Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, foi indiciado nesta sexta-feira sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, 30, após o atropelamento na rodovia Washington Luís em março, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense).
A polícia, no entanto, também considerou a culpa da vítima no acidente e sua morte. Para a corporação, o ciclista não deveria estar na rodovia. Laudo do IML (Instituto Médico Legal) divulgado logo após o acidente comprovou que Santos havia bebido grande quantidade de álcool antes de ser atropelado.
Thor dirigia o carro Mercedes-Benz SLR a 135 km/h, segundo laudo da perícia divulgado pela Polícia Civil nesta sexta-feira. A velocidade máxima permitida na rodovia é de 110 km/h. O inquérito será remetido ao Ministério Público na próxima segunda-feira (14) para decidir pela abertura de um inquérito e ação criminal.
De acordo com o laudo, Thor dirigia em zigue-zague pela pista e ultrapassou um carro e um caminhão pela direita antes de atingir o ciclista. O relato foi dado por testemunhas do acidente. Com o impacto, o corpo de Santos foi arremessado a 65 metros de distância. Para a polícia, o filho do empresário dirigia "imprudentemente e em alta velocidade".
Celso Vilardi, um dos advogados de Thor, disse que "não se pode afirmar categoricamente que a velocidade no momento do acidente era de 135 km/h". "Nós não sabemos como eles (peritos) chegaram a essa conclusão. A afirmação faz parte de uma peça de ficção científica", disse.
Vilardi afirmou ainda que vai solicitar a reconsideração do indiciamento à Polícia Civil e que espera que o Ministério Público não decida pelo inquérito e ação criminal com base na conclusão policial.
Uol
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