sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Crônica do Dia - Leitura: tela ou papel ? - Hamilton Werneck


Rio -  Nos meios acadêmicos, as reclamações acerca da leitura são constantes. As afirmações de que no passado tradicional das escolas a leitura era mais frequente servem para incriminar a geração de adolescentes que, hoje, é acusada de ler pouco.

Diante disso e do interesse pelos tablets e notebooks, imaginou-se que a leitura seria mais interessante se fosse disponibilizada nas telas dos computadores. O Word existe para isso. A maioria dos adolescentes escreve seus trabalhos através deste programa.

Além disso, há centenas de livros e coleções, além de enciclopédias, à disposição nas memórias RAM dos dispositivos. Então, ler tornou-se algo mais fácil e mais prático, além de mais ecológico, por não usar o papel que exige a derrubada de muitas árvores.
Mas nem tudo é tão simples assim. Há problemas a considerar e que os educadores e escolas devem verificar com muito cuidado.
Quando lemos ou escrevemos numa tela que emite luz, perdemos muitos detalhes da leitura e, no caso da escrita, mesmo depois de submetermos o texto aos corretores de praxe, muitos erros e imprecisões permanecem. A leitura, no entanto, se feita a partir de uma cópia e lida num papel que reflete luz, mostra-nos inúmeras imperfeições.

Por isso, é importante salientar que a leitura de livros, jornais e revistas feita em computador apresenta uma praticidade que deve ser observada pelas perdas que podem gerar.

Para atender a este problema, há programas que usam um tipo de cor para a tela que imita o papel-jornal, diminuindo o impacto da luz emitida e permitindo uma leitura quase semelhante à do papel comum, aquele que reflete a luz.
Ler faz bem. Ler nas telinhas pode provocar perdas!

Jornal O Dia

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