sábado, 25 de fevereiro de 2012

Aconteceu, no LiterATIVO apareceu - Falha mecânica pode ter causado acidente no Hopi Hari, diz polícia - Jornal O Globo



SÃO PAULO – Uma falha mecânica, no cinto de segurança ou na trava do brinquedo La Tour Eiffel, uma das atrações do parque de diversões Hopi Hari, pode ter sido a causa do acidente que matou a adolescente Gabriela Yukay Nychymura , de 14 anos, na manhã desta sexta-feira. 

A afirmação é do delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior, da Polícia Civil de Vinhedo, cidade do interior paulista onde está localizado o parque, que abriu inquérito para investigar o caso. 

- Essa torre possuí quase 70 metros de altura. Pelo que apuramos, essas cadeiras (do brinquedo) descem em queda livre e ao atingirem aproximadamente 30 metros do solo é iniciado um processo de frenagem. Nós agora tentamos verificar o que pode ter ocasionado a soltura do corpo dessa jovem. Em tese tem um colete pressurizado hidraulicamente e também o cinto que prende no assento do brinquedo – disse o delegado. 

- Pelo contexto que eu analisei até agora, estamos pendendo para um acidente, uma fatalidade da trava ter se aberto. 

A atração do parque passou por perícia da Polícia Científica na tarde desta sexta-feira. Segundo o delegado, o resultado deve ficar pronto em sete dias. 

- Pelo que deu para perceber a trava não soltou e ela escorregou da cadeira no impacto, quando o brinquedo desceu – disse a dona de casa Iracema Teodoro à Rádio CBN, que falou ainda que a trava não foi suficiente para segurar a adolescente, que era muito franzina. 

Uma outra testemunha, o comerciante Sandro Rojas, disse que um barulho forte foi ouvido antes de Gabriela ser arremessada. 

- Ela desceu na cadeira como todo mundo. Nesse primeiro solavanco (da frenagem), a trava dela abriu e ela caiu de cara no chão. Estava a uns dez metros de altura. 

O acidente aconteceu por volta das 10h20m, segundo a assessoria de imprensa do Hopi Hari. 

A menina foi atendida pela equipe de socorro do próprio parque, mas morreu antes de chegar a um hospital de Jundiaí. O parque fechou as portas ao público pouco antes das 13h, ainda de acordo com a assessoria de imprensa. 

Os presentes ao local nesta sexta-feira foram convidados a retornar outro dia. O Hopi Hari abrirá normalmente neste sábado, das 10h às 19h. 

Apenas o brinquedo onde aconteceu o acidente ficará interditado “até que as causas do acidente sejam esclarecidas”, segundo nota à imprensa divulgada pelo Hopi Hari. 

A adolescente Gabriela Yukay Nychymura - que mora com os pais no Japão e esteva passando as férias na casa de familiares em Guarulhos, na Grande São Paulo, estava acompanhada dos pais no parque. 

De acordo com o hospital, a jovem chegou sem vida e com sinais de traumatismo craniano. Ela também sofreu parada cardíaca. 

No site do Hopi Hari consta que o brinquedo tem a altura de um prédio de 23 andares. Os usuários caem a uma velocidade de até 94km/h. “O parque lamenta profundamente o ocorrido, está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente”, diz a nota do parque de diversões enviada à imprensa. 

Outros acidentes 

Em setembro de 2007, o Hopi Hari já tinha registrado a morte de um estudante de 15 anos. Arthur Wolf passou mal dentro do Labirinto e morreu. No Labirinto, os visitantes levam sustos de pessoas vestidas de monstros e é espalhada fumaça de gelo seco. Os médicos que atenderam o estudante disseram que a morte dele foi causada por choque anafilático, seguido de parada cardiorrespiratória. 

Em 14 de agosto passado, duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas em um acidente no Glória Center Parque de Diversões, que funcionava na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, um carrinho se desprendeu de um brinquedo e atingiu um grupo de frequentadores. 

No ano passado, a Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil (Adibra) lançou as Normas Brasileiras para Parques de Diversões, em conjunto com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Segundo a Adibra, a intenção dessas normas é manter os parques nacionais com “um nível de qualidade adequado ao seguimento, equiparando o Brasil aos padrões de outros países mais desenvolvidos nesse setor”. 

De acordo com a Adibra, na entrada de cada atração dos parques é obrigatório constar a informação da altura mínima e da máxima permitida para que a atração seja utilizada, especialmente por crianças. As saídas de emergência devem sempre estar desobstruídas e as plataformas precisam ser liberadas antes que o brinquedo comece a funcionar novamente. A criação dessas normas foi motivada após uma série de acidentes em parques do país. 

Em março do ano passado, no parque de diversões Playcenter, na Zona Oeste de São Paulo, oito pessoas se feriram após cair de uma altura de sete metros. A trava de segurança do brinquedo Double Shock abriu. 

Também no Playcenter, em 23 de setembro de 2010, 16 pessoas ficaram feridas na montanha-russa Looping Star, quando dois carros se chocaram. 



 Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/
falha-mecanica-pode-ter-causado-acidente-no-hopi-hari-diz-policia-

Um comentário:

  1. Bom, como podemos ver, os acidentes em parque de diversões estão ocorrendo cada vez mais, muitas vezes não é uma questão de segurança do parque e sim pela condição da pessoa, por exemplo, para uma pessoa que tem problema do coração, é perigoso ir em brinquedos que assustam, pois pode acontecer alguma coisa não muito boa. Ou, no caso da Gabriela, onde a segurança que o parque apresenta ao público não é totalmente confiável, os brinquedos deveriam passar por uma manutenção de mês em mês para evitar que acidentes como esse ocorram novamente. Nós imaginamos que pelo que aconteceu, o Hopi Hari deve está com muito prejuízo, pois o número de visitantes no parque provavelmente diminuiu, assim como o número de diversão. Os funcionários do local devem estar aflitos também, porque com menos visitantes, os funcionários também diminuirão, deixando assim, pessoas sem seu emprego. Com tudo isso, podemos perceber que esse acidente não afetou apenas os familiares da vítima, como afetou também o lucro do parque e o trabalho de alguns. Nada disso teria acontecido se os brinquedos passassem por uma revisão antes de abrir os mesmos.


    Lara Gomes Faria - 801

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