Artista catalogado como escritor pré-modernista,contruiu este livro com narrador onisciente e onipresente, sendo uma característica marcante a extrema lucidez de observação.
Este livro divide-se em 3 partes.
I - Situação social do personagem principal, com leves traços de sua persona:
Policarpo Quaresma é um misantropo , que passa horas em sua biblioteca estudando as possibilidades da nova república brasileira, com suas terras férteis, seu povo oprimido,sua geologia, seus personagens ilustres,etc... Para surpresa de seus vizinhos e parentes proximos ,como sua irmã, contrata Ricardo Coração dos Outros, para lhe ensinar a tocar violão e compor modinhas- o que era considerado coisa de mestiço pobre.
II - Policarpo vende sua casa e pertences para adquirir e mudar-se para uma fazendola, em uma região um tanto selvagem; Afinal, o Brasil não possuia as mais férteis terras do mundo?. Seu nacionalismo ufanista e utópico, passa então a ruir,pois, as pressões adversas do trabalho cotidiano em sua plantação de abacate, com seus enxames de formigas saúvas que lhe destrõem boa parte da produção, o transporte das frutas para a cidade revela-se caro demais, rendendo-lhe pouco lucro.
III - Estoura a revolução civil no conturbado Rio de Janeiro no início do século XX. Alguns fogem para o interior para escapar da convocação compulsória,porém Policarpo Quaresma vê aí uma excelente oportunidade de relatar aos políticos influentes suas experiências e desafios para a contrução de uma nova e austera Nação.
Não vou contar o fim do livro,mas vê-se aí uma saga quixotesca, uma chegada à maturidade pelo conflito utopia/realidade.
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