Assalto ao Banco Sintático
No interior País Gramatical morava Sujeito Simples, um homem pacato do interior que vendia leite para garantir seu pão de cada dia.
Um dia Sujeito Simples saiu de sua humilde casa para ir ao Banco Sintático para fazer um saque, assim poderia comprar o tão adorado iPhone para suas gêmeas: Voz Passiva Analítica e Voz Passiva Sintética. Apesar de sua mulher, Voz ativa, dizer que era um desperdício de dinheiro, pois eles eram simples.
Atravessando a rua avistou seu parceiro de trabalho, o Sujeito Determinado, um homem sério de negócios.
Trocaram cumprimentos e o Sujeito Simples voltou a seguir o seu caminho. Passou pela banda das orações e reconheceu seus antigos amigos, o Verbo Intransitivo, Verbo Transitivo Direto, Verbo Transitivo Indireto, Verbo Bitransitivo, o Sujeito Indeterminado, que tinha entrado como baixista substituto, sem falar no Objeto Direto e Objeto Indireto, que assistiam seus namorados, os Irmãos Transitivos, aos suspiros.
Chegou então ao banco. Como era um sujeito tão simples foi diretamente falar com uma mulher na central de ajuda, no seu crachá estava escrito “Índice de Indeterminação do Sujeito”. Ela o encaminhou ao caixa eletrônico, onde pôde finalmente sacar seu dinheiro.
No entanto, quando estava prestes a sair do banco, ouviu uma voz:
- Mãos ao alto, isso é um assalto!
A multidão gritou desesperada enquanto uma gangue entrava banco à dentro, todos de armas na mão. A massa de pessoas corria para todos os lados tentando escapar, em vão dos assaltantes.
- Mas quem é você?! – gritou um sujeito oculto.
- Eu? Eu sou Sujeito Composto, composto de maldade!
- AAHHHHHHHH!!! - A multidão berrou aos prantos.
- Mas e eles? – gritou novamente o Sujeito Oculto.
- Eles são aqueles caras que apareceram na TV! – respondeu Sujeito Composto
Eram Predicativo do Sujeito, Predicativo do Objeto, Adjunto Adnominal e Conectivo. Todos com suas cabeças postas a prêmio.
No canto do salão, escondido de todos os olhares, Verbo Ligação pegava seu celular e realizava uma ligação para a polícia, porém ninguém mais viu.
- Digam a senha do cofre principal! – ameaçou Adjunto – Se não alguém vai sair ferido!
Ouviu-se uma sirene alta na rua e os assaltantes pareceram ficar um pouco nervosos.
Do lado de fora os policiais se organizavam para o ataque.
- Vamos Invadir! – Anunciou Sujeito Inexistente.
- Vamos Invadir! – Repetiu Complemento Nominal.
- Isso aí! – Concordou Aposto enquanto Partícula Apassivadora e Adjunto Adverbial balançavam positivamente a cabeça.
- Ei! Por que ninguém respondeu nada quando eu falei? – reclamou Inexistente
Ninguém respondeu.
- Gente, não me ignora... Eu existo...
- Bom, vamos começar com a operação – ignorou-o o Delegado Agente da Passiva – Vocativo, por favor.
Vocativo pegou o mega fone e anunciou em direção ao Banco Sintático:
- Assaltantes, o banco foi cercado! Rendam-se e ninguém será machucado!
Em torno de uma hora depois todo o transtorno já tinha sido resolvido e os clientes do banco voltavam apressados para suas casas, alguns ainda tensos outros já aliviados.
Junto deles também voltava Sujeito Simples, para seu pacato lar com os iPhone de suas filhas.
Na manha seguinte recebeu o jornal, que Seu Adjunto Adverbial entregava em sua porta leu a matéria sobre o assalto no qual ele estivera presente no dia anterior. Lendo aquilo viu que Sujeito Composto não era composto de tanta maldade assim, afinal, ele roubara para poder pagar o hospital particular para Voz Reflexiva que estava doente, como não tinha dinheiro nem para pagar o hospital ou comprar os remédios entrou em desespero.
“É” pensou Sujeito “A coisa não ‘tá fácil”.
Grupo: Aline Assis, Ana Elisa, Daniel e Gabriela.
Turma: 901
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