quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Visitando José de Alencar - Ubirajara


O livro Ubirajara, José de Alencar, faz parte do conjunto da obra indianista escrita pelo autor, além de Iracema e O Guarani. Aquele foi o último que ele escreveu dessa natureza. Foi escrito em 1874. Época de grandes transformações políticas em nosso país, como por exemplo, a campanha pela República e libertação dos escravos.
A história se passa aos arredores do Tocantins Araguaia e relata a formação da grande nação Ubirajara. O autor retrata um índio guerreiro que conseguia tudo o que queria com sua força de vontade.
O índio protagonista (Jaguarê, da tribo Araguaia) era admirado por todos. As mulheres se encantavam com ele. Jaguarê tinha muitas mulheres à sua disposição. Porém, tinha uma, em especial. Era Araci, cujo significado do nome é Estrela do Dia.
      Jaguarê encontrou Araci, quando estava caçando, e na mesma hora parecia que ela já tinha gostado dele, e a mesma lançou um desafio: aquele que fosse o melhor guerreiro poderia ficar com ela.O índio aceitou o desafio e  se preparou  para a luta. Neste instante, encontrou um outro guerreiro da tribo Tupi e lutou com o mesmo, o embate durou várias e várias horas, mas Jaguarê saiu vencedor.Todos da tribo Araguaia ficaram muito felizes com o resultado.
Logo em seguida, ele foi para a tribo Tupi encontrar o próximo adversário, e foi recebido muito bem. Chegou lá, viu Araci, a mulher da sua vida, e ficou encantado. Iniciava uma guerra.
Jurandi (um guerreiro) queria Araci, e quando o mesmo revelou sua identidade, tudo ficou mais complicado, porque o guerreiro inimigo que era seu prisioneiro era o irmão de Araci. Seria um verdadeiro combate, Ubirajara, consciente, voltou à sua tribo, libertou o prisioneiro e pediu para que todos os guerreiros de seu povo atacassem a outra tribo.
Quando se preparavam para a batalha, souberam que uma tribo chamada tabuias, também estavam em guerra com os Tocantins, e os mesmos ofereceram ajuda. Na guerra, o chefe dos Tocantins perdeu a visão, então Ubirajara pediu ao guerreiro cego que lançasse seu arco e duas setas se cruzaram no espaço  para selar a Paz, e assim Araci virou sua mulher, como era pretendido.
Como podemos perceber, Alencar faz uma releitura do homem nativo, que habitava o Brasil, antes da chegada dos colonizadores. No romance, o índio é visto na sua essência, ou seja, no seu estágio mais puro de um ser humano.
Além disso, o índio é construído com detalhes positivos, ao contrário dos comentários de outras obras, como as de os  missionários jesuítas que os tratavam de maneira hostis e os chamavam de selvagens. O autor também exalta o nacionalismo e a natureza.
Vale lembrar, que a narrativa é feita  sem a   interferência do autor, ou seja, ele apenas relata a vida entre os nativos. Tanto que no final da história, o índio acaba em bigamia, coisas assim eram naturais para eles, pois faziam parte da própria cultura. Mas, mesmo assim, o autor revelou ao leitor através da sua obra, o caráter da nação indígena. Assim, José de Alencar contribuiu para o engrandecimento da literatura brasileira.

 Contribuição dada pelo aluno Lucas Abade / Turma 801 / 2012








2 comentários:

  1. José de Alencar procurava preocupar-se em retratar sua nação,os nativos, na maioria de suas obras, retratava a distinção, lendas,tradições e etc.
    Podemos ver claramente isso em sua trilogia indianista (conjunto de obras indianistas): Iracema,O Guarani e Ubirajara. Nesse obras, o índio está no núcleo, sendo o mocinho e o ''salvador da pátria''.
    Em Ubirajara, nos revela m índio fora da sua civilização em seu estado primitivo ( que possui caráter das primeiras eras), em seu estado natural, não há no romance a presença de uma pessoa branca. É com o passar das obras, a histórias iram evoluindo, como por exemplo, em Iracema, na história mostra a todo momento, no núcleo, o amor de Iracema e Martim. Iracema a Índia, ''virgem dos lábios de mel'', que se apaixona e pior, por um branco.
    Alencar busca em suas obras, da trilogia indianista, revela que o índio não há tanta malícia quanto o branco, que no índio há uma certa pureza, que não cai nos erros dos europeus, continua com sua cultura apesar de tudo, do roubo de terras e etc.
    Tudo levando a uma formação de uma nova nação, nação igualitária.
    Aluna:Bruna de Oliveira Monteiro
    Turma:901

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  2. Eu gosto bastante das obras de José de Alencar, principalmente dos seus romances indianistas, nesses romances José geralmente tenta retratar tradições e cultura do povo indígena. José de Alencar tem três romances indianistas, Iracema, o Guarani, e Ubirajara.
    Naquela época era meio que um tipo de 'moda' escrever sobre índios, os colocando no papel de heróis, e conseguimos ver isso claramente nas obras de Alencar, ele sempre tenta retratar o índio como o herói.
    Ele também coloca em seus livros geralmente a cultura indígena e suas tradições, rituais etc, o que eu acho bem interessante.

    Mariana Vita~802

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