combinação interna e externa que se origina o pensamento, o qual passa pela experiência sensório-motora que o mundo virtual faz perder em grande parte.

Há consequências já percebidas em adultos que, enquanto crianças, viveram essa ausência de corpo, passando, portanto, por um processo de desconstrução da própria infância.

A criança diante de uma tela com a imagem de um cavalo determina uma reação sem a presença do corpo, o que leva a uma diminuição da imaginação. Essa imagem está desprovida de afeto. A consequência é a atrofia do pensar criativo.

A capacidade de paralisação provocada pelos eletrônicos está diretamente ligada à contraposição entre o mundo das certezas e o mundo das promessas e das incertezas, contraposição esta que tem uma profunda relação com as estruturas escolares.
CURIOSO
ROBÔ PRESENCIAL
O CURIOSO CASO DE DEVON CARROW SPERDUTI, UM GAROTO QUE USA UM ROBÔ PARA IR À ESCOLA

Este é Devon Carrow Sperduti, um garoto que tem apenas sete anos de idade e que sofre de uma doença rara e fatal que o impede de sair de casa. E como ele faz para estudar? Devon usa um robô especialmente construído para ele chamado VGo.

Saiba mais sobre essa intrigante história em: <www.rockntech. com.br/o-curioso-caso-dedevon- carrow-sperduti-umgaroto- que-usa-um-robo-parair- a-escola/>.



Até a Segunda Guerra Mundial terminar, em 1945, vivíamos num mundo de certezas. Tudo era definido no início do ano como se o professor, qual profeta pedagógico, pudesse antever os acontecimentos no mês de dezembro do mesmo ano. Seguimos pela escola das promessas que, no Brasil, em plena década de 1970, impelia a todos para que estudassem com o objetivo de conseguir um emprego e sustentar-se na vida. Hoje, também no Brasil, ainda encontramos educadores com a visão de uma escola das certezas, quando tudo se encaminha para a incerteza. Mas, convenhamos, quando lidamos com o mundo virtual, temos mais incertezas do que certezas e é exatamente isso que pode inibir o desenvolvimento humano do adulto - a falta de capacidade de conviver com um mundo incerto, onde a criatividade é fundamental para ultrapassar o inesperado que nos circunda.

Quando insisto na necessidade de se conjugar o virtual com o real, é exatamente para mostrar que temos de lidar com um corpo com o qual possamos interagir. É claro que os computadores são melhores do que a televisão na formação da pessoa. Enquanto a TV produz um telespectador passivo, o computador permite a interação.

Vitor da Fonseca, em seu livro Psicomotricidade - filogênese, ontogênese e retrogênese - ainda insiste no fato de que "às ações manuais, correspondem ações cerebrais; às coordenações gestuais, correspondem coordenações cerebrais que equacionam um conjunto de operações practognósticas que mais não são do que o diálogo entre a ação e a consciência, entre a mão e o cérebro".

Se os leitores estão um tanto perplexos com tantas possibilidades de novidades em sala de aula e suas consequências para a vida futura do profissional, há complicadores maiores, como o robô presencial.


"Devon Sperduti" e seus colegas no corredor da escola
Caso não possa ir à aula, você manda o robô em seu lugar. Ele pode estar presente em uma sala de aula normal, no laboratório, no pátio do recreio, é educado, pede licença para fazer perguntas aos professores. Se uma pessoa estiver impossibilitada de se locomover poderá, via internet, controlar o robô, assistir a todas as aulas, interagir com os colegas, participar de trabalhos em grupo. Você não estará lá, mas o robô sim.

Quando se trata de aprendizagem e de instrução, tudo parece correr bem e funcionar e é importante estar atento para o fato de o aluno, mesmo estando em casa, poder controlar o robô que o substitui na escola.


Torobo-kun, o robô japonês que foi aprovado em 70% dos vestibulares das universidades de seu país. Fonte: <www.economia.estadao. com.br/noticias/economiageral, robo-japones-faz-vestibulare- e-aprovado-em-70-dasuniversidades, 172782,0.htm> (12 de dezembro de 2013)
Não podemos deixar de pensar nessas possibilidades. Entretanto, a educação que precisamos desenvolver é uma educação onde os mestres devem, em primeiro lugar, ser especialistas em gente, depois em educação e, em terceiro lugar, nas disciplinas que lecionam. As vantagens propiciadas pelo uso de um robô presencial, assim como de tablets, devem ser acompanhadas de perto. As escolas precisam estar preparadas para esta realidade, pois esse cenário não é mais parte de um filme de ficção científica. No entanto, o mais importante é a presença e, na minha ótica, essas tecnologias são úteis, devem ser assimiladas, utilizadas, porém são soluções diante da impossibilidade da presença. Esses fatos e suas soluções precisam instigar os professores para que aprendam a lidar com as novas situações em que a máquina substitui a pessoa dentro de uma sala de aula. Todavia, aprender a conviver e a ser depende da presença da pessoa.


CITOU
CLARICE LISPECTOR
"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença." Clarice Lispector (1920-1977)

Como se pode perceber, tudo está muito além da questão de se adotar o tablet dentro da sala de aula ou não. Não adotá-lo pode significar ficar defasado e ter dificuldade de interagir com crianças que já nascem dentro de um mundo eletrônico e chegam à escola esperando encontrar ali algo que seja digital, e não somente ferramentas analógicas. Adotá-lo implica cuidado para que não haja radicalismos, pois somos seres que necessitam do desenvolvimento grafomotor, seja para complementar nossas ações evolutivas, seja porque todas as ações das mãos estão conjugadas com o cérebro e contribuem para o desenvolvimento cognitivo.

Por fim, precisamos cuidar para que as crianças brinquem. Brincar é a forma mais sofisticada de aprender, sobretudo porque o corpo é real, a incerteza está presente e a criatividade é exigida.

*Hamilton Werneck é pedagogo, escritor e palestrante.<www.hamiltonwerneck.com.br>

3 comentários:

  1. A tecnologia vai tomar conta do mundo. Algumas crianças que nascem no meio tecnológico , usam tanto os ipads , ipods , tablets , que não reconhecem uma revista ou um livro que não seja digital. A imaginação parece também ficar extinta nesses casos , porque tudo que você devia imagina antes, agora está na tela em forma de imagem ou vídeo , poupando seu cérebro de criar uma imagem própria em sua mente. Será que isso faz bem? a tecnologia deve ser usada como um meio alternativo e que acrescente conhecimento na vida de uma criança , mas que não substitua os livros , quadrinhos e brinquedos que a criança precisa conhecer para seu desenvolvimento .

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  2. Hoje em dia, mais da metade da população troca os livros, cadernos e lápis, pelo computador, celular e tablet, com a justificativa de que é muito mais fácil e rápido. De qualquer jeito, é verdade.
    Várias escolas já optaram por essa troca, usando cada vez mais a tecnologia para ajudar nos estudos. Eu acho isso uma ótima idéia, porque além de parar com aquelas reclamações de que a mão ta doendo de tanto escrever, ele nos ajuda a descobrir coisas que não temos tempo para achar nos livros, mas isso não quer dizer que podemos parar de ler, é muito pelo contrário, devemos usar bastante a leitura de livros e escrever, usar cada um desses recursos (contando com a tecnologia) igualmente.
    No futuro, tudo que conhecemos ou precisamos conhecer já estarão inplantados em um chip dentro do nosso cérebro, a tecnologia já estará tão avançada que não precisaremos mais de iphones ou tablets. Tudo tem o seu tempo e a sua fase que podemos seguir ou deixar passar, tanto faz, porque no final sempre cedemos.

    Victoria – 901

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  3. A tecnologia de hoje em dia esta muito avançada, uma coisa de outro mundo, vejo crianças de 2, 3 anos mexendo em tablet, celulares uma coisa absurda. Não me adimiro muito quando falam que a tecnologia vai substituir a escrita pois a tecnologia já substituiu muitas coisas como principalmente o lugar de homens em empresas, trabalhos.
    A cada ano que vivemos ela aumenta, e quando formos perceber ela já vai ter nos dominando, seremos servos da tecnologia, da internet, já as crianças mal vão saber o que lápis, papel e livro.

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