A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga uma agressão a uma jovem de 19 anos que foi alvo de um espancamento cometido por três jovens, em Charqueadas, na Região Carbonífera do estado. O caso ganhou repercussão no município após um vídeo circular em redes sociais.
A mãe da menina, Mari Abdala, afirmou que ela ficou com muitas marcas, e foi submetida a exames devido aos golpes que sofreu na cabeça. "Hoje a mandaram fazer uma tomografia na cabeça. Eles viram o vídeo, que dá para ver que ela foi agredida muitas vezes na cabeça, então pediram o exame por precaução", afirmou.
A agressão ocorreu no dia 31 de março. A mãe conta que a filha tentou esconder da família que havia sido agredida, mas ela percebeu as marcas. "Ela estava toda arranhada, com um olho machucado, os braços e as mãos roxas, e desde então anda tendo crises de nervos, tem ido várias vezes a este hospital e se tratando com calmante", conta.
Ainda de acordo com a mãe, uma das agressoras chegou a ameaçar a menina de morte. "Ela ligou para minha filha mais velha dizendo que, se a mais nova aparecesse morta, a culpada era ela", disse Mari. "Ela disse que no dia 12, voltaria para terminar o que ela começou", acrescentou.
Uma versão para o início da briga foi apresentada pela jovem agredida, mas ela pediu à polícia sigilo a fim de preservar a privacidade. Porém, o titular da Delegacia de Charqueadas, Rodrigo Reis, adiantou que questões passionais estariam por trás do conflito. "Precisamos ouvir as outras parte para saber o que ocorreu, se as outras agrediram ou se foi um caso de legítima defesa", explicou o delegado ao G1.
As imagens, já acessadas pela polícia, mostram que a briga começou quando a jovem agredida conversava com uma das amigas. Em seguida, ela é derrubada. Outra jovem, que filmava a discussão, ajuda a primeira. As duas usam uma tesoura, aparentemente, para tentar cortar o cabelo dela.
Ao se esquivar para impedir o corte, outras duas jovens também passam a participar das agressões. Aos gritos de "me ajuda", ela seguiu tentando se desvencilhar. No áudio do vídeo, a voz de um homem avisa que a polícia estava chegando, o que fez a briga terminar.
"Se as agressões forem comprovadas, elas serão, no mínimo, indiciadas por lesão corporal", ressaltou o delegado. Segundo a polícia, não foram registradas novas ocorrências de ameaça desde então.
G1 - Rio Grande do Sul
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