O Rei Artur preencheu sua Távola Redonda com os melhores cavaleiros de todo o mundo. Mas, por muitos anos, um lugar permanecia desocupado. Ninguém podia sentar ali e continuar vivendo, quando um cavaleiro viesse reivindicar o Trono Perigoso, os dias da Távola Redonda estariam se aproximando do seu fim.
Um dia um cavaleiro apareceu na corte, de armadura vermelha e sem armas. Ele saudou o Rei Artur, caminhou direto para o Trono Perigoso e sentou-se. Os cavaleiros olharam espantados.
Mas atrás do jovem cavaleiro apareceu em letras douradas: "Galahad, o Grande Príncipe". - Bem-vindo, disse o Rei Artur. - Por favor, diga-nos quem é você. - Sou Sir Galahad, e minha mãe, Elaine, é a filha do Rei Pelles, o Rei Mutilado. - Já ouvi falar do Rei Pelles, que está no leito em seu castelo de Carbonek.
Mas não sabia que tinha um neto. Ainda assim, Sir Galahad, sinto que o conheço. Parece Sir Lancelot, quando jovem. - Isso não é surpreendente, disse Lancelot, - pois ele é meu filho. Naquela noite, enquanto os cavaleiros festejavam, desabou uma tremenda tempestade.
Os trovões ribombavam e os relâmpagos inundavam o salão com sua luz. Os cavaleiros silenciaram, e naquele silêncio e naquela luz estranha entrou uma donzela trazendo um cálice coberto com pano branco. E, daquele cálice, ela deu de beber a todos os cavaleiros.
Então a donzela partiu, e aquela luz sobrenatural desapareceu. - O que isso pode significar?, perguntou Artur. Sir Galahad respondeu: - Aquele vaso era o Santo Graal. Não descansarei enquanto não o tiver visto descoberto.
Os outros cavaleiros concordaram: - Temos de descobrir o Graal, que há tanto tempo está perdido. O Rei Artur relutava em deixá-los partir, pois previa que aquela não seria uma busca comum, e que muitos de seus cavaleiros iriam fraquejar e, talvez, perecer pelo caminho.
Ele agora sabia por que Merlin tinha dito que o dia em que o Trono Perigoso fosse ocupado seria o dia em que a Irmandade da Távola Redonda começaria a se desfazer. Mas já que os cavaleiros tinham jurado procurar o Graal, deveriam fazê-lo. Os cavaleiros do Rei Artur partiram em todas as direções, cada qual seguindo seu caminho.
Suas aventuras nesta que era a maior de todas as buscas facilmente preencheria um livro inteiro. A maioria dessas histórias fala de cavaleiros que perderam o caminho e se viram envolvidos em lutas e casos amorosos. A busca do Santo Graal não estava destinada para pessoas mundanas como essas, mas apenas para os puros de coração.
Fonte: http://pt.shvoong.com/books/415291-santo-graal/#ixzz1vpEXcgxV
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