Mané Garrincha, o craque de deu nome ao Estádio Nacional de Brasília, completaria na sexta-feira (18/10) oitenta anos. O jogador imortalizado pelos seus dribles desconcertantes foi um dos responsáveis pela conquista dos dois primeiros títulos mundiais do Brasil
Mané Garrincha, o anjo das pernas tortas, completaria na sexta-feira (18/10) 80 anos. Também, este ano, completou 30 anos da sua partida. Para homenagear o craque, bicampeão do Mundo, pela Seleção Brasileira, na Suécia em 1958 e no Chile em 1962, o Estádio Nacional de Brasília, inaugurado em março de 1974, recebeu o nome Mane Garrincha.
A arena mudou. Ficou maior, agora com capacidade para 72 mil torcedores, mais bonita, vai receber sete jogos da Copa do Mundo de 2014 e caminha para ser o primeiro estádio do mundo a receber o certificado máximo de sustentabilidade. Mas o nome continua o mesmo. “Foi a coisa mais importante que o Mané recebeu, o Estádio Mané Garrincha”, afirmou Elza Soares, companheira do craque por 17 anos, durante a inauguração no do estádio em maio deste ano.
Único - Mané Garrincha a alegria do povo, o anjo das pernas tortas, foi um dos legítimos representantes do futebol-arte brasileiro. Com seu estilo único de jogar, seus dribles abusados e jogadas criativas o Mané encantou o mundo e amedrontou os zagueiros adversários, os Joões, como costuma chama-los.
Manoel Francisco dos Santos ou, simplesmente, Mané Garrincha, nasceu em um lugarejo chamado Pau Grande, no Estado do Rio de Janeiro em 1933.Pertencia a uma família pobre de 15 irmãos. O apelido Garrincha veio de uma espécie de pássaro, comum na região serrana, que ele gostava de caçar.
Aos 15 anos, Mané começou a trabalhar em uma fábrica de tecidos de um grupo inglês que mantinha um time de futebol amador em sua cidade natal. Pela pouca idade não conseguiu entrar na equipe. Resolveu busca uma chance no Serrano, onde jogou por quase um ano. Voltou para sua cidade, entrou no time e se destacou pelas grandes jogadas como ponta direita. Resolveu então tentar a sorte em algum clube da capital. Procurou o Flamengo, o Fluminense e o Vasco, mas com suas pernas tortas, não lhe deram atenção.
A carreira - Desiludido e já pensando em desistir do futebol foi fazer um teste no Botafogo em 1953, e, deu um show. Encantou o técnico Gentil Cardoso garantiu sua vaga no time e entrou para a história do Botafogo, atuando ao lado de Nilton Santos, Zagalo, Didi e Amarildo.
Em 1955, pela sua genialidade com os dribles para a direita, os arranques e os cruzamentos para a área foi convocado para a Seleção Brasileira. Em 1958, na Suécia, conquistou seu primeiro título em Copa do Mundo. Como já era de se esperar, foi um dos destaques, ao lado de Pelé.
Quatro anos mais tarde, na Copa do Chile, após a contusão de Pelé, Mané passou a ser a maior estrela da Seleção Brasileira, conquistando o bicampeonato mundial. Após a Copa de 1962, o jogador começou a sentir dores no joelho, o que não o impediu de disputar o seu terceiro mundial em 1966, marcando seu último gol pela Seleção Brasileira contra a Bulgária. Seu último jogo pelo Brasil foi contra a Hungria, quando a seleção sofreu uma derrota por 3 x 1. Após passar por diversos clubes, Garrincha encerrou sua careira no futebol em 1973, em um jogo festivo no Maracanã.
O principal adversário de Garrincha sempre esteve fora de campo. O anjo das pernas tortas não conseguiu driblar o alcoolismo, que o levou à morte, em 20 de janeiro de 1983. Vítima de cirrose hepática aos 49 anos.
Homenagem - Em homenagem ao ídolo, um dos maiores jogadores de todos os tempos, o Estádio Nacional de Brasília, inaugurado em março de 1974, recebeu o nome de Mané Garrincha. A antiga construção foi demolida em 2010. No local, foi erguida uma arena multiuso com capacidade para 71 mil pessoas.
Além de manter o nome em homenagem ao craque botafoguense, o novo estádio terá o Museu Mané Garrincha, para mostrar e resgatar a história do futebol brasileiro.
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