Há uma semana, a liberdade de expressão e de manifestação foi violentamente agredida quando o corpo do cinegrafista Santiago Andrade tombou no chão da Central do Brasil. Um atentado contra um trabalhador da comunicação brasileira e contra um direito fundamental de nossa democracia.
Por Jandira Feghali*
Este princípio vale com igual força para outros partidos e democratas que enfrentaram a maior barbárie que este país já vivenciou em seu solo, que é a violência de Estado executada pela ditadura militar. No ano em que completamos 50 anos de vivência deste triste capítulo, é importante que tenhamos uma posição muito clara: a de que nunca se repita o que ocorreu em 1964.
E é desta reflexão que chamamos a atenção para o foco da luta legítima de nossa sociedade, que toma as ruas sem violência e, de forma pacífica, reivindica mais direitos. É por conta desta liberdade conquistada com muito esforço que devemos contrapor, em voz uníssona, a todos aqueles que irresponsavelmente se utilizam de instrumentos que podem gerar danos ou mesmo a morte. Essas ações não têm o apoio da maioria, afastam o estudante, o trabalhador e o movimento social das ruas e desvirtuam a pauta que deve protagonizar as manifestações.
Mas não podemos em nenhuma hipótese aceitar que a ação dessas minorias sirva à manipulação e justifique o fortalecimento de uma direita reacionária e a aprovação de leis restritivas à liberdade e democracia. É o exemplo da chamada ‘Lei Antiterrorismo’, baseada em leis fascistas internacionais, cujo objetivo é a criminalização da atuação política e dos movimentos sociais.
Precisamos também seguir investigando e punindo culpados pela morte de pessoas, embora tenha que valer também para o violência de Estado que ceifa vidas quase que diariamente, sem repercussão na mídia, dando seguimento à ideologia de Segurança Nacional. Devemos voltar nossos olhos e esforços para combater aqueles que alimentam a “cultura da barbárie”, que teimam em fazer justiça seja pelas próprias mãos – e pela própria ótica – agredindo gays, índios e moradores de rua, minorias de uma jovem nação como a nossa.
A criminalização das manifestações é um retrocesso no caminho republicano que defendemos. Força e solidariedade aos familiares, amigos e colegas de imprensa de Santiago Andrade. Sua luta pela liberdade, no campo da comunicação, não será esquecida. Como disse Jean Paul Sartre: “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”.
*Jandira Feghali é médica, deputada federal pelo PCdoB, líder da bancada na Câmara e colunista do Vermelho.
E é desta reflexão que chamamos a atenção para o foco da luta legítima de nossa sociedade, que toma as ruas sem violência e, de forma pacífica, reivindica mais direitos. É por conta desta liberdade conquistada com muito esforço que devemos contrapor, em voz uníssona, a todos aqueles que irresponsavelmente se utilizam de instrumentos que podem gerar danos ou mesmo a morte. Essas ações não têm o apoio da maioria, afastam o estudante, o trabalhador e o movimento social das ruas e desvirtuam a pauta que deve protagonizar as manifestações.
Mas não podemos em nenhuma hipótese aceitar que a ação dessas minorias sirva à manipulação e justifique o fortalecimento de uma direita reacionária e a aprovação de leis restritivas à liberdade e democracia. É o exemplo da chamada ‘Lei Antiterrorismo’, baseada em leis fascistas internacionais, cujo objetivo é a criminalização da atuação política e dos movimentos sociais.
Precisamos também seguir investigando e punindo culpados pela morte de pessoas, embora tenha que valer também para o violência de Estado que ceifa vidas quase que diariamente, sem repercussão na mídia, dando seguimento à ideologia de Segurança Nacional. Devemos voltar nossos olhos e esforços para combater aqueles que alimentam a “cultura da barbárie”, que teimam em fazer justiça seja pelas próprias mãos – e pela própria ótica – agredindo gays, índios e moradores de rua, minorias de uma jovem nação como a nossa.
A criminalização das manifestações é um retrocesso no caminho republicano que defendemos. Força e solidariedade aos familiares, amigos e colegas de imprensa de Santiago Andrade. Sua luta pela liberdade, no campo da comunicação, não será esquecida. Como disse Jean Paul Sartre: “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”.
*Jandira Feghali é médica, deputada federal pelo PCdoB, líder da bancada na Câmara e colunista do Vermelho.
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