Comemoramos, no fim de abril, o Dia da Educação, homenagem aos professores que trabalham por uma educação de qualidade para todos os jovens brasileiros. A mídia registrou o evento, mas noticiou também, com dados do IBGE, que quase metade da população (45%) não tem o Ensino Fundamental completo.
Segundo Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o processo inevitável de envelhecimento da população brasileira, em 2030, resultará numa massa de trabalhadores adultos desqualificados, pois avançaram de forma insuficiente na Educação. Considerando que, hoje, só 35% têm o Ensino Médio completo, a maior parte da população estará fora do mercado de trabalho ou no subemprego.
Afora essa triste realidade, a presidente da República e seu ministro da Educação fizeram publicar no Diário Oficial da União decreto que transcrevo em seu artigo 1º: “As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido...”. Será o gosto de ser chamada de presidenta? Que motivo levou Dilma Rousseff a expurgar os ensinamentos dos mestres Aurélio, Houaiss e Bechara? Pretendeu valorizar as mulheres? Terá nossa presidente o gosto pela linguística? Quer libertar-se dos grilhões das regras gramaticais?
Nossa época se deixou perturbar pela cupidez da novidade, em que a Educação perde o rumo, seduzida pelo extravagante e pelo inaudito. A autoridade, tentada pela glória de ser criadora de um novo método, pretende ter descoberto o processo infalível de resolver problemas no campo da educação.
O pouco-caso pela linguagem no magistério de hoje é uma das causas da fraqueza docente de nossos colégios. A escola é uma estrutura artística, mas não artificial. O que o governo e suas autoridades têm que entender é que a escola perdeu o endereço de seu ponto de partida e se esqueceu do endereço da casa para onde ia. Está perdida. E as autoridades também.
Segundo Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o processo inevitável de envelhecimento da população brasileira, em 2030, resultará numa massa de trabalhadores adultos desqualificados, pois avançaram de forma insuficiente na Educação. Considerando que, hoje, só 35% têm o Ensino Médio completo, a maior parte da população estará fora do mercado de trabalho ou no subemprego.
Afora essa triste realidade, a presidente da República e seu ministro da Educação fizeram publicar no Diário Oficial da União decreto que transcrevo em seu artigo 1º: “As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido...”. Será o gosto de ser chamada de presidenta? Que motivo levou Dilma Rousseff a expurgar os ensinamentos dos mestres Aurélio, Houaiss e Bechara? Pretendeu valorizar as mulheres? Terá nossa presidente o gosto pela linguística? Quer libertar-se dos grilhões das regras gramaticais?
Nossa época se deixou perturbar pela cupidez da novidade, em que a Educação perde o rumo, seduzida pelo extravagante e pelo inaudito. A autoridade, tentada pela glória de ser criadora de um novo método, pretende ter descoberto o processo infalível de resolver problemas no campo da educação.
O pouco-caso pela linguagem no magistério de hoje é uma das causas da fraqueza docente de nossos colégios. A escola é uma estrutura artística, mas não artificial. O que o governo e suas autoridades têm que entender é que a escola perdeu o endereço de seu ponto de partida e se esqueceu do endereço da casa para onde ia. Está perdida. E as autoridades também.
Carlos Alberto Rabaça é sociólogo e professor
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