Que tipo de escola muda os alunos indisciplinados de sala para conter a baderna? Qual é foco dela, senão contaminar as outras células? Naquela reunião, aquela mãe confessou passar por tamanha humilhação, tendo que ir à escola reivindicar o retorno de seu filho à sala original por outras questões didáticas-pedagógicas superiores, não consideradas pelos provocadores da mudança. Quais critérios e os custos benefícios valeram para os poucos professores concluírem que tal aluno não pode ficar nessa ou naquela sala? Que pedagogia OVNI é essa que os bons alunos da outra sala, a anfitriã, pediram para sair de lá quando ficaram sabendo do novo indivíduo que iria ser seu colega de sala?
Pois é, aquela mãe e seu filho saíram da sala dos professores aos pulos, valeram as lágrimas de crocodilo. Eu queria estar na pele do coordenador e dos professores donos da causa naquele momento faustoso para ela. Mas posso apenas imaginar, com certa satisfação, também, por ter votado pela não discriminação do aluno. Minha máxima é: para resolver problemas relacionais, é inútil mudar o desordeiro de lugar, sem que o mude de caráter primeiramente.
O que passou pela mente daquele aluno quando recebeu a ordem para mudar de sala? Desconheço, mas não foram boas coisas, para dar no que deu!
Quais os motivos reais?
O que ainda não compreendi foi o fato de um aluno ser indisciplinado com um professor e com outro não, e isso tornar-se motivo de um manejo para uma sala de comportamento melhor, fazendo- o de "semente de iogurte"! Porque se o for improdutivo com todos, a escola deve expulsá-lo de vez para o bem dele e dos outros. Aqui cabe o lugar-comum: "uma fruta podre estraga outras".
O que ainda não compreendi foi o fato de um aluno ser indisciplinado com um professor e com outro não, e isso tornar-se motivo de um manejo para uma sala de comportamento melhor, fazendo- o de "semente de iogurte"! Porque se o for improdutivo com todos, a escola deve expulsá-lo de vez para o bem dele e dos outros. Aqui cabe o lugar-comum: "uma fruta podre estraga outras".
Nós professores andamos como quem pisa em ôvos! Iludidos que estamos podendo, fingimos ditar regras, mas na verdade essas regras são sempre ajustadas por baixo, quem manda mesmo são os pais e alunos, e as demais autoridades os protegem. O empregado bem sucedido diz: "o cliente sempre tem razão". E eu pergunto: Até quando vamos adotar essa humilhação, nessa sublimação cruel?!
Claudeci Ferreira de Andrade, pós-graduado em Língua Portuguesa, Professor de Língua Portuguesa em Senador Canedo, funcionário público.
Professor, se você tem alguma experiência que queira compartilhar com outros docentes, envie-nos os detalhes no e-mail geografia@criativo.art.br
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Sou suspeito para dizer que este é um bom texto, mas verdadeiramente o é. Obrigado por divulgar meu trabalho, Infelizmente nenhum comentário, Professor não ler e quer ensinar os outros...
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