Crepúsculo, obra publicada em 2005, dispensa apresentações: as vendas dos livros da série falam por si só, sendo superada apenas por Harry Potter , pouco menos de uma década antes. Trata-se de uma história de amor com toque sobrenatural, ainda que este aspecto fique em segundo plano no casal; o fio condutor da obra é a paixão avassaladora entre os dois personagens adolescentes, um amor que os consome e, com isso, atrai uma legião de fãs, de todas as idades. Isto soa familiar?
O período literário batizado Romantismo surgiu na Europa no pós-Revolução Francesa, no início do século XIX. O movimento foi consagrado e simultaneamente consagrou autores como Lord Byron , na Europa, e Álvares de Azevedo, no Brasil. Contrário ao movimento que lhe deu sucessão, o Realismo, o período Romântico é recheado de características como a idealização, sentimentalismo exacerbado, fusão do grotesco e do sublime. Aqui, pretendemos ver como, realizando a leitura de qualquer dos quatro livros pertencentes à saga Crepúsculo, pode-se notar a presença dessas características e tantas outras que marcaram o século XIX literariamente.
Lord Byron George Gordon Byron (1788-1824), foi um dos maiores poetas da língua inglesa, líder do movimento Romântico e uma de suas figuras mais influentes. Toda a obra de Byron exprime o pessimismo do Romantismo. Rebelde, opôs-se vigorosamente durante toda a sua vida contra as convenções morais e religiosas. Perseguido por seus excessos e escândalos, Byron impôs-se um auto-exílio, tendo morrido na Guerra da Independência da Grécia, em 1824, quando lutava a favor dos gregos contra os turcos.
Individualismo e Egocentrismo
Características marcantes do Romantismo, que tinha seu foco no ser humano e suas emoções particulares, o individualismo e o egocentrismo aparecem em Crepúsculo desde o primeiro capítulo, na personagem Isabella Swan, protagonista da saga. Ao iniciarmos a leitura, o primeiro aspecto individualista já aparece: o livro é narrado em primeira pessoa, com quase nenhuma consideração ou menção ao que os demais personagens possam pensar sobre as cenas. O ponto de vista é exclusivamente da protagonista.
"Nunca pensei muito em como morreria - embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso -, mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seria assim. [...] Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, de alguém que eu amava." (MEYER, 2008, p.3)
No trecho acima, já se percebe como toda a trama é centrada apenas nos desejos, pensamentos e anseios da protagonista. Mesmo diante do que ela imagina ser a morte certa, ainda se destaca sua visão particular dos fatos. O desenvolvimento da personagem de Bella Swan é inteiramente individualista e egocentrista, mesmo quando ela interage com seu par romântico, Edward Cullen, também um exemplo claro do individualismo. Antes de assumir sua atração por Swan, Cullen toma atitudes voltadas apenas para o que seria melhor para ele e sua família, em um segundo plano. No livro da saga não publicado por ter "vazado" para a internet, Midnight Sun, percebe-se ainda mais acentuadamente o caráter individualista e egocêntrico de Edward. Seguindo o mesmo padrão dos quatro livros anteriores: centrado no personagem de Edward Cullen e contado em primeira pessoa, Midnight Sun mostra a personalidade não revelada de Edward, quando vista de fora por Isabella.
"Eu me afastei dela com asco - revoltado com o monstro desesperado para tomá-la. Por que ela tinha de vir até aqui? Por que ela tinha de existir? [...] Por que esta humana irritante tinha de ter até mesmo nascido? (MEYER, 2008, p.13)
No trecho acima fica clara a maneira como Edward vê as pessoas - em especial os humanos - ao seu redor: detalhes em seu caminho, onde a única pessoa que realmente importa é ele. Mesmo o cuidado que ele tem para com a sua família nasce do desejo de se provar para seu pai adotivo, Carlisle Cullen. Conforme o livro progride - tanto Crepúsculo, quanto Midnight Sun, que tratam do mesmo espaço temporal - a maneira como Edward vê Bella se transforma, mas tal transformação não ocorre por apreço a outros indivíduos em geral, mas apenas por apreço aos indivíduos que interessam ao protagonista da vez.
Nos demais livros da saga, as atitudes dos dois protagonistas podem ser vistas como notadamente individualistas e egocêntricas. O fim do primeiro livro, onde Bella e Edward fogem, não leva em consideração o estado emocional do pai da personagem principal, ou mesmo de sua mãe, ou amigos. "Repeti as últimas palavras de minha mãe quando ela saiu pela mesma porta tantos anos atrás. [...] Minhas palavras cruéis fizeram seu trabalho - Charlie ficou paralisado na soleira da porta, atordoado, enquanto eu corria para a noite." (MEYER, 2008, p.293-294). Edward, ao decidir morrer no final do segundo livro, Lua Nova, pensa muito pouco sobre o impacto que sua morte teria sobre o restante de sua família. "Pensei que já tivesse explicado com clareza. Bella, não posso viver num mundo onde você não exista." (MEYER, 2008, p. 411)
Com um sem-número de exemplos nos cinco livros que contam sua história, os dois personagens demonstram de diversas maneiras que, apesar da maneira como são retratados, idealizados, característica que será tratada no próximo item de discussão, ambos estão centrados apenas em si, e naqueles que importam para eles.
IDEALIZAÇÃO
Traço que é o mais marcante durante toda a obra, a idealização dos protagonistas da saga Crepúsculo deixa algumas idealizações classicamente Românticas parecendo quase realistas em seus exageros.
"O cabelo era dourado, caindo delicadamente em ondas até o meio das costas. [...] Fiquei olhando porque seus rostos, tão diferentes, tão parecidos, eram completa, arrasadora e inumanamente lindos. [...] Era difícil decidir quem era o mais bonito - talvez a loura perfeita, ou o garoto de cabelo cor de bronze." (MEYER, 2008, p.19)
O trecho acima é a primeira visualização da família Cullen com que o leitor entra em contato. As descrições da autora são idealizadamente perfeitas, levando em consideração não apenas a beleza clássica mítica de vampiros em geral, mas principalmente referências a estilos de beleza da época atual, em que o livro foi escrito. A partir deste momento, a cada vez que os Cullen são de alguma forma citados - em especial Edward - é raro que não haja menções à beleza, riqueza, educação, porte ou bom gosto deste núcleo de personagens.
Ao longo da história, percebe-se que não apenas a beleza de Edward se destaca, mas também seu senso de humor, seu gosto musical, educação, força e coragem. Edward é perfeito e idealizado até mesmo em sua condição de vampiro: onde o mito clássico morre dolorosamente ao entrar em contato com a luz do sol, a espécie de Edward apenas brilha, com um efeito que Swan descreve como "uma miragem, lindo demais para ser real." (MEYER, 2008, p.196). Além da beleza física, Edward também tenta se afastar de Bella a princípio, demonstrando indícios de um cavalheirismo que parece não estar presente em Midnight Sun, mas que aos olhos de Bella é encantador. Sua família também se afasta do mito de vilão vampiresco pelo fato de que não se alimentam de pessoas, mas sim do sangue de animais, sendo chamados de "vegetarianos". Edward é um ser perfeito em todas as dimensões da palavra.
Isabella Swan, como personagem, reúne características que soam como a conjunção das idealizações de todos os tempos: moderna, independente até certo ponto, mas por outro lado inocente e dada a tarefas domésticas. Bonita, mas modesta, inteligente, mas humilde, amigável, divertida e profundamente dedicada às pessoas que ama, não se importando em morrer por elas. Após a sua transformação, no último livro publicado da série, Bella alcança a idealização completa, onde além de todas as qualidades físicas de um vampiro, ela também parece ter uma afinidade natural com sua nova espécie, não tendo nem mesmo que se esforçar para não atacar humanos.
MEDIEVALISMO
A retomada de feitos dos grandes cavaleiros da época medieval era uma constante em obras Românticas. Na saga Crepúsculo, ela aparece com frequência nas ações de Edward e Bella, geralmente sendo ação e reação de uma mesma sequência de eventos. Bella é uma personagem construída para ser a donzela em perigo e Edward, seu cavaleiro, sempre pronto para resgatá-la. A primeira vez que tal posição ocorre é ainda no primeiro livro da saga, em uma cena onde Edward resgata Bella de uma situação de perigo com desconhecidos. Depois do resgate, Edward, em uma demonstração da mais pura nobreza, deixa que os agressores sigam, sem machucá-los.
"Eu não ia cair sem levar alguém comigo. Tentei engolir para poder formar um grito decente. De repente faróis apareceram na esquina, o carro quase batendo no atarrancado, obrigando-o a pular para a calçada. Mergulhei na rua - este carro ia parar ou me atropelaria. Mas o carro inesperadamente deu uma guinada, cantando pneu, e parou com a porta do carona aberta a pouca distância de mim. 'Entra', ordenou uma voz furiosa." (MEYER, 2008, p. 121)
Coven
Aquilo que pertence à Idade Média, assim chamada porque marca a transição entre a Idade Antiga, constituída pela cultura greco-romana, e a Idade Moderna, que inicia com o Renascimento italiano. Ocupa quase um milênio: do século V ao XV. Foi o tempo de gênios da criação poética, da produção artística e do pensamento filosófico, como Petrarca, Dante, Boccaccio, Santo Tomás de Aquino, apesar de a Idade Média estar culturalmente relacionada com o Obscurantismo.
Esta cena de resgate é apenas a primeira de uma cadeia de situações em que Edward resgata Bella de perigos diversos, inclusive de sua própria família. A partir do ponto de vista de Isabella, nos livros, ela soa como uma moça corajosa que tenta, ao menos, se livrar sozinha dos perigos. Com o desaparecimento de Edward depois de resgatar Bella de ser atacada pelo seu "irmão" - ato que reforça a característica do Medievalismo em Edward - Bella retoma uma amizade com Jacob Black, um nativo americano que mais tarde se revela também um ser sobrenatural. Jacob resgata Bella não apenas física, mas emocionalmente em diversas ocasiões, colocando-o em lugar de destaque na obra como um todo.
Sentimentalismo exacerbado e Byronismo
Lendo a saga de Meyer, torna-se difícil encontrar algum momento dos livros em que o sentimentalismo exacerbado não apareça. Edward é um personagem conflitante, com emoções fortes sobre as questões mais simples. Suas reações a pequenos problemas do dia a dia tendem a ser absolutamente exageradas e fora de proporção. Isabella sofre do mesmo mal. Além do exagero sentimental, os dois personagens são dados a momentos de contemplação sobre a vida e o amor, sem o qual nada parece valer à pena.
Uma das maiores demonstrações de tais características são as reações dos personagens centrais aos acontecimentos do segundo livro da série, Lua Nova. Ao ver Isabella quase ser atacada por Jasper, um de seus irmãos adotivos e também vampiro, Edward decide ir embora para que Bella possa ser mais feliz sem os riscos que traz estar ao lado de um vampiro. A ação em si não parece ser algo trágico tanto quanto seria lógica. No entanto, a maneira como Edward a faz é carregada de sentimentalismo, dor e agonia. A maneira como Bella reage à partida de Edward também mostra o quanto a personagem pensa não poder viver sem aquele que julga ser o amor de sua vida.
"Ele se fora. Com as pernas trêmulas, ignorando o fato de que minha atitude era inútil, eu o segui para a floresta. O sinal de sua passagem desapareceu de imediato. Não havia pegadas, as folhas estavam imóveis de novo, mas avancei sem pensar. [...] Se parasse de procurar por ele, estaria tudo acabado. O amor, a vida, o significado... acabados." (MEYER, 2008, p.64)
Em um dos momentos mais inspirados da saga, Meyer coloca a sequência de meses após a partida de Edward (outubro, novembro, dezembro, janeiro) em páginas separadas e, com exceção do nome do mês, também em branco, demonstrando claramente o vazio na vida de Bella agora que Edward já não está mais ali. O tempo apenas passa, mas Bella já não vive, porque nada mais parece valer à pena, quando Edward se vai.
Mesmo a melhora que Isabella tem de seu quadro depressivo não é feita em razão da superação de seu amor. Isabella, depois de retomar a amizade com Jacob Black, passa então a arriscar sua vida constantemente; uma lembrança dos tempos em que quando ela se arriscava, Edward a resgatava.
"Eu estava ansiosa para tentar de novo; agir com imprudência mostrou ser melhor do que eu pensava. Podia deixar a trapaça de lado. Talvez eu tivesse encontrado uma forma de gerar as alucinações - isso era muito mais importante. [...] 'Vá para a casa de Charlie', ordenou a voz. Sua mera beleza me maravilhou. Eu não podia deixar que minha lembrança se perdesse, qualquer que fosse o preço. [...] Tinha de ser essa a receita para a alucinação: adrenalina mais perigo mais estupidez. Alguma combinação parecida com essa, de qualquer modo." (MEYER, 2008, p.151, 152, 153)
No trecho acima, retirado de Lua Nova, Isabella começa a se recuperar de seu quadro de depressão, mas reforça ainda mais a noção de que a vida só valia a pena ao lado de Edward. As "alucinações" a que ela se refere são o eco da voz de Edward em sua mente, que ela julga ouvir ao se colocar em perigo. Repetidamente, ela arrisca a sua vida apenas para ouvir a voz de seu amado.
Se Bella tem momentos byronescos, Edward é a própria personificação de tal característica. Abandona a amada pelo seu bem, mas sofre a tal ponto por ela que, ao ouvir que ela morrera, busca também morrer, certo de que a vida sem sua amada não vale nada.
FUSÃO DO GROTESCO E DO SUBLIME
Edward Cullen é, para colocarmos de maneira simples, a representação perfeita desta característica romântica. Enquanto Isabella parece fugir deste traço em particular, já que até mesmo como vampira ela tem uma resistência maior à tentação de matar, Edward se sente culpado por tudo de errado que aconteça com aqueles com quem se importa, por se julgar um monstro. Em uma das frases mais famosas da saga, "E então o leão se apaixonou pelo cordeiro." (MEYER, 2008, p. 206), Edward já se coloca na posição em que permanece até o fim da saga: o monstro, o predador, na imagem de um anjo.
São inúmeras as referências de Edward à sua qualidade de "monstro". Em um dos momentos mais pretensamente profundos da obra, Edward e Carlisle assumem ter uma discussão sem fim sobre a questão da alma imortal. Edward julga que, por ser um monstro - palavra a que ele recorre em diversas ocasiões - ele já não tem alma, e merece ser condenado. Este é, na verdade, um dos maiores argumentos de que Edward se vale para não transformar Bella em uma vampira: de que ela, ao ser transformada, perderia sua alma imortal, condenando-a ao sofrimento eterno que Edward imagina que o espera. Ele se imagina o monstro e predador perfeito, e sofre por isso infinitamente.
A contraposição de imagem idealizada e comportamento cavalheiresco com a auto-imagem de monstro que Edward cria perdura por todas as cinco obras lidas, e fica claramente evidente em Midnight Sun, em que sua imagem negativa é refletida através de suas próprias palavras.
"Eu esperei pela sua resposta, dividido em dois - desejando que ela finalmente ouvisse e entendesse [que ele não era bom para ela], pensando que eu poderia morrer se ela o fizesse. Que melodramático. Eu estava me tornando tão humano." (MEYER, 2008, p. 120)
Ao lermos a obra do ponto de vista de Edward não há, na verdade, um único trecho em que a maneira como ele se julga errado, monstruoso e perigoso não apareça. Seu principal referencial para esta auto-imagem é a época em que ele diz ter se rebelado contra a maneira como Carlisle e o resto de seu Coven viviam, alimentando-se apenas de animais. Neste período, Edward decidiu alimentar-se de sangue humano - claramente mais "saboroso" do que o animal. No entanto, mesmo em sua rebeldia e comprovada monstruosidade, Edward não assassinava qualquer humano: ele se alimentava apenas daqueles que ele sabia serem malfeitores, o que ele conseguia distinguir por ter o poder de ler mentes.
"Sentou-se sinuosamente, com movimentos deliberadamente lentos, até que nossos rostos estivessem no mesmo nível, a trinta centímetros de distância. 'Perdoe-me, por favor', disse formalmente. 'Eu posso me controlar. Você me pegou de guarda baixa. Mas agora estou me comportando melhor." (MEYER, 2008, p.198-199)
Fica claro em qualquer trecho que Edward mostre suas características de monstro que ele, na verdade, não o é. Ele é um vampiro, mas se alimenta apenas de sangue de animais selvagens. É um predador, mas mesmo quando matava humanos, matava apenas os maus. Deseja o sangue de Bella mais do que qualquer outro, mas nega-se a tomá-lo para preservar sua vida. Finalmente, é um ser sobrenatural com inclinações assassinas, mas tem beleza divina. Ele é, desde a sua composição até suas ações, a personificação deste traço Romântico, unindo à perfeição o sublime e o grotesco.
LEAH CLEARWATER E A NEGAÇÃO DO ROMANTISMO
Apesar de a saga Crepúsculo ser profundamente Romântica quando se referindo aos seus protagonistas, há nela personagens que quebram esses paradigmas. O maior exemplo deles é Leah Clearwater, uma personagem secundária de história, interessante e quase trágica, sem traços caracteristicamente Românticos.
Leah aparece pela primeira vez na saga em Lua Nova, na página 197, quando seu nome é mencionado em referência à família de Henry Clearwater, que acabara de sofrer um ataque cardíaco. Parte do núcleo de habitantes de La Push, Leah tem uma história nada convencional: descendente indígena, ela perde o noivo para a própria prima, quando o tal noivo, depois de transformar-se em um dos defensores de La Push - um lobisomem -, acaba por ter o que no livro se define por imprinting, o encontro de sua alma gêmea, algo que os lobisomens não controlam, mas também não podem negar. Ela ainda sofre um segundo trauma: diferentemente das outras índias, torna-se uma lobisomem junto com os homens jovens de sua tribo. Com isso, Leah perde a capacidade de envelhecer e amadurecer - e também a capacidade de gerar filhos.
Leah é, como personagem, a antítese da idealização. Amargurada, sarcástica, geralmente revoltada e sempre com raiva, ela perde tudo que já quis ter e, até o fim da saga, não recebe nada em troca. Sua mãe termina a trama com o pai de Bella. Seu irmão mais novo, Seth, é um dos personagens que fica feliz ao se saber um lobisomem. Todos os demais personagens têm, de uma maneira ou outra, um final feliz - com a exceção de Leah, a única personagem de toda a trama que foge em absoluto de todos os traços Românticos. Não é estonteantemente bela, nem perdoa com facilidade. Não se encaixa no padrão de donzela em perigo, nem tampouco salva as pessoas pelo prazer de ajudar. Ela é, de certa forma, a personagem mais humana e real de toda a trama, não dando mais do que recebe em troca e, por isso, paga o preço: em uma trama em que todos recebem o que merecem, Leah ganha apenas solidão, amargura e infelicidade, como fica claro neste trecho, de Amanhecer, "[...] Diga-me quem me quer por perto, e eu vou embora." (MEYER, 2008, p.169).
Um final nada Romântico, para a única personagem não idealizada de toda a trama.
Revista Conhecimento Prático de Literatura
Nenhum comentário:
Postar um comentário