- Ilzamar disse que opção de não se envolver muito com a luta ambientalista no Acre custou perseguições
XAPURI (AC). As últimas palavras que Ilzamar Mendes ouviu do marido, enquanto o líder seringueiro agonizava em seus braços, foram “Sandino e Elenira”, os nomes dos filhos do casal. Chico Mendes não conseguiu concluir a frase, mas o que disse foi suficiente para Ilzamar, então com 22 anos, entender que a missão legada pelo marido era cuidar dos filhos. Por isso a viúva se blindou das acusações de trair os ideais do marido, e não se envolveu muito na luta ambientalista no Acre. Prefere cuidar da casa, da família, principalmente dos netos, e manter bem conservada a casa histórica onde Chico foi morto em Xapuri, hoje pertencente a um instituto administrado por ela.
Ilzamar ainda conserva a beleza que encantou o seringueiro. Cabelos em tom cereja, unhas bicolores, ela segue uma rotina de alimentação balanceada e atividade física. Não disfarça o orgulho de ter sido representada, no cinema, por Sônia Braga:
— Já sofri discriminação. As pessoas achavam que eu deveria viver num altar. Diziam que eu estava rica. Fui mais hostilizada pelas próprias mulheres daqui. Mas aprendi com o tempo a não dar importância.
Ilzamar disse que, optando por ter seguido o roteiro que queriam, talvez tivesse escapado das perseguições. Mas se diz em paz com a consciência, certa de que cumpriu o último desejo do marido.
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