
Caminhando mais um pouco pela Rua Acre, em direção ao mar, chega-se à esquina da barulhenta Praça Mauá, onde do lado esquerdo está o edifício A Noite, primeiro arranha-céu da cidade, de 1930. Atualmente, o prédio de 22 andares, projetado pelos arquitetos Elisiário Bahiana e Joseph Gire, passa por um retrofit. Do lado direito, o Rio Branco 1 (RB1), de 1990, com 30 andares, vidros azuis, granito rosa e formas piramidais.
— O edifício A Noite rompeu a escala primitiva dos prédios ecléticos da intervenção de Pereira Passos, e o RB1 (dos arquitetos Edison e Edmundo Musa) aparece na escala dos novos arranha-céus, com a fisionomia do pós-modernismo. Se olharmos A Noite, o RB1 e a antiga Caixa da Amortização, veremos três épocas distintas de arquitetura. Pena que não alcancemos, com o olhar, o São Bento e a Candelária — diz o arquiteto e historiador Helio Brasil.
Obras transformarão região
Arquitetos e urbanistas lembram que o cenário na região em breve mudará de novo, com a derrubada do Elevado da Perimetral, prevista para acontecer até 2016. Segundo o arquiteto Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, todas as obras de revitalização da Praça Mauá devem levar novos ares para a Rua Acre e seu arredores.
— Com a inauguração do Museu de Arte do Rio e do Museu do Amanhã, a Rua Acre deve recuperar um pouco do prestígio de outros tempos — diz Fajardo, para quem o maior desafio é promover um uso mais eficiente das pequenas construções históricas que existem por ali.
Jornal O Globo
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