Um lugar escondido a 76 metros debaixo da terra guarda segredos de um passado distante do nosso planeta – e pode nos ajudar a compreender o que acontecerá no futuro. Escavações em uma mina de carvão na cidade de Danville, no estado de Illinois (EUA), revelaram um verdadeiro mundo perdido, formado por uma enorme floresta tropical fossilizada de 112 km de comprimento por 16 km de largura.
Lá estão preservados fósseis de plantas e árvores extintas há 300 milhões de anos, como as pteridospermas (parentes distantes das samambaias) e as lycopsidas gigantes, árvores que chegavam a 30 metros de altura. É comum encontrar fósseis botânicos em solos ricos em carvão, já que esse tipo de rocha é formado pela desintegração de plantas. Mas descobrir uma floresta inteira e preservada depois de milhões de anos é uma raridade.
Lá estão preservados fósseis de plantas e árvores extintas há 300 milhões de anos, como as pteridospermas (parentes distantes das samambaias) e as lycopsidas gigantes, árvores que chegavam a 30 metros de altura. É comum encontrar fósseis botânicos em solos ricos em carvão, já que esse tipo de rocha é formado pela desintegração de plantas. Mas descobrir uma floresta inteira e preservada depois de milhões de anos é uma raridade.
O ecossistema foi sepultado quando um aquecimento global repentino derreteu as calotas de gelo dos polos, fazendo o nível de mares e rios subir, provocando enchentes e inundando as florestas tropicais costais da época, soterrando-as debaixo de sedimentos. Um pesadelo muito parecido com o anunciado pelos climatologistas do século XXI. “O passado é a chave para o futuro”, diz o paleontólgo Howard Falcon-Lang, da Universidade de Londres, que conduz pesquisas na floresta fossilizada americana. “É somente estudando eventos comparáveis em um passado distante que podemos ter uma ideia de como o aquecimento global atual nos afetará no futuro”, afirma o pesquisador.
O segredo para que tamanha riqueza tenha se mantido intacta por tanto tempo reside em sua localização. A área fica em uma área de estuário, ou seja, de transição entre rio e mar. Como as marés estuárias são pobres em oxigênio, a vegetação não se desfez totalmente e manteve-se bem preservada, já que a oxigenação acelera a decomposição.
Além disso, cientistas do Instituto de Pesquisas Geológicas do Estado de Illinois também descobriram que a área foi atingida por um terremoto, o que ajudou a enterrar o ecossistema ainda mais fundo, protegendo-o. Com base no que aconteceu em Danville, o destino das florestas tropicais parece trágico se a temperatura continuar a subir. Mas é justamente esse tipo de previsão que pode ajudar a minimizar os danos provocados pelas mudanças climáticas em curso no planeta. “O mais empolgante sobre essa pesquisa é que não sabemos o que nos espera”, afirma Howard Falcon-Lang. Quem viver verá.
O segredo para que tamanha riqueza tenha se mantido intacta por tanto tempo reside em sua localização. A área fica em uma área de estuário, ou seja, de transição entre rio e mar. Como as marés estuárias são pobres em oxigênio, a vegetação não se desfez totalmente e manteve-se bem preservada, já que a oxigenação acelera a decomposição.
Além disso, cientistas do Instituto de Pesquisas Geológicas do Estado de Illinois também descobriram que a área foi atingida por um terremoto, o que ajudou a enterrar o ecossistema ainda mais fundo, protegendo-o. Com base no que aconteceu em Danville, o destino das florestas tropicais parece trágico se a temperatura continuar a subir. Mas é justamente esse tipo de previsão que pode ajudar a minimizar os danos provocados pelas mudanças climáticas em curso no planeta. “O mais empolgante sobre essa pesquisa é que não sabemos o que nos espera”, afirma Howard Falcon-Lang. Quem viver verá.
Revista Isto É
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