Na semana passada aconteceu um importantíssimo evento cultural na Academia Brasileira de Letras. Quem fez acontecer foi o ator Milton Gonçalves, com ajuda de abnegados amigos. Refiro-me ao Seminário Inserção e Realidade em sua quinta edição do Festival de Música, Dança e Cultura Afro-brasileira. Não pude acompanhar tudo, mas participei de uma conferência sobre o africanismo na música popular do Brasil.
Normalmente, as palestras que são ministradas na casa de Machado de Assis são prestigiadas por membros da academia, mas não se viu nenhum na plateia. Por que será?
Junto com a cantora Elza Soares, o professor Spirito Santo e o doutor Samuel Araújo, intermediados pelo Milton Gonçalves, falamos, de pleno acordo, que quase toda a música das Américas tem origem no continente africano. Os spirituals, o blues, o gospel, o rap e até o rock, americanos do norte, são essencialmente negros. Comentamos sobre sambas e sembas e dissemos que o ritmo angolano é parente próximo do seu quase xará do Brasil, o samba, mas é mais novo, pois o nosso ritmo nasceu na primeira década de 1900 e o angolano por volta de 1950, quando um grupo musical chamado N´gola Ritmos, liderado pelo compositor Liceu Vieira Dias, o Pixinguinha deles, incluiu instrumentos de sopro, guitarra e teclados na música de lá.
O semba é irmão mais velho dos sons da América Central. Há muitos indícios de que foi dos sembas que surgiram as salsas centro-americanas e daí o carimbó do norte brasileiro. Também foi dito que a música do Rio Grande do Sul recebeu influência da África, que é a mãe da música popular brasileira em geral. Há um forte traço de união musical entre Brasil e Angola, mas o curioso é que cantar um samba em ritmo de semba não dá muito certo. Entretanto pode-se fazer o contrário, como foi exemplificado.
No final franqueamos a palavra para o público. Muitas colocações foram feitas, registrou-se que foi de grande importância a realização do seminário na ABL, mas frisou-se a ausência total de acadêmicos, na plateia, nos três dias do seminário e uma pergunta ficou no ar: Será por quê?
Apesar de as palestras serem realizadas em horário impróprio, de 10h a 11h30, o evento foi um sucesso. Se fosse à tarde...
Valeu, Milton! Conte comigo, sempre.
Normalmente, as palestras que são ministradas na casa de Machado de Assis são prestigiadas por membros da academia, mas não se viu nenhum na plateia. Por que será?
Junto com a cantora Elza Soares, o professor Spirito Santo e o doutor Samuel Araújo, intermediados pelo Milton Gonçalves, falamos, de pleno acordo, que quase toda a música das Américas tem origem no continente africano. Os spirituals, o blues, o gospel, o rap e até o rock, americanos do norte, são essencialmente negros. Comentamos sobre sambas e sembas e dissemos que o ritmo angolano é parente próximo do seu quase xará do Brasil, o samba, mas é mais novo, pois o nosso ritmo nasceu na primeira década de 1900 e o angolano por volta de 1950, quando um grupo musical chamado N´gola Ritmos, liderado pelo compositor Liceu Vieira Dias, o Pixinguinha deles, incluiu instrumentos de sopro, guitarra e teclados na música de lá.
O semba é irmão mais velho dos sons da América Central. Há muitos indícios de que foi dos sembas que surgiram as salsas centro-americanas e daí o carimbó do norte brasileiro. Também foi dito que a música do Rio Grande do Sul recebeu influência da África, que é a mãe da música popular brasileira em geral. Há um forte traço de união musical entre Brasil e Angola, mas o curioso é que cantar um samba em ritmo de semba não dá muito certo. Entretanto pode-se fazer o contrário, como foi exemplificado.
No final franqueamos a palavra para o público. Muitas colocações foram feitas, registrou-se que foi de grande importância a realização do seminário na ABL, mas frisou-se a ausência total de acadêmicos, na plateia, nos três dias do seminário e uma pergunta ficou no ar: Será por quê?
Apesar de as palestras serem realizadas em horário impróprio, de 10h a 11h30, o evento foi um sucesso. Se fosse à tarde...
Valeu, Milton! Conte comigo, sempre.
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