Reis, rainhas, chefes de Estado e de governo criaram raízes no Brasil durante a Eco 92. Aproveitando que os holofotes do mundo estavam voltados para a conferência ambiental que acontecia na capital fluminense, muitos deles aproveitaram o tempo vago na agenda para semear mudas de árvores na cidade. Tanto no Riocentro, onde se desenrolava a conferência oficial, quanto no Jardim Botânico, um dos mais importantes santuários ecológicos cariocas. “O visitante ilustre tem que fazer coisas que ocupem o tempo e repercutam bem no seu País de origem”, explica o coordenador brasileiro da Eco 92, embaixador Marcos de Azambuja, que acompanhou as autoridades no “programa de reflorestamento”.
Entretanto, caso alguma dessas personalidades volte ao Brasil para a Rio+20 e tenha curiosidade de saber em que pé está a muda que plantou, irá se perder entre as tantas espécimes que floresceram no período. E não vão achar as suas árvores. É que por total falta de zelo, não foi feito nenhum registro nas mudas plantadas pelos figurões que compareceram à Eco 92, tornando, agora, literalmente impossível descobrir quem plantou o quê e onde. “Foram muitos que plantaram espécimes nativas da Mata Atlântica. Eu lamento que não haja o registro”, afirma Azambuja.
No caso do Riocentro, o único vestígio da arborização feita pelas personalidades é uma placa fincada pelo ex-prefeito Cesar Maia em 2001 batizando o espaço com o nome do secretário-geral da Eco 92, Maurice Strong. No Jardim Botânico, o pedaço de terra, que foi semeado pelos mais importantes homens e mulheres do mundo à época, recebeu o nome de Bosque das Nações. No entanto, a instituição não se preocupou em registrar corretamente o momento histórico, os dados se perderam e ninguém nem sequer sabe quais mãos semearam a terra. “Era uma coisa um pouco funerária: tinha a cova preparada, a muda das árvores vinha revestida de adubo. Eles (as personalidades) inclinavam e mostravam a proteção da natureza. Foram mais de 20 árvores plantadas”, lembra o embaixador.
A coordenação da Rio+20 não confirma quais participantes da Eco 92 voltarão ao Brasil para a nova conferência. Informa apenas que são mais de 100 chefes de Estado e de governo. Há 20 anos, foram 116. Entre os que plantaram mudas, estão garantidos na Rio+20 o já citado Maurice Strong e a ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, que volta ao Rio de Janeiro como diretora da Fundação Climate Justice.
A coordenação da Rio+20 não confirma quais participantes da Eco 92 voltarão ao Brasil para a nova conferência. Informa apenas que são mais de 100 chefes de Estado e de governo. Há 20 anos, foram 116. Entre os que plantaram mudas, estão garantidos na Rio+20 o já citado Maurice Strong e a ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, que volta ao Rio de Janeiro como diretora da Fundação Climate Justice.
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