CRESCER E PRESERVAR
As discussões sobre o novo Código Florestal opõem ambientalistas e produtores rurais
Um dos grandes debates no Brasil atualmente diz respeito ao equilíbrio entre a expãnsão da agropecuária e a preservação do meio ambiente. A agricultura e a criação de animais são dois dos principais pilares da economia brasileira, responsáveis por cerca de 15% de tudo o que o país vende ao exterior. Porém, a ampliação dessas atividades implica o avanço de lavouras e pastagens para regiões onde prevalecem florestas nativas.
Desde 1934, o país conta com um Código Florestal para tentar preservar as áreas mais sensíveis da vegetação brasileira. Após diversas adaptações no decorrer desses anos, essas regras de proteção ao meio ambiente passaram a ser fortemente questionadas pelos fazendeiros. Hoje, a maioria dos 5,3 milhões de produtores rurais do país vem descumprindo sistematicamente as regras estabelecidas pelo Código Florestal. Eles veem no código uma barreira para amplias as áreas de cultivo sem infringir a lei.
A discussão do tema chegou ao Congresso Nacional em 2010. Em julho, uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou a proposta de reforma do Código Florestal, que deve ser votada em plenário em 2011. A reforma, que visa a flexibilizar as atuais regras, vem sofrendo duras críticas de ambientalistas. Uma das propostas do novo Código Florestal, por exemplo, reduz de 30 para apenas 15 metros de extensão a área de proteção mínima das margens dos rios, regiões de encosta e topos de morros - conhecidas como áreas de preservação permanente (APP). Outro ponto polêmico é que pequenas propriedades, que representam 90% dos imóveis rurais, não são mais obrigadas a manter pelo menos 20% da vegetal nativa, a reserva legal.
A reforma do Código Florestal vai ocupar boa parte da agenda do Congresso Nacional em 2011, em discussões fundamentais para não só estabelecer o modelo de desenvolvimento para o país nos próximos anos, como para definir o futuro de nossas florestas.
Revista Geografia & Vestibular 2012 - Editora Abril - Edição 4 - Maio de 2011
Preservação Ambiental
ResponderExcluirAchei o texto bem interessante, pois retrata um assunto muito importante que é o desenvolvimento econômico x preservação da vegetação.
Se formos parar para pensar esses dois temas entram em conflito a toda hora, por exemplo: quando as pessoas precisam de moveis para suas casas, os madeireiros vão à floresta e cortam as arvores para a fabricação dos móveis, mas muitas vezes essas árvores estão em áreas de preservação, no entanto, a sociedade está tendo que sofrer adaptações, em favor do meio ambiente, mas muitas pessoas ainda não querem sofrer essas adaptações, como por exemplo, antigamente os móveis eram de madeira maciça, mas hoje em dia essa madeira está “em falta” por isso usamos madeira prensada como o MDF, e de reflorestamento, mas algumas pessoas ainda adquirem esses moveis prejudicando o meio ambiente.
Assim como a madeira, a agricultura também necessita de grandes áreas para seu cultivo, só que o código florestal não permite que toda a área de uma propriedade seja utilizada, por ter que respeitar a área de mata nativa prejudicando os fazendeiros, que veem isso como uma barreira para seu desenvolvimento econômico.
Em minha opinião, esse assunto depende mais da consciência de cada um. Deixar de ter tanto lucro para ter mais verde.
Sofia de Almeida Losant Macedo-701-Ativo
Em relação ao novo código ambiental, percebo que ele favorece apenas os produtores rurais e visa os interesses políticos e não o meio ambiente.
ResponderExcluirPenso que é vergonhoso para um país de grande biodiversidade de espécies, onde se localiza uma das maiores florestas que é importantíssima para o Brasil, aprovar um código que vai contra os interesses da natureza.
Hygor - Turma 901