Pesquisa mostra que ingestão da fruta ajuda a prevenir mortes por doenças cardíacas, com a vantagem de não causar efeitos colaterais do medicamento
Rio - Na hora de evitar problemas cardíacos, a maçã pode ter o mesmo efeito
dos medicamentos. Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra,
compararam os efeitos da estatina – droga que combate o mau colesterol – com os
do consumo da fruta. Resultado: ambos têm poder de evitar mortes decorrentes de
doenças do coração.
Com a ajuda de fórmulas matemáticas, pesquisadores descobriram que
‘prescrever’ uma maçã por dia a adultos acima de 50 anos poderia evitar 8,4 mil
mortes por infarto e Acidente Vascular Cerebral, por ano. O número se aproxima
dos 9,4 mil óbitos anuais que o uso da estatina evita. A vantagem em adotar a
maçã é a ausência de efeitos colaterais do remédio, como fraqueza muscular,
enjoo, vômito, alergia e até surgimento de diabetes.
A nutricionista Cinthya Machado, do Hospital Badim, explica que a fruta é
rica em fibras, substância que reduz a absorção de colesterol pelo organismo.
Mas o efeito só vale se a pessoa ingerir também a casca da fruta. “A fibra
absorve a gordura do organismo e depois a elimina junto com as fezes”, explica.
De acordo com o cardiologista Rogério de Moura, do Hospital Balbino, as
placas que aderem à parede das artérias, dificutando a passgem do sangue, são
formadas por colesterol. Em casos mais graves, a artéria é completamente
fechada, o que provoca o infarto. Para reduzir o colesterol, ele recomenda baixa
ingestão de gordura saturada, redução de peso e prática de exercício físico.
Sobre a estatina, o médico explica que o medicamento reduz a circulação do
colesterol no organismo, pois age no fígado, onde a substância é produzida.
“Hoje, só prescrevemos a estatina para pacientes que tenham risco, como
hipertensos, infartados e tabagistas”, declara.
Jornal O Dia
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