José de Alencar um advogado, jornalista, político, orador, romancista e teatrólogo. Nasceu em Mecejana, Ceará, em 10 de maio de 1829, e faleceu no Rio de Janeiro de tuberculose aos 48 anos de idade, em 12 de dezembro de 1877.
Era filho do padre, depois senador, José Martiniano de Alencar e de sua prima Ana Josefina de Alencar, com quem formara uma união socialmente bem aceita, desligando-se bem cedo de qualquer atividade sacerdotal. E neto, pelo lado paterno, do comerciante português José Gonçalves dos Santos e de D. Bárbara de Alencar, matrona pernambucana que se consagraria heroína da revolução de 1817. Ela e o filho José Martiniano, então seminarista no Crato, passaram quatro anos presos na Bahia, pela adesão ao movimento revolucionário irrompido em Pernambuco.
Sua obra é da mais alta significação nas letras brasileiras, não só pela seriedade, ciência e consciência técnica e artesanal com que a escreveu, mas também pelas sugestões e soluções que ofereceu, facilitando a tarefa da nacionalização da literatura no Brasil e da consolidação do romance brasileiro, do qual foi o verdadeiro criador. Sendo a primeira figura das nossas letras, foi chamado "o patriarca da literatura brasileira". Algumas das obras de José de Alencar são: Cinco Minutos, Lucíola, O Guarani, A pata da gazela entre muitas outras. Mas só vou falar da obra Cinco Minutos.
Em 1856, José de Alencar publicou o seu primeiro romance conhecido: Cinco Minutos. Os personagens deste livro são: o Protagonista que também é narrador, pois conta a história em primeira pessoa, não é citado seu nome. A história gira em torno do amor que ele sente por Carlota e a sede que sente em revê-la e estar ao seu lado , a outra personagem se chama Carlota: antagonista no começo, porque ela mesma impede o personagem principal de encontra-la, pois pensa ter uma doença incurável e não quer faze-lo sofrer, mas logo se rende ao amor dele. E os outros eram personagens secundárias e planas: a prima a quem a carta que contém a história é endereçada, a mãe de Carlota e o velho da canoa.
A história passa no Rio de Janeiro, em Petrópolis, Minas Gerais onde eles se estabelecem no fim, além de vários países da Europa. O ambiente: Calmo no começo e no fim. Doentio quando ele procura saber a identidade de sua amada e quando ele tenta chegar rápido ao Rio de Janeiro.
Cinco Minutos conta a história do casamento do autor com Carlota. No entanto, para o leitor, parece que está escutando uma história que não é para ele, já que Alencar dirige seu texto a uma prima. O leitor aqui é uma terceira pessoa, que fica entre José de Alencar e sua prima.
Ao mesmo tempo em que tenta levar o leitor a pensar que tudo é imaginário e faz parte das fantasias do autor, José de Alencar faz questão de narrar fatos verídicos da época, acontecimentos reais que marcaram o Rio de Janeiro no início do século. É tão minucioso nesse aspecto que até narra datas e horários entre outras.
Atualmente as histórias do autor romântico passam como que quase infantis e ingênuas para o leitor moderno. São narrações em que o amor sempre vence, decisões passionais de amantes, amor e amor e amor. À época, os folhetins eram lidos pelas senhoras burgueses. Exagerando-se um pouco na dose, poderíamos dizer que Alencar lembra remotamente, os livrinhos que embalam os sonhos de moças solteiras, no entanto não se pode deixar de dizer que sua escrita, linguagem, e modo estilizo são de extrema qualidade.
O enredo da história se divide assim:
- Situação inicial: O protagonista é um homem fútil que não sabe o que é paixão, e vive uma vida rotineira e melancólica. Carlota, menina adoentada de 16 anos, o ama anonimamente, seguindo-o em festas e nas ruas.
- Motivo desequilibrado: A história muda a partir do momento em que ele se atrasa cinco minutos e perde seu ônibus. Ao ter que tomar outro ônibus acaba encontrando Carlota, que não conhece fisicamente ou socialmente, mas que se torna uma obsessão em sua mente.
- Clímax: O momento culminante é quando ela revela sua identidade, sua doença e seu amor por ele, mas logo em seguida o abandona, deixando-o com a escolha de ir ao seu encontro e presenciar seus últimos dias ou esquece-la e não ver seu sofrimento.
- Desfecho final: A volta do equilíbrio acontece quando ela se cura de sua doença e eles voltam casados da viagem e se estabelecem em “uma linda casa, toda alva e louçã”, que fica fora da cidade e “vivem felizes para sempre”.
Ao escrever esta novela romântica, percebo que José de Alencar consegue ser bastante diligente quando se trata de manter o público, que seriam nós, os leitores, atentos em seus curtos porém belos dizeres. Ao decorrer da história, pode-se ter uma concepção de que o autor obteve a intenção de citar a realidades das ficções brasileiras do século XVIII, pois ele sentia a necessidade de demonstrar para o público em torno desta história, a provocação de pensamentos de ser possivelmente real.
ResponderExcluirA obra é uma autêntica representação do romantismo brasileiro. Por mais que não estejam citadas algumas das significativas características de Alencar, como o indianismo, as críticas sociais, as discórdias amorosas, entre outros.
Ao se tratar do ambiente, não há muitos dizeres sobre os aspectos nacionalistas, mas vale lembrar que também não provoca algo diferente em seus romances urbanos.
O foco narrativo usado é bastante amável por ser algo que mantém o interesse e desperta a curiosidade. A ''jogada'' do narrador também ser o protagonista, com que finalidade a carta é escrita, que se passaria na história, é de se admirar, A quantidade de reflexões obtidas é maravilhoso de narrar.
Observações finais do tipo ''o amor sempre vence'', decisões passionais de amantes são priorizadas em textos como este. E pode-se afirmar que as influências são fortes por serem facilmente acessíveis. E a emoção de estar alegre é garantida, apesar de clichê muitas vezes.
Todavia, a novela é boa para se refletir, idealizar ainda mais, se entrelaçar no enredo, admirar e recomendar pois o desfecho final é desejado. Além de ser querido, era preciso em uma novela romântica como esta.
Vale lembrar também que ''Cinco Minutos'' foi o romance de estreia do autor.
Diria que o público-alvo é o jovem adulto. O intenso amor, a fidelidade e o mistério são palavras para no caso do livro ser resumido.
Estudante: Bruna Leite Felix.
Turma: 901.
Podemos considerar Alencar como o precursor do romantismo no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro e foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista, além disso, o mérito de Alencar é o do pioneiro, o daquele que procura e desbrava caminhos.
ResponderExcluirFoi o escritor que facilitou a nacionalização da literatura no Brasil e consolidou o romance brasileiro. O regionalismo presente em suas obras, abriu caminho para outros sertanistas, preocupados em mostrar o Brasil rural. José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção.
Alencar teve suas romances separados entre essas separações estão:
• Romances urbanos Nessas obras, Alencar se dedica a traçar um painel da vida na Corte, ou seja, a cidade do Rio de Janeiro, sede da monarquia brasileira.
• Romances regionalistas O maior mérito de Alencar, aqui, é o de ter inaugurado um caminho que se revelaria muito proveitoso para a literatura brasileira.
• Romances históricos O romance histórico é um subgênero do romance que não deu muito certo no Brasil, mas não se pode acusar Alencar por isso.
Este livro é um exemplo clássico do Romantismo ao mostrar um amor puro, casto, duradouro e curativo, sentido por duas almas gêmeas perfeitas, com o destino interpondo-se no caminho e resolvendo-se no final e também um exemplo do período romântico brasileiro, de estilo arrebatado, predominante na linguagem característica do autor José de Alencar.
Aluno: Wenderson F.R.
Turma: 901
Nunca conheci uma obra do José de Alencar escrita deste jeito, cinco minutos só pelo título da para perceber que se trata de uma história tensa.
ResponderExcluirAlencar tem uma ideia de escrita de suas obras, que chama a atenção do leitor em cada palavra em cada página, cria-se um suspense sobre o personagem, como conta esta postagem, que o personagem principal nem é dado o nome do mesmo.
Uma curiosidade é que além de ter fatos imaginários da obra, José coloca acontecimentos verídicos no meio o que leva ao leitor, a associar a data dos acontecimentos imaginários e dos verídicos.
A maioria de suas obras é caracterizada pelo romantismo, mesmo que, cinco minutos seja seu romance de estreia, demostra bastante um amor diferente da sociedade da época, e é o que ele exatamente faz com suas outras obras futuras.
O estilo de escrever este livro colocando o narrador em primeira pessoa, fazendo suspense do nome da mesma, é uma característica que desconhecia do autor.
Cinco minutos, dá a impressão que a história é tensa, tendo uma jovem com uma doença incurável, e o suspense do personagem principal, mas como está obra é um romance, sabemos que uma das principais características do romantismo é um final feliz entre os personagens, acho que está obra quer mostrar a sociedade que uma doença não é um problema, não irá dificultar o amor, não precisa se esconder.
Giulia Mancini
901
José de Alencar tem um estilo muito interessante em suas obras,se pararmos para analisar quase toda obra do mesmo tem um por que,um detalhe que pode fazer toda diferença no enredo da trama.
ResponderExcluirAlencar escreve romances indianistas,onde ele idealiza o índio,ou seja,o índio que nos dias atuais é visto como um estranho,selvagem,no romance indianista é visto como um herói que luta por sua pátria,outro ponto que deve-se ressaltar em suas obras indianistas é a valorização da natureza brasileira,que hoje é muito desvalorizada e outro ponto é o uso da língua brasileira e de um tema nacional.Este tipo de romance possui uma trilogia de três obras:Iracema,O Guarani e O Ubirajara.Pode-se dizer que Alencar foi a pessoa que deu o pontapé inicial para a entrada do romantismo no Brasil.
José de Alencar também escreveu romances urbanos,onde traça perfis de mulher,como em Senhora a Aurélia Camargo,Lucíola Lúcia,Diva Emília.Os romances urbanos possuem características específicas,como o final feliz,o casamento,um amor verdadeiro e questões financeiras como dotes,heranças,como em Senhora.Os romances regionalistas falam da região em que se passa a história como em O sertanejo onde se descreve o sertão nordestina de nosso país,nas obras regionalistas se predomina o nacionalismo brasileiro,no caso,onde se valoriza nossa cultura,o povo a língua e tudo que vem do Brasil.
Mas não existem só romances na vida literária de José de Alencar existem peças de teatro,poemas como a guerra dos mascates.
O texto acima mostra o romance Cinco Minutos considerado um romance urbano,aliás o primeiro romance de autoria de José de Alencar é esse,quando foi escrito,foi publicado em forma de folhetin,a obra é escrita na forma de carta a uma prima do autor.O trama é bem envolvente e misterioso,pois só descobrimos o nome da amada de José de Alencar,no fim da história,Carlota.
Gustavo Salvini-901
Observamos que até a primeira obra de José de Alencar, Cinco Minutos, no início de sua carreira de romancista, foi e é um de seus melhores romances já publicados. Vemos, também, que José de Alencar fez grandes romances que são agora considerados ingênuos e infantis por algumas pessoas devido ao uso essecivo do amor entre os personagens.
ResponderExcluirPodemos perceber que Alencar exagerou na dose. Diríamos que José lembra, remotamente, os livros dos sonhos de moças solteiras na época, no entanto não se pode deixar de dizer das características de sua escrita, linguagem e modo estilísco que são de extrema qualidade. E isso faz uma diferença enorme das outras narrativas que passam a idéia de amor.
Vemos que a literatura e história se ligam atravez de seus romances, como em Cinco Minutos, devido ao uso de características das vestes e dos costumes da época da burguesia, onde podemos aprender bastante com isso. Possui nesta obra a realidade e a ficção, sendo que muitas de suas obras possuem esta característica. Isto, para causar ao leitor a curiosidade de saber a história e a cultura do local.
Concluimos então que José de Alencar, um advogado, jornalista, político, orador, romancista e teatrólogo e muito mais coisas que poderíamos citar, foi nosso grande patriarca da literatura brasileira e que com ele a literatura evolui muito. Podemos aprender muito com seus romances e com visão crítica analizar suas maravilhosas obras.
Gustavo Lengruber,901