sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Te Contei, não ? - Um nono olhar para a mente das crianças

Os cientistas já decifram com precisão os mecanismos de transtornos infantis como o déficit de atenção e a hiperatividade. E um fascinante caminho para tratamentos que conduzam mais rapidamente a uma vida normal e feliz.
 
 
 
Revista Veja - por Gabrila Carelli e Carlos Giffoni

 
Em 1902, o médico inglês George Still, um dos pais da pediatria moderna, analisou 43 crianças com sérios pro­blemas de atenção, indisci­plinadas e agressivas. Em seu estudo, publicado na prestigiosa revis­ta científica The Lancet, esse comportamento irascível foi tratado como uma fa­lha congênita, um defeito no cérebro que impedia o "controle moral" infantil. Dois anos depois, o médico W.A. Potts, tam­bém inglês, descreveu a doença de forma mais detalhada. O mal, transmitido pelos pais, transformava pessoas normais em seres egoístas, desinibidos a ponto de "não terem vergonha de nada". A doença em questão, hoje vastamente investigada, é o transtorno de déficit de atenção com hipe­ratividade (TDAH), que afeta uma em ca­da vinte crianças em todo o mundo - ra­zão pela qual, na sopa de letrinhas gera­cional, a geração Z, que compreende me­ninos e meninas com até 12 anos, também é chamada de Geração Ritalina. Um dis­túrbio sério que, ao contrário do que se pensava no início do século passado, não é uma falha de caráter hereditária, nem o suprassumo dos maus modos.
Se não tratado, o TDAH pode arruinar a vida de uma criança erroneamente tachada de desatenta, atormentada e malcriada - as notas baixas são apenas o começo dos problemas. O TDAH, o mais popular, co­nhecido e diagnosticado transtorno psíqui­co infantil, é um estopim poderoso de dis­túrbios ainda mais sérios, como a ansieda­de, em suas mais diversas formas, a depres­são e o transtorno bipolar. Todo pai ou mãe que tem um filho um pouco mais agitado, que não presta atenção na aula e apresenta um desempenho aquém do esperado, uma vez ao menos suspeitou, depois de tanto ouvir falar do assunto, que o filho tivesse o tão falado déficit. Também deve ter se perguntado, em algum momento, se devia le­var a criança ao psiquiatra e medicá-Ia com Rítalina ou: um medicamento similar, um estimulante capaz de melhorar a cognição, o foco e acalmar (parece um despautério, mas não é) um paciente com TDAH.
Lançada em 1956, a Ritalina é a mais antiga e a mais comum entre as chamadas drogas da inteligência (ou drogas da obe­diência, em sua versão mais irônica), as pílulas usadas por estudantes e executivos para turbinar o desempenho intelectual. O princípio ativo do medicamento, o metilfe­nidato, é um derivado da anfetamina, subs­tância comum nos remédios para a perda de peso (e proibida no Brasil desde outu­bro de 2011). Considerada de baixa po­tência, seus efeitos no cérebro são mais brandos do que os desencadeados pelas
anfetaminas tradicionais. Ainda restam dúvidas sobre seus mecanismos de ação. É certo que a droga estabiliza as concentrações de dopamina e noradre­nalina no cérebro. Pacientes com TDAH podem ter níveis alterados de um ou de ambos os neurotransmissores, o que impediria o neurônio que recebe uma informação de processá-Ia corretamen­te. Alguns especialistas acreditam que os problemas são outros - a falha esta­ria nos receptores dessas substâncias no interior das células nervosas. "A medi­cação faz com que os dois neurotrans­missores permaneçam mais tempo na fenda sináptica, o espaço entre um neu­rônio e outro, aumentando o estímulo das células nervosas, atenuando a agita­ção e aprimorando a concentração", ex­plica o psiquiatra Adriano Predeus, de São Paulo. "Mesmo em pacientes sem o distúrbio, o metilfenidato promove uma melhora na atenção. No entanto, só quem, de fato, tem TDAH se torna mais calmo e menos agitado ao consumir o remédio", ressalva Predeus.
Foram os aparelhos de neuroima­gem, desenvolvidos nas últimas déca­das, que permitiram enxergar as altera­ções funcionais no cérebro de pacien­tes com e sem TDAH. Em condições similares, os registros revelam maior atividade neuronal em diversas regiões cerebrais em quem tem a doença. As novas tecnologias estão por trás do au­mento exponencial no diagnóstico de transtorno bipolar e depressão em crianças, além de propiciarem um me­lhor entendimento da dislexia (a difi­culdade em ler e escrever) e da discalculia (problemas com cálculos em ge­ral), ambas causadas por pequenas le­sões cerebrais.
De todos os transtornos constatados, nenhum é tão ruidoso quanto o TDAH. A doença mudou de nome uma dezena de vezes e foi descrita das mais diferen­tes maneiras, tanto em relação às causas quanto às consequências, desde sua pri­meira descrição, há exatos 11anos. Apesar das evidências científicas, ainda há, inclusive no meio acadêmico, quem
não acredite na existência do distúrbio. Ele seria um mal que, afinal de contas, a palmatória de antigamente ou a conver­sa séria com os pais ou psicólogos de hoje em dia resolveria. Pululam infor­mações contraditórias sobre o assunto. Não é de estranhar, portanto, a apreen­são das famílias a cada nova notícia so­bre o aumento exponencial no consumo do metilfenidato e na possibilidade, mesmo que remota, de ter de medicar o filho. Um levantamento divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sani­tária, a Anvisa, no mês passado, reve­lou um aumento de 75% na prescrição de drogas irmãs da Ritalina para me­nores de 16 anos em um período de três anos. Houve espanto com a supos­ta supermedicação.
O temor não se justifica. Na maioria quase absoluta dos casos, os médicos que prescrevem estimulantes para seus pacientes menores de idade "endiabra­dos", que apresentam prejuízos nos de­sempenhos escolar e social, não são monstros malvados cujo objetivo de vida é fazer mal a pobres criancinhas. É evi­dente que não. Nem é esse o intuito dos psiquiatras que assinam as receitas de ansiolíticos e outros psicotrópicos para tratar a bipolaridade infantil - outro balaio de discórdia. O fato é que, até agora, goste-se ou não da Ritalina e com­panhia, nada se mostrou tão eficiente e seguro quanto os estimulantes de baixa potência para amenizar os sintomas do TDAH. Foi o que revelou a mais com­pleta e mais longa pesquisa já feita sobre o tema. Bancado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e conduzi­do pelo médico Stephen Hinshaw, da Universidade da Califórnia, em Berke­ley, o estudo avalia, há catorze anos, a ação da Ritalina no tratamento de pa­cientes mirins com déficit de atenção. No primeiro teste, foram analisadas 579 crianças com TDAH, por catorze meses. Elas foram divididas em quatro grupos: o primeiro tomava somente o remédio. O segundo só fazia terapia. O terceiro com­binava os dois tratamentos. O último grupo não era submetido a nenhuma des­sas práticas médicas. A cada dois anos os pesquisadores refazem a avaliação. Hou­ve melhoras em 95% dos pacientes que tomam a medicação - assim que a dro­ga entra na corrente sanguínea, a atenção aumenta, o raciocínio se toma preciso e a criança, mais calma, percebe quanto incomoda os outros, algo do qual os pa­cientes com o distúrbio não têm noção. "A Ritalina funciona muito bem na maioria dos casos. Não vejo razão para tanto questionamento. Deixar de tomar a Ritalina ou similar significa repetir o ano várias vezes e não ter amigos, iso­lar-se socialmente. A vida da criança, e a dos pais, vira um inferno", disse Hinshaw a VEJA.
Mais de 40% dos alunos que cursam as séries iniciais do ensino, com até 7 anos de idade, apresentam dificuldades em acompanhar o que lhes é ensinado. Destes, 10% têm algum distúrbio psí­quico que compromete o aprendizado - o equivalente a meio milhão de aluni­nhos no Brasil. Lançado na semana pas­sada, o livro Manual dos Transtornos Escolares, do psiquiatra Gustavo Tei­xeira, lista mais de duas dezenas de condições que estão por trás do fracas­so na escola. A maioria dos pequenos com dificuldades causadas por altera­ções na bioquímica cerebral não recebe tratamento adequado. Parte disso acon­tece por despreparo dos professores bra­sileiros. "Pouquíssimos são capazes de identificar um distúrbio. A maioria acha que um rendimento baixo é resultado de falta de vontade do aluno", diz Teixeira. É muito comum, por exemplo, crianças com altas habilidades ou superdotadas serem diagnosticadas como patologica­mente desatentas, por exemplo. Outro mon­tante de meninos e meninas segue sem tratamento por preconceito dos próprios pais. Os transtornos psíquicos ainda são um tabu. Para muita gente, as doenças da alma não passam de melindre, des­culpas dos fracos, incapazes de enfren­tar os problemas da vida (quem já não perdeu um parente, o emprego, ou ficou negativo no banco?, questionam os incrédulos). "Foi somente com o surgi­mento do Prozac, há quase três décadas, a droga da felicidade capaz de melhorar as condições de pacientes com depres­são, que os tratamentos psiquiátricos se popularizaram de fato", afirma o psi­quiatra Adriano Predeus.
É inconcebível supor que a rigidez na educação, e apenas ela, possa tratar distúrbios cerebrais sérios - tais con­dições precisam ser combatidas com medicamentos e acompanhamento psi­cológico, na maioria das vezes com os dois apoios. Não se pode confundir os cuidados que filhos com transtornos de comportamento exigem com outra postura, a das tão badaladas mães tigres. No livro que iluminou esse tipo de personagem, a professora de direito americana de origem chinesa Amy Chua faz sua pregação e ensina como transformar crianças normais em campeãs de tudo, de virtuoses no violino a ganhadores de todos os prêmios de melhor aluno. A mãe tigre não está interessada decididamente, em ajudar pais de crianças doentes a torná-Ias normais - ou quase. E melhor esquecê-Ia.     
As recentes descobertas a respeito dos distúrbios psíquicos na infância promoveram uma transformação no tratamento de muitos transtornos, mas ainda há muito para descobrir. Na infância, a linha fina que separa os diferentes transtornos mentais é ainda mais tênue do que na idade adulta. A depressão, caracterizada por estado inexplicável da    melancolia aguda, pode se expressa  por um excesso de agressividade e irritabilidade nos mais novos. Sintoma: confusos tomam comuns diagnóstico equivocados. Estes, sim, são um motivo de preocupação para os pais. A ciência tem aberto avenidas que ajudam a desvendar a mente infantil. Da família, exigem-se cautela e compreensão.  
• Quando punir e exigir só agrava a situação
Um quarto das crianças com idade entre 6 e 16 anos tira notas ruins não por desleixo, mas por sofrer de distúrbios sérios que promovem alterações na bioquímica cerebral. Todos eles precisam ser diagnosticados e tratados por especialistas.
- Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
Peso genético: Alto
O que é: A falta ou má absorção de dopamina no córtex pré-frontal diminuem a capacidade de concentração e a memória da criança.
Em casa: O paciente alterna momentos em que tenta sem sucesso fazer muitas tarefas ao mesmo tempo com momentos em que parece estar tão profundamente concentrado que se desliga do mundo.
Na escola: Em geral, são alunos inconstantes, com altos e baixos no boletim de notas. Alguns pacientes diagnosticados com TDAH são extremamente criativos e chegam a ser classificados de superdotados.
O papel dos pais: Os portadores deste distúrbio entendem muito bem as regras, como qualquer criança, e precisam aceitar os limites impostos pelos pais ou professores. Se ao transtorno se somar a indisciplina, o quadro ficará mais complicado.
- Transtorno desafiador opositivo
Peso genético: baixo
O que é: A concentração de serotonina e de dopamina no cérebro sofre mudanças anormais quando a criança é submetida a situações estressantes como a morte de um ente querido, a separação dos pais ou a chegada de um irmãozinho. Ela fica mais agressiva. Meninos com idade entre 6 e 9 anos são mais suscetíveis ao distúrbio.
Em casa: A irritabilidade é tanta que a criança se atira no chão, fica agressiva, xinga, dá-socos e chutes quando tentam controlá-Ia.
Na escola: Se a rotina da criança que sofre de transtorno desafiador opositivo não se altera abruptamente, ela pode até se destacar nas disciplinas pelas quais tem interesse. Nas outras aulas, tende a gastar mais tempo e energia confrontando o professor do que estudando.
O papel dos pais: A atuação firme dos pais mostra ao filho que, seja qual for o problema, a hierarquia familiar ainda está valendo. A agressividade dele não pode desautorizar os pais. A leniência e a contemporização, nesses casos, só agravam o distúrbio.
- Transtorno de conduta
Peso genético: baixo
O que é: Em 75% dos casos, o transtorno desafiador opositivo se degenera em transtorno de conduta.
Em casa: É grande a probabilidade de que os pacientes sejam meninos de 10 a 12 anos. Neles, a agressividade deixa de ser episódica, motivada por alguma mudança na rotina, e passa a ser constante. O resultado é o isolamento da família e dos amigos. Mentir passa a ser um hábito.
Na escola: Sem motivo aparente, o portador tende a agredir os colegas física e verbalmente. É o rebelde sem causa. Por nada, quebra carteiras ou rouba material escolar. Passa a consumir bebidas alcoólicas e drogas. Repetente serial, é indiferente ao sofrimento dos outros e pode vir a ser sádico.
O papel dos pais: Os pais precisam identificar o transtorno o mais cedo possível e impor, sem concessões, limites e regras claras de conduta. Se o distúrbio for diagnosticado cedo e houver atuação firme dos pais, a chance de cura será muito boa.
- Dislexia
Peso genético: Alto
O que é: Alteração física de áreas cerebrais responsáveis pela leitura e pela escrita. A criança com danos graves na área de Broca constrói frases gramaticalmente incorretas, mas cujo sentido pode ser entendido (exemplo: "Ela era com fome"). Aquelas com danos graves na área de Wernicke fazem frases gramaticalmente corretas, mas sem sentido (exemplo: "A fruta tinha sabor vermelho"). A dislexia, em vários níveis de gravidade, afeta 10% de crianças e adolescentes.
Em casa: Crianças disléxicas continuam confundindo visualmente as letras "p" e "b" e ou "d" e "q" mesmo depois dos 7 anos de idade.
Na escola: Seu pior desempenho é nas disciplinas português e redação. A dificuldade de interpretar textos atrapalha também o aprendizado de matérias que exigem leitura, como história e geografia.
O papel dos pais: Ser portadora desse transtorno não dá a criança o direito de ser indisciplinada ou rude. As regras continuam valendo para ela.
- Discalculia
Peso genético: Alto
O que é: Lesões em regiões do cérebro ligadas à percepção espacial, à orientação e ao cálculo. Cerca de 6% da população mundial tem esse distúrbio com algum nível de gravidade.
Em casa: Dificuldade de participar de jogos e brincadeiras que exigem capacidade de localização e orientação.
Na escola: Os portadores têm desempenho ruim em disciplinas como matemática, física e química.
O papel dos pais: Sem perderem a autoridade, devem demonstrar compreensão e apoio por reconhecerem a raiz biológica do distúrbio.
- Depressão
Peso genético: Alto
O que é: Um estado melancólico duradouro e aparentemente invencível sem causa externa. A depressão é uma doença causada pela escassez de serotonina e noradrenalina no cérebro. O distúrbio afeta 1% das crianças em idade pré-escolar, 2% em idade escolar e pode chegar a 6% dos adolescentes.
Em casa: A criança raramente se empolga com alguma atividade. Em certos casos, mostra-se irritadiça e agressiva. Chora com facilidade e tende a assumir a culpa em situações em que nem sequer se envolveu. A modulação da voz é monótona.
Na escola: Vai mal em praticamente todas as matérias. Tanto faz estar em aula ou no recreio. Encontra-se sempre isolada e triste.
O papel dos pais: Perceber quando a melancolia da criança deixa de ser um abalo emocional momentâneo, com causa definida, para se tornar uma tristeza paralisante e prolongada. A depressão é uma doença séria e precisa ser diagnosticada e tratada corretamente por profissionais.
- Transtorno bipolar
Peso genético: Médio
O que é: A criança alterna períodos prolongados de depressão com fases de euforia, ambos causados pelo excesso de noradrenalina e dopamina no cérebro. Esse distúrbio atinge 0,5% de crianças e adolescentes.
Em casa: A perda repentina e acentuada de peso, o aumento da agressividade e a hipersexualidade são alguns sintomas associados ao transtorno bipolar em sua fase eufórica ou maníaca.
Na escola: Nos períodos de euforia, com autoestima exacerbada, as crianças ficam mais produtivas. A repentina perda de interesse nos estudos marca o começo da fase depressiva desse distúrbio, resultado da exaustão física e psíquica da fase maníaca.
O papel dos pais: Mesmo para especialistas, o diagnóstico do transtorno bipolar é complexo. por isso, é essencial que os pais observem e relatem ao médico os sintomas apresentados pela criança com a maior precisão possível.
• Gênio também tem de estudar
E muito comum o diagnóstico equivocado de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em jovens que são superdo­tados. Pelo menos 3 milhões de brasileiros em idade escolar têm super­dotação. Eles apresentam desempe­nho bem acima ela média em uma ou mais disciplinas - podem se destacar nas ciências, nas artes, na matemática,  nos idiomas ou em tudo isso ao mesmo tempo. Em comum, exibem aquele desinteresse descomunal pelo que acontece nas salas de aula das escolas tradicionais - onde até pode haver um tablet, mas a forma de en­sinar e fazer com que um aluno assimile o conhecimento de ensino não mudou muito desde o século passa­do. Entediados, eles interrompem o professor, atrapalham os colegas, são campeões das brincadeiras fora de hora. Quando o assunto é boletim escolar, podem subir ao pódio, por­ que quase sempre são excelentes alunos. Outros nutrem tamanho des­prezo pelo conteúdo que Ihes é passado que apesar de mais capazes que o restante da turma, não dão a mínima para provas e para a coloração avermelhada das suas notas.
O paulistano Matheus Camacho é o mais novo 'geninho" brasileiro. Ele foi o mais jovem medalhista da 9ª edição da Olimpíada Internacional de Ciências. A competição foi realizada em dezembro, em Teerã, no Irã. e reuniu 180 concorrentes de 28 países. Matheus, aluno do 9° ano do ensino fundamental, de São Paulo, competiu com colegas do ensino médio e os superou em experimentos que envolvem conhecimentos avançados de química, física e biologia da grade curricular do nível médio. Camacho é um gênio que leva a superdotação a sério. Estuda diariamente das 7 às 19 horas. Ele começou a competir em torneios de inteligência no ano passado e já coleciona quatro medalhas, três delas de ouro. Neste ano, pretende participar de pelo menos cinco desafios do tipo. Não basta ser gênio...

Nenhum comentário:

Postar um comentário