Por Felipe Araújo
Tragédia grega escrita por Sófocles em 427 a.C., a peça Édipo Rei foi considerada pelo filósofo Aristóteles como o exemplo mais perfeito do gênero. Na grafia grega, o nome da obra é OΙΔΙΠΟΥΣ ΤΥΡΑΝΝΟΣ, que, quando feita a transliteração, significa Édipo Tirano. Resumidamente, a história da obra é sobre a tragédia de um homem que tem seu destino traçado pelos deuses. Devido a esta maldição, ele mata o pai e se casa com a mãe.
Tirésias, um ancião adivinho, acusa Édipo pela morte de Laico, pois existia uma profecia na qual Édipo assassinaria seu pai para casar com sua mãe. Neste momento, um mensageiro revela que Édipo tem pais adotivos. Então ele descobre que é filho de sua esposa Jocasta e que matou Laico, seu pai, em uma de suas viagens.
Édipo Rei faz parte de um conjunto de obras que apresenta os seguintes títulos: Édipo em Colono e Antígona. A maior parte do livro é sobre a família de Édipo, com a descrição de mais de 8 mil anos de eventos. Toda a ação da primeira parte da peça é guiada após a descoberta da realização da profecia em que Édipo matará seu pai para desposar sua mãe.
A obra de Sófocles influenciou o campo da psicanálise através de Freud, que tornou Édipo Rei uma das colunas da psicanálise clássica. Com base na tragédia grega, o psicanalista definiu o Complexo de Édipo, que ocorre quando as crianças atingem, durante a segunda infância, o período fálico e percebem a diferença entre os sexos, tendendo a fixar a libido em pessoas do sexo contrário, geralmente as mais próximas, no ambiente familiar. A ligação da teoria de Freud com a o obra remete a uma carta que ele enviou para Wilhelm Fliess, médico alemão, na qual discorre sobre as relações de saber e poder em um drama construído por filho, pai e mãe.
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