sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Memorial de Jorge



Imagine sentar-se no sofá em que um dia repousaram Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, Tom Jobim, João Gilberto e Vinicius de Moraes. Ou deitasse na cama em que dormiam Jorge Amado e Zélia Gattai. A imaginação virou realidade para o colecionador de arte Rafael Moraes. Ele comprou o apartamento que pertenceu a Jorge Amado por mais de meia década, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Zélia imortalizou o local num capítulo do livro Chão de meninos, contando um pouco do que viveu em sua vizinhança, grudada ao lendário Beco das Garrafas. “Comprei de porteira fechada, com todo o mobiliário original, incluindo a biblioteca, a coleção de arte popular, roupas do casal e até um lenço bordado por Pablo Picasso”, diz Rafael. Para comemorar o centenário de Jorge, ele acaba de inaugurar na porta do prédio uma placa epigráfica de bronze em que se lê: “Aqui morou Jorge Amado” – a exemplo do apartamento da lte de la Clté, em Paris, onde Jorge e Zélia moraram durante anos. “Adquiri o imóvel em 2009, mas agora consegui reformar e pretendo transformá-lo no centro de referência Jorge Amado. A escrivaninha em que ele criou Gabriela está intacta.”

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