RESENHA
ASSIS, Machado de.
Pai contra mãe. In: seus trinta melhores contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.
ANDRÉ MARQUES DA SILVA- UFF
Objetivo, surpreendente, crítico/social. Assim é o enredo da narrativa machadiana intitulada Pai contra mãe. O conto, ambientado no Rio de Janeiro, capital do império, é uma narrativa em terceira pessoa cujas personagens engendram um drama social e familiar. Não raro, em alguns trechos mais descritivos, o narrador transita na trajetória de uma crônica histórica, glosando sobre lugares, costumes, perfazendo um retrato social da época, sobretudo, dos resquícios da escravidão.
O narrador compõe um quadro social do espaço/tempo em que se engendra a narrativa. Aproxima, pois, o leitor do tempo e do espaço por meio de relatos históricos sobre os fatos que envolviam a escravidão, como na descrição das crueldades e tratamento abjetos a que eram submetidos os escravos. Cria um pacto verossímil com o mundo extralinguístico; os fatos narrados se entrecruzam com elementos do real a fim de dar autenticidade ao objeto narrado.
Da prosa machadiana vislumbram-se não os fortes e os felizes destinados compor hinos de glória; mas a mesquinhez dos homens, a sorte precária de cada indivíduo, os homens aceitam uma e outra como herança inalienável, e fazem dela alimento de sua reflexão cotidiana (BOSI, 2004, p.176). Machado com isso, desvela a consciência nua de um indivíduo fraco, incoerente, inconsistente patológico.
A construção do enredo tem como fulcro três personagens desta estirpe; Cândido Neves e Clara; recém-casados e Mônica, a tia, uma senhora dada ao gosto de patuscadas. O sonho do casal, é o ponto emblemático do conto. Filhos, ter ou não os ter? Eis a questão. O casal e fazia planos acerca de constituir prole. A tia, porém, fazia severa objeção, tendo como argumento mor a condição de pobreza em que viviam os três. Clara, por fim, engravidara. O desejo do casal, era inadmissível para a tia, que vê futuro malogrado a uma criança que nascesse naquele ambiente, sem o que comer. Inúmeras vezes, sugere aos pais que ao nascer, conduzam a criança a roda dos enjeitados. O filho nasce, esse fato constitui pedra de toque para o desenvolvimento do conto.
Machado com seu ardil criativo instaura em sua trama um verdadeiro palimpsesto1. Sob a aparência de um drama familiar vivido por Cândido Neves e Clara, existe ou jaz um enredo-denúncia, uma crítica pautada na ironia, no deboche contra as estruturas do poder dominante e desigualdade social. Há então no texto duas camadas; uma mais aparente, transparente, a outra permeada pelo discurso, opaco, exigindo que o leitor ultrapasse a linha tênue que separa os dois níveis. Isso, decerto, fere os que apontam Machado como um escritor despretensioso acerca da questão do negro escravo. O fato é que Machado introduz na fala de seus narradores a ambivalência dos sentidos.
Em Pai contra mãe, se transpusermos o nível superficial do texto, veremos como Machado dialoga com os fatos sociais, ironizando-os, descortinando as estruturas abjetas do domínio, a sordidez do ser humano. O narrador comenta “nem todos gostavam da escravidão” e “nem todos gostavam de apanhar pancadas”, qual pessoa gostaria de viver à guisa da escravidão, ser posse ou objeto de um senhor, propriedade privada de outrem e, sobretudo, ainda levar algumas pancadas? Decerto, essa ironia, é que “faz apanhar pancadas” dentro do enredo machadiano os críticos que condenam e, por assimilação, o sistema de escravatura.
Os personagens de Machado neste conto são todos acometidos por uma patologia endógena, são personagens em ruínas, em desconstrução, sem firmeza de caráter; são folhas que ao sabor do vento vão de um lado para outro sem quaisquer consistência e consciência crítica.
Machado constrói um Cândido que tem certa aversão ao trabalho, para ele, todo ofício é custoso; um sujeito incapaz, inapto. Assim seus “empregos foram deixados pouco depois de obtidos". Então lhe restou o oficio de pegar escravos fugidos, já que este estava destinado aos inaptos para outros trabalhos, como era o seu caso; recebia por isso severas e constantes críticas de Mônica.
Clara revela-se um ser em total anulação, sua personalidade é aniquilada por sua tia. Mesmo na iminência de ter-lhe tirado dos braços o filho, não esboçava reação; sempre submissa aos desmandos alheios. Já Mônica, a tia de Clara, velha patusqueira e costureira de oficio ocupa um lugar inarredável na vida do casal. É partícipe dos principais conflitos do enredo; abrigando o casal agir segundo suas diretrizes, participando, compulsivamente de suas decisões e decretando ações.
A narrativa instaura conflitos interiores, psicológicos; conduz de forma inelutável os personagens, sobretudo o protagonista, Cândido Neves, a uma aporia2, cuja manifestação desencadeia diversos sentimentos e sens(ações), atordoamento, desorientação. O enredo passa a apontar sempre dois caminhos antitéticos, paradoxais, possíveis ao protagonista: a primeira aporia seria ter ou não o filho, a segunda seria entregar ou não o filho à roda dos enjeitados, a terceira aporia, deriva, pois, da segunda, e se manifesta surpreendente.
A terceira aporia está intrinsecamente interligada à segunda em virtude de a permanência do filho em casa depender de recursos financeiros, de dinheiro para mantê-lo. Como procurador de escravos fugitivos, somente uma boa recompensa pela captura poderia salvar o filho do destino malfadado. E há algum tempo estava no encalço de Arminda, uma mulata escrava cujo dono dispendia a boa quantia de cem mil rés de recompensa. No dia mesmo de entregar o filho à roda, quando ainda caminhava em direção a ela com o filho ao colo, encontra a negra que fugira. Deixa o filho aos cuidados de um farmacêutico e persegue-a, cerca-a e segura-a pelos braços; a mulher implora-lhe que não a entregasse a seu senhor, suplicava-o. Aos gritos, revelava: “estou grávida, meu senhor, se vossa senhoria tem algum filho, peço-lhe por amor dele que me solte; eu serei sua escrava, vou servi-lo pelo tempo que quiser”; mesmo com os apelos de Arminda, mesmo estando grávida, mesmo estando ambos: Arminda e Cândido numa aporia ele captura aquela mãe; mesmo na relutância, a negra fugitiva é vencida e levada ela e o filho ao dono. Contudo, à porta de seu senhor, a mãe vem a ter um aborto, perdendo seu filho ali, sangrando diante dos olhos de Cândido. É só nesse instante que se pode depreender a relação pai contra mãe, justificando o nome do conto.
A aporia, que em figura retórica, também pode ser definida como uma figura de retórica dizendo respeito aos momentos em que uma personagem dá sinais de indecisão ou dúvida sobre a forma de se expressar ou de agir, dá agora espaço ao gesto resoluto, decidido; entregar a escrava, mesmo sabendo dos riscos de sua gravidez. Não entregar seu filho a roda dos enjeitados era por conseqüência entregar a negra a seu dono; filho por filho; pai contra mãe; aporias semelhantes, sentenças diferentes, era jogo em que só uma das partes se livraria do impasse, daquela tensão e conflito de interesses.
Na prosa machadiana o que se nota são ações em personagem; não personagens em ação. Os verdadeiros conflitos e acontecimentos ocorrem dentro do eu-personagem, atuam como sentimentos, sensações que revelam o que há mais de humano e universal na espécie: a contradição, o egoísmo, a mesquinhez que Machado não faz questão de escondê-los, sobretudo, quando há conflito de interesses.
A resenha de André Marques capta os aspectos mais profundos do conto; desde a análise do comportamento dos personagens até a crítica ao regime escravocrata. Machado fazia questão de criar personagens com características reais, não apenas qualidades nem apenas defeitos, explorando esse lado psicológico.
ResponderExcluirOutro aspecto explorado por Machado é a realidade da época. Os costumes, as profissões, os lugares. Como André Marques cita, Machado faz quase uma crônica histórica.
A resenha também dá ênfase ao sarcasmo que machado usa para falar da escravidão. Primeiro, ele dá uma ideia do contexto e de como funcionava o regime, sem ser muito claro quanto a sua opinião, mas fazendo o leitor se sentir incomodado com a realidade dos escravos. Depois ele muda de rumo completamente e deixa a história rolar, sem voltar a citar o assunto diretamente. Ao fim, ele apresenta Arminda, que remete o leitor ao inicio do conto, despertando imediatamente, sua compaixão.
No final da resenha, André Marques, comenta sobre a profundidade que Machado dá a seus personagens, criando ações dentro deles que se sobrepõe ao que ocorre ao redor. Em minha opinião, Machado não brinca com os sentimentos apenas de seus personagens, mas também com os do leitor. Ele passa todo o conto colocando Cândido como vítima de Carminha, uma mulher sem opinião e sua tia, que a persuade. Ele é um coitado que não consegue trabalhar e precisa ir às ruas atrás de escravos fugidos. Mas por fim, ele acaba sendo apenas um homem egoísta que faz uma mulher perder o filho dela, para que ele possa salvar o dele.
- Letícia Cruz 902
Esse belíssimo conto "Pai Contra Mãe" produzido por Machado de Assis, critica principalmente a sociedade, a escravidão e a desigualdade social. Nos deixa pensar sobre o certo ou errado e transforma o herói em vilão, pois este luta de maneira errada em nosso pensamentodos dias de hoje, mas não o do passado.Por isso que o conto depende do ponto de vista do leitor. As ironiasdesse conto são quase imperceptíveis, pois Machado as escreve de forma sutil e "delicada", sendo uma de suas características.
ResponderExcluirO "Pai Contra Mãe" é escrito de modo realista, com problemas e personagens típicos que entende-se como situação que aconteceu de "verdade", mas de certa forma é uma situação verdadeira, pois Machado de Assis retrata nada mais, nada menos que a sociedade.
Enfim, o conto se passa no Rio de Janeiro no século XIX, sobre o personagem chamado Cândido, que não gosta de trabalhar. Este se casa com uma moçachamada Clara, e vão morar juntos com a tia, mas a condição financeira começava a apertar. Cândido tinha um trabalho instável como "caçador de escravos fugidos", ganhando pouco dinheiro. A situação piora ainda mais quando Clara ganha o bebê, fazndo a tia insistir para que doem o nenem, pois não tinham como criá-lo. A solução foi entregá-la para a Roda dos Enjeitados, mas no meio do caminho jáindo pro destino com o bebê no colo, Cândidoencontra uma escrava fugida que valia cem mil rés por sua captura. Não perdeu tempo e deixou o filho com um farmacêutico e foi atrás da escrava, enquanto a amarrava, ela gritava dizendo estar grávida, mas Cãndido não ligou e a arrastou até a casa de seu dono. Chegando em seu destino a pobre escrava sofreu um aborto instantâneo, Cândido recebeu asua boa recompensa podendo ficar com o fiho.
Vê-se então que o coitado Cândido, por qual estava preste a doar o filho, se torna o vilão para o nosso pensamento dos dias de hoje, como já foi dito.
Na resenha de André Marques da Silva, sobre o "pai Contra Mãe", diz que nãose nota personagens em ação, mas sim ação em personagens, pois os verdadeiros conflitos e acontecimentos ocorrem dentro deles. E eu concordo com essa afirmativa, porque vê-se o sentimento, não só o do conto "Pai Contra Mãe", mas tambémem outros, que briga em si mesmo pelas dúvidas, raivas, nervosismo, vontades etc. Deixando-os mais humanos e reais. Machado de Assis nos diz seus pensamentos, emoções e escolhas, causando um ótimo aspecto no conto.
Diego Duncan - turma 902
A resenha mostra todas as principais observações do conto Pai contra Mãe, desde as características dos personagens à forma de como Machado de Assis constrói o conto.
ResponderExcluirO autor da resenha, André Marques pontua cada detalhe da obra, a ambientação da história que ocorre na cidade do Rio de Janeiro, os costumes e o retrato social. Não exclui um fato presente na narrativa em um trecho, onde o narrador usa da ironia para dizer que nem todos os escravos gostavam da escravidão e nem todos gostavam de apanhar.
Em seguida apresentam-se os personagens, Cândido, homem que não gostava de trabalhar, porém dizia que não tinha empregos para ele e para suprir suas necessidades acaba por sair em busca de escravos fugidos para conseguir obter o dinheiro que se fazia necessário. Esse personagem se apaixona por Clara, moça submissa à sua tia Mônica que acaba fazendo parte ativamente da vida do casal. Porém Clara engravida e a condição financeira não é boa e o casal fica em dúvida se deve ou não entregar a criança à roda dos enjeitados é aí que nasce a principal discussão do conto.
A criança nasce e ele a leva para a roda, mas quando já está no meio do caminho visualiza uma escrava fugitiva e sai correndo na tentativa de a “resgatar” e entregá-la ao seu proprietário. È nesse ato que ela revela que está grávida e o implora para que não a devolva para o bem de seu filho,Mas ele não o faz e a leva à casa de seu dono e é lá que ao cair no chão, a mulher aborta o bebê.
Isso nos faz refletir sobre tantos sentimentos que estão ligados ao ser humano e a falta de um dos sentimentos mais profundos, a compaixão, pois ele não pode até ter pena daquela mulher, mas num ato para se salvar a si e ao filho, acaba fazendo a mulher perder tristemente o filho. Também é nesse momento que o título do conto torna-se perceptível
Em nenhum momento o autor da resenha deixa isso escapar fazendo nós entendermos tudo o que envolve essa história de maneira bem positiva.
Clara Liz
Turma 901
A resenha de André Marques da Silva, sobre o conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis é um texto bem detalhado, onde o André comenta coisas consideráveis importantes no conto, sempre deixando bem clara a sua opinião, não apenas sobre o conto, mas como a forma da escrita de Machado de Assis, ele tenta mostrar a malícia que o Machado tem ao escrever o conto, explicando tudo nos mínimos detalhes.
ExcluirO conto do “Pai contra Mãe”, conta a historia de um casal (Cândido Neves e Clara), onde ela engravida, mas devido a situação financeira deles, sua tia Mônica cogita a hipótese de entregar a criança a roda dos enjeitados, por medo de vê-la passando fome. Cândido tinha como “trabalho” acorrentar escravos fugitivos, no parto sua mulher acabou falecendo, com medo ele decidiu entregar o seu filho a roda, mas no meio do caminho ele encontra uma escrava fugitiva e tenta prende-la, mesmo ela implorando a ele que a solte, argumentando estar grávida, mas ele não desiste e a prende, pouco tempo depois, ela acaba tendo um aborto, e ao ver aquela mulher cheia de sangue e perdendo o seu filho, ele toma uma importante decisão, ele entrega o seu filho para ela criar.
De acordo com o André, Machado é irônico em alguns trechos, que estão relacionados a questão social daquela época, como por exemplo, na parte que ele se refere a escravidão, e eu concordo com o André e acho que isso é um sinal de que Machado era sim abolicionista, pelo o modo com que ele emprega seus pensamentos no texto, e também gosto do jeito que André fala da decisão tomada pelo o Cândido, pois eu acho que nesse conto a dúvida sobre o que fazer é o que predomina, o fato do que é certo ou errado, nesse caso, ter o filho ou não, e o interessante é que isso acontece ate hoje, pois muitas pessoas ficam em dúvida se agem com o coração ou com a razão, assim como Cândido.
Amanda Marins
Turma-901
O conto de Machado de Assis “Pai contra mãe” mostra realmente o potencial do escritor no que fazia. Como uma das características de um conto é que este tenha um final surpreendente, Machado assim o faz de forma incrivelmente bem, e ainda, com características abolicionistas.
ResponderExcluirA atitude de Cândido Neves, faz qualquer leitor, ou a maioria, ter dó da escrava que fora prejudicada e indignação por Cândido, que fora extremamente egoísta. Esta é uma das maiores qualidades do autor do conto: levantar de forma ambígua, ou subtendida, assuntos de muita importância na época, críticas à forma que era a sociedade, às atitudes tomadas pelas pessoas. Sendo assim, concordo quando o crítico André Marques da Silva fala em sua resenha a respeito deste conto que Machado não faz questão de esconder os conflitos de sentimentos que ocorreu dentro do eu-personagem.
Outra parte da mesma resenha que me identifiquei, foi quando disse que Machado foi extremamente irônico em certas partes do conto, destacando as mesmas que achei muito irônica o personagem ter falado tais coisas: “nem todos gostavam da escravidão” e “nem todos gostavam de apanhar pancadas”. Com tamanha ironia, o autor, com toda a certeza, estava criticando a sociedade da época e apontando defeitos na forma de pensamento do ser humano. Qual escravo em todo o mundo gosta da escravidão e de apanhar? Por certo nenhum.
Como há de surpreender qualquer leitor do conto, o final é a parte que descobrimos que o motivo do título do conto ser “Pai contra mãe” não é devido às brigas de Clara e Cândido Neves, mas devido à escolha egoísta tomada por Cândido, fazendo a escrava que estava grávida, Arminda, sofrer. Como André Marques relatou, somente “nesse instante que se pode depreender a relação pai contra mãe”.
Luíza Siqueira - 902
A resenha do conto pai contra mãe, feita por André Marques, apresenta não só o resumo do texto, mas também e principalmente fala das características dessa obra de Machado de Assis, comentando sobre a ambiguidade presente nela, ou seja, explicando de certa forma e com um ponto de vista próprio as “entre linhas” presentes neste conto.
ResponderExcluirMas mesmo assim a resenha fala de acontecimentos deste, mesmo não sendo o principal foco; ele apresenta os personagens, que são o Cândido Neves (protagonista), sua esposa Clara, e Mônica (tia de Clara), estes são os três personagens principais, junto com a história da obra André tenta explicar ao máximo o que realmente Machado de Assis quis mostrar, com todas as suas insinuações de modo às vezes bem escondidas, podemos assim dizer.
De acordo com esta resenha, Machado de Assis mostra-nos as características de um indivíduo fraco, incoerente; que faz uma crítica cheia de ironias, e debocha contra as estruturas do poder sócio dominante e da desigualdade presente nesta. Concordo com ele, Machado se utiliza do meio para mostra-nos coisas diferentes usando um mesmo texto, nos obrigando há pensar um pouco mais, e ver realmente o que ele quis nos mostrar.
O conto fala que nem todos gostavam de serem escravizados, que nem todos gostavam de apanhar, e com isso vemos a ironia com que Machado trata a escravidão. A trama deixa-nos sempre com dúvida do que realmente acontecerá, e o André Marques nos mostra isso tranquilamente em sua resenha.
Concordo totalmente quando o autor deste texto para concluir tudo o que falou anteriormente diz que, "a contradição, o egoísmo, a mesquinhez que Machado não faz questão de escondê-los, sobretudo, quando há conflito de interesses"; ao falar dos personagens e de tudo o que ele quis dizer em nos apresentar a história do conto pai contra mãe, tal como ela é.
Nome: Taíssa Lima Lopes – 901
Resenha da resenha
ResponderExcluirO pricnipal objetivo de Machado ao escrever o conto, foi escancarar os seguintes temas: desigualdade social, escravatura e o egoísmo humano.Podemos perceber isso facilmente ao longo do conto, devido à dúvida de Clara e Cândido(após a gravidez de Clara)se levariam ou não a criança para a roda dos enjeitados já que não tinham uma boa condição financeira.E o egoísmo é esclarecido ao final do conto,quando Cândido e a escrava fugitiva desejam o bem de seus filhos.
O título nos remete à brigas e conflitos entre casais, porém não se trata disso.Está se referindo à Cândido Neves,o pai, que se vê em dúvida se entrega ou não a escrava fugitiva, a mãe, à seu dono(em troca de dinheiro para sustentar seu filho),que também o suplica a não realizar essa ação em favor de sua gravidez(quer proteger seu bebê),
A resenha feita por André Marques é bem focada no duplo sentido dos fatos, na profundidade. Apesar de deixar claro os fatos ocorridos no conto, ele abre um espaço para deixar mais claro ainda, a intenção de Machado ao escrever determinadas coisas, o que ele visava apontar e criticar. Ou seja, focou além daquilo que enxergamos ao bater os olhos.
Paula Strecht - 901
A resenha de André Marques da Silva, conta todos os pontos mais importantes do conto, aqueles que devem ser notados. Fala das características dos personagens, seus comportamentos até a forma como Machado constrói o conto, a forma de regê-lo. André fala que Machado usa muito da ironia para construir a história, em referência a ambiguidade do conto, por isso que ele fala que para entender o conto, precisa-se entender o que há entre as entre linhas do texto. André repara que, Machado procurava fazer os personagens de acordo com a sociedade, assim como, os costumes, o trabalho das pessoas, as situação que elas se encontravam.
ResponderExcluirEm primeiro momento, André fala sobre a ironia de Machado na hora de construir a história, diz que Machado mostra sua opinião sobre os escravos sem ser claro, mas faz com que o leitor fique incomodado a verdadeira realidade da sociedade na época. O conto vai desenrolando aos poucos, e Machado não volta mais no assunto de escravos. Com o pedido de Monica e Clara para levar seu filho à roda dos enjeitados, ele não aceita, mas é obrigado à leva-lo. Em direção, - ele como um preguiçoso que não gostava de trabalhar, era caçador de escravos fugidos-, encontra uma escrava que estava sendo procurada, ao pensar que se ele capturasse-a, ele não teria que deixar seu filho à roda dos enjeitados, e foi captura-la. A mulher com todo o seu sofrimento, disse que estava grávida, mas ele foi mais ganancioso e entregou-a para seu dono. Ela acabou tendo um aborto instantâneo. E no final de tudo, aquele que estava sendo o coitado ao longo de enredo, acabou sendo o vilão. Até por que, ele foi ganancioso, só pensou em si mesmo. Mas de outro lado, podemos ver que apesar de tudo, Cândido, só queria o bem para o seu filho, podemos perceber que ele não fez por mal, até porque, se ele não entregasse a escrava, ele iria continuar na pobreza e teria que perder seu filho para a roda dos enjeitados.
André diz que não se vê os personagens em ação, mas sim ação em personagens, porque os verdadeiros conflitos e acontecimentos ocontecem dentro deles. Eu concordo com a afirmativa de André, pois é perceptível o sentimento que Cândido tem pelo seu filho, e a entrega da escrava para o seu dono, pode ser vista como o sentimento de compaixão que Cândido sentia pelo seu filho.
Maria Julia - 902
Pude perceber que no famoso conto ‘Pai contra Mãe’, Machado de Assis critica o preconceito e o racismo, as desigualdades sociais, a sociedade e, principalmente, a escravidão, no século XVIII.
ResponderExcluirEu concordo com a resenha de André Marques sobre esse conto, pois como ele diz, o conto tem um objetivo surpreendente. Machado de Assis criou uma bela historia, mas por trás da história, ele faz criticas aos vários aspectos citados acima. O conto mostra ao leitor como eram tratados os negros e os escravos naquela época, mostra toda a crueldade e o tratamento que eles recebiam. Ele mostra tudo isso e outros aspectos, por meio de fatos históricos.
“Sob a aparência de um drama familiar vivido por Cândido Neves e Clara, existe um enredo – denúncia, uma critica pautada na ironia, no deboche contra as estruturas do poder dominante e desigualdade social.”
“...atuam como sentimentos, sensações que revelam o que há de mais humano e universal na espécie: a contradição, o egoísmo, a mesquinhez, quando há conflitos de interesses.”
Essas duas frases que André Marques escreveu na sua resenha resumem praticamente o conto ‘Pai contra Mãe’ todo, tudo o que Machado de Assis quer dizer e passar ao leitor com esse conto.
Amanda Macedo
902
Pai contra Mãe
ResponderExcluirA resenha de André Marques marca bem os detalhes, da verdadeira obra de Machado de Assis, achei superinteressante o modo como podemos ver esse conto, não só com o olhar onde um casal queria ter filhos, mas a tia dizia que não, pois não teriam dinheiro para sustenta-los.
Machado de Assis, em seu belíssimo conto, destaca muitas questões sociais, porem sendo bem critico, percebe-se isso quando a tia fala que não dará certo um filho, pois não se tinha o que comer, diz a resenha de André. Com isso vemos o quão gênio foi Machado para através de um conto, utiliza a ironia para dizer a respeito do deboche e da desigualdade social.
Vemos também, como Machado fala disfarçadamente na maioria do conto, sobre a crueldade que se tinha com os escravos, primeiramente cita com uma forma muito explicita, porem ao longo do texto só percebe-se muito transparente.
Ao lermos “pai contra mãe”, discutirmos e analisamos que existem duas camadas no conto, também citada na resenha de André Marques, que são: “uma mais aparente, transparente, e a outra permeada pelo discurso, opaco, exigindo que o leitor ultrapasse a linha tênue que separa os dois níveis”.
Analisa-se também, que possuem muitos conflitos interiores, psicológicos, ou seja, “controla” os personagens, passando-os para a realidade. Transformando, então, a prosa em ações em personagens, e não personagens em ação.
Vimos então, através da leitura do conto, da resenha de André Marques e a construção da minha resenha, que Machado criou um texto, do momento da literatura, nomeado “realismo”, onde transita psicologicamente o personagem a realidade, mostrando assim a escravatura aqui no Brasil.
Ana Carolina Xavier 901
Comentário da resenha de André Marques sobre o conto de Machado de Assís – Pai contra Mãe.
ResponderExcluirA resenha de André Marques está se tratando de vários aspectos importantes sobre o conto de Machado de Assís, Pai contra Mãe. É uma abordagem que se propõe a construção de relações entre as características do mundo escravista e o conto de Machado, descrevendo-o e mostrando aspectos considerados relevantes sobre ele. Na verdade, o conto Pai contra Mãe é um verdadeiro relato de toda situação da época, quanto a forma que os escravos eram vistos, tratados, o seu conceito na sociedade, sua tamanha insignificância para o povo...
Como fala na resenha, Machado cria seus personagens com características reais e explora mais o lado do seu caminho de pensamento, a pessoa ressaltada com a principal característica de ser um ser que pensa, como ele pensa e o contexto da sua vida para tais pensamentos.
É citado com ênfase na resenha, a forma como Machado usa o sarcasmo para falar da escravidão: quando fala “nem todos gostavam da escravidão” e “nem todos gostavam de apanhar pancadas”.
Na fala de seus personagens, há muita ambivalência dos sentidos.
O autor nos passa a idéia de que Cândido é a vítima, Carminha, uma mulher que não expressa sua opinião e sua tia que toma seu espaço, dando a ela indiretamente uma personalidade, fazendo que para o leitor, toda a opinião que é expressa por sua tia, é a mesma que ela tem. Mas, no fim de toda a história, ele não passa de um egoísta, que faz a escrava perder seu filho, para que ele tenha o seu consigo.
Júlia Mora - 902
A resenha,por sinal muito bem feita pelo autor,mostra não só o conto,mas as características dos personagens,em uma crítica da sociedade.Personagens que beiram a miséria,pensamentos maldosos,que visavam lucro,transformando pessoas em mercadorias.Machado fala no conto de temas como falta de caráter,repressão,hipocrisia social,que tenta com seus mandos e desmandos impôr uma ordem social aos dominados.É fácil perceber que o autor apresenta a escravidão de uma maneira impressionantemente brutal e mostra como conflitos interiores,psicológicos desencadeiam muitos sentimentos e emocões,capazes de nos fazer pensar quantos Cândidos não saem de dentro de nós?Se somos capazes ou não de passar por cima dos outros por causa de nossos interesses,que pensamos sempre ser o mais importante.E das Claras,nem se fala; em algumas situações somos Claras,que aceitam tudo,abaixando a cabeça sem sequer perguntar o porque.
ResponderExcluirMila Mussi
Turma 902
O conto “pai contra mãe” de Machado de Assis, conta a história de Cândido, um homem que não gostava de trabalhar e não se fixava em nenhum emprego. Até que começa a capturar escravos para seu sustento, já que casou com Clara, então não era só uma boca para alimentar. Clara por sua vez, morava com sua tia, que a ajudava a costurar pra fora. Os dois tinham o desejo de ter um filho, porém Mônica, sua tia dizia que eles não teriam condições de manter a criança, já que mal tinham dinheiro para manter a eles mesmos. Clara acaba ficando grávida e, em meio à felicidade do casal, tia Mônica diz que seria melhor deixarem a criança na roda dos enjeitados. A partir daí, o conto gira em torno da decisão dos pais, abandonar o filho para que crescesse bem ou mantê-lo por perto e dar péssimas condições a ele?
ResponderExcluirPor trás dessa história, Machado faz diversas críticas à sociedade da época, escravista e completamente egoísta, usando de sua incrível ironia. Para mim, André Marques da Silva está certíssimo em todos os seus apontamentos. Machado consegue nos mostrar o sofrimento dos escravos, quando fala dos instrumentos de tortura, nos mostra a briga entre os senhores e os escravos e consegue fazer tudo isso contando a historinha de um casal que quer ter filhos. Além disso, ele mostra a escrava com o mesmo problema de Cândido, quer manter seu filho por perto e não dar a ele a mesma condição de escravo que ela teve, porém Cândido mata o filho dela, para sobrevivência do dele.
Caroline dos Santos - 902
O texto Pai contra Mãe do consagrado autor Machado de Assis é muito bem retratado na resenha de Andre Marques da Silva . Andre escreve uma resenha não retratando somente a história de joão um jovem que sofre várias dificuldades econômicas e sociais , mas ,tambem escreve sobre oque está em "entre linhas",Andre descreve como Machado faz uma crítica à sociedade , mostrando como o povo tratava os escravos como um animal um ser que não havia um direito igual a um branco , e era justamente oque acontecia os negros não haviam os mesmos direitos. No texto "Pai contra Mãe" Machado deixa isso bem claro .
ResponderExcluirAndré expõe na resenha como Machado deixa implicito a critica a sociedade escravista . André tambem mostra que Machado de Assis descreve detalhadamente cada ponto da época , desde o nome das ruas até a roda dos ajeitados , Machado encaixa a história no tempo exato na que-se adequa .
André escreve um apenas uma resenha descreve o modo em que Machado de Assis escreve seus contos de uma forma em que há simplismente um desfecho incrivel.
Lucca Lanini
Turma 902
Pai contra mãe
ResponderExcluirO texto de André marques retrata a forma em que o escravo vive na sociedade brasileira em que machado me modo irônico fala que alguns gostam de pancadas e alguns gostam de serem escravos, sendo que isso é uma crítica em que o machado cria seu texto. André marques fala exatamente como machado mostra a realidade vivida na época, em que o cândido neves trabalha como caçador de escravos fugitivos, um trabalho que naquela época era uma coisa até normal.
André marques retrata a forma de vida do cândido neves e de sua mulher em que necessitam de escravos fugitivos para sobreviver, sendo que ele não gosta de trabalhar assim necessitando de dinheiro para sobreviver, como um homem casado ele deve ter o dever de ter um salario estável principalmente depois de ter um filho em que André fala que ele teve de tomar uma atitude em que um irá sair prejudicado pois para sustentar ele precisa de dinheiro sendo que ele mal tem onde morar então depois de muita briga com a tia decide que não tem mais escolha e encaminha seu filho para a roda dos enjeitados, no texto de André marques ele diz o porque do nome pai contra mãe e ele só aparece no final, como ele precisava de muito dinheiro só uma recompensa muito valiosa iria o fazer continuar com o filho, e uma coisa muito improvável acontece ele acha uma escrava super procurada, então deixa seu filho com um farmacêutico e vai atrás da escrava depois de muito tempo a persegui-la ele a pega, e ela fala para ele que esta gravida e que tudo faz por ele, porém ele é um pai que não quer perder o seu filho de qualquer jeito, mas ela como mãe tem o dever de proteger seu filho, mas como escrava não tem direito, e só ai que se pode ver o porque do nome pai contra mão, que até agora no texto não é citada. Ele faz você ver a realidade vivida no século XIX no rio de janeiro, uma realidade cruel porem em que alguém é favorecido.
O texto de André marques mostra o como a sociedade escravista era imper desvalorizada ,e que escravos não possuem direito algum, nem quando estão em uma situação mais delicada, a gravidez , então podemos ver o cândido como um mal caráter que numa situação e quase perder o filho acaba agindo com instintos animais de proteger o seu filho de qual quer forma.
bruno miranda marins frança
901
A resenha de André Marques sobre o conto “Pai contra mãe” de Machado de Assis, mostra sua observação com relação à época e os costumes até as características mais marcantes de cada personagem no texto.
ResponderExcluirA história se passa em um momento em que a escravidão estava em evidência, retratando muito bem os costumes que se tinham e o que faziam com os mulatos, porém Machado não deixou barato e fez em seu conto versos irônicos sobre a visão dos escravos com relação a esse tema.
Uma coisa que André não deixa de mencionar em sua resenha é o contexto da história, que vem cercado de desigualdade social, que é explícita na vida dos personagens principais da obra.
Cândido neves e Clara era um casal, que lutava financeiramente para se manterem economicamente bem, porem isso não era possível. E a instabilidade não era o bastante, ainda tinham que viver com a tia de Clara, que era contra um sonho que os dois tinham, ter uma criança. Quando Clara fica grávida ela e seu marido não se deixam influenciar pelo ponto de vista da tia, e seguem até o fim negando deixar o filho.
André mostra os lados da história que são propostos: o primeiro, que seria ter ou não ter o filho, o segundo seria entregar a criança, e o terceiro, os pais não se deixarem influenciar pela tia. E também deixa evidente o seu ponto de vista com relação às características dos personagens,os defeitos e a falta de firmeza de caráter.
Clara se mostra sempre submissa a tia e sem escolhas com relação ao futuro proposto por ela, a tia, que ocupa grande lugar na vida do casal e impõe seu ponto de vista em todos os momentos, e Cândido, que se passa ao longo da história como amigo de sua esposa, e ao final se contrapõe e segue os pensamentos da tia, se tornando um cara cruel e sem coração, deixando isso mais evidente, quando encontra uma escrava e a deixa sofrendo perdendo seu filho. É nessa parte que André Marques, entende e deixa a esclarecer o porquê do nome do conto.
Rachel Marques
902
O conto "Pai contra Mãe", de Machado de Assis se passa no meio do século XIX, no Rio de Janeiro, e conta a história de Cândido, um homem pobre, que pegava escravos que haviam fugido.
ResponderExcluirDesde a primeira linha do conto, Machado nos fala sobre a escravidão, com uma ironia contida e um certo sarcasmo, e André Marques nos fala e nos ajuda a entender sobre o modo como ele mostra isso ao público.
Acho que a resenha foi escrita bem detalhadamente e com ênfase nas partes em que Machado utilizava ambiguidade. Ela serve como uma referência, como um modo de obter o conhecimento que o escritor do conto queria nos mostrar.
É muito interessante que durante todo o período narrativo, Cândido seja mostrado como um homem á quem a sorte foi infeliz, e que nunca obteve nenhum tipo de mérito na vida. Porém, no final ele é mostrado como mesquinho, traiçoeiro e egoísta. O que confirma o fato e exibe que ele não era nada do que se pensava no começo da história é a ultima frase do conto, onde ele diz: "nem todas as crianças vingam".
É uma crítica ferrenha á todas as sociedades de todos os tempos, onde predomina até os dias de hoje o egocentrismo e a inferiorização do outro em prol de seu próprio bem estar. Machado nos diz entrelinhas, e Marques especifica para o público, uma análise da própria humanidade, e por causa disso, uma análise de nós mesmos.
Júlia Assis
Turma 902
Pai contra Mãe
ResponderExcluirNa resenha de André Marques observamos claramente a sua opinião sobre o conto de Machado de Assis, sempre dando foco aos problemas que esse grande autor desenhava nas entrelinhas de suas obras.
A vida não era uma coisa fácil naquela época e Machado de Assis mostrava esses problemas sociais de uma forma tão exclarecedora, que atinge até hoje todos que se sentem injustiçados. O conto Pai contra Mãe esbanja injustiça, a necessidade daqueles “que tinham mais” ou simplesmente eram brancos, de tirar tudo dos negros, e assim Cândido, uma pessoa que não gostava de trabalho, não queria nada da vida ,foi levado a matar um ser inocente,impedindo-o de sobreviver simplesmente, porque os problemas dele eram mais importantes.A condição de uma pessoa para ter um filho naquela época, como hoje, era possuir um bom lugar para morar , condições de sustento, mas eles estavam passando por momentos angustiantes,já que o dinheiro com as gratificações das capturas dos escravos fujões não era tão fácil ,sem isso Cândido dependia de outro resgate para ganhar uma boa quantia e salvar o filho, que ia ser colocado na roda dos enjeitados, aconselhado pela tia, como forma de resolver os gastos que uma criança causaria, em nenhum momento a esposa dele se impôs para ficar com o filho, talvez ela não quisesse tentar outra solução, muito dependente da opinião da tia, achava melhor deixar a criança.Cândido não se impôs no momento , continuou seu caminho. A briga era de pai contra mãe , só que esse gesto causou a perda de uma vida inocente.Um pai que achava que a vida do seu filho era mais importante e a mãe escrava fujona querendo viver livre com seu filho
A crítica a escravidão é belíssima, Machado usava ironia e outros fatos para fazer suas colocações, mesmo tendo um final trágico,mostra que era assim, a roda da vida e até hoje,quem tem mais sobrevive e quem não tem, resta a morte ou má condição de vida,aquilo que acontecia no passado pode ter mudado um pouco, mas ainda existe o preconceito, a luta do forte contra o fraco, do oprimido contra o opressor, o mundo não é justo com todos,para alguns terem ,muitos têm que perder,é uma realidade triste, mas quem sabe chegou a hora de reverter esse quadro.
Juliana Almeida de Queiroz
Turma:901
a resenha de André marques fala muito bem sobre o conto de machado de assis, "pai contra mãe".
ResponderExcluiruma caracteristica dos textos de machado é que existem varios fatores empregados no texto que fazem cr´ticas, mostram algo do final da história etc. nessa resenha o autor consegue explicar para o leitor de um jeito facil o que machado esta falando. um exemplo sao as criticas que machado de assis faz contra a escravidão usando o sarcasmo: "nem todos gostam da escravidao", "nem todos gostam de apanhar pancadas". Uma coisa interessante é que algumas pessoas ainda acreditam que machado não era a favor da abolição da escravidao , unica diferença de Joaquim para outras pessoas é que ele critica o regime escravocrata de uma forma muito sutil, e não indo direto ao ponto.
"pai contra mãe" é descrito muito bem, o autor usa até as ruas do Rio de janeiro antigo, ele mostra os lugares, os costumes e fazia um retrato social da epoca, assim tornando o conto quase como uma cronica historica.
outra caracteristica machadiana, que andre marques tambem apresenta na resenha é como machado consegue nos abalar começando a historia de um jeito e a finalizando de um jeito completamente diferente, isso mexe nao so com os personagens, mas tambem com o leitor que passa diversas partes do texto achando que ira acontecer uma coisa no final, mas na verdade o final que machado emprega nao e o final dele e sim o final do leitor.
finalizando, a resenha que andre marques criou para nos possibilitar entender o conto "pai contra mae " de machado de assis é muito boa pois ele se apega aos pontos minimos que machado coloca e nos explica detalhadamente o que o autor do conto queria nos explicar em cada pedaço.
Filemon Rosseto
9
901
André Marques de uma forma mais concreta, explica perfeitamente o conto “Pai contra mãe”, onde Macha de Assis é objetivo, crítico social, abordando o comportamento do homem na época, a mesquinhez e o egoísmo, tudo devido ao sentimento ao psicológico do personagem, que na verdade é o retrato da sociedade.
ResponderExcluirMachado, por meio de fatos e acontecimentos históricos aproxima de certa forma o leitor ao tempo e espaço da época, principalmente envolvendo a escravidão, pois era abolicionista, mas expressava-se de forma sutil.
No conto o autor usou a por classe da época, para mostrar sua verdadeira realidade, como suas condições de vida, financeira e familiar, e usa isso para chegar ao ponto da escravidão.
André Marques nos ajuda a entender que o conto é formado com contradições e duvidas, sempre tendo duas escolhas, dois caminhos opostos, e no final a consequência se dá através desses caminhos escolhido, e claro, naquela época cada um pensava no seu, a escolha era feita pelo que se favorece.
No conto Machado usa o enredo denuncia, pois critica e influencia a novas criticas e novos críticos, mas usa sua narrativa de uma forma sutil e ambígua, para que os leitores botem a cabeça para funcionar e pensar, pois diz uma coisa e fala outra, tendo um duplo sentido.André Marques nos mostra que Machado de Assis não é um escritor pretencioso.
Carlos Henrique 902
EH NOIX COLEJIU DI MACA
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