sábado, 26 de maio de 2012

Ainda é tempo de saber - A marcha ( sem rumo ) da maconha



No próximo sábado transcorre, na Zona Sul do Rio, mais uma Marcha da Maconha, estando proibido, obviamente, qualquer tipo de apologia ou consumo da droga durante a manifestação. É bom lembrar que fazer apologia, comercializar, trazer consigo, cultivar ou fazer uso da Cannabis constitui crime previsto na Lei 11. 343/2006, a Lei Antidrogas.

Até aqui tais atos, agora liberados pelo Supremo Tribunal Federal, inclusive no que tange a passeatas reivindicatórias sobre descriminalização e legalização de outras drogas ilícitas, surtiram pouco ou nenhum efeito. Não há nenhuma movimentação no Congresso Nacional que faça entusiasmar a chamada corrente progressista da droga, encabeçada por intelectuais, ONGs e ex-autoridades, com vistas a atender ao pleito.

Os altos impostos que todos pagamos com o tratamento e recuperação de vítimas do alcoolismo e do tabagismo no País já seriam exemplo suficiente para inviabilizar a descriminalização e legalização da maconha. Legalizar drogas é sinônimo de aumento de consumo, do número de dependentes e de doenças psiquiátricas. O Estado não pode ser o indutor (legal) do uso da droga. Deve trabalhar em sua missão de prevenção, tratamento terapêutico de dependentes e repressão qualificada ao tráfico, com base na inteligência policial.

A busca do ‘mundo colorido’ através do uso de drogas é falso. Legalizá-las é escancarar a porteira de perigoso caminho e contribuir para a criação de legião de drogados sem rumo. A permissividade com drogas constitui grave ameaça à sociedade brasileira. Uma emenda pior que o soneto.

Milton Corrêa da Costa é coronel da Reserva da Polícia Militar do Estado do Rio

Jornal O Dia em 1/5/12

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