Com mais antioxidantes e vitaminas, a salada está turbinada e ajuda a proteger o organismo contra o envelhecimento. Como? De uns anos para cá a unidade de hortaliças da Embrapa incluiu preocupações nutricionais no trabalho de melhoramento que já visava a produzir alimentos mais resistentes e duráveis. Desenvolveram tomates com alto teor de licopeno (antioxidante), cebolas com mais quercetina (antioxidante), cenouras e batatas doces com mais betacaroteno (vitamina A). Tudo através do cruzamento de plantas diferentes, sem sementes modificadas ou aditivos químicos.
— Como a importância maior das hortaliças está nas vitaminas, minerais e antioxidantes, focamos nestas propriedades para melhorar estes alimentos — explica a pesquisadora em ciência de alimentos da Embrapa Patrícia Carvalho, que esclarece que hortaliça é tudo o que pode ser cultivado em uma horta em ciclos curtos, de 90 a 120 dias entre o plantio e a colheita.
Até chegar ao consumidor final essas sementes turbinadas percorrem um longo caminho, já que a Embrapa não as produz. Uma vez lançadas, elas são compradas por empresas parceiras e aí sim começa a produção. Mas é difícil reconhecer em uma quitanda ou supermercado o tal tomate com mais licopeno, embora a cor vermelho vivo da casca indique a alta concentração da substância. Segundo a pesquisadora, o consumidor muitas vezes não está interessado nesta informação.
Consumo ainda é pequeno no país
De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008/2009, do IBGE, as hortaliças mais consumidas no Brasil são batata, tomate, cebola e cenoura. Entre as folhosas, os destaques são repolho e alface. Mesmo assim, esse grupo de nutrientes corresponde a parcos 2,8% das calorias totais dos alimentos disponíveis para consumo no domicílio, um quarto do recomendado para uma dieta de duas mil calorias.
— A quantidade recomendada por dia é de pelo menos duas porções de 100g a 200g de hortaliças cruas, no almoço e no jantar — diz a nutricionista Virgínia Nascimento, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição.
— Colocar azeite, que é um óleo vegetal, facilita a absorção das hortaliças ricas em vitamina A, que é lipossolúvel (solúvel em gordura). E beber uma pequena quantidade de limonada ou comer uma laranja após ingestão de verduras ricas em ferro ajuda o organismo a absorver este mineral — diz a nutricionista.
Já Patrícia observa que uma dica interessante é cozinhar as hortaliças por inteiro e cortar em pedaços depois para não expor tanta superfície do alimento ao calor e à água.
Consideradas alimentos reguladores, as hortaliças são fontes de fibras e têm pouco açúcar, por isso melhoram a circulação sanguínea, a imunidade, o controle das funções gerais do organismo. E o melhor: não engordam. Além disso o consumo diário é importante, pois muitas vitaminas e substâncias benéficas presentes nas hortaliças não são armazenadas pelo organismo.
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